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História Uma garota normal, ou quase... - Por de trás dos olhos chocolate


Escrita por: Yuzu17

Notas do Autor


Oii, ent... Finalmente terminei o capítulo! Levou uma eternidade para eu parar e escrever, mas estou aqui de volta. Espero que gostem e vou botar umas palavras aqui que talvez vcs precisem uma explicação

Velado - algo que está tapado, escondido.
Saudosismo - admiração demasiada ( muita) pelo passado. Pode ser uma certa nostalgia com coisas do passado.


LEIAM COM A MÚSICA, se quiserem.

Capítulo 14 - Por de trás dos olhos chocolate



O que fazer enquanto se aguarda para entrar na próxima aula? Exatamente! Nada. Encaro as paredes do corredor vazio, viajando. Será que Sun está bem? Hm... Ela provavelmente está com Glorinha, afinal elas tiveram meio que um amor a primeira vista. Sei que ela está bem nas mãos da Glória enquanto estou aqui. Será que ela gostaria da Lauren? Mal vejo a hora de fazermos o trabalho de novo. Acho que nunca gostei tanto de um trabalho quanto estou gostando deste.

- TRINNNNN. – O sinal toca, me movo um pouco para desviar da manada de alunos que corriam para suas próximas aulas. Quando eles terminam de sair, eu rapidamente entro e sento no meu lugar cativo. Observo o professor, que se quer me percebe , arrumando as coisas para a próxima aula. Uma partitura cai da sua mão, e ao agachar ele nota minha inesperada presença. Parecia perplexo por me ver tão cedo.

- Você por aqui? Veio dar o ar da graça finalmente? – Perguntou com um sorriso de canto. Fiquei envergonhada. Embora eu ame música, quase nunca vou nas aulas. Isso seria me expor demais.

- Bom... Uma hora a gente tem que vir... – Respondi, mas nem com essa resposta morna ele deixou de sorrir. Esse cara é estranho.

- Você ainda vai gostar da aula de música. – Disse determinado. – Tenho certeza! Eu senti seu interesse nas aulas que você veio. – Falou olhando para os portões de minha alma, tentando decifrar seu difícil enigma. Procuro uma palavra, qualquer uma, mas nada me vem a cabeça.

- Ok.... – meus lábios se moveram, mas o som insistiu em ficar pela garganta. Eu queria que fosse fácil. Embora a música seja meu refúgio, não sou tão confiante para tocar na frente da minha classe. Sei que sou boa, mas mostrar meu mundo para essas pessoas é diferente, é uma coisa íntima. Essas pessoas não sabem nada sobre mim.

- Você vai gostar da aula de hoje! Eu vou fazer uma homenagem a minha amiga de faculdade... – um burburinho começa na porta da sala. Olho sobre o ombro, vendo meus colegas entrarem na sala e escolherem os lugares. Observo novamente o rosto do professor, que se encontrava perdido no meio do mar de alunos. O que se passa em sua cabeça? Sua atenção volta para mim, e ele para como se quisesse continuar sua fala.

- Bom... Sente-se, você vai ter que saber junto com os outros... – Disse, indo em direção a sua mesa. Como não havia mais porque ficar ali, voltei ao meu lugar cativo.

O professor voltou a mexer nos papéis e tirou uma fita do meio. Será que essa é a tal homenagem? Essa amiga deve ter significado muito para ele. Será que alguém faria isso por mim? Acho que Justine e a kendra iriam. Eu faria isso por elas, elas são minhas irmãs de coração. Se elas não estivessem comigo, meus dias seriam uma bosta completa.

- Alunos... – Falou alto, enquanto se atrapalhava com tudo o que estava segurando. – Hoje farei uma homenagem, – pausou, olhando para cada um de nós. – a uma amiga muito especial que já se foi. – Disse emocionado. – Já passaram-se dez anos, e mesmo assim ainda sinto sua falta, todos sentimos.

Dez anos.

Um dia atrás, há exatos dez anos, minha mãe se foi. Há exatos dez anos, que eu sinto sua falta e rezo, toda vez que lembro, para que ela esteja no céu. Há exatos dez anos, perdi uma das únicas pessoas que realmente se importavam comigo. Ela faz falta, não só para mim, mas para todos que a amaram. Ela faz falta pro meu pai.

Meu peito aperta. Sinto-me como atlas, carregando o mundo mas costas, condenado por Zeus a fazer esse trabalho eternamente. O meu trabalho é o trauma de perdê-la, e o juiz é o meu pai.

- Então eu gostaria de fazer essa homenagem para minha melhor amiga, Clara Mitchell. Nossa... - Sorriu, aparentemente recordando alguma coisa. – Ela odiava seu nome do meio.

Clara Mitchell, que nome mais estranho. Praticamente igual o da minha mãe, e ainda morreu no mesmo ano que ela. A vida tem umas coincidências tão bizarras que não dá para acreditar. Há dez anos, eu e meu professor, perdemos uma Clara de nossas vidas.

- Eu gostaria de tocar uma das músicas que ela compôs, é uma que eu acho muita bonita. Ela fez quando soube que iria ter uma filha. Depois dessa, nunca mais ouvi uma música tocada por ela. O que é realmente uma pena. - Pausa. - Bom, vou colocar logo antes que vocês morram de tédio.

A turma riu um pouquinho dessa piadinha. Mas eu fiquei na minha. Mais uma coisa entre mãe e filha que nunca terei com a minha mãe.

- hmmmm. - Suspiro pesado. Puxo o ar, mas com dificuldades. Sabe aquela sensação de tentar respirar e não conseguir? É uma droga.

"Ah, o exercício de respiração! " - estalou em minha mente. Comecei a respirar lentamente tentando usar mais o diafragma, esse exercício se aprende em aulas de canto, para conseguir sustentar as notas mais longas sem que a voz fique trêmula. Lógico que envolve também o condicionamento físico do cantor, mas isso não vem ao caso. Puxo e solto o ar de maneira constante e calma, enquanto isso meu professor está tentando botar a fita no aparelho de som. Fico observando seu jeito desajeitado, é bem engraçado e fofo. Como um cara de quarenta anos ainda é desajeitado desse jeito? Acho que a minha mãe gostaria dele.

As vezes, gostaria de ter as respostas desses "eu acho "...

Finalmente ele consegue colocar a fita no aparelho, e cruza a frente da sala para poder se sentar. - e tudo isso passou de uma forma tão devagar que foi estranho. Sabe quando o tempo passa devagar, porque você sente que algo está para acontecer? - De sua cadeira ele dá o play, e por instantes nada acontece. Fico frustrada, até que:

- Já está gravando?

Essa voz... Eu lembro dela. Eu conheço... Não, não pode ser. Não pode ser. Mas é tão igual ao que eu lembro.

- Estou. - Agora a voz do meu professor. Ouço uma nota, mostrando que vai começar a música. - Espera... -  Interrompeu.  -  Fala sobre o que é a música.

Silêncio.

- Não entendo por que você quer isso, mas tudo bem. - ........... - Essa música é dedicada a minha filha. Ela ainda não nasceu, mas já me trouxe tanta felicidade...

- Awnn. - O som de meus colegas me desconcentrou.

De todas as Claras do planeta, nós dois perdemos exatamente a mesma. A minha mãe era amiga do meu professor, e hoje dois dias depois de se fazerem 10 anos, ele está fazendo uma homenagem na minha sala. A vida é estranha e maluca , mas também muito bonita.

- Minha filha, - chamou-me. - Se algum dia estiver ouvindo isso, saiba que ser sua mãe para mim é como um sonho realizado. É isso o que tento passar na música: a alegria de algo inesperado.

- Pra quem não ia falar nada, você tem muito a dizer.  -  Falou a versão mais jovem do professor. Ele ria, provavelmente se divertindo com a situação, ou a cara de minha mãe.

- Cale a boca, Steven! E me deixe tocar... -  aumentou o tom de voz e riu.

- Tá, tá... Vai.

Silêncio. Minha mãe devia estar se preparando para tocar. Ela fez uma música pra mim... Porque eu não lembrava disso?

As notas de introdução começam a serem tocadas, e fico apreensiva. Por que meu pai nunca me mostrou essa música depois dela ter morrido? Por que ele decidiu me largar?


Dear daughter

Hold your head up high

There's a world outside that's passing by

Dear daughter

Never lose yourself

Remember that you're like nobody else

Life throws you in to the unknown

And you feel like you're out there all alone


Mãe, não estou sozinha.


These are words that every girl

Should have a chance to hear

There will be love, there will be pain

There will be hope, there will be fear

And through it all year after year

Stand or fall I will be right here for you


Mãe, como eu gostaria que você estivesse aqui para me falar isso pessoalmente. - Uma lágrima solitária escorre pela minha bochecha. Tento segurar o choro, mais algumas vem, e não importou a quantidade de caretas que eu tivesse fazendo para contê-lo. Ele veio, baixinho.

Dear daughter

Don't worry about those stupid girls

If they try to bring you down

It's 'cause they're scared and insecure

Dear daughter

Don't change for any man

Even if he promises the stars

And takes you by the hand


Mãe, não precisa se preocupar sobre os homens.


Life throws you into the unknown

And you feel like you're out there all alone


Não estou sozinha, tenho pessoas que me amam, mãe. Obrigada por cuidar de mim, de onde quer que você esteja.


These are words that every girl

Should have a chance to hear

There will be love, there will be pain

There will be hope, there will be fear

And through it all year after year

Stand or fall, I will be right here for you

Dear daughter

I was just like you

And just like me you're gonna make it through


Suspiro. Meus ombros ficam mais leves a cada verso cantado por ela, a primeira mulher da minha vida. É como se ela estivesse me mostrando algo importante através disso, mostrando que eu não tenho culpa do que aconteceu. E que mesmo depois disso tudo, ela está comigo, para me ajudar a levantar quando cair.


These are words that every girl

Should have a chance to hear

There will be love, there will be pain

There will be hope, there will be fear

And through it all year after year

Stand or fall I will be right here

And after all I will be be right here for you.

Ninguém nunca poderá tirar esse vazio que sua perda deixou, porém sinto que esse vazio está menor. Os cacos estão sendo colados de volta em seus lugares.

Clap, clap, clap, clap...... - Soa uma salva de palmas. A comoção é geral, porém uma pessoa não faz nada: eu. Fico ali atônita, processando o que acabou de acontecer.

- Gente! - O professor fala alto. - Ainda tem um último trecho.

A turma começa a se aquietar para escutar o fim da gravação. Porém ainda é possível se ouvir algumas palmas. A minha vontade é de tirar o sapato e tacar na cabeça da pessoa que está fazendo isso. Eu quero ouvir a minha mãe! - Viro a a cabeça para os lados tentando descobrir quem é, mas ninguém está batendo palmas. De repente o som acaba, e dá lugar à :

- Uhul, - Sai uma voz esganiçado da caixa de som. - Muito bonita essa canção. E qual é o nome da sortuda? - Pergunta num tom brincalhão.

- Pamela! O nome é Pamela. - afirma animada.

- Uau, eu estava só brincando. - Ri, e toda sala acompanha. Olho para meu professor, e seu sorriso é tão bonito. Ele ficou tão feliz só de ter lembrado desse dia, as pessoas especiais tem esse dom de nos fazer sorrir em qualquer momento. Até depois de já terem partido. - Mas é um lindo nome.

- Sim, ele é.

A gravação é cortada junto com a minha chance de ouvir mais a minha mãe. Gostaria que ela tivesse gravado mais fitas, para poder ouvir sua voz. Não imaginava que a ouviria hoje, se me dissessem isso iria achar a pessoa um pouco maluca. Porém a vida é assim, está sempre nos surpreendendo.

- Bom, - o professor interrompe meu pensamento. - É isso... Essa foi a homenagem. - Ele parou, parecia pensar um pouco. - A filha dela já deve ter a idade de vocês. Deve ser uma moça e tanto.

Quando ele terminou sua fala, lembrei que ele não fazia a menor ideia de que eu sou a filha de sua melhor amiga. E nunca suspeitei que Steven, meu professor, seria o melhor amigo de faculdade da minha mãe.

- Enfim, - retomou. - Alguém quer tocar antes da aula de hoje começar? - O silêncio reina na sala, os burburinhos que antes tomavam conta da sala param. Acho que ninguém tinha preparado nada pra essa aula, e olha que sempre tem gente querendo tocar. A situação incômoda dura até que subitamente, levanto o braço. No rosto do professor se forma um imenso sorriso, e as pessoas do lado e as de atrás me olham como se vissem um ser extraterrestre.

- Nossa, hoje vai chover! - Exclama tentando conter a animação, enquanto os alunos das primeiras carteiras tentavam entender o que se passava. - Levante e venha aqui.

Faço o que disse, levanto da cadeira e ando até o mesmo, sentindo os olhares surpresos sobre mim enquanto passava pelos meus colegas. Paro de frente pra ele, que me abraça de lado, virando-me para a turma. Passei meus olhos na "multidão" que me assistia e um olhar me prendeu: Lauren. Ela me olhava diferente, como se tentasse encaixar uma peça num quebra-cabeças.

- O que irá tocar para nós, Pamela? - Questiona. E noto a curiosidade de todos na sala, ainda bem que falei todos, porque até eu estou curiosa. Demoro um pouco para pensar numa música, e vejo sorrisos presunçosos se formando. Acham que eu não sei tocar nenhum instrumento e só quero aparecer, vou mostrar pra eles. Vou fazer minha mãe se orgulhar de mim.

- Once upon a December. - Digo. Meio perdida ainda, viro meu rosto para o professor e peço. - Posso usar o piano?

- Claro que pode! - Responde como se eu estivesse perguntando algo óbvio. Ele retira o braço do meu ombro, ando apenas meio metro e ajusto a banqueta do piano para a minha altura, para finalmente sentar-me. Vejo de relance as pessoas espalhadas na sala, que me encaravam ansiosos. Fecho os olhos, me concentrando no que era importante agora. Respiro fundo e...



Lauren P.O.V.



E ela começou a dedilhar a introdução da música. Lindo. Simplesmente lindo... Confesso que nunca imaginei que Pamela tinha interesse por música. Por que ela decidiu tocar logo hoje? Ela é intrigante.


Dancing bears, painted wings

Things I almost remember

And a song someone sings

Once upon a December


Ereta na banqueta, ela toca e canta, sua expressão concentrada por trás de seus fios de cabelo é simplesmente deslumbrante. Sabe quando uma pessoa te deixa curiosa?


Someone holds me safe and warm

Horses prance through a silver storm

Figures dancing gracefully

Across my memory


É assim que ela me deixa. Sua linda voz transmite uma dor velada. O que será que Pamela tanto esconde? Quais são seus mistérios? Agora vejo que ela é uma pessoa muito fechada, embora isso pareça muito estranho. Pamela é uma popular, todos sabem quem ela é, ou ao menos é o que acham. Ela é muito mais do que aparenta.

" Por que ela decidiu tocar hoje?" - esse pensamento ronda novamente minha cabeça, enquanto Pamela descarrega as emoções nas teclas de Marfim. Vamos Lauren, Deus te deu um cérebro para você saber usá-lo! Por que logo hoje? O que torna esse dia diferente dos outros? Eu nunca à vi tocar antes!


Someone holds me safe and warm

Horses prance through a silver storm

Figures dancing gracefully

Across my memory


Domingo. Só pode ser isso! Ela estava tão abalada. Na verdade, ainda deve estar bem mexida, afinal nunca demonstrou nenhum interesse nessa aula.


Far away, long ago

Glowing dim as an ember

Things my heart used to know

Things it yearns to remember


No meio de toda essa apresentação, reparo que ela fechou os olhos.


And a song someone sings

Once upon a December


Sua voz falha levemente durante a última palavra, mas não tira a beleza da apresentação. Pamela foi dedilhando as últimas notas, sem olhar para as teclas. Ao acabar abriu os olhos, e eles se encontraram com os meus. Pude ver seu saudosismo, embora não entenda sobre o que. - Senti um frio na barriga, porém sustentei o olhar. Por que estou sentindo isso?

Uma salva de palmas nos tira de sintonia, e seu olhar já não se encontra mais no meu. Isso me deixa incomodada, eu quero entender o que se passa por trás daquelas orbes chocolate.

Olho ao redor e todos sem exceção a aplaudem, e começo a fazer o mesmo. Ela merece.

- Uau!! - O professor exclama, chamando minha atenção. - Isso foi maravilhoso! Por que você escondeu esse talento por tanto tempo?? - Quando fala isso minha atenção se volta a Pamela, e a assisto para não perder uma mudança se quer em sua expressão.

- É.... - Sua expressão se torna confusa. - Só não me sentia a vontade para me apresentar. - abaixou a cabeça coçando a nuca, de modo envergonhado.

- Hmmm.... Pois sinta-se a vontade para fazê-lo nas próximas aulas! Você toca e canta muito bem! - Diz com um sorriso acolhedor.

- ok.... - Ela responde sem graça. Prof. Steven a observa por mais alguns segundos.

- Pode ir se sentar. - Ao terminar de falar, deu para notar o alívio que a garota sentiu. Levantou e voltou para seu lugar, sem perder a chance de olhar para mim e sorrir. Com seu sorriso, senti como se estivesse mais leve que uma pluma. Acabei por sorrir também, sem nenhum motivo ou... Ou sei lá.

- Alunos, hoje.............

_________________________

- TRINNNNNN. - o sinal toca, indicando o fim da aula de música. Pego meus materiais e os guardo o mais rápido que consigo na mochila. Ao levantar a cabeça procurando por qualquer sinal da Pamela, vejo ela puxando o professor para poderem conversar sobre alguma coisa.

- Será que é o motivo dela ter decido cantar? - Sussurro para mim mesma. Eu sei que ela me deu carta branca para perguntar sobre qualquer coisa que eu quisesse saber sobre ela, que ela me responderia sinceramente. Porém não tenho essa intimidade para perguntar algo que parece ser muito pessoal para ela. Por falar em perguntar, eu derevia falar com ela sobre o trabalho, mas ela parece bem ocupada.... Acho melhor esperar ela no corredor, e aí a gente marca o trabalho.

Jogo a mochila no ombro, e me dirijo para fora da sala. Saio paro o corredor, encarando o movimento do gado enquanto me encostava na parede ao lado da porta.

" Eu ainda vou descobrir... "


Notas Finais


Ent gente, espero que tenham gostado. Se tiverem algo a comentar é só deixar aí em baixo, n me sentirei ofendida se for uma crítica. Até o capítulo 15!


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