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História Uma garota normal, ou quase... - SURPRESA!


Escrita por: Yuzu17

Notas do Autor


Oi galera, então... TERMINEI FINALMENTE! Desde julho escrevendo isso. Crl, foi difícil mas estamos aqui. Tudo isso graças a minha melhor amiga e editora, e minha amiga leitora mouka( esqueci o nick dela aqui) ( se vc estiver lendo isso, oi bb). E é isso, espero que vcs curtam o capítulo.

Capítulo 15 - SURPRESA!



- Oi... - Cheguei por de trás enquanto ele guardava as coisas. Steven virou me encarando surpreso. Não o culpo de estar assim, afinal esse dia está totalmente atípico. Primeiro eu paro valentões ajudando a garota que gosto, mais de uma vez. Segundo teve a homenagem a minha mãe , que ele não sabe que é minha mãe. E por último, toquei na frente da turma inteira e ele nem sabia que eu era capaz de fazê-lo. Hoje não está nada normal. - Posso falar contigo? - Ele dá um sorriso contido, vendo que conseguiu o que queria.

- Claro, sobre o que quer conversar? - Perguntou curioso.

- Podemos esperar os outros sairem? Isso é particular.... - pedi um pouco sem jeito. Ele pareceu ficar ainda mais curioso, mas assentiu paciente. Vi que Lauren ainda estava na sala, além de outros dois colegas. Espero eles saírem para que eu possa finalmente falar.

- É... - Gaguejo, e steven me encara curioso. - Eu não sei por onde começar...

- Pelo começo é sempre uma boa idéia. - Respondeu tentando quebrar a minha tensão. Sua expressão me parece acolhedora como a de um amigo.

- Bom, é bem difícil para mim falar sobre isso... - Pausei olhando para meus pés, como se eles fossem a coisa mais interessante nessa sala. Procurei as palavras, mas em minha mente havia apenas um branco.

De repente sinto uma mão em meu ombro, e acabo por levantar o olhar, vendo meu professor me observando com ternura.

- Acho que não há um jeito fácil de se contar isso, mas a mulher que você homenageou é a minha mãe. - Solto a bomba desviando o olhar. Eu realmente não sei o que...

Sinto um corpo me apertando, e eu continuo sem reação. - Nunca imaginei uma cena assim, nem quando fiquei bebada poderia ter chegado tão perto de pensar em algo assim. Se alguém chegasse e me dissesse isso, nossa! Riria muito da cara da pessoa. - O abraço de volta. É como se de repente eu estivesse em casa.

E assim ficamos por um tempo em silêncio, mas não aquele silêncio constrangedor ou vazio. Era um silêncio onde nada mais precisava ser dito, porque as palavras já não eram necessárias.

- Então quer dizer que você é a minha sobrinha? - Pergunta, e pelo tom de sua voz eu posso sentir que ele chorou. Quebro o abraço, para ver como ele estava. Era visível que ele tinha derramado algumas lágrimas, mas o seus dentes bem a mostra diziam que ele se sentia feliz.

- É... - Sorri acanhada.

- Você é tão talentosa quanto a sua mãe! Ela ficaria tão feliz em vê-la assim! - Agora foi a minha vez de derramar algumas lágrimas. Embora as vezes achasse que ela se orgulharia de mim, eu já não tinha tanta certeza, afinal o meu pai nunca se orgulhou. Porém ouví-lo dizer isso, acho que nunca fiquei tão feliz e tocada quanto agora.

- Obrigada, você não sabe como ouvir isso me deixa feliz ! - Agradeci, sorrindo calorosamente.

- Eu fico feliz em finalmente te rever. A última vez que te vi você era um bebê. - emocionado, ele me olhava como se eu fosse uma boneca de porcelana, que poderia quebrar a qualquer momento bem na sua frente.

- Eu fico feliz em saber que a minha mãe tinha um amigo tão bom. - Digo contente pela minha mãe. Acho que no quesito amigos nós nos demos bem. - É uma pena que eu não lembre de muita coisa.

- Hey! - Exclamou animado. - Algum dia você tem que ir lá em casa! A Jane, minha esposa, adoraria te reencontrar. Sempre que falamos na clara ela lembra de você pequena, a gente sempre se perguntava como você teria ficado. Além disso, tem muitas coisas sobre a sua mãe que a gente poderia te mostrar. - Eu sempre quis saber mais sobre a minha mãe. Só que meu pai nunca me fala nada... Ah:

- Por falar nisso, você poderia me dar aquela fita? - Pedi olhando em seus olhos, e ele pareceu compreender.

- Claro, considere isso como um presente adiantado! - Respondeu ternamente e me abraçou, o que nos faz entrar novamente naquela bolha. Ficamos em um silêncio cheio de significados, cada um imerso em seus próprios pensamentos.



Lauren POV


Difícil. É difícil compreender o que se passa naquela cabeça. Como ela pode me chamar tanta atenção? Eu quero entender o que se passa em sua mente, o que ela sente e vê. Hoje, ela me defendeu duas vezes . Uma popular defendendo uma nerd, algo que ninguém vê com muita frequência, e Pamela fez isso. Por mim! Essa garota me surpreende mais a cada momento ! Não sei como pude julgá-la tão mal. Mas o que essa garota tem que me faz pensar tanto nela, bom quer dizer... Eu não penso nela tanto assim, quer dizer penso. Pera... quê?

Não... Hahaha, não. Não penso na Pamela tanto assim.

- Lauren?? - Sua voz me espanta, fazendo com que eu pule com o coração saindo pela boca. Olho para ela e vejo um sorriso divertido estampado em sua face, provavelmente às custas do susto que pregou em mim. - Você estava me esperando?

- É... Eu queria falar sobre o trabalho... - Respondo nervosa. Meu deus! O que está acontecendo comigo?? Reparo que ela me observa atentamente, como se qualquer coisa que eu fizesse fosse a coisa mais fascinante que já tinha visto.

- Ah, claro. - fala, com os cantos da boca persistindo naquele lindo sorriso. Quantas vezes já falei sorriso? - Qual dia você gostaria de marcar para fazer? - Agora, sendo minha vez de reparar, ela mexia a pulseira em seu pulso direito com a outra mão, enquanto olhava para mim. -Por mim poderíamos continuar hoje mesmo.

- Hmm, pelo que lembro não tenho nada para fazer hoje. - divago. Nossos olhares se encontram, e não tenho a coragem ou vontade de desviá-lo. Seus olhos são tão bonitos... Eu percebo algo em seu jeito comigo, nunca ninguém me olhou assim.

- Isso é um sim? - Pergunta sem quebrar a conexão de nossos olhos, e eu apenas assinto com a cabeça. Seu rosto fica mais iluminado, e não consigo não relacionar com o meu sim. - Ótimo, a gente pode ir agora se você quiser! - sugeriu alegremente. - Meu carro está no estacionamento aqui em frente. - Comentou.

- Vamos? - viro- me em direção a porta do colégio, sentindo seu olhar queimar em minhas costas.

- Claro! Vem comigo. - Disse, passando a minha frente, e rodeando meu pulso com seus dedos calejados. Será que ela sempre vai me guiar?

Andamos pelo corredor cheio de armários azuis, rapidamente saindo pela porta principal indo em direção ao estacionamento. Avisto sua BMW no meio das fileiras de vagas. O estacionamento está consideravelmente vazio, pois já havia acabado o último horário de aulas do dia. Porém ainda tinha grupinhos espalhados pelo colégio, distraídos demais em seus próprios assuntos para nos notar. Sem que eu perceba ela solta meu pulso, e se apressa em direção ao carro, abrindo a porta do carona para mim. Sem querer, um sorriso singelo risca meu rosto. Tiro uma das alças da mochila do meu ombro, e entro no carro torcendo para que Pamela não tenha reparado. Ela dá a volta, se colocando ao meu lado no banco do motorista, joga a bolsa no banco de trás , pondo a chave na ignição e, logo dando ré para irmos em direção a sua casa. Cruzamos a barreira que separa essa escola do resto do mundo, já adentrando a cidade.

A observo rapidamente com o canto de olho, notando que ela também fazia o mesmo, o que fez com que eu virasse o rosto envergonhada. O clima dentro do veículo ficou meio estranho, já que estávamos em silêncio. - Apertei a mochila em meu colo. - Não sabia se iniciava uma conversa, ou não. E se o fizesse, sobre o que falaríamos? Essas dúvidas estavam me deixando mais desconfortável naquele ambiente.

- Ei, - chamou minha atenção, fazendo-me virar para olhá-la. - Você quer que eu ligue o rádio? - Perguntou delicadamente, tendo, provavelmente, percebido meu desconforto.

- Sim. - Digo apenas, e assim ela fez. Colocou em uma rádio qualquer, dizendo que eu poderia escolher qualquer estação que quisesse.

O caminho até a casa dela seguiu assim, ao som das músicas que tocavam no carro, e alguma vez ou outra eu ia cantando junto, o que me distraia um pouco. Finalmente chegando lá, a casa parecia estar vazia, até que ouvi um barulho vindo da cozinha . Pamela seguiu rapidamente naquela direção e acabei a seguindo. A vi colocando sua bolsa sobre a mesa, perto do urso e pegando um papel que estava na geladeira, mas não consegui decifrar sua expressão. Novidade... ela é indecifrável.

- Meow! - ouço um miado pela cozinha, e vejo Pamela desaparecendo por debaixo da bancada, até aparecer novamente, mas com um gatinho em mãos. Ele não estava aqui da última vez. Ah, domingo enquanto ela saía do cemitério , ela pegou um gato! Uma bolinha de pelos alaranjados, digamos que é bem fofo. Pamela gira, ficando de frente para mim, enquanto acariciava o gato. -Prrrrrrr. - Ronrona, enquanto esfregava a cabeça na mão da Pamela, para guiar seus carinhos. Reparo em como ela olha o gato com uma expressão suave, posso sentir o carinho com que ela acaricia o bicho. E subitamente sinto o calor de seu olhar sobre a minha pele, e subo meus olhos até que eles alcançam os seus.

- O que foi? - Perguntou sem jeito.

- Ahmm, - Coço a nuca. - Nada, é só que... - apontei para o gato.

- ahh, sim. - riu sem graça, também levando a mão a nuca. - Eu achei ela no domigo , - Ah, então é uma gata. - e tive que levá-la no veterinário.

" Então foi por isso que você faltou segunda." - Pensei.

- É... Como você sabe que eu faltei? - Pergunta confusa.

Espera, eu falei aquilo alto?? Meu Deus! Não. Não acredito... - uma sensação quente toma conta de minhas bochechas, e percebo que corei, tarde demais, Pamela já está me dissecando a procura de informações.

- ahm... - Engulo o seco. - Nós fazemos aula de história juntas, e a aula estava calma demais.... - Digo desviando o olhar.

- Ahhhh... Bom, mudando de assunto, - graças à Deus! Se continuasse assim, acabaria falando mais esquisitices. - hoje não tem comida por aqui, se importa se eu pedir uma pizza? - Seu semblante aparentava dúvida. - Eu sei que está cedo para comer pizza, mas...

- Nunca é cedo para comer pizza. - Interrompo a acalmando. Os cantos de sua boca sobem um pouco, vejo em seu semblante algo macio, quente... Quando a olho é como se só existisse ela no ambiente, nada supera a atenção que eu dou para ela.

- Você quer que sabor? - Perguntou tirando o celular do bolso com a mão direita, mantendo a outra debaixo da felina, afim de sustentá-la.

- hmm, presunto? - indago, enquanto seu dedo se move rapidamente sobre a tela de vidro, discando para a pizzaria. Ela me fita, assentindo com a cabeça, e leva o telefone ao ouvido, virando um pouco a cabeça. A gata passa a se mexer, e vejo que ela não tem a pata esquerda. Tadinha, pra ela ter perdido a pata provavelmente era algo sério, afinal ela foi achada no cemitério.

Parada em meu lugar, fico fitando a loira a minha frente, com uma bolinha laranja sapeca em seu colo. Não presto atenção no que ela fala ao telefone, mas sim em como seu rosto fica de perfil falando ao celular. A expressão concentrada... A gata se remexendo em seus braços, são imagens que eu gostaria de gravar.

- hey, já pedi a pizza. - Fala, me tirando do mundo da lua. Deixa o celular sobre a bancada e se aproxima com a gata, que agora está pendurada em seu ombro. E para bem ao meu lado, fazendo com que eu seja obrigada a virar meu rosto para poder olhá-la. - Quer fazer o que?

- Hm, não sei... Você que é a dona da casa... - Falo acanhada. Como eu poderia saber o que fazer?

Ponho uma mecha de cabelo atrás da orelha, algo que sempre faço quando estou nervosa. E acabo por fitar o chão, não sabendo como agir.

- Hmm, a gente pode ficar pela sala, enquanto a pizza não chega... - Sugere. Volto a olhar seu rosto, assintindo.

- Pode ser... - Sussurro.

A loira segue a minha frente em direção a sala, e apenas a sigo. A gata olha para mim por cima do ombro da Pamela , me deixando ver seus lindos olhos verdes. Pamela segue para o sofá branco em formato de L, que fica em frente a uma televisão, que para gigante seria pouco para definir. Ela deixa a gata no sofá, cuidadosamente , para em seguida me fitar.

- Me dê sua mochila. - Pediu. Acatando seu pedido, tiro uma alça e depois a outra, entregando a bolsa para ela. Ela passa por mim indo deixar a minha mochila numa das poltronas perto do sofá. Ao se aproximar novamente, fez sinal para que eu meu sentasse. Olhei para o sofá, para não correr o risco de não sentar na gata. Depois de me acomodar no sofá, vejo Pamela fazer o mesmo, pegando a gata que tentava andar para perto.

O silêncio que se fazia estava me deixando incomodada, eu me sentia um peixe fora d'água. E a sensação estranha em meu peito não ajudava em nada. Parece que perto dela eu fico alerta, mas porque?? Não tem nada demais nela... Quer dizer... Tem sim, mas... Argh! Eu não estou entendendo nada.

- Eu já te disse que você pode perguntar o que quiser... - Falou, olhando para nada em especial. Fitei-a sem entender onde queria chegar. - Se algo te incomoda, é só falar... - Completou, enquanto fazia carinho na cabeça da gata em seu colo.

- Eu sei que você já disse isso, - comecei. - mas não me sinto a vontade. - ponho meu cabelo atrás da orelha.

Um silêncio mais estranho ainda se instala, já que nenhuma sabe como agir, aparentemente. Aquela sensação estranha persiste, até que eu finalmente tenho uma idéia do que falar.

- Qual é o nome dela? - Pergunto, olhando para a interação das duas.

- Sun. - Disse sorrindo bobamente para a bolinha laranja. Ela desvia seu olhar para mim, o que piora a situação do meu coração. Ele não para quieto. - Quer segurar? - Indaga, ainda com aquele estúpido sorriso estampado.

- Cl-claro... - Gaguejo. Caramba, porque deus? Gaguejei na frente dela... Como eu gostaria de sumir.

Sem dizer uma palavra, ela pegou Sun cautelosamente, o colocou em minhas pernas. A gatinha me fitava intensamente, com um olhar curioso. Sem saber muito como agir, levei minha mão até o topo de sua cabeça, começando um carinho suave.

- Você gosta de bones? - sua voz falha.

"Ahn, que pergunta aleatória..." - penso.

- Gosto. - confirmo, ainda sem entender nada.

- Quer assistir?? - questiona um pouco mais confiante do que da primeira vez.

- aham...

Ainda sem entender nada, vejo Pamela torcer seu tronco para alcançar algo que estava atrás. Acompanhando seu movimento, vi ela pegando os controles remotos no móvel que está atrás do sofá. Em questão de segundos ela liga a televisão e a net, colocando no now. Zapea pelas opções mais alguns segundos, até que escolhe um episódio, que para minha surpresa é o meu...

- Esse é o meu episódio favorito. - Afirma Pamela. Encaro-a, sem conseguir acreditar na coincidência. Como esse pode ser seu favorito?

- É o meu favorito também! - exclamo animada. - Eu adoro a ironia no final desse episódio! - falo tudo isso olhando em seus olhos, que transpareciam a sua animação.

- Eu adoro o buxley, ele parece muito psicopata, mas ele só é mal interpretado. - comenta serenamente.

E assim, deixamos o diálogo para um momento posterior, prestando atenção na série. Uma sensação boa preencheu o cômodo, eu não sei se conseguiria descrevê-la, mas é como se não tivesse mais nada. Apenas um vazio bom. E com vazio, eu quero dizer que não haviam perguntas nem dúvidas, nada a não ser a sensação de que estava tudo em seu lugar. Meu corpo relaxou sobre o sofá em algum momento do episódio, e quando ele acabou, o interfone tocou. Assim, Pamela levantou indo atendê-lo na cozinha. Observo o jeito que anda, suas pernas e braços movendo coordenadamente, de uma forma inexplicavelmente linda. - Suspiro. Aquela estranha sensação na barriga volta a me incomodar. - Porque ela tinha que ser tão linda?

- Hey. - surge em meu campo de visão. - A pizza chegou. - Anuncia animada. E bem nessa hora, como se o universo conspirasse contra mim, meu estômago ronca alto. Desvio meu olhar envergonhada, mas Pamela logo dá um jeito de me confortar. - Parece que tem mais alguém com fome. - Fala com um sorriso doce.

Sorrio em agradecimento. Quantas vezes essa garota me ajudou hoje? Foram várias, e sem esperar nada. Ela me defendeu daqueles valentões e me emprestou essa roupa. Coro, ficando consciente de seu cheiro no tecido. Ah, e que cheiro bom. Por que essa garota tinha que ser assim? Ela me deixa tão confusa...

Quando percebo, Pamela está de volta com a caixa em mãos.

- Vamos pra cozinha?? - Chama em dúvida.

- Claro. - Respondo me levantando.

- Ah, leva a sun pra mim? Eu vou colocar a comida dela... - Assinto, pegando a gata que tinha ido parar num canto do sofá . A sigo até o outro cômodo, ficando parada na porta, por não saber o que fazer. Ela deixa a pizza sobre a bancada. Indo em direção aos armários, pega a ração de gato e um pote, rapidamente colocando a comida. Vira para mim, apontando com a cabeça a cama da gata, que estava perto das grandes janelas de vidro que iam do teto ao chão, sem tirar seus olhos castanhos de mim. Ando até lá, a colocando com o maior cuidado possível. Quando vou me levantar, Pamela se agacha ao meu lado, colocando o pote de comida perto dela e a cutucando, para que não dormisse novamente. Sun, percebendo o pote de comida, chega perto do mesmo, abocanhando sua ração.

- hey, você quer comer aqui, do lado dela? - o som de sua voz hesitante fez com que a fitasse.

- aham. - disse animada. Pamela se levantou para pegar a pizza, e eu aproveitei para me sentar.

- Você se importa de comer com a mão? - Perguntou, enquanto eu olhava o nada.

- Não. - Falo suavemente.

Meus olhos cravaram nela se aproximando com a caixa. Meu deus... Que fome! Ela se senta bem ao meu lado, de pernas cruzadas, colocando a caixa a nossa frente. Pamela a abre, dando vista a maravilhosa comida, que felizmente já estava separada naqueles triângulos sensacionais. Ela pega um pedaço e me oferece, o qual aceito de bom grado. Comemos inicialmente em silêncio, como toda boa comida deve ser apreciada. O ambiente ao meu redor era de extremo conforto, e por incrível que pareça, tinha uma atmosfera diferente.

- O que você acha que devemos escrever pro trabalho? - Pergunta apreensiva.

- Sinceramente... Não sei... - Comecei. - Não sou boa em escrever histórias. Eu posso ser a corretora e dar ideias, mas escrevendo sou péssima. - Falei a verdade, realmente sou muito ruim escrevendo. Tá pra nascer alguém pior que eu.

- hm... Eu sei escrever bem, e acho que tenho uma ideia do que fazer... - Diz pensativa. De repente, ela vira o rosto em minha direção e por reflexo faço o mesmo. - E se a gente fizer um romance, tipo mais focado nos personagens mesmo do que na revolução, obviamente, colocando vários elementos... - Começa a divagar em suas ideias. Meu olhar, sem querer, cai dos seus olhos para sua boca. Me perco observando aqueles lábios de aspecto macio, que agora estavam bem mais perto. Sinto o seu olhar sobre mim, e volto meus olhos para os seus. As orbes chocolate me encaram, agora também focalizando meus lábios. Pamela engole em seco, congelando em sua posição. E por falar em lábios, os seus ficam cada vez mais perto dos meus. Sem perceber, já estou bem mais perto e ela me olha acuada. Como se fosse possível, me aproximo ainda mais e a vejo fechar os olhos. Quando dou por mim, eu estava quase a beijando. Entro em pânico, me levanto abruptamente e saio em disparada para sala, deixando Pamela plantada. Pego minha mochila na poltrona, e ouço a voz da Pamela:

- Lauren! Espera! - Grita.

Corro, como o diabo foge da Cruz, abrindo a porta, e indo pra sei lá Deus onde.

Singelo - discreto, simples.

Incrível - algo que não dá para crer.

Acuada - parada diante do perigo ou ameaça.


Notas Finais


Se quiserem deixar alguma crítica construtiva ia ser bem legal. Não sei quando volto, mas vou voltar antes do fim do ano obviamente. Agradeço por quem acompanha a história, fico muito feliz em saber que tem gente que realmente gosta dela, afinal ngm ia gastar o tempo com algo que n gostasse. Divaguei legal aqui, bem... xau.


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