Acordei um tempo depois, sem saber o que havia acontecido, logo depois, lembranças daquilo me vieram á mente, fazendo-me chorar novamente, vesti o vestido, calcei os sapatos, e fui até a festa, que já havia acabado e estava sendo desmontada por minha mãe que me viu chegar com o rosto todo inchado e o vestido todo sujo.
- Minha filha! O que aconteceu?!- Veio correndo até mim.
Não conseguiria contar. Apenas chorei mais ainda em meio as lágrimas, eu disse:
- Fui ridícula, confiei em quem nem conhecia.- Apenas isso.
Quando chegamos em casa, contei tudo a eles. Meu pai disse:
-Filha, nenhum amigo meu mandou seu filho...- Com cara de preocupado, ele veio até mim, e me abraçou.
Aquilo mexeu comigo, como pude confiar em alguém que nem conhecia?!
; 2 meses ;
Desde o acontecido, eu fico cada vez pior, passando noites em claro por chorar. O pior, foi que isso afetou a todos aqui.
Um certo dia, minha mãe disse que iríamos nos mudar. Eu fiquei em choque, apesar de tudo ainda tinha amigas aqui e minha rotina...
Arrumei todas as minhas coisas e no dia de ir, estava muito mal, me despedi de todos aos prantos.
Quando chegamos, fomos logo á nossa nova casa, era enorme. Depois de arrumar tudo, meus pais saíram e eu fiquei ali, quando a campainha tocou, me assustei.
Fui ver quem era, um menino, se aquilo tivesse sido a 3 meses atrás, teria achado ele lindo, mas quando o vi, um arrepio subiu pelas minhas costas.
A forma do rosto dele, o jeito que o cabelo caìa pelo rosto, os lábios, tudo parecia angelical. E aquilo me deixou apreensiva.
-Oi?- Disse ele, me tirando de meus pensamentos, com uma voz extremamente doce, que me causou um segundo arrepio.
- Oi... O que quer aqui?- Disse tentando parecer séria.
- Queria saber se na tua casa tem água, já faz um tempo que não tem lá em casa- Falou apontando para a casa da frente.
- Eu... Não sei... Acabei de me mudar...- Falei olhando fixamente em seus olhos.
- Não se deve ficar encarando as pessoas, mesmo eu sendo lindo e você não resistindo ao meu sorriso- Falou brincando, me deixando nervosa e com vontade de chorar.
- Tchau...- Eu disse, fechando a porta até ele colocar o corpo pra dentro
- Nossa guria, eu tava brincando...
- EU POR ACASO DEIXEI VOCÊ ENTRAR?!
Confesso, sempre tive problemas para controlar minhas emoções. Nesse momento, meus pais chegaram, e quando viram ele, perguntaram o motivo de estar ali, ele disse o mesmo que havia dito para mim, só que com eles foi educado, e se apresentou. Lucas. Meus pais e ele conversaram como se eu não existisse.
Até que ele disse que tinham uma filha muito bravinha. Não sei o por que, aquilo me irritou. Depois de um tempo meus pais acabaram deixando ele tomar banho, e o convidaram para jantar.
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