História Uma história de Naruto: Yakago Iziki - Celestial: Terreno Desconhecido

Normalmente as histórias começam do início, está não será diferente. Muitas pessoas se perguntam como o mundo foi formado, se você tivesse uma resposta concreta, diria as outras pessoas? 

Meu nome é Yakago Iziki e vou contar para vocês como aconteceu. Antes de tudo, antes dos ninjas, antes de Kaguya Otsutsuki, antes mesmo do planeta Terra existia apenas o vazio. Errado, seres celestiais vagavam pelo universo vazio, eram conhecidos como os "do", quase todos eles possuíam esse sufixo no nome. 

Kado, Mendo, Surudo, Chiido, qualquer nome que você inventar e colocar "do" talvez tenha sido um celestial. De que isso importa? Eu, sinceramente, não sabia. Na verdade, não sabia de nada disso. Até que alguém me contou. Entre esses celestiais existia Kaguya Otsutsuki. Protetora do que estava no centro do universo. 

Perai... Isso quer dizer que o universo tinha fim? Ah, claro, sim. O universo tinha fim, bom, pelo menos esse universo tinha. Kaguya podia ter outro nome como defensora deste pequeno objeto brilhante que tinha a forma de um diamante que você vê em desenhos por aí. Tipo esse que você está pensando agora, é uma visão bonita não? Imagina que isto guarda um poder inominável, um poder capaz de mudar tudo. Um poder capaz de fazer tudo. 

Com certeza está pensando "Caraca, mas Kaguya defendia isso? Ela ama o poder." A única resposta que posso dar é que nem sempre foi assim. Agora chegamos na minha parte favorita. Com o passar dos tempos. Que tempos? Ué, mesmo no universo vazio o tempo passava. Deixa eu falar. Obrigado. Bom, continuando... 

Alguns celestiais queriam tomar aquele poder de Kaguya, para que pudessem criar algo para se divertirem com ele. Vários esforços se seguiram para pegar aquele pequeno diamante. (vamos chama-lo assim) Nenhum deles dava certo, mesmo que todos tentassem. Kaguya era muito esperta e difícil de ser enganada. 

Tinha dias que um deles até chegava perto até ser chutado para longe. Dias? Aaaaaah, você entendeu. Droga de bipolaridade, tenho que parar de questionar à mim mesmo. Bom, continuando... Kaguya não esperava que um dia eles se juntassem e quando um deles tocou no pequeno diamante... BUM!!! 

Uma enorme onde de gás e poeira explodiu para todos os lados levando quase todos os Celestiais à morte. Alguns tiveram parte de seu poder absorvido, como a própria Kaguya, outros viraram pó. Aquele que tocou no pequeno diamante sentiu que aquilo o destruiria e fugindo um pouco daquele local, foi preso dentro de uma porção de rochas que se aglomerava. 

Hoje conhecemos essa porção como Terra e é nesse planeta tão monótono que começamos a nossa história. 

                         *******

 - Filho, acorda. Mamãe? Abri meus olhos devagar sentindo o cheiro de outono do cabelo de mamãe, ela era linda. Seus olhos eram azuis como um lindo lago cristalino. Mas seu semblante parecia preocupado: - Filho, levanta. Temos que ir. 

Ela me pegou no colo, ainda não acordei o suficiente para levantar. Porque tem malas ali no canto do meu quarto? Mamãe pegou as malas e saiu correndo comigo já acordando em seus braços. Quando percebi que era um garoto de sete anos sendo carregado pela mamãe, pedi para descer já quase 100% acordado. 

Papai esperava na sala, papai também era um cara muito bonito, seus olhos verdes eram iguais aos meus e o deixavam com um ar de pessoa respeitada. Papai era respeitado, pois trabalhava com o Kage de nossa Aldeia. Papai era ninja e contador, trabalhava com o dinheiro do nosso povo, ajudando sempre onde podia para os mais pobres: 

- Filho, - ele disse - pegue um travesseiro. - Papai estava assustado - Amor, - dizia para mamãe - consegui uma passagem para Konohagakure no Sato, (Aldeia Oculta da Folha) vamos de barco. Mas não um muito grande, o que é bom. 

Peguei meu travesseiro e voltei para mamãe, ela chorava por isso estava estranha, mamãe nunca chorava. Ela preparava um sanduíche rápido para eu comer e quando me deu, saímos para a rua atrás de papai. Fomos pelos becos, nunca vamos pelos becos, mamãe não gosta de como é ruim sujar as roupas de coisas que ficam ali. 

Chegamos no porto, eu senti o cheiro de água salgada. Embarcados em um pequeno barco onde cabiam no máximo dez pessoas, mas só tinham seis, contando com minha família. Papai estava agitado nos dois dias que se seguiram, porque? Ele não dizia. Queria que chegássemos em Konoha logo, dizia que só lá estaríamos seguros. 

Acordei na manhã do terceiro dia ouvindo som de metal em choque, levantei rápido pegando uma kunai do lado da minha cama. Quando subi, fui parar na proa e ali atrás, lutando na água, meu pai e minha mãe contra um bando de ninjas. Senti algo atrás de mim, então virei com a kunai mas um homem alto e forte me segurou: 

- Parem os dois, - ele dizia - se não eu mato esse moleque. Mamãe e papai pararam de lutar enquanto eu tentava me desvencilhar do homem que me segurava. Ele era forte demais, mamãe e papai se ajoelharam e três caras encapuzados se aproximavam, eles sacaram kunais: 

- Papai, mamãe - eu gritava mas eles não me olhavam. As kunais desceram por seu pescoço, fazendo sangrar e os dois caírem na água, afundando: - Não!!! Perdi as forças e o homem disse: 

- Sua vez, pequenino. Eu chorava, ele me jogou no chão, e eu chorava, ouvi o barulho de sua kunai sair do bolso, e eu chorava. Ele veio com a kunai, mas o golpe não me acertou, pois ele era lento: 

- Como você? - ele disse quando minha kunai estava encravada em seu coração e os outros não reagiram bem à isso, eu chorava, aquele havia caído morto aos meus pés. Vi uma abertura para fugir e que havia uma praia por perto, era para lá que eu iria. 

Comecei a correr por sobre a água com o chakra na planta dos pés, logo eles estavam atrás de mim, girei os calcanhares jogando na direção deles todas as minhas ferramentas, incluindo kunais com selo explosivo. Apenas um foi pego pela rajada de explosões e shurikens. 

Continuei correndo, conseguindo um pouco mais de vantagem pois eles tiveram que desviar do meu surto de "vou tacar tudo". Mas logo se aproximavam, eu tinha mais uma Shuriken, a primeira Shuriken que meu pai havia me dado. Nela havia um selo com um escrito embaixo que dizia " rasgue". 

Ao rasgar o selo, a Shuriken fez um "puf" e ficou bem maior, até mesmo que um fuuma Shuriken, (Shuriken de vento demoníaco) sem pensar duas vezes, lancei na direção deles e liberei um jutsu: 

- Kage Shuriken Bunshin no Jutsu (Jutsu Clones das Sombras de Shuriken.) Vários shurikens gigantes voaram na direção dos homens que estavam vindo para cima de mim, consegui usar o Jutsu que ainda não havia dominado perfeitamente pela primeira vez. Porém, eu senti algo agarrando meus cabelos, uma mão: 

- Achou que ia fugir? - Ele dizia agora me virando e colocando no ar, pelos cabelos mesmo - O traidor do seu pai morreu, agora você vai junto. 

Eu vi um brilho amarelo depois que a kunai daquele homem que me segurava voou para longe, depois vi este mesmo brilho chutando a cara dele com força. Ele largou meu cabelo e cai na água, tive que voltar para a superfície e quando voltei, um homem de cabelos amarelos curtos e espetados ofereceu a mão para mim. 

Seus olhos eram azuis e bondosos, ele usava um casaco laranja e calça preta, uma de suas mãos estava enfaixada e foi exatamente essa que ele ofereceu: 

- Está tudo bem. - Ele disse com um sorriso confiante e feliz no rosto - Eles não vão te incomodar.

Seu manto branco balançou um pouco e consegui ver a escrita "Nanadaime Hokage" (Hokage da Sétima Geração). Foi isso que me fez segurar sua mão e levantar com sua ajuda: 

- Obrigado, - disse dando uns tapas na roupa molhada - senhor Hokage. 

- Pode me chamar de Naruto, se machucou? 

- Não, - o pesar da morte de meus pais bateu - mas meus pais, eles estão... 

 Naruto olhou para trás e pareceu ver o pequeno barco que estávamos. Seu rosto não se abalou, mas o meu estava destruído: 

- Vou te levar para Konoha. (Vila da Folha) Eu perdi as forças e quase cai na água de novo, se ele não tivesse me segurado, talvez caísse. Ele me puxou para suas costas e com uma velocidade incrível foi para a praia e para além das árvores. 

Não demorou muito até vermos o portão de Konoha. Mas não foi ali que ele me deixou, entramos e aos poucos as pessoas o olhavam, admiravam ele, eu percebi. Ainda assim, achavam estranho um garoto em suas costas, desconhecido, um magrela fortinho com cabelos caindo nos olhos, tão negros quanto a noite e olhos verdes, este era eu. 

O escritório do Hokage foi onde desci e ali estavam outras duas pessoas, um homem de cabelos negros presos em um rabo de cavalo e o outro com cabelos brancos como se tivesse levado um choque de tão estranho que eram. Este usava uma máscara no rosto, já o rabo-de-cavalo, tinha olhos profundamente cansados. 

O Hokage me deixou sentar no sofá dele ao lado de sua mesa antes do rabo-de-cavalo perguntar: 

- Quem é o garoto? 

- Prepare a papelada, - o Hokage disse - esse menino vai morar aqui por um tempo. 

- O que? - rabo-de-cavalo e cabelo branco falaram juntos - Como assim? 

- O barco que ele e os pais estavam foi atacado, já sabem o resto. 

Os dois arregalaram os olhos e se aproximaram de mim, cabelos brancos foi o primeiro a falar: 

- Oi, qual seu nome? 

- Yakago Iziki - respondi querendo que confiassem em mim, fingindo esquecer que meus pais acabaram de morrer. 

- Meu nome é Kakashi Hatake e este aqui - ele apontou para o rabo-de-cavalo - é Shikamaru Nara. 

Fiz que entendi com a cabeça, mas o Hokage os parou: 

- Kakashi-sen... Quero dizer, Kakashi, ele pode ficar na sua casa até amanhã? Ele fez que sim com a cabeça e respondeu: 

- Claro, vamos, vou te mostrar onde é. Quantos anos você tem? 

- Eu tenho oito. 

                       ******** 

 Dois dias se passaram, conseguiram uma casa simples para mim e fizeram um funeral para meus pais, com placas e tudo. O Hokage disse que eu começaria a estudar na Academia Ninja deles, pois meu chakra era alto e poderia ser um bom ninja um dia. Aliás, também contei que sou de Otogakure, mas só para o Hokage que prometeu guardar segredo. 

As noites eram longas para um menino que tinha feito oito anos enquanto viajava de barco com os pais. O máximo que eu fazia durante elas era chorar, chorar demais. Havia dias que eu pegava no sono rápido, outros era um desespero para dormir. Pesadelos e outras coisas, eu não sabia o que tinha acontecido, tentava vasculhar na memória, mas nada. 

Com isso chegava o primeiro dia da academia, quase um mês depois, eu tinha visitas do cabelos brancos toda semana. Ele vinha para saber como eu estava. O Hokage aparecia de vez em quando, deixando a casa rápido ou explodindo em um clone. Já eu, ficava olhando para uma parede branca todos os dias ou para a porta, esperando que eles aparecessem, meus pais. 

Kito e Ai Iziki estavam mortos, era difícil gravar isso na cabeça. Papai e mamãe. Sai do devaneio entrando na minha "sala de aula", acho que cheguei atrasado pois todos me olharam. Dei de ombros e sentei na primeira fileira perto da porta de cima o mais no canto possível, haviam poucas pessoas ali e nada de professor então, histórico perfeito ainda continua. 

Ouvi um burburinho em uma mesa onde haviam quatro garotas e olhei de canto, elas ainda olhavam para mim. Voltei a olhar para frente e uma pessoa abriu a porta, era uma garota de casaco rosa e saia branca, cabelos negros e curtos seus olhos me prenderam por um instante, tinham um brilho natural e eram azuis quase ciano, exibia dois pequenos riscos em cada bochecha o que a deixavam fofa. 

Mas, perdi a atenção dela quando logo atrás o Hokage e um senhor de meia idade com cabelos azuis na altura do ombro e olhos acinzentados entrou com ele. Ambos se dirigiram a mesa perto do quadro "verde" negro, já a menina se sentou na primeira fileira exatamente no meio. Depois de uns segundos falando com cabelo azul o Hokage se vira para nós: 

- Bom dia, alunos da academia. Todos respondem com "bom dia senhor Hokage" rapidamente. Ele retribui com um sorriso enorme e uma reverência de brincadeira - Hoje eu vim falar sobre um aluno novo na turma de vocês, ele é recém-chegado então - ele falava de mim - Yakago, levante-se por favor. 

Me levantei e vi todos os olhares na minha direção de novo, eu causo uma boa impressão nas pessoas, minha mãe sempre me dizia isso. "Você tem os olhos de uma pessoa que se pode confiar": 

- Senhor Hokage - fiz menção de lhe fazer uma referência, mas ele foi mais rápido. 

- Pode vir aqui na frente? Levantei a sombrancelha, mas logo tive que descer. O Hokage pôs a mão na minha cabeça e disse - Espero que ajudem ele a se enturmar. 

Umas meninas disseram "claro" e os rapazes já me olhavam com raiva. O que foi que fiz? Parece que eu já moro aqui faz anos pelas caras deles. Yakago Iziki se sentindo deslocado, uma mão se levanta ali na frente: 

- Pa... Senhor Hokage, - a menina de rosa era filha do Hokage - faremos o nosso melhor, como sempre. 

Um pouco depois eu já estava no lugar onde queria, lá trás. A aula havia começado com o cara de cabelo azul que disse seu nome para mim, era algo como Salin, mas juro que não entrou na cabeça. Até o final da aula eu anotei muita coisa que nem sabia que existia. Mas uma coisa me chamou atenção, a menina foi a única que não falou nada e prestou atenção na aula inteira, ao contrário de um tal de Kisume que não calava a boca. 

Mas além disso, aquela primeira aula tinha sido bem entediante mesmo eu não tendo muito o que fazer depois, fui falar com o professor. Depois de um tempo eu descobri que era um substituto de Shino Aburame, quem quer que fosse essa pessoa, e sairia assim que ele voltasse. 

Pensei realmente nessa outra pessoa, esperando que sua aula não fosse um tédio. Voltei para minha casa onde o cabelos brancos, Kakashi, estava sentado na mesa da cozinha. Ele fez sinal para eu me sentar com ele: 

- Como foi seu primeiro dia? - Fiz minha melhor cara de feliz, mas ele percebeu a mentira logo que sentei - Tão ruim assim? 

- As coisas eram diferentes onde eu morava - meu quarto então, era realmente diferente, mas, em se tratando da cozinha era bem parecida. 

Uma pia debaixo da janela que dava para o portão enorme da vila, minha casa ficava realmente perto da entrada. Um fogão do lado direito e uma geladeira no esquerdo, uma mesa de madeira redonda no centro com duas, não, três cadeiras. As portas ficavam do outro lado, uma para fora da casa e a outra para o quarto que era bem pequeno: 

- O ambiente é totalmente diferente, minha casa era maior, meu pai trabalhava com o... 

- Tenha seus segredos, Yakago. - Ele me interrompeu rápido, só então que percebi que estava parecendo esnobe, coisa que eu realmente nunca fui - Eles te salvaram um dia.  

Assenti levantando e pegando uma garrafa de leite da geladeira, oferecendo para o sexto Hokage na minha frente. Qual foi? Até parece que não dá para ver o tamanho do rosto dele naquela pedra. 

Ele pegou um copo que eu havia acabado de lavar e tomou um pouco de leite, logo depois sentei tomando também do meu copo. Ele me encarou por um instante: 

- Posso te fazer uma pergunta? Fiz que sim com a cabeça. - Você treinava lá onde morava? Fiz que sim, de novo. - Mostre-me. 

Amanhã, no centro de treinamento. O Hokage pediu que eu avaliasse você. Dei um sorriso: 

- Vai ser bom esticar as pernas um pouco. Vou adorar, senhor ex-Hokage. 

- Me chama de Kakashi, serei seu sensei neste período. 

- Kakashi-sensei então. 

 .                      *******

 Oi, eu sou o Goku. 

Não, espera, isso é outro anime. 

Oi, eu sou o Yakago. No próximo capítulo eu terei que treinar com Kakashi Hatake, o sexto Hokage de Konohagakure no Sato (Vila Oculta da Folha). O nome do próximo capítulo é... 

Relâmpago contra relâmpago: Pegue os gizos.