História Uma história de Naruto: Yakago Iziki - Jantar: Uma nova família

Jantar: Uma nova família.

Naruto

Depois de ter pedido para Boruto deixar o bilhete naquela casa, fiquei imaginando o que eu poderia fazer mais por aquele menino. Sabem, acho que se eu não cuidar dele; talvez ele seja mais um Sasuke procurando vingança. Por isso estou tentando fazer ele se sentir em casa, espero estar fazendo o certo. Boruto já tinha voltado para casa e decidido passar o resto do dia vendo televisão.

Estava de folga que eu mesmo quis me dar, conversei com Shikamaru e ele aceitou trabalhar naquele dia. Meu corpo só desejava um bom descanso, mas ainda assim eu estava preparado para qualquer mudança repentina no clima do escritório. O comunicador especial de emergência preso ao ouvido, enquanto minha mulher servia o café da manhã naquele dia:

- Quer alguma coisa especial, querido? - Hinata estava deixando seus cabelos crescerem de novo e ficava mais linda a cada vez que eu olhava - Vou ao mercado depois do café comprar algumas coisas para o jantar.

Eu sorri encantado com a voz que ela tinha, cada vez mais encantado na verdade. Ela se aproximou de mim, senti a tensão do meu corpo vibrar com o dela. Eu estava sentado na mesa e ela se abaixou para nossas bocas se alcançarem. Quando nos beijamos foi como se o mundo aliviasse tudo o que jogava em cima de mim, mas essa sensação durou poucos segundos:

- Mamãe, - Himawari havia gritado do quarto - vem cá.

Hinata se afastou afagando meus cabelos e limpando os lábios com o desejo indo embora devagar:

- Trás uma carne especial. - foi só isso que consegui dizer antes dela me dar um beijo na testa e ir para as escadas - Hey, - ela parou olhando para mim com seu lindo sorriso no rosto - eu te amo.

- Também amo você.

Com seu sorriso, ela subiu as escadas. Não consegui deixar de pensar na sorte que eu tinha, minha mulher era perfeita em vários aspectos, todos que eu gostava na verdade. Era bem raro brigarmos, mas quando acontecia, a gente se reconciliava da melhor maneira possível. Dei um gole no meu café depois fechei os olhos sentindo o vento batendo no meu rosto, foi uma brisa do nada que veio forte e muito bem-vinda.

*******

Yakago

- Veio comer Ramen de novo? - Disse o senhor Teuchi - Vai engordar assim.

- É que... - eu ri - não sei fazer comida.

Ele me ofereceu o assento em um daqueles bancos, sentei devagar. Alguns minutos depois ele coloca uma bandeja na minha frente, nela havia um prato de Ramen e um refrigerante de limão:

- Só dessa vez, por conta da casa. - Ele piscou para mim depois voltou ao seu trabalho, estava muito cedo, mas algumas pessoas já apareciam para comer do melhor Ramen do mundo.

Era delicioso, tinha suas nuances que enlouquecia o paladar. Para comer o Ramen do Ichiraku você precisava ter um controle mental enorme. Se não tivesse, sairia comendo igual louco. Eu gostava de mastigar tudo devagar, no caso comer tudo devagar, a sensação de vários sabores unidos em uma formula perfeita era algo inimaginável. Tirando, é claro, que comesse aquele Ramen.

A definição correta é Manja dos Deuses, eu acho. O Ichiraku era tudo o que você poderia gostar caso estivesse em Konoha. Acho que nem o monumento dos Kages se igualava. Eu nem tinha percebido quando acabei de comer, levaram longos dez minutos saboreando cada pedaço de macarrão que vinha no hachi. Nem tinha tocado no refrigerante e decidi colocar dentro da mochila que carregava comigo:

- Muito obrigado, Tio Teuchi. - Falei isso colocando o dinheiro em um lugar visível para ele - Mas eu quero pagar.

Depois de muita conversa, ele decidiu que era mais sensato me deixar pagar. Sou muito chato com isso de não pagar minhas coisas, isso me lembrou... Tinha que comprar alguma coisa para ajudar no jantar. Tinha que ser algo fácil de se fazer, já que não era minha especialidade fazer comida. Estava indo para o mercado quando dei de cara com a moça loira de olhos azuis e os meus pararam em seu encanto, seu sorriso alegre enquanto escutava uma música em fones de ouvido.

Estava perto da prateleira de arroz, ia pegando um saco de cinco quilos e me aproximei devagar. Não porque eu quisesse ir devagar, mas o lugar estava lotado, sábado era dia de compras para todos, até aqui:

- Senhorita, - esperei que olhasse, e olhou - pode me ajudar?

Ela estava com um saco de feijão na mão e jogou em seu carrinho, exibindo um sorriso enorme que à deixava muito mais bonita do que já era:

- Claro, claro. Do que precisa? - Ela não tinha uma postura de quem gosta de mandar em nada, sua postura era muito mais do que humilde. Seus olhos eram tão bondosos quanto os do Hokage - Aliás, meu nome é Hari.

- Obrigado, eu sou Yakago Iziki. Seu nome por acaso é diminutivo de Raridade?

Ela riu bastante, uma risada contida e fofa:

- Não, não. - Ela se recompôs - Do que precisa?

- Eu vou jantar na casa do... - pensei bem antes de falar, não sabia se poderia dizer mas os olhos dela me convenceram de que sim - do Hokage hoje e quero poder levar alguma coisa.

O sorriso dela só aumentou, por alguma razão ela estava muito feliz e por alguma razão ela ficava ainda mais linda:

- Eu também vou. - Ela olhou para o arroz e o feijão colocando de volta na prateleira - Que tal fazermos um espeto de peixe juntos?

Eu não sabia o que responder, por essa não esperava. Se essa mulher for uma ninja, eu nem sei como ela não passaria em todos os lugares que entrasse. Ela era, tenho que parar de pensar na beleza dela:

- Se não tiver problema para a Senhorita.

- Mas é claro que não, venha.

Ela me puxou para comprar um bando de coisas e quando dei por mim estava na fila do caixa. Meia hora depois na casa dela ajudando a fazer comida, sempre sorrindo, sempre feliz. Eu não me sentia nenhum pouco mal ao lado dela, sua felicidade era inesgotável. Parecia que a casa era só dela, pois com a noite chegando ninguém apareceu. A panela fumegava em minhas mãos protegidas por luvas de cozinheiro. Ela me comprou até roupas novas, uma blusa preta e uma calça jeans natural:

- Porque eu tenho que ir assim? Minhas roupas não estavam boas?

- Desculpa, eu me empolguei - ela sorriu se desculpando e eu não consegui dizer mais nada.

Como pode eu só tenho oito anos, ela já tem mais de vinte. Será que ela afeta todos assim? Já estávamos na rua, ela decidiu levar a panela, para que eu não me sujasse. As roupas dela não mudaram, usava saia na altura dos joelhos azul escura e uma blusa sem decote de mangás curtas amarelas. Botas de cano longo com uma daquelas meias que se gruda na pele, meia calça, eu acho. A noite iria ser longa, algo me dizia isso mas seria uma noite feliz.

A casa do Hokage não era tão grande, mas parecia ser aconchegante. Hari bateu na porta e eu fiquei preparado para aquele dia, caso Himawari perguntasse se meus pais tinham falado comigo. Bobão, porque foi mentir para ela? Quem abriu, há, que bom, tinha mais duas pessoas pelo menos para abrir:

- Tia Hari - Himawari ia abraçar ela que mexeu a panela - melhor não mesmo. Tudo bem?

- Tudo bem sim, minha linda e com você?

Ela estava realmente bonita, usava um casaco lilas e uma saia cinza bem escuro um pouco acima dos joelhos. Eu estou farto de mulheres bonitas nesta cidade, assim me distrai:

- Yakago - ela olhou para mim e suas bochechas ficaram vermelhas, não entendi essa reação. É verdade que meus cabelos finalmente estavam penteados depois de mais de um mês. - você está... Quero dizer, entra.

- Senhorita Uzumaki, está linda. - Fui cortês querendo passar uma boa impressão e beijei o nó de seus dedos depois que pedi sua mão com aquele gesto que todos conhecem - Obrigado por me receber.

Entramos e eu soltei um longo "ufa" por ter me saído bem. Estava nervoso, mas isso teria que esperar, atras da porta havia uma escada e um corredor. O corredor ficava mais à esquerda e foi por ali que andamos com Himawari na frente. Hari foi direto para o que eu achei ser a cozinha e Himawari me levou até uma área do lado de fora da casa que ficava passando uma porra de correr com vidro:

- Aqui dá para ver Konoha inteira.

Ela sorria, seu sorriso era lindo e aquele lugar também. Era uma varanda que dava para um lugar um pouco mais alto da vila, tinham duas cadeiras para se deitar. Era perfeitamente feita, varanda de madeira e cadeiras também. Só que estas eram em MDF. Olhei para ela querendo alguma coisa que não veio na minha cabeça segundos depois, então perguntei:

- Você é filha única?

Ela olhou para mim com seus olhos azuis esbranquiçados, deu um leve sorriso ao falar:

- Tem o meu irmão. Boruto, ele é meio famoso agora. Está no quarto deitado.

- Famoso? E está no quarto deitado? Que droga, eu estaria treinando. Se seu pai não me chama para jantar, provavelmente seria isso que estaria fazendo.

Ops, falei demais. Ela me olhou com uma cara feia que ainda à deixava bonita. Levantei os braços em forma de rendição. Ela falou algo que eu prefiro não repetir:

- Olha a língua. - Agora foi minha vez de olhar de cara feia - Essas palavras não devem ser pronunciadas assim.

- Desculpa. Não gosto que falem mal do meu irmão.

Respirei fundo antes de tentar qualquer outra aproximação. Não seria fácil ter amigos aqui e eu sabia, ainda mais se começasse com uma garota:

- Foi mal, eu não quis fazer isso. - Mentira, eu acho que sim - É que eu já vi tanta coisa no mundo, não quero desperdiçar o tempo que eu tenho aqui.

- Tudo bem eu te...

De repente senti um formigamento no ouvido, algo me disse para sair dali, então pulei para cima de Himawari. Caímos no chão quando um buraco azul se abriu em pleno ar. Desse buraco saiu um relâmpago azul e um branco, ambos pareciam estar em alta velocidade e passaram pela casa inteira. O relâmpago azul parecia impedir que o branco destruísse a casa e um pouco depois do mesmo buraco um vermelho saiu em disparada atrás dos dois que entravam pela cidade onde outro buraco saiu e sumiram.

Isso foi tudo em um piscar de olhos de tão rápido, parecia uma daquelas histórias de quadrinhos. O portal perto de nós se fechou e sai de cima dela:

- Está tudo bem? - Perguntei oferecendo a mão para que ela se levantasse.

- Tudo sim, - havia um desespero na voz - o que foi aquilo?

- Não sei - eu estava assustado - mas foi rápido como um trovão.

Estávamos calados e parados olhando para o local onde os portais haviam aparecido e sumido. A casa estava totalmente intacta, nem parecia que seres mutantes super rápidos tinham corrido por ali. A única coisa que ainda restava era o som estridente de relâmpagos se encontrando. Parecia que ninguém na casa tinha ouvido até um garoto loiro de cabelos rebeldes e lisos aparece após descer as escadas.

Ele usava uma jaqueta preta e calça também preta. Devia ser o irmão da Himawari, o tal de Boruto. Ele olhou para nós dois:

- Como duas crianças de oito anos fazem tanto barulho?

Eu vi o porquê dele estar acomodado, em seu braço direito havia uma faixa enorme. Provavelmente protegia de queimaduras fortes, ele parecia desanimado e assim andou para a cozinha. Olhei para Himawari na hora:

- Desculpa ter lhe derrubado.

- Obrigada por isso - Ela sorriu - podemos deixar entre nós por hoje? Estragaria o jantar.

- Eu não quero falar disso tão cedo. - Falei sério - Acabei de chegar e vão achar que sou doente mental.

- Obrigada - ela me deu um beijo na bochecha e foi para a cozinha também.

- De... - fiquei vermelho - nada.

Acontecimentos não mais encheram aquela noite, o jantar/banquete já estava na mesa. Naruto me fez levantar de novo e me apresentar. Foi enquanto estávamos comendo que o que temia aconteceu:

- Yakago, seus pais já falaram quando vão vir?

Naruto engasgou e eu abaixei a cabeça. Por alguma razão eu queria continuar sendo normal e a única forma era tendo pais, mas foi o Hokage quem falou:

- Yakago, pode contar para ela. - Ele piscou para mim - Sei que mandei você mentir sobre isso por enquanto...

Olhei para todos na mesa que me olhavam de volta e percebi que a beleza de Himawari estava toda na mãe. Sua mãe era linda e quando falava possuía uma voz de anjo, mas continuando...

- Meus pais morreram antes de chegarmos aqui.

Um "oh" foi ouvido de todas as bocas presentes, tirando a de Naruto. Himawari olhou para mim e fez um meio sorriso como quem pede desculpas. Já Hinata olhava fundo nos meus olhos:

- Yakago, vai ficar tudo bem.

- Eu sei - respondi sem confiança.

- Então, aquela casa. Você está morando sozinho? - Essa foi Hari e todos olhavam para ela perguntando onde me conhecia - Ele me ajudou quando um cara tentou me assaltar. Levei para casa depois.

- Estou sim. - Sorri, mostrando que estava tudo bem - Mas está tudo certo. Meus pais me amavam demais e se sacrificaram por mim, então tenho que fazer o meu melhor.

- É assim que se fala, tô certo. - Disse o Hokage - Agora, comam para não ficar muito tarde.

Voltei a comer rapidamente, estava maravilhoso. Com certeza a mulher do Hokage era uma cozinheira de mão cheia, Hinata era o nome dela. Acho que já comentei isso anteriormente. Ah, deixa ir de novo então... Ela fez questão que eu comesse bastante.

Após o jantar a família se reuniu para ver um filme e eu ainda estava sentado na mesa. Boruto chegou em mim e disse:

- Cara, senta lá no sofá. - Pousou a mão no meu ombro - Isso parece ficar desconfortável com o tempo.

Ele falava da cadeira e era verdade, minha bunda parecia estar sendo cada vez mais amassada. Doía bastante, o que era muito chato. Aceitei procurando um lugar para sentar no sofá, achei um do lado de Hari e me sentei devagar. Logo a televisao liga com uma imagem muito boa, realmente boa, de onde eu venho é cheia de chuviscos.

Acabamos assistindo um filme de um jogo onde um menino no final ganha uma guerra com naves, o problema é que ele achava que aquilo era falso. Ele realmente venceu uma guerra jogando video-game, o problema é que várias pessoas morreram. Quando o filme acabou o irmão de Himawari se espreguiçou e disse:

- Que filme foda.

- Olha a língua - dissemos Hari e eu.

Ele olhou para a gente assustado, pois olhamos de cara feia. Naruto riu e Hinata ficou olhando e dando bronca ao mesmo tempo nele. Resolveu subir e um pouco depois eu estava indo embora:

- Yakago, - Hari disse assim que saímos - vou te levar em casa.

Ao mesmo tempo que ela disse isso a porta se abriu de novo com o Hokage segurando uma caixa:

- Esqueci de te dar - ele me entregou - espero que goste. Pode abrir em casa.

- Obrigado - fiz um agradecimento com um semi-reverencia.

- Agora para casa, está muito tarde.

Assim eu e Hari fomos, minha casa não era muito longe então chegamos rápido. Assim que eu estava na porta, peguei a chave abrindo e me despedindo ao mesmo tempo, porém ela me pediu para parar:

- Yakago, - ela se aproximou ficando perto de mim - você quer ir morar comigo?

- Ah? - Juro que não entendi.

- Você não precisa ficar em uma casa sozinho, pode ir morar comigo.

Ela sorriu e meu rosto já dizia sim sem mesmo meus lábios pronunciarem a palavra. Ela se ajoelhou já que sou baixinho:

- Ninguém precisa ficar sozinho na vida, ainda mais você que é uma criança. Se quiser, pode ir morar comigo. - Ela sorriu - Vai ser legal.

- Posso conversar com o Hokage sobre a casa, mas sim... Seria legal.

Ela sorriu e me deu um beijo na testa:

- Durma bem.

- Obrigado, Hari. Você é mesmo uma Raridade.

Entrei em casa agora, sentindo uma felicidade enorme. Me joguei na cama com a caixa no meu colo, resolvi abrir naquela hora. Dentro da caixa havia um manto, eu retirei ele devagar e percebi que já o tinha visto em algum lugar. O manto era perfeitamente feito para mim, era o manto da meia-noite que fora exibido na televisão da última vez que vi na minha casa. Eu vesti deixando ele cair como uma luva. Exibia detalhes brancos e bolsos para apoio, a parte de cima era como um colete de proteção.

Peguei uma kunai e bati com ela no manto, que foi repelida muito rápido para longe:

- Maneiro.

Tentei dormir naquele dia, mas nao consegui. As imagens dos três velocistas ainda meciam com a minha mente, mesmo eu não tendo pensado muito nisso enquanto estvaa com Hari ou Himawari. Percebi que de alguma forma, elas eram grandes pessoas como o Hokage, eu tinha que ser forte se quisesse proteger aquelas pessoas que um dia poderiam ser muito importantes na minha vida.

Sai naquela noite para treinar, me encontrei no campo de treinamento perto daqueles três troncos. Correndo e usando a minha velocidade com o chakra na planta dos pés. Percebi que ficava mais rápido, mas nem tanto. Uma figura de preto apareceu ali também:

- Isso não é hora de uma criança estar treinando.

Um dos olhos dele era vermelho e reconheci como:

- Sharingan? Uchiha Sasuke?

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Oi, eu sou o Yakago.

Devo dizer que o próximo episódio nos teremos Sasuke Uchiha e sua arrogância inteira em um capítulo só. Teremos também Hari, apresentaremos um pouco da vida dela.

O próximo capítulo é:

Relâmpago nas mãos: A garota do cabelo loiro