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História Uma história de uma linha temporal confusa - Amigos...


Escrita por: Fandemiraculous

Notas do Autor


Hello, peoples!!!! Eu sei que eu demorei pra postar, mas é que ontem foi meu níver e eu pensei em algo tipo: o aniversário é meu, mas quem ganha é você! Aí eu ia postar dois capítulos num dia só, mas acontece que eu demorei pra fazer o capítulo 27 e ele não ficou bom, sem falar que depois da festa eu fiquei um caco. Então eu só vou postar o 26 hoje. O 27 pode esperar.
Vocês souberam? Segunda temporada só em dezembro. ;(
Mas isso dá tempo para que eu termine essa fanfic e comece a postar a "Era uma vez...".
Bem, chega de enrolação e bora pro capítulo!

Capítulo 26 - Amigos...


Era um fim de tarde calmo. Sunya estava na árdua tarefa de limpar o porão. Ela podia muito bem deixar esse trabalho para Sofia, mas sabia que sua irmã estava, naquele momento, cuidando de assuntos do coração. Ela deu uma risadinha com esse pensamento e voltou ao serviço de guardar as coisas espalhadas pelo chão. O porão era um verdadeiro caos de fios, parafusos e anotações coladas nas paredes. Relâmpago não ajudava em nada ao ficar deitado preguiçosamente sobre as caixas. Sunya deu-lhe um olhar reprovador para o gato que agora cochilava mansamente. Ela tinha um longo trabalho pela frente.

[...]

A sala de espera do hospital era fria e silenciosa. Sofia estava roendo as unhas, impaciente pela espera, que, na verdade, nem era tão grande assim. Quando soube por Lila que Marcos tinha ido para o hospital após um acidente no Auditório, foi correndo para onde ele fora levado. E agora lá estava ela, esperando alguma notícia, algo que mostrasse mais detalhes do que acontecera, se ele teve machucados graves... Ela estremeceu com essa ideia.

Logo a enfermeira chegou e levou a jovem até um quarto. A porta branca abriu-se para revelar um garoto entediado deitado sobre a maca e com a perna direita e o braço esquerdo engessados. Sofia foi correndo até onde Marcos estava. Seus olhares se encontraram e eles não conseguiram parar de se encarar.

— O horário de visita acaba em dez minutos. – disse a enfermeira, interrompendo a troca de olhares e saindo de lá.

Os dois deram um olhar de constrangimento e culpa devido ao que acontecera antes entre eles.

— Você me assustou, viu? – disse ela, com uma voz meio tímida e com um tom de reprovação que uma mãe diria depois que seu filho fizesse algo errado. Marcos se encolheu um pouco e Sofia sentou-se na beira da cama. – Quando a Lila me contou que você estava no hospital por causa de um acidente no Auditório, eu fiquei com medo. – ela olhou nos olhos dele, mostrando sua preocupação. – Você teve alguma coisa grave?

— Eu só quebrei o braço e a perna. – disse ele, como se fosse algo banal. - O médico disse que eu vou ficar bem em algumas semanas. – ele disse, com calma.

— É uma pena. Você não vai poder participar da peça. – disse ela, quase tristemente e, lá no fundo, alegremente.

— Pois é. – falou ele, com um suspiro que saiu mais triste do que ele desejava.

Fica então um silêncio constrangedor. As palavras somem e eles não sabem como retomar a conversa. Isso nunca tinha acontecido antes.

— Olha... – começa Marcos. – Eu queria pedir desculpas. – disse ele com a cabeça meio inclinada para mostrar seu arrependimento. Ela olhou-o nos olhos dele novamente, quase adivinhando o que ele iria falar e torcendo para que fosse o que pensava. – Eu quebrei algo com que você se importava bastante sem pensar duas vezes...

— Não, tudo bem. – ela interrompeu – Eu sei que o que eu estava fazendo podia colocar pessoas em risco. Isso não é algo normal! Agora eu me dei conta disso. Não dá pra viver bem com milhares de portais se abrindo por aí. – ela falou com um tom meio descontraído para aliviar o clima ligeiramente tenso entre os dois. – Além do mais, eu sei que você só fez isso para me proteger. – ela diz a última parte e Marcos cora um pouco.

— Ainda assim. Eu devia ter acreditado na sua capacidade. Dado mais uma chance. Me desculpe. – ele falou, abaixando a cabeça. Ela ergue a cabeça dele com sua mão. Seus dedos macios tocaram a pele quente dele e ele estremeceu.

— Ei, - disse ela, com a voz meio falha - a culpa é minha por ter começado a mexer com o que eu não entendia. – ela diz, com um sorriso. Ela queria que ele entendesse que estava tudo bem. Ele também sorri, percebendo que o clima tenso entre os dois se fora. Seu rosto começa a se aproximar do dela. Parecia que algo ia acontecer.

— O tempo de visita acabou. – disse a enfermeira, direcionando-se a Sofia e interrompendo o que seria um beijo.

Os dois voltam a ter uma distância entre si e dão sorrisos de constrangimento um para o outro.

— Então, tchau. – diz Sofia, indo até a porta. Ela queria muito sair dali antes que as coisas ficassem estranhas de novo. Marcos segura a mão dela, parando-a, e ela vira-se para ele.

— Obrigada por ter vindo. – ele diz com sinceridade. Ela dá um sorriso meigo para ele.

— Não foi nada. – ela diz, dando outro sorriso. – É isso que amigos fazem, não é? – ela fala e ele paralisa. Então Sofia sai e Marcos fica ali, sozinho com seus pensamentos.

— Amigos... – ele repete e a palavra fica ecoando pela sua mente sem que ele soubesse o porquê dela tê-lo afetado tanto.

[...]

Sunya continuava arrumando a bagunça, tomando cuidado para não mexer muito no lado de Sofia, afinal apenas metade do porão era o laboratório de Sofia, e esse era um local em que ela não pretendia entrar para não invadir a privacidade de Sofia.

Ela estava na ponta dos pés sobre o banquinho enquanto tentava limpar a parte de cima de uma estante. Seria a última coisa a ser arrumada no porão. Finalmente! E ela estava exausta. Mas quando estava acabando, um livro caiu do outro lado. Ela desceu os degraus, pensando na impossibilidade de um livro atravessar a parede, afinal aquela estante estava encostada na parede. Quando chegou ao chão, analisou o lugar vazio onde o livro deveria estar e percebeu que havia mais espaço atrás da estante.

Ela então empurrou o móvel com dificuldade até que pôde atravessar para o outro lado. Quando olhou o que havia ali atrás, percebeu que era (ou, pelo menos, deveria ter sino no passado) um pequeno quarto. Ela pergunta-se se Sofia conhecia aquela sala. Mas as teias de aranha e as enormes camadas de poeira mostravam que não. Aquele lugar devia estar abandonado há muito tempo. Ela olhou para trás e viu algo que cobria a parte detrás da estante, dando a impressão de que havia uma parede ali. Ela abaixou o olhar e viu o buraco por onde o livro caíra. Então voltou-se para o cômodo secreto. Ele estava uma bagunça com papéis colados nas paredes e caixas por todo lado, como se quem quer que fosse que estivesse morando ali não tivesse voltado para arrumá-lo.

Sob a pouca luminosidade, Sunya não conseguiu ler o que estava escrito nos papéis que estavam ligados por um fio vermelho, como se a pessoa que tivesse estado ali estivesse tentando resolver um mistério, então começou a olhar as fotografias. Uma delas mostrava uma mulher de cabelo loiro de perfil, mas a qualidade da foto era tão ruim que não dava para reconhecê-la, apesar de que Sunya não tinha certeza de que a reconheceria mesmo que a imagem fosse ótima. Sobre a mesinha haviam mais caixas abertas e cheias de álbuns de fotografias. Nas fotografias estavam várias pessoas que a jovem não reconheceu.

Mas então viu uma coisa muito familiar. Era uma foto de perfil de uma mulher alta e de cabelos e olhos escuros. Na foto seguinte estava a mesma mulher, mas com um vestido pardo e cabelo amarrado em coque com uma elegante presilha que era decorada com uma cabeça de leão. Ao lado dela estavam duas outras mulheres, uma com vestido laranja e outra com um vestido cinza, e três homens, um loiro com terno azul marinho, outro de cabelo castanho com terno verde-musgo e outro loiro com terno roxo.

Todos estavam muito sorridentes. Ela olhou outro álbum. Nesse outro, a mulher de cabelos escuros estava num lindo vestido de noiva com um homem de terno ao seu lado enquanto pétalas de rosa caiam sobre suas cabeças. Sunya imediatamente reconheceu o homem. Era seu pai, só que mais jovem. Ela soltou o álbum. Se aquele era seu pai, então aquela mulher com quem ele estava casando deveria ser sua mãe! A mãe que ela nunca tinha conhecido. Sunya voltou a olhar as fotos. A última foto mostrava dois bebês que estavam sendo beijados na testa pelos pais com uma praia ao fundo.

Ela voltou a pegar o outro álbum e viu uma foto curiosa. Era uma mulher vestida num colan laranja com uma máscara da mesma cor. Sunya sentia que já tinha visto a mesma mulher mascarada antes, mas sua memória estava nebulosa, como se ela fosse parte de um sonho já esquecido. Ela voltou a se concentrar na foto. Ao lado dela estava a mesma mulher de cabelos escuros com seu sorriso radiante e uma garota que devia ter 10 ou 12 anos e que parecia a pessoa mais feliz do mundo. Sunya ouviu o rangido que a porta da sala de estar fazia ao ser aberta e rapidamente pegou aquela foto e saiu de lá. Do outro lado, ela empurrou a estante e arrumou-a como antes. Ela foi para perto da escada a tempo de ver Sofia entrando no porão.

— Oi, cheguei. – disse Sofia, num tom meio cansado enquanto descia as escadas. Parecia estar flutuando e com muita vontade de conversar. Havia um brilho em seu olhar e Sunya quase podia adivinhar o motivo. Mas estava com pressa de resolver esse mistério que de repente parecia ser muito importante.

— Oi. – disse Sunya, friamente. - Você arruma a sua parte do porão. – disse apressadamente enquanto subia as escadas.

— Espera... – disse Sofia, indo atrás dela até a porta. – Aonde você vai?

— Resolver umas coisas. – disse Sunya, passando pela porta.

Sofia deu um olhar de estranheza para a atitude de Sunya. Depois suspirou e foi até o porão. Não tinha a intenção de arrumar sua bagunça, mas era a única coisa que faria ali, já que depois do que houve entre ela e Marcos, sua vontade de inventar coisas foi cada vez mais se esvaindo, como ocorre quando há uma memória de ação traumática ligada a memórias de alegria, que acabam sendo tingidas por aquela emoção negativa do trauma, mesmo que ele seja “pequeno”. Nenhuma das duas notou uma silhueta passar escondida pelas sombras até uma saída secreta que Sunya não tivera tempo de perceber.

Ao passar, a figura sinistra deixava um rastro frio de gelo, como se fosse um fantasma. Sofia cruzou os braços, pensando em como estava frio ali embaixo. Então a figura deu um último olhar maléfico para Sofia, passou pela porta escondida sob a parede e foi embora. Sofia então começou a enrolar os fios e colocar certa ordem em tudo que ela trazia para suas invenções (e que hora ou outra se mostravam inúteis), quando começou a ouvir um som. Alguma coisa estava se mexendo. Ela foi até a sua “mesa de trabalho” e viu que a máquina que montara para organizar os dados dos portais que surgiam por Paris estava ligada.

— Que estranho. Não era para isso acontecer. – disse colocando os fios no local apropriado e arrumando a tela do computador.

Então lentamente a máquina foi fazendo sinais onde os portais apareciam. Eles começaram desordenados e aleatórios até começarem a criar um padrão, como uma linha que mostrou ser um círculo. Sofia continuou observando enquanto a máquina assinalava os pontos onde outros portais estavam surgindo. Mas eles pareciam estar se aproximando de um ponto específico como as ondas provocadas por uma folha que cai sobre um lago calmo.

— Mas o que...? – Sofia se aproximou mais do mapa para ver qual era o centro daquela circunferência. – A escola? Mas por quê?

As ondas continuaram diminuindo até quase tocarem o centro da circunferência.

— Tem alguma coisa grande prestes a acontecer. – disse ela, pegando sua mochila de coisas e uma das esferas laranjadas que tinha conseguido. – E eu vou estar lá para presenciar. – disse pegando sua câmera e subindo as escadas.

[...]

Continua...


Notas Finais


Uh, coloquei mais um mistério!! Mas talvez ele não seja resolvido nessa fic de paradoxos temporais.
Sério, eu comecei a ver Voltron e essa série animada me inspirou muito a terminar de escrever todos os paradoxos temporais e terminar de fazer sobre como Marinette e Sofia são a dupla que destrói linhas temporais e causam o passado.
Opa! Falei demais!
Então, fui!


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