História Uma história diferente - Capítulo 33

Capítulo 33 – Capítulo especial

Por Kirito 

Não acredito nisso, Sugu realmente está grávida, mas porque estou tão preocupado? Não quer dizer que esse filho é meu.

-Quatro meses já? –É o mesmo tempo em que tivemos uma nossa “pequena relação”.

-Eu só me dei conta dos sintomas esses dias.

-Você ta namorando o pai do bebê? –Vou perguntar de uma forma indireta.

-Não, na verdade ele me largou. –Não foi uma resposta concreta.

-Você tem que contar pra ele.

-Já contei.

-E o qual foi a primeira coisa que ele disse?

-“Quatro meses já?”. –Ao escutar isso entrei em desespero, não só pelo fato de ter engravidado minha prima, mas por já ser casado com a mulher que amo, não sei o que fazer, acho que isso deve ser algum tipo de pesadelo, só pode.

-Acho que muitas pessoas teriam essa reação. –Não pode ser meu.

-Mas eu só contei pra você.

-Não é possível.

-É só olhar o papel.

-Eu tenho certeza que usei camisinha todas às vezes. –Tenho certeza que nenhum dos preservativos que usei estava rasgado nem furado. -E quando fizemos sem você tomou os remédios.

-Desculpa. –Sugu falou baixo, como se estivesse com medo de algo.

-Pelo que?

-E-e-eu. –Ela realmente parece estar com medo.

-Calma. –Me levantei para abraça-la. -Tentar ficar calma. 

-N-n-não tomei remédio nenhum. –Fiquei surpreso, furioso porem bastante assustado e tudo isso ao mesmo tempo acabou me deixando sem reação.

-P-p-porque não? –Me afastei um pouco.

-Eu queria ter um filho seu. –Não posso acreditar no que está acontecendo.

-Mas Sugu... –Estou ficando cada vez mais assustado. -S-s-somos irmãos.

-Primos! Tem diferença. –Parece que Sugu se irritou.

-Não importa, somos parentes, você não pode querer ter um filho meu isso é... 

-Errado? –Ela completou.

-Sim, é muito errado.

-Ah, me levar pra cama quando precisa é super certo não é?

-Mas isso é algo de momento, já você está falando de um filho.

-I daí? –Sugu começou a chorar.

-Como assim i daí?

-E-e-eu n-n-não tomei nenhum anticoncepcional porque eu queria ter um filho seu é só isso.

-Por quê?

-P-p-porque eu te amo. –Acho que esse sentimento dela por mim é mais complicado do que eu pensei.

-Achei que a gente já tinha resolvido isso.

-Você fala como se fosse um problema gostar de você.

-Claro que é um problema. –Vou tentar resolver de outra maneira. -Primeiro, somos parentes e outra eu não vou corresponder esse seu sentimento por mim.

-Eu não sou bonita? –O que será que ela quer dizer com isso? -Eu não sou atraente o suficiente pra você? Diz pra mim o que a Asuna tem que eu não tenho.

-Você não me escutou? Eu não te amo dessa maneira, sabe muito bem disso.

-Por quê? Por quê? Por quê? –Sugu começou a chorar bastante. 

-Eu quero te ajudar a superar esse sentimento. –A abracei de novo.

-Eu não quero e nunca vou querer deixar de te amar.

-Isso não vai fazer bem pra mim e muito menos pra você.

-Mas eu sempre te amei.

-Não fala isso.

-Nada vai mudar o que eu sinto por você.

-PARA! –Acabei perdendo um pouco o controle. -Eu amo a Asuna e você sabe muito bem disso. –Ela se afastou de mim. 

-Vamos descobrir se ela te ama de verdade quando souber que você me engravidou. –Só pode ser brincadeira, não acredito que estou sendo ameaçado.

-Você não vai fazer isso.

-Porque não?

-Você não pode acabar com a minha família. –Cada segundo que passa fico cada vez mais assustado. -Você vai destruir a família da Yui. –Parece que vou ter que apelar para o carinho que Sugu tem por Yui.

-Você mesmo acabou com a sua família quando me levou pra cama. –Ela não deve estar pensando direito por causa da raiva, sei que Sugu é uma boa pessoa, porém ela não parece estar mentindo.

-Eu sou o culpado? –Escutar que sou o culpado de algo que fiz para ajuda-la me deixou irritado. -Tudo o que fiz foi pra te ajudar a superar esse sentimento de uma forma positiva, por isso fiz tudo o que pude para te deixar feliz.

-E não pensou que fazendo isso eu poderia me apaixonar ainda mais?  

-Eu te expliquei que tudo ia ser apenas uma lembrança.

-Até porque é tudo bem simples não é? –Sugu parou de chorar, mas parece que ainda está com bastante raiva. -Você decide algo e só por isso tem que acontecer da forma que você planejou? Sentimentos são bem mais complicados de se lidar, você já devia saber disso.

-Já tivemos essa conversa. –Me sentei na cama. -É melhor você abortar antes que a barriga comece a crescer. –Estou falando bem sério.

-Não. –Ela parece bem assustada. -É brincadeira não é?

 -Não é brincadeira, estou falando sério. –É a única maneira de resolver esse problema.

-Eu não vou matar meu filho! –Ela voltou a chorar.

-Se você realmente me ama você vai abortar. –Tenho que deixa-la sem opção.

-Isso não faz sentido. –Sugu parece inconformada. -Abortando ou não você não vai ficar comigo.

-Claro que não, eu já tenho família.

-Então porque eu não posso ter a minha?

-Não estou dizendo isso.

-“Mate nosso filho e fique sozinha”. –Isso foi bem dramático.

-Eu não falei isso.

-O que quis dizer com abortar?

-Eu não quero que você tenha esse filho, é isso que quer dizer. –Talvez eu precise de mais tempo pra resolver isso, agora vai ser difícil decidir alguma coisa.

-Não. –Ela realmente que ter esse bebê.

-Eu não vou assumir e vou fingir que ele nem existe. –Posso estar dizendo algumas coisas ruins, mas preciso focar em manter a minha família bem.

-M-m-mas é seu filho. –Sugu parece bem assustada com o que estou falando.

-Eu não quero saber. –Levantei-me. -Se você quiser ter esse bebê, pode ter, mas não conte comigo pra nada, nem pense em olhar na minha cara e muito menos vir falar comigo.

-N-n-não faz isso.

-É a única coisa que me resta a fazer, já que você realmente quer ter esse bebê.

-Vamos ver se vai ser assim mesmo quando eu contar pra Asuna que você é o pai do me filho. 

-Conta. –Estou realmente com muito medo de que ela conte, mas acho que demonstrar esse medo iria fazer Sugu se sentir no controle dessa situação. -Toma. –Dei meu celular na mão dela. -Liga pra ela agora e fale o que quiser.

-V-v-você acha que eu estou brincando? –Ela parece bem mais nervosa do que eu agora.

-Não, por isso te dei o me celular para ligar pra ela. –Sugu ficou apenas me encarando e eu fiz o mesmo. -Se você não vai ligar é melhor me devolver, tenho que levar a Yui pra passear daqui a pouco. –Ela ficou em silencio e me devolveu o celular. -Se você mudar de ideia e quiser abortar, eu vou com você, é só me avisar. –Sai do quarto dela, será que fui convincente em não mostrar meu medo? Sinto que meu coração vai explodir dentro do meu peito.

Melhor ir pegar Yui e sair daqui, antes que eu tenha um algum ataque cardíaco.