História Uma história sem nome - Até parece...

POV JENIFFER

Era uma tarde de sábado, eu estava em casa sem fazer nada, como de costume. Eu estava sozinha, minha mãe estava trabalhando. Ela trabalhava como médica em um hospital e hoje era dia de plantão e ela só iria voltar pra casa amanhã.

Eu adoro ficar sozinha em casa, sei lá é bem melhor você pode fazer o que quiser e quando quiser.

Desculpem-me nem me apresentei. Olá meu nome é Jeniffer, tenho 15 anos e moro em POA (Porto Alegre). Digamos que eu tenha alguns problemas psicológicos mas fora a isso sou um amor de pessoa.

Voltando a História...

Eu estava sozinha em casa, era por volta das 14:00 horas da tarde, eu tinha almoçado macarrão instantâneo e eu ainda estava com fome, eu sou magra de ruim pois como mais do que um mamute.

Sai do meu quarto onde eu estava terminando os trabalhos de escola (o que parece que nunca iria terminar) e fui até a cozinha.

Abri a geladeira esperando ter algo pronto que eu pudesse comer. Não achei nada.

-Bom, acho que terei que fazer algo, mas o que? – Eu estava na pontas dos pés tentando alcançar os livros de receita que estavam num armário ali próximo.

- Já sei, que tal um bolo mas de que sabor? – Eu falava enquanto revirava as páginas daquele livro.

- Chocolate, o que você acha Brownie? – Brownie pra quem não sabe é minha gatinha. Eu achei ela voltando da escola abandonada na rua e resolvi pegar pra mim foi difícil convencer minha mãe mas agora ela é o xodó da família.

A Brownie deu um leve miado e voltou a dormir, ela estava no sofá da sala e eu fui pegar os ingredientes para preparar o bolo.

- Três ovos, ok! Farinha, ok! ... Tá tudo ok, só falta a batedeira, onde será que a mãe guardou? – Disse eu abrindo todas as portas dos armários.

- Ah está aqui, bom vamos lá.

...

Depois que a massa estava pronta coloquei na forma e levei ao forno.

- Agora é só esperar assar e pronto, espero que fique bom pois se não der pra comer esse bolo terei que comer o reboco da parede - Eu disse me atirando no sofá e pegando meu celular.

Eu estava vendo alguns vídeos aleatórios no youtube até que chega uma mensagens no whatsapp. Era da Malu.

Pra quem não sabe a Malu é minha melhor amiga, ela é da minha antiga escola. Eu me mudei já faz uma semana e eu estava morrendo de saudade dela.

- Oiie minha retardada preferida! – Assim que vi essa mensagem logo a respondi com um áudio.

- Como vai minha catarrenta que eu mais amo nesse mundo? – Podemos concluir que temos alguns problemas.

- Vou bem, mas estou morrendo de saudade de você, e como você está?

- Também estou morrendo de saudade, aqui é tão solitário. Porque que minha mãe tinha que mudar de cidade.

- Quem sabe nas férias de julho eu vá ai.

- Mas só nas férias de julho? Estamos a recém em março.

- Verdade, mas minha mãe não deixou eu ir antes. E como foi sua primeira semana de aula no colégio novo?

- Uma verdadeira bosta.

- Muitos boys lindos?

- Tem uns bonitinhos mas nem fiquei prestando atenção nisso.

- Sei sei sua safada, aposto que já passou o rodo na sala toda né?!

- Ah, cala a boca Malu você sabe que sou santa e a pegadora é você.

- Bom, isso é verdade. Já peguei os dois guris novos essa semana.

- Credo Malu, nem deixa os meninos chegarem e já está pegando? Nanana...

- Não posso perder tempo, se eu não pego vem outra e pega.

- Ta louco, quando você vai tomar vergonha nessa sua cara.

- Quando porcos metade panda começarem a voar e falar japonês kkkk...

- kkkkkkkkkkkkkkkk só tu Malu

- Está fazendo o que de bom ai?

- AI MEU DEUS O BOLO, JÁ VOLTO...

Saí correndo e em cima do bolo já estava querendo começar a queimar. Por sorte não era muito e ainda dava pra comer.

Tirei do forno e deixei esfriar. Como eu sempre sou um desastre na cozinha, qualquer dia desses eu coloco fogo na casa ou moro intoxicada com alguma comida minha.

Voltei pro meu celular e lá estava a mensagem da Malu:

- Você fazendo bolo Jeniffer? Boa coisa não vai sai kkkk

- Não fala assim, eu sei cozinhar a culpa foi sua você que fez eu queimar.

- Atá, você queima os bagulho e a culpa é minha? Claro a culpa é sempre minha. Se explodem uma bomba no Nepal e acaba destruindo a face da terra a culpa é da Malu.

- Ai para de drama, também não é pra tanto.

- Okay, okay...Agora tenho que sair, tenho curso e eu tenho que me arrumar pois lá tem uns pedaços de mal caminho que eu já estou afim.

- KKKKKKKKKKKK ok Bjus no suvaco, até depois...

- Até, só não queima a casa ok?

- Okay, não engravida tá?

- Tá, fui...

Desliguei o meu celular e fui na cozinha, o bolo tinha esfriado um pouco mas como eu estava morrendo de fome já fui cortando um pedaço.

- Até que está comestível, já posso ir pro masterchef – Falei guardando o resto do bolo.

Fiquei pensando no que a Malu ficou falando, ela é meio desajuizada. Nem conhece a pessoa e já ta pegando e eu, bom, ainda sou BV.

Será que vou ser assim também quando eu perder?

Até parece Jeniffer, até parece...