Ela sempre andava com um cigarro preso entre os dentes e algum livro nos braços. Seus cabelos curtos nunca eram penteados e seus olhos escuros, tristes. A garota exalava suas dores para o céu e admirava as nuvens provarem seus beijos. Escondia-se atrás dos óculos, como se ninguém pudesse ver as lágrimas que andava chorando.
Os lábios de Minhyuk tinham gosto de nicotina, álcool e saudade. Em seu corpo pude encontrar as mais diversas marcas, mas ela não se importava com isso. Ela não se importava com nada, apenas queria correr contra o tempo e dançar na chuva.
Meu passatempo preferido passou a ser tentar prever as ações imprevisíveis da jovem, entretanto eu era muito ruim nisso, todos eram. A Lee era como a fumaça de seus cigarros: bela e aparentemente comum. Mas, se você se atrevesse a adentrar no nevoeiro, perceberia que é muito mais que apenas um padrão subindo aos céus, aquilo era a própria vida da garota se dissipando lentamente.
Tornei-me viciado em seus beijos. O gosto dos cigarros e bebidas já não me incomodava mais e passei a me importar, mas já era tarde demais. Minhyuk não ligava para as consequências de seus atos. Ela foi embora, deixando apenas um sabor de saudade para mim.
De repente me vi com um, dois, três cigarros e diversas garrafas vazias tentando descobrir o motivo da garota gostar tanto da nicotina. Eu traguei o cigarro e, em um único momento, como a fumaça, Minhyuk se espalhou por todo meu corpo e eu a inalei como meu último ato de lucidez.
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