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História Uma jóia Austríaca - Estrelas e Cristais


Escrita por: LadyDuMaurier

Notas do Autor


Se é para felicidade geral da nação , podem avisar que tem capítulo novo.

Capítulo 5 - Estrelas e Cristais


Fanfic / Fanfiction Uma jóia Austríaca - Estrelas e Cristais

Por mais que as palavras de Pedro expressassem amor e arrependimento após descobrir as armações de Domitila, Leopoldina não conseguia mais o amar ou aceitar o amor lhe oferecido, não estava mais acostumada a lágrimas e explosões. Sua última decepção havia sido a gravidez de Domitila, que perdera a criança, porém sua irmã Benedita teria um filho de Pedro, um bastardo que não tinha culpa alguma porém a incomodava.

Bonifácio tentava se manter sob controle, no entanto conseguia ver traços de sua insegurança, apesar de voltar a morar na Quinta com as filhas a convite de Pedro.

— Princesa podemos conversar? Bonifácio pergunta chegando ao escritório da princesa.

— É claro. Ela se levanta da cadeira se colocando frente a mesa que os separava.

— Leopoldina sempre fomos sinceros um com o outro e espero que assim permaneça.

— Bonifácio o que está acontecendo ?

— Sou consciente das intenções de Dom Pedro em retomar a relação entre vocês, assim como sempre fui testemunha do amor que sentia por ele e a dor ao dividi-lo com Domitila.

— Bonifácio não estou entendendo onde deseja chegar.

— Leopoldina existe alguma chance de se apaixonar novamente por Dom Pedro?

— Pedro é o príncipe regente e pai dos meus filhos Bonifácio. – ela segura as mãos do ministro – Mas não é o homem que amo, não posso oferecer meu amor quando a outro pertence.

— Fico feliz com vossas palavras.

— Estava com ciúmes ?

— Também. Porém o que mais me afligia era o medo.

— Medo ?

— Você é uma mulher jovem e maravilhosa Leopoldina, tem valores e princípios que admiro muito. Porém estes mesmos princípios podem se transformar em impedimentos. E além disso Pedro foi seu primeiro amor.

— Anna me disse palavras que eu nunca vou esquecer. Às vezes, o certo não significa o justo. Ainda mais quando se fala do coração. É melhor sermos sinceros com nossos próprios sentimentos, ao invés de brigar contra eles. Meus princípios são importantes pra mim, porém meus sentimentos por você são maiores e são a eles que me apego.

— Não sabe como me sinto aliviado por suas palavras. Não consigo me imaginar vivendo sem seu sorriso ou mesmo seu toque.

— Nós somos loucos. Ela diz olhando para porta encostada, sentindo as mãos do ministro a envolverem.

— Não me traga novamente a lógica. Ele diz a beijando devagar ganhando espaço, num único ato seus medos o deixavam com a certeza que seu coração estava seguro.

A colocando sobre a mesa Bonifácio sorri com o olhar surpreso.

— O que você está fazendo? Ela pergunta suas mãos no pescoço do ministro.

Antes que Bonifácio pudesse responder duas batidas são ouvidas na porta. A soltando Bonifácio se afasta enquanto Leopoldina torna a se sentar atrás de sua mesa, como se nada acontecesse entre eles.

— Podemos conversar Leopoldina. Pedro entra notando a presença do ministro.

— Claro, já terminamos.

— Com sua licença alteza.

Fechando a porta, Bonifácio os deixa a sós.

— Pedro antes que comece eu gostaria de lhe pedir desculpas, sobre o que lhe disse antes sobre você não ser capaz de amar, foi cruel da minha parte.

—  Não tens que se desculpar, tenho certeza que já lhe disse palavras que também a machucaram.

— Você é um bom homem Pedro, apesar de tudo que passamos juntos.

— Vim aqui para que soubesse por mim e não por outras línguas, Benedita deu a luz.

— Parabéns Pedro mais um filho. As palavras eram neutras como se tentasse não se importar.

— Eu sei que se sente magoada Leopoldina porém…

— Pedro você não tem ideia de como me sinto, quando nos casamos você disse que eu seria a mãe dos seus filhos no entanto eram apenas palavras.

— Leopoldina eu sinto muito.

— Eu acredito. E não quero mais discutir ou brigar com você Pedro.

— Estas me perdoando ?

— Sim e não Pedro, eu te perdôo pelo que houve em nosso passado, você é um bom homem, bom pai e amigo. No entanto não somos felizes como um casal, eu nunca serei suficiente e nos dois sabemos. Desejo manter nosso casamento, temos filhos perfeitos e eu acolhi o Brasil como meu país e meu povo. Sejamos amigos Pedro, eu sempre estarei ao seu lado, somos bons juntos no governo.

— Me dói suas palavras Leopoldina, porém aceito. Você é uma mulher cheia de qualidades, minha princesa e mãe dos meus filhos. Sei que perco minha esposa porém a ideia de tê-la ao meu lado como amiga e regente é suficiente.

— Fico feliz que entenda.

— Passarei a noite com Benedita e meu filho.

— Ela deve estar precisando de você.

— Eu retornarei ao palácio assim que possível.

— Eu sei Pedro.

Se encaminhando até a princesa os dois se abraçam, Pedro não tinha qualidades para marido porém era um pai muito atencioso. Ambos sabiam que eram melhores como amigos, podiam confiar sua lealdade um ao outro diferente da fidelidade.

Saindo Pedro a deixa a sós, sendo chamada por Dalva para jantar, a princesa encontra com Bonifácio a mesa, os dois comem e conversam.

Com o escurecer, tendo já dispensado os serviçais, Leopoldina decide esticar um pouco mais a noite tocando e cantando uma canção de sua amada Áustria, Bonifácio não entendia o idioma porém vê-la cantar exercia um fascínio sobre este, Leopoldina o encantava de diversas maneiras cada vez mais o apaixonando; como um soneto doce e de versos simples que dizia tudo e nada com um simples olhar.

— Gostou senhor ministro? Ela pergunta vendo os olhos fixos em sua imagem.

— Você tem uma voz linda. Bonifácio responde enquanto ela se senta na cadeira ao seu lado.

— Conversei com Pedro, sobre nosso casamento.

— E o que o príncipe disse?

— Que seu filho bastardo nasceu.

— Sinto muito.

— Não sinta, apesar de tudo crianças são bençãos e Pedro está feliz.

— Então o que exatamente decidiram com relação a vosso casamento ?

— Seremos amigos, nós podemos apoiar um ao outro sem sermos marido e mulher.

— Você sempre me surpreende.

— Nunca me deixe. Ela fala com a voz um pouco mais séria.

— Porque diz isso ?

— Tenho medo de um dia acordar e você não estar, como se fosse um sonho.

— Eu nunca vou deixá-la. Ele se ajoelha a sua frente.

— Eu te amo Bonifácio. Ela diz acariciando seu rosto.

Seus olhos se cruzam falando o que as palavras não mais precisavam, se aproximando os dois se beijam novamente um beijo faminto de desejo e afeto.

Apoiando-se no pescoço do ministro Leopoldina se deixa ser levada sentindo os braços de Bonifácio.

— O que você está fazendo ? Pergunta a princesa ao quebrar o beijo percebendo que estava sendo carregada.

— Um surpresa. Dizendo essas palavras, Bonifácio a leva novamente ao escritório onde momentos antes se encontraram.

— O que você está planejando? A princesa pergunta ao ser colocada no chão.

— Feche os olhos.

— Está bem.

Fechando os olhos a princesa ouve a porta ser trancada, um arrepio percorre sua espinha, de repente ela sente uma luz sobre sua pele.

— Pode abrir.

Abrindo os olhos cinco velas se encontravam em cinco pontos diferentes do cômodo atrás de cinco cristais de petalina que criavam feixes de luz .

— Bonifácio … Leopoldina estava sem palavras.

— Estes cristais são como meu amor por você, presentes agora e no futuro.– ele segura suas mãos – E independente que precise viver escondido, não diminui sua honra ou grandeza.

— Eu sinto seu brilho e é o maior presente que poderia receber.

O abraçando os dois se deitam observando o reflexo das luzes.

— Cristais parecem estrelas. Diz Leopoldina com a cabeça apoiada sobre o peito de Bonifácio.

— Talvez eles sejam estrelas perdidas.

— Ou amantes das estrelas que se encontram distantes, se comunicando através do brilho.

— Eles não deveriam ficar distantes.

Olhando nos olhos castanhos de Bonifácio, Leopoldina se inclina o beijando.

— Não não deveriam.

Entendendo o sorriso nos lábios rosados, o ministro se aproxima, desfazendo com cuidado os botões do vestido o retirando. Tirando​ a casaca e a camisa de Bonifácio, ela observa seu tórax suas mãos deslizando e voltando ao rosto, retirando as peças que faltavam da princesa, Bonifácio a toca o rosto, passando através dos seios e depois segurando sua mão.

— Sua. A voz dela é um sussurro.

— Seu. Naquele instante seus corpos não pertenciam mais a si próprios mas um ao outro.

Um suspiro a escapa, ao sentir os lábios do ministro em seu pescoço, seu corpo crescendo sobre o seu, soltando os cabelos negros que se escondiam presos ela os puxa trazendo sua boca novamente de encontro a sua , beijando e chupando os seios expostos ele não conseguia deixar de admirar o quanto ela era linda, uma beleza pura e inocente porém ao mesmo tempo ardil e apaixonante.

A trazendo mais para si Bonifácio contemplava o rosto vermelho corado, o abraçando seu corpo se curva sentindo-a preencher, um formigamento excitante a tomava por inteiro. O desejava, mais a cada instante.

Olhando em seus olhos e beijando sua boca, Leopoldina morde levemente  os lábios que tomavam.

Chegando ao clímax juntos os dois desabam no chão. Colocando sua casaca na princesa Bonifácio a envolve em seus braços.

— Gute Nacht . Ich liebe dich.

Bonifácio não precisava compreender as palavras, o brilho nas íris verdes já diziam tudo.

— Boa noite Leopoldina, eu também a amo.

Ambos sabiam que não podiam passar a noite no chão do escritório sobre cristais e velas, porém por algumas​ horas. Apenas o cristal entre eles importava.


Notas Finais


Não esperem que Pedro descubra este romance, ele jamais descobrira.
Sei que houveram pedidos para uma fanfic Pedro e Leopoldina, porém não shippo o casal então não acontecerá.
Muito obrigada pelos comentários e favoritos vocês são maravilhosos.

Link dos cristais usados por Bonifácio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Petalite.jpg

Para quem não lembra Bonifácio da essa pedra de presente a Leopoldina, logo após sua chegada.
https://globoplay.globo.com/v/5899769/


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