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História Uma Menina Comum e um Garoto Estranho - Nope.


Escrita por: sith_templaria

Notas do Autor


Vocês pensaram que eu iria demorar mais três meses, mas não! Estou aqui e o capítulo também.
Em realidade, na semana seguinte ao último capítulo, eu já havia preparado o material, mas não consegui uma unica oportunidade para postar a continuação, até hoje, quando passado UMA FUCKING HORA esperando o computador LIGAR, eu mandei tudo para banana que o pariu e decidi fazer no celular mesmo.
Digitar no celular.
Eu estou digitando no celular.
...
Ai, Deus...
Enfim, desculpem se no lugar de 'merda' aparecer 'merenda' ou no lugar de 'suruba' aparecer 'jujuba' e derivados, foi culpa do corretor.
Espero que gostem^^

Capítulo 17 - Nope.


Fanfic / Fanfiction Uma Menina Comum e um Garoto Estranho - Nope.

Ana De Tal amaldiçoou pela vigésima sétima vez a mancha rósea na barra da calça do pijama enquanto esfregava o sabão em barra vigorosamente contra a coloração indesejada; toda a tintura néon já havia sumido,exceção daquela indesejada mancha, a única prova da escapada da noite passada.

Do sequestro da noite passada.

Da balada colorida.

Dos beijos de Einstein. 

A morena gemeu de frustração e abandonou a roupa molhada e ensaboada no tanque, enfiando os dedos no cabelo molhado pelo banho recente. Por que ela havia feito aquilo? Por que tinha saltado em cima do garoto estranho daquela maneira? Por quê? A menina levantou com raiva e foi até o armário de produtos de limpeza, recolhendo tudo o que continha as palavras "tira" e "manchas" escritas na embalagem, lançando o conteúdo em uma bacia qualquer. 

Ela realmente havia o beijado. Água sanitária. No meio de uma posta de dança. Alvejante. Havia metido suas mãos por baixo da camisa dele como uma louca necessitada de sexo para viver. Sabão em pó. E havia gostado. Tira manchas. Não, ela havia amado. Mais alvejante. Beijado? Ela havia feito muito mais que simplesmente beijar. Algo branco e poroso. Mesmo que sem pensar, tinha iniciado uma forte sessão de preliminares. Bicarbonato de sódio. Queria estar morta. 

A pequena chihuahua jogou a calça violentamente contra a mistura altamente corrosiva, e lançou água em seguida, misturou rapidamente e decidiu deixar de molho. 

- Ana! - a voz da mãe soou da cozinha. 

- Senhora?

- Vem comer seu café! - a menina comum resmungou, enojada. 

- Tô enjoada. - houve um pequeno rebuliço no outro cômodo antes de a Sra. De Tal surgir com olhos grandes e preocupados perto da filha.

- Está doente, meu bem?

- Deve ser só uma virose. Vou deitar um pouco. 

- Quer um chazinho, querida? - a ex bailarina sorriu com leveza. 

- Quando acordar, vou aceitar. - a mãe assentiu, passando mãos nervosas pela camisola ainda amassada da noite de sono. As sobrancelhas finas se juntaram e sua testa enrugou ao encarar a bacia atrás da filha. 

- O que é isso, Ana?

- Hm? Ah, isso? Meu pijama. Sujei ele com tinta rosa ontem. É que... a... caneta estourou. - a caçula dos De Tal fez sua melhor cara de paisagem, algo tão fingindo que somente sua mãe acreditaria. 

- A caneta?

- Sim,a senhora sabe. Aquelas canetas coloridas que eu tenho.

- Achei que não usasse rosa. 

- E não uso. Foi... a roxa acabou. E eu tava usando essa emprestada. Estourou no estojo e eu deixei no chão aí...

- Aí, como sempre, jogou sua roupa no chão e cabo assim, não foi? Nossa, Ana, o que custa ser mais organizada? - Ana agradeceu  a qualquer  divindade  que estivesse ouvindo e deu de ombros para a mãe, que saiu resmungando sobre moças bangunceiras e esposas desleixadas. A chihuahua suspirou, aliviada, e  foi para o próprio quarto.

Entre  as paredes de um verde claro e móveis brancos, nossa protagonista se viu protegida da mãe, mas completamente a mercê das próprias lembranças. 

As luzes piscando, mãos descendo de forma ousada pelo seu corpo, sorrisos sinceros e o olhar de desejo nos olhos dele. A menina comum havia pulado no direção dele, puxando sua cabeça para baixo, encostando seus lábios aos dele, exigindo aquilo.

E ele aceitou.

Os braços longos envolveram sua cintura, levantando seu corpo na direção dele, ela envolveu suas pernas ao redor dos quadris do parceiro e puxou seus cabelos de forma possessiva. Einstein aprofundou o beijo, levando sua língua para dentro da boca dela, e, nossa senhora, o homem sabia beijar. As mãos pálidas se separam entre apertar o traseiro da garota abraçar suas costas, enquanto ela prosseguiu puxando a juba púrpura, mas uma mão solitária e atrevida desceu pela camisa escura até sua barra, subindo novamente, porém por baixo da roupa, acariciando toda a pele que estava a sua disposição. 

O rapaz de olhos coloridos continuou fazendo mágica em sua boca, sugando e mordiscando, alternando entre forte e  carinhoso, enlouquecendo a amante. Ana se agarrou mais forte ainda ao ser alto, buscando loucamente estar mais próxima ainda dele e, partilhando de seus sentimentos, ele a abraçou com força, desfrutando de toda a proximidade que dois corpos podiam ter sem ocupar o mesmo lugar ao mesmo tempo.

Ela sentia calor, sentia uma raiva descomunal de cada peça de roupa que impedia seu toque, amava o gosto dele, e queria mais, mais, mais, sem nem ao menos se importar com o que seria esse "mais". Sem racionalizar, simplesmente seguindo aquele desejo, a menina comum moveu seus quadris na direção do homem pálido.

Perigoso, muito perigoso. 

Um gemido tremeu o peito de Einstein e ele separou seus lábios, com muito desprazer, dos de sua chihuahua. Antes que a jovem De Tal pudesse protestar, o alto e colorido rapaz já atravessava a multidão com pressa, levando-a a tiracolo. Sem parar ou diminuir o ritmo, venceram a massa dançante e saíram perto de uma escadaria escura, meio  escondida, na qual o garoto estranho subiu de três em três degraus, até uma área com sofás vazios e uma bolsa de camurça barata esquecida sobre uma mesa com cheia de chocolates, mas Ana não teve tempo de se questionar que local era aquele, pois o parceiro a lançou rapidamente sobre um dos sofás inesperadamente macios, e veio em sua direção. 

Ela sorriu de forma atrevida e agarrou a camisa escura e suja de tinta de Einstein, jogando-o ao seu lado no sofá, subindo em seu colo em seguida, com um joelho em cada lado do seu quadril. O rapaz sorriu de forma marota e a beijou, não encontrando nenhuma resistência por parte da morena. 

O beijo rapidamente tornou-se tão feroz quanto o anterior e, mais uma vez, toda a proximidade do mundo parecia pouco ante necessidade crescente de contato. Uma mão grande e pálida subiu pela coxa direita da menina bailarina, apertando levemente, enquanto outra se enroscou em suas madeixas castanhas agora manchadas de tinta néon e glitter; a moça se deliciava entre beijar a boca e oferecer seu pescoço para os ataques dos lábios dele.

E ali estava, aquele movimento na pélvis, aquele movimento que era natural a todo macho e fêmea desde o surgimento da reprodução sexuada. Ana fez aquele movimento e sentiu, maravilhada, o efeito que tinha em seu amante: gemendo, ofegando, acelerando, até que, finalmente, acompanhado. 

- Ana? - a chihuahua foi arrastada para fora de suas lembranças pela voz de sua mãe vinda de fora do quarto - Está acordada, bem? - a garota se lançou rapidamente na cama e ficou caída de olhos fechados, respirando fundo e constantemente, o retrato do sono. Era possível ouvir os movimentos da mãe dentro do quarto, resmungando baixo sobre a bagunça, até chegar perto da cama, uma mão desceu na testa da filha em busca de algum sinal de febre, a mão sumiu e um beijo leve tocou a temporada da falsa adormecida. 

- Durma bem, querida. - a voz soou incrivelmente suave e os passos saíram levemente para fora do cômodo. Por segurança, Ana De Tal permaneceu deitada por cerca de cinco minutos antes de sair da posição de dorminhoca.

Suspirou, arrependida de suas ações, e embrulhou o corpo em posição fetal, tentando esquecer, mas as imagens continuavam vivas em sua cabeça. 

Havia se portado tal qual uma puta? Sim.

Se arrependera? Só depois das palavras dele. 

Um gemido de frustração ecoou pelo quarto e a pequena tapou os olhos querendo morrer. Estava tudo bem, Einstein era de longe o melhor ficante com quem já tivera contato, se fosse sincera era bem mais que isso, a palpitação no seu coração era prova, mas era mais fácil pensar naquilo como apenas um momento de pegação. Os lábios dele desciam por seu pescoço, chupa do e mordiscando, até chegar ao ombro, quando ele enrijeceu repentinamente, parando os movimentos. 

Ana se afastou levemente para olhar seu rosto, curiosa, mas apenas o viu encarar além dela, os olhos coloridos arregalados e a pele manchada de tinta estava ainda mais pálida. A menina virou sua cabeça, encarando na mesma direção que ele e avistou a belíssima negra com o corpo manchado de tinta, o vestido minúsculo havia sumido, expondo a calcinha rendada e os seios redondos e volumosos de um jeito quase artificial. 

Larissa encarava o casal, não, encarava Einstein. A belíssima face expunha decepção, quase nojo. Einstein engoliu em seco.

- Lari...

- Vai se fuder - cortou a mulher, virando-se e partindo. O garoto estranho tombou sobre o próprio peso, derrotado, e Ana saiu de seu colo constrangida com fosse lá o que estava acontecendo. 

Eles namoravam? Mas ele havia levado Vanessa lá. O que existia entre ele e Larissa? As questões ainda rodavam a cabeça da protagonista confusa quando o rapaz levantou e agarrou seu pulso, levando-a para fora do local; logo estavam saindo pelo mesmo túnel em que entraram, subindo pela vegetação e a friagem da madrugada até a van. 

Ele não dizia nada.

A van estava destrancada e Einstein pegou seu celular rapidamente, digitando veloz e concentrado. À menina restou cobrir o dorso seminu com os braços, protegendo-se da melhor maneira que pode do frio. O garoto estranho virou sei corpo esguio repentinamente, assustando-a.

- Meu motorista tá chegando, ele vai te levar em casa. - aquilo a surpreendeu.

- Hã... Okay, mas...

- Chihuahua, me desculpe, mas não. - foi só uma palavra, mas ela pôde pegar tudo o que estava nas entrelinhas. Einstein segurou seus ombros e mordeu o lábio inferior, como se não soubesse muito o que fazer, mas quisesse fazer.

- Escuta, eu realmente sinto muito por isso, mas é que...

- Só que não. - ele suspirou, cansado.

- Não. 

- Okay. - os lábios finos beijaram sua testa antes de sussurrar um "tchau, Chihuahua" e voltar pelo caminho do qual vieram. 

Ana saiu de baixo do lençol, não lembrava nada depois daquilo, nem quanto tempo esperou pelo motorista, ou quanto tempo a viagem durou, muito menos como entrou em casa, só lembrava de ter acordado antes do sol raiar e de odiar cada mancha colorida em sua pele, banhando e lavando seu pijama em seguida, até aquele momento. 

Por que se importava? Havia recebido um não, é daí? Já recebera outros em sua vida, não ia morrer por isso. Levantou rapidamente da cama e começou a se alongar, ela era uma bailarina, e tinha que dançar. 

Dançar. Isso mesmo, tinha que dançar! Havia assinado um contrato com Einstein, ela iria dançar novamente! E se tivesse recebido um não, o que importa? Ela ganhara a chance de dançar, um não qualquer era desprezível! 

Mas... não. 

 


Notas Finais


Então, eu sinto muito se ficou curto, mas é tudo que meus dedos puderam suportar. Espero que não esteja uma bosta. Comentem, por favor^^


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