História Uma Noiva Diferente - Segunda Temporada - Sangue derramado

Mayura: ON'
Segunda:

— Haruaki: Anda logo garota! Repete de novo! — Eu e ele estávamos na floresta treinado. Eu aproveitei que Shin e Carla estavam ocupados em seus trabalhos e fui à mesma hora de sempre, 15h00min ao encontro dele. Por sorte eles não ligam muito para mim, eu acho, e isso facilita em eu sair sem pedir permissão. O Kanato também não sabe que eu estou indo treinar sempre com o Haruaki, mas ele esta olhando para mim de um jeito estranho, como se tivesse duvidando de algo. 

— Haruaki: Agora fique reta, como se estivesse em pé conversando com um de seus amigos. — De novo com aquela mania de olhar para os cantos segurando sua espada enquanto estava reto ele falava. 

— Assim? — Perguntei fazendo o que ele mandava, mas acho que está meio errado, já que eu não consigo ficar em pé quando estou conversando com meus amigos. Já que eles pulam em minhas costas, sou tão fã do chão.

— Haruaki: Seus ombros precisam estar alinhados com os quadris, e as costas retas e os pés separados na distância entre os ombros. — Ele veio para trás de mim e me botou na posição certa. Dava para sentir a sua mão quente tocando em minha cintura com delicadeza.  Fazia cócegas e eu fiquei com frio na barriga quando senti ele tocando, era gostoso.

— Ei Haruaki-san, aonde você vai todo dia? Tipo você não fica dormindo na Rua NE? — Ele já tinha arrumado minha posição.
— Haruaki: Eu fico procurando o que eu quero, até achar. Eu não durmo faz sete dias, e não passo mal com isso.
— Haruaki: Agora observe o que eu vou fazer e quando eu acabar você repita, é a posição para atacar. Mas lembre-se de sempre fica nessa posição que você ta agora se o seu oponente tiver te subestimando, ai ele vai achar que você quer se render por estar em uma posição totalmente 'merda''.


Ele moveu a espada para o lado da sua cabeça, apontada cerca de 15º distante dos 90º graus anteriores, mas ele não deixou encostado a sua cabeça. Ele botou o pé esquerdo para frente e o direito para trás.  

— A-Assim? — Copiei o movimento dele como mandado, mas acho que de novo não estar bom. Eu sou muito ruim com isso, acho que entendo agora o porquê de meus irmãos não ter mais paciência para me ensinar.

— Haruaki: Você é burra ou só esta se fazendo mesmo? — Ele saiu da sua posição e veio me arrumar de novo, tocando em mim de novo. Mas agora ele botou uma de suas mãos em meu pescoço para pegar a espada com a outra, eu ficava feliz por ver que ele estava me ensinando depois de tanta enrolação, mas eu fiquei mais feliz por saber que ele estava gostando de me ensinar. Dava para perceber isso pelo sorriso que ele estava dando ao me tocar.

— Haruaki-san, você não acha que a gente deveria começar com espadas  que possuem metal? Uma menos perigosa. — A gente estava com espadas de verdade e super afiada. Era muito perigoso.

— Haruaki: Você estar falando muito hoje em. Eu simplesmente não quero te dar uma espada tão bosta assim, você é minha aluna e não um lixo.

— Haruaki: Agora com esta posição, tente me acertar! — Ele saiu do meu lado e ficou na minha frente, dando dois pulos para trás e sacando sua espada para mim.

Segurando a espada com as duas mãos e o pé direito para trás e o esquerdo na frente. 
Eu fui à direção dele como ele mandou e eu tentei mirar em seu braço para cortar, mas ele deu um pulo para trás e eu fui seguindo ele, até que ele me deu um chute na barriga com sua perna direita e me fez cair no chão. Ele apontou sua espada para o meu pescoço que nem o Sallohcin fez comigo antes. Mas agora estava sangrando um pouco onde a espada estava.

Ele me levantou do chão e mandou eu ficar na mesma posição de antes.

— Haruaki: Agora vamos a um duelo, tente me acertar depois de nossas espadas se chocarem. Mas não pense em tentar me acertar com a espada e sim com as pernas e braços.

— Haruaki: No três você venha! Se você não vim eu irei te matar. — Ele não sabe mentir não é? Mas é melhor eu me preparar.

— Haruaki: 1

— Haruaki: 2 — Eu sei que ele quer que eu vá no três, mas isso eu tenho certeza que é uma mentira. Eu tomei impulso e fui na sua direção para nossas espadas se chocarem, já que ele estava mentindo nessa contagem. Mas para minha surpresa, quando eu corri na sua direção ele soltou sua espada e desviou da minha, dando um chute na minha barriga com suas pernas de novo. E outro nas minhas costas.

— Haruaki: Idiota, você tem que perceber o que é verdade e mentira em uma luta. — Ele esticou a sua mão para eu me levantar, mas quando eu fui pegar ele deu um chute nela que me fez gritar e soltar a minha espada com a dor.
Por sorte não tinha quebrado mas a dor estava muito grande...


— Haruaki: Tipo agora. Que pessoa vai ajudar seu inimigo a se levantar?


Eu tive que levantar por mim mesmo, tive que deixar a dor de lado e segurei minha espada que eu soltei no chão, peguei com outra mão e tentei cortar o pé dele. Que estava esperando eu me levantar virado para o outro lado, mas para minha surpresa ele pulou na mesma hora, fazendo com que eu caísse com meu corpo perto do seu pé.
Eu finalmente me levantei de novo.

— Haruaki: Repita de novo, mas desta vez você vai ter que fazer de tudo para nossas espadas se chocarem. Quando uma espada se choca é um intervalo para pensarmos em o que fazer em seguida. 

 Eu ainda caindo para os lados fui a sua direção com toda a velocidade que me restava. Eu estava ficando irritada com aquilo tudo e minha visão estava ficando embaçada. Por sorte eu trouxe água comigo caso eu precisasse. Eu tenho que pensar em algo para fazer quando nossas espadas se chocarem. Por enquanto estou apenas tentando desviar de seus ataques e tentando acertar ele na cagada.

— Haruaki: Lenta! — Nossas espadas finalmente se chocaram quando ele me deu uma rasteira que me fez cair no chão, mas ele estava em cima de mim pressionando sua espada contra a minha.

Meus ombros estavam começando a doer pela força que ele estava botando. Eu tentei chutar os seus ovos e barriga, mas ele estava impedindo com suas pernas fortes. Ele estava em uma posição muito boa para me impedir de movimentar. Eu apenas desistir e deixei-oele forçar a espada, mas ele parou também.

— Haruaki: Nunca toque a parte laminada em outra, num combate, pois isso irá estragar as duas espadas. Para bloquear, use a mune (parte de trás) da espada. — Ele saiu de cima de mim e sem querer pegou em meus peitos, e depois me ajudou a levantar.


— Tarado! Aproveitador! — Suas bochechas ficaram vermelhas e com a boca aberta, como se estivesse falando ''Eu não sou desse tipo e não foi de propósito'' mas é difícil acreditar. Já que ele é homem.

— Haruaki: Tanto faz... Vamos descansar alguns minutos. — A gente sentou em baixo de uma arvore e eu finalmente pude limpar a minha roupa que estava toda melada de terra. Eu estava com uma sede do caralho e abrir mais rápido que o Flash a minha mochila que estava a minha garrafa de água. 

— Você nem pergunta como esta a minha amiga Megumi NE? Você não tem coração mesmo! — Falei tomando a primeira de cinco garrafas de água.

— Haruaki: Eu não sou nada dela, então não tem o porquê de eu me importar com ela. — Falava ele com braços cruzados e pedindo água para mim. Eu joguei uma garrafa na cabeça dele, mas ele pegou no ar.
— Haruaki: Ei seu braço!

Quando eu olhei para o meu braço ele estava sangrando que nem a da Megumi ontem. Eu acho que me cortei com a espada dele ou a minha. Eu realmente sou muito desastrada não sou?


— Ta tudo bem! Eu trouxe uma roupa então é só eu enrolar ela na ferida. —A enrolei na ferida.
— Haruaki: Sabe Keyli... A espada é uma ferramenta para matar. Não importa quem a empunha. Se quiser aperfeiçoar sua técnica com uma espada, então, você deverá estar em paz com a morte, tanto a sua, quanto de outra pessoa.

— E por que você está me falando isto? — Eu já estava bebendo a última garrafa de água. Essa sede não passa quanto mais eu bebo essa merda, meu Deus!
— Haruaki: Não é nada... 

Começou a chover fraco mesmo estando de dia, molhando nossos rostos que estavam olhando para o céu enquanto pingos de chuva caiam sobre nossos rostos. Depois de uns segundos os matos começaram a balançar e ele se levantou como se estivesse visto algo. Eu perguntei a ele o que foi e ele falou que ia embora e que amanhã eu não fosse encontrar ele e se eu quisesse ir eu fosse apenas de 20h00min, Ele pegou as espadas e pegou.

Eu não estava entendendo nada e quando fui tentar segurar em sua roupa para impedi-lo de ir ele já tinha sumido.


— Haruaki-san... — Sussurei para mim mesmo por estar triste de não ter de novo oportunidades de conhecer ele melhor.
— Shin: O que você esta fazendo aqui? — Shin apareceu atrás de mim e eu pude sentir seu corpo encostando-se ao meu. Eu estou sem respostas, não posso falar a verdade, isso foi uma promessa que eu fiz com o Haruaki. Meu corpo esta congelado como seu eu acabasse de ter visto um fantasma. Eu não conseguia falar nada.

— Shin: Você não escutou? — Cada vez mais que ele perguntava mais ele se aproximava de mim, até que ele estava me empurrando cada vez mais para a arvore que estava em minha frente. Meu corpo estava colado na arvore e ele estava com seu corpo colado no meu.  A chuva molhando meu corpo me fazia ficar incomodada em dobro...

— Eu estava tomando sol, até que começou a chover e eu ia voltar agora. Mas você apareceu! — Eu faria qualquer coisa para ele se afastar de mim e deixar eu sair. Eu não conseguia respirar direito com ele me ''sufocando'' assim.

— Shin: Quem vem tomar sol não precisa levar mochila! E que ferimento é este no seu braço? da para ver pelo pano cheio de sangue! — Não da, eu fiquei sem resposta e a única coisa que eu conseguia pensar era em me curvar e pedir desculpas por mentir. E que depois eu explicaria as coisas a ele, mas eu já tentei várias vezes em outras situações e sempre me fodia.

— M-Me solte! — Eu o empurrei, uma coisa que eu tive que tomar muita coragem para fazer. Empurrar meus irmãos é uma coisa que eu nunca pensei em fazer... Responder, empurrar, ignorar, mentir e não obedecer é o que eu não posso fazer com eles! Todos eles me falaram que se eu desobedecesse alguma vez essas regras, eu iria pagar.

— Shin: Que coragem...! — Ele veio se aproximar de novo, mas agora eu estava virada para ele e apenas fechando meus olhos enquanto apertava minha mão orando para Deus. Eu falei em voz alta para Deus me ajudar enquanto sentia a mão de Shin passar pelo meu rosto. Quem visse a gente assim, iria pensar que ele está me dando carinho, mas a palavra ''carinho'' não existe para ele.

— Eu preciso arrumar as coisas para o trabalho. Com licença! — Pensei em não pedir desculpas e apenas tentar desviar dele e ir para dentro de casa. Mas ele segurou a minha mão, a mão que o Haruaki tinha chutado.

Quando ele fez isso eu cair no chão gemendo de dor, ele não só tinha segurado ela, mas sim como apertado e botado para baixo, como se soubesse que estava machucada e queria machucar ainda mais.               

Quando eu estava tentando levantar minha cabeça que estava no chão molhado, pude sentir ele subir em cima de mim. Eu não conseguia pensar em nada sem ser chamar o Kanato ou o Carla para me ajudar, já que a maioria das vezes quem controla o Shin é o Carla-sama.

— Shin: Te garanto que se não se mexer vai doer muito menos. — Ele me virou, fazendo eu ficar de frente para ele no chão. Nem pensar eu iria tentar movimentar a minha mão machucada, então apenas com a outra eu tentei empurrar ele, mas não funcionava. Ele estava que nem o Haruaki antes, suas pernas estavam bloqueando eu tentando me movimentar.

— Pare! Por favor! Desculpe-me irmão, por favor!  Desculpe-me! Eu não faria de novo! Eu faço qualquer coisa, mas, por favor, me deixa ir embora! — Falei já chorando, mas eu ainda não via motivos para chorar... Eu sinto como se isso não fosse a primeira vez que isso está acontecendo, eu sinto medo só de estar sozinha com alguém. Deve ser normal?

— Shin: Pode implorar, se debater e chorar. Ninguém ira vim e também não te deixarei sair livre.  — Ele segurou o meu pulso com uma mão, e a outra ele segurou a minha mão que estava doendo e começou a segurar forte. A chuva estava molhando nossas roupas toda e minha mão estava doendo demais. Eu estava gemendo muito e eu não conseguia sair do lugar que eu estava.

— Aaaaaaaaaayhn — Gemido

— Shin: Se você gritar eu irei tirar todo o sangue do seu corpo. — Tirar sangue?                

     
Shin deu um sorriso assustador e eu consegui ver suas presas. Ele estava passando a língua nelas enquanto olhava para mim. Ele chegou perto do meu pescoço e então penetrou suas presas em meu pescoço. É uma dor horrível e eu nunca pensei na vida que eu iria ser mordida pelos meus próprios irmãos. Quanto mais ele mordia mais ele apertava minha mão, e isso fez com que eu começasse a gemer cada vez mais. 

Eu não sei o que eu estava sentindo escorrendo do meu pescoço, se era água da chuva ou o meu sangue sendo tirado por ele. Eu estava mordendo meus lábios com toda força, ao ponto de chegar a sangrar. Ele ainda estava chupando e eu já conseguia sentir eu ficando sem forças, apenas conseguia virar a perna um pouco. Minha perna estava toda melada com terra e água, uma nojeira.
Meu corpo tremia todo, mas era pouco... Até uma mosca tinha mais força que eu nesta hora.

— Shin: Sua expressão... E algo que eu tinha dúvida há muito tempo... Agora que eu sei que é boa... Não pare de fazer ela para mim! — Ele estava falando a frase e parando ao mesmo tempo, enquanto chupava o meu sangue e lambia como se minha pele fosse um pirulito. 

— Shin: Você quer que eu descreva sua expressão? Ah você quer sim não é? Da para sentir pelo seu sangue que você está animada. — Ele parou de me chupar e disse as seguintes palavras:

''Sua expressão é como uma vadia que esta gostando de ser estuprada. Arranhando seus dentes, fazendo sua boca sangrar pela raiva ou dor que esta sentindo. Seus olhos estão fechados como se sua vida dependesse disso...
Sua respiração ta lenta, como se tivesse querendo parar de respirar por sua própria conta. Você gosta não é? Esse medo que você consegue dizer de só olhando para a sua cara, não é algo que você deveria estar triste. Muitas pessoas querem saber fazer isto, você é só uma sortuda de merda que finge ser inocente para as pessoas ter pena.''

Ele finalmente saiu de cima de mim e me levantou, tirou algo de seu bolso e me deu para eu tomar. Tinha gosto de suco ou ferrugem, eu não sei bem. Mas era bom, bom até demais, que fez minha tontura passar e eu já sentir as minhas forças voltando. 

— Shin: Eu te dei isso por que não quero que Carla saiba que eu me diverti com você hoje. Então quando a gente entrar apenas finja e obedeça as minhas ordens. Deixa tudo comigo!

— Shin: VOCE ENTENDEU!? — Ele me chacoalhou e então eu disse Sim.

10 Minutos depois:

Eu estava em casa e eu estava me trocando em meu quarto, depois de tomar um banho e o Kanato me dar novas roupas. Eu ainda estava no banheiro penteando meu cabelo e me trocando com a roupa que o Kanato tinha me dado.

Uma roupa cinza com manga comprida e escrito ''Arvore'' na frente em estampa de flores. As mangas também tinham estampas de flores em uma parte e era uma roupa do jeito que eu gosto. Já o Short é preto e um pouco maior do que eu costumo usar.

— Shin: Eu vim aqui no seu quarto apenas para falar que hoje você não vai para o trabalho. — Dava para ver sua sombra por baixo da porta.

— Shin: Se você desobedecer minhas regras na próxima vez não vai ter uma próxima vez.
— Por que eu não posso ir? — Perguntei curiosa.

— Shin: Por que hoje você vai fazer umas coisas para mim. Quando você sair dai venha comer e depois vá à livraria comprar uns livros para eu ler mais tarde, e depois eu quero te chamar para uma coisa.

Sala de Jantar:

— Kanato: Aqui esta senhor, Yakisoba para o senhor Carla, Lamen para a senhorita Keyli e Bife á milanesa com queijo para o senhor Shin. — Kanato desligava o fogão e botava nossos pratos na mesa. 

Uma sala de jantar onde a parede do da frente ou do lado, depende de onde estiver sentado, é preta com vários anéis pretos também. Tem um quadro de sino de natal e em cima da mesa preta com cadeiras brancas, tem um lustre. Atrás da mesa tem um espelho enorme e vários vasos de plantas ao redor.

— Carla: A propósito, onde você estava? Keyli? — Ele pela primeira vez falou calmo comigo. E Também pela primeira vez eu o vi usando uma roupa diferente, um casaco vermelho e por baixo uma camisa roxa com cinto branco. Ele também estava usando uma bermuda preta e o seu cachecol estava pendurado até seus pés. Isso não faz calor?

— Eu sair para comprar umas roupas hoje. — Falei já agradecendo a comida e então peguei os Hashi e comi o lámen.
— Carla: Não deveria sair de casa sem permissão... Se continuar fazendo isto nem a casa você vai ver mais. — Toda vez que ele falava comigo, ele não olhava para outro lugar sem ser para mim. Deixava-me desconfortável, apesar de ele estar calmo agora.

— Shin: Ittadakimasu! — Shin gritou e botou o queijo com tudo em sua boca.
— Carla: Quando acabar de comer, venha em meu quarto. Tenho um favor ate pedir. 
— Shin: Eu já tenho um favor a dar a ela, não se meta Carla! — Os dois ficaram se olhando e ficou tenso, pareciam que iam brigar. Mas por sorte isso só acontece poucas vezes.

A ultima vez que aconteceu, tivemos que refazer o quarto e o banheiro.
— Carla: Tudo bem... Hoje e amanhã eu estou de folga, então eu tenho tempo. 
— Kanato: Estão gostando da comida? — Kanato perguntava em pé enquanto espera a gente acabar de comer.

— Sim! Senta ai Kanato, vem comer com a gente. 
— Kanato: Ah, obrigado Keyli-chan. — Ele já estava tirando seu avental e indo se sentar a mesa. 
— Carla: Não! Você vai ficar observando e só vai comer quando todo mundo acabar. Pode ir para o seu quarto e daqui a 30 minutos volte. — Carla acabou com seu tempo de tranqüilidade e falou com Kanato como se ele fosse seu escravo. Eu infelizmente não podia negar isto, mas o Kanato é tão legal comigo que chega a dar pena.

Eu virei à panela de lámen na minha boca de uma vez só, como naruto, e então perguntei ao Shin que livraria era pra ir e que livro ele queria. Ele falou para eu ir para a Livraria ''Yomu Hon Genki'' e comprar os seguintes livros: Musashi, Confissões de uma Máscara, O Livro dos Cinco Anéis, Rituais, Makura no Soshi e Midaregami.
Eu me curvei para os dois e então falei que iria voltar rápido. 

20 Minutos depois:

É muito longe da minha casa para a livraria, então demorou muito e minhas pernas estavam doendo cada vez mais que eu andava. Mas eu finalmente entrei na livraria.

A livraria era gigante e não dava para ver suas paredes, já que só tinha livro em volta de toda a livraria. Quando entrei me deparei com várias pessoas, apesar de ser uma livraria, dava para escutar as pessoas falando e fazendo muito barulho. Não só tinha estantes na parede, mas sim como no chão, três andares a livraria e também tem elevador.

Eu fui ao balcão e perguntei ao moço onde estava os livros que meu irmão tinha pedido, e ele me falou que estava no segundo andar na terceira estante esquerda do lado do elevador. Ele não sabe em que fileira está então disse que era para eu procurar. Eu me encantei com as luzes e a livraria em formato de esfera, enquanto eu subia as escadas. Mesmo com minhas pernas doendo, dei prioridade em ver essa linda livraria.

 Então quando eu cheguei à estante que ele me disse, fui vendo fileira por fileira. Até que eu encontrei um livro onde estava escrito ''Die Long geweer vampier moordenaar'', Não sei que língua é essa, mas parece interessante? Passei cinco minutos procurando os livros do meu irmão e finalmente achei. Mas quando eu desci eu não fui pagar, fui ler um pouco o livro que eu tinha achado o titulo interessante. Sentei-me na cadeira e abrir.

Ele tinha cheiro de livro velho e sua capa era de uma arma em cima de uma mesa e várias pessoas em seu redor. Eu fui passando página por página, já que parecia mais uma Light Novel do que um livro, só tinha foto até o capítulo 20. Estava tudo escrito em japonês, menos o titulo claro. Eu fui capaz de ler os Kanjis que eu sabia, mas ainda tinha algumas palavras confusas para mim. 

O livro estava falando sobre uma arma que uma vez existiu na terra, e isso fez com que os humanos e seres sobrenaturais criassem uma guerra por esta arma. Teve massacres, tortura e também muita destruição, deixando por pouco ainda um pedaço da humanidade viva. Naquele tempo os humanos foram escravizados pelos seres da noite, mas um homem humano misterioso apareceu com a tal arma e então com apenas um tiro,

conseguiu matar todos os vampiros que estavam entrando em seu caminho. Os humanos ficaram alegres e agradeceram com o que podiam. Então um jovem perguntou ao homem: ''Qual é o seu nome?'' O jovem com fome e sangrando perguntava ao homem. O Homem se recusou a falar o seu nome e apenas disse o nome da arma que estava em suas mãos, uma arma grande, prateada  e segundo ele poderosa. Não é qualquer humano que poderá segurar essa arma, mas sim aqueles que...'' 

O Livro acabou neste capítulo.
Eu fiquei encantada com este livro, e eu comecei a chorar por ler um livro tão bom assim. Eu nunca fui fã de livros, mas este aqui me fez perceber que vale a pena gastar alguns minutos da sua vida com ele. Eu peguei este livro e os outros e paguei no balcão. Botando assim em uma sacola e indo para casa.

Em casa:

Eu finalmente cheguei em casa! No caminho o Tadashi me ligou para perguntar se estava tudo bem comigo, uma coisa que não é normal de ele perguntar. Então eu aproveitei e falei que não iria para o trabalho hoje e provavelmente amanhã também não. Eu inventei uma desculpa e disse a ele que não estava me sentindo muito bem hoje e que também estava gripada. Odeio mentir para os meus amigos...

Chegando em casa eu vi o Carla em seu escritório, e por onde eu passava seus olhos me seguiam. Também é erro meu eu sempre olhar para ele. Antes de eu entregar os livros ao Shin, eu fui em direção ao meu quarto para guardar o livro que eu tinha comprado, já que eu acho que o Shin iria jogar fora. Quando eu cheguei em meu quarto, eu vi o Kanato batendo a cabeça dele na parede e chorando que nem um louco.

Eu assustada e preocupada, parei ele e perguntei a ele o que tinha acontecido, e ele falou que não era para eu me preocupar com nada. Mas eu insistir e ele gritou comigo pela primeira vez em três anos. Ele segurou meu pulso e seus olhos estavam assustados, tremendo como se alguém La no fundo tivesse implorando por ajuda.

Sua boca estava totalmente aberta e as lagrimas desciam pelo seu rosto.  Por sorte não foi a que estava machucada, mas estava doendo e eu estava começando a gemer baixinho para meus irmãos não escutarem. Tempo depois ele soltou o meu pulso e então se curvou no chão,
com sua voz de choro me pediu desculpas.

Eu me ajoelhei também e disse a ele que não precisava disso tudo, e que com certeza eu perdoaria. E que para o bem dele ele não tocasse nesse assunto mais. Ele falou para mim que vieram algumas lembranças em sua mente, e viu uma menina pegando fogo enquanto a pele dela era rasgada lentamente. 

— Kanato: Keyli-chan, o que aconteceu com seu pulso? Esta tão vermelho! — Ele acabou de me perguntar sobre o pulso que ele tinha acabado de apertar. Tinha ficado vermelho com a força que ele apertou, mas agora ele esta agindo como se tivesse esquecido. O que esta acontecendo nesta casa?

To Be Continued..