Eu estava com um mal pressentimento, desde que o Soo saiu de casa.
Era algo parecido com medo, angustia eu não sei ao certo como definir, mas eu estava começando a ficar preocupado...
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- JongIn onde está meu omma? - Pergunta Sook do lado de fora do meu quarto.
- Ele foi comprar umas coisas, mas já está voltando... Não precisa se preocupar - Falo tentando acalmar mais a mim, do que Sook.
- Tudo bem.
Após Sook sair, fico imaginando como seria se ela soubesse que eu sou seu verdadeiro pai, eu não sei se ela me aceitaria depois de saber o que eu fiz ao Soo. Ela... - Sou tirado de meus pensamentos pelo toque do meu celular...
- Alô? - Digo ao atender
- O senhor é parente ou amigo de Do KyungSoo.
- Sim, eu o conheço... Aconteceu alguma coisa coisa com ele? Quem é você?
- Infelizmente Do KyungSoo sofreu uma tentativa de assalto e está internado -Nesse momento meu mundo caiu, isso não podia ser real - Será que o senhor poderia vir aqui no hospital? Temos um assunto importante para falar com o senhor... Poderia me falar seu nome, por gentileza?
- Eu... Eu já estou indo... É Kim JongIn.
Como eu vou falar isso para Sook? Como eu vou falar que seu omma está no hospital?
No hospital
Não sei como criei coragem para falar para Sook o que aconteceu, mas eu contei. Ela chorou, e como chorou. Também não é para menos, quando a pessoa que mais amamos no mundo esta em um hospital.
Para conseguir vir tive que chamar Chanyeol para me ajudar, e ele está tão abalado quanto eu.
- Senhor Kim JongIn? - Pergunta o médico e eu apenas levanto minha mão - Pode me acompanhar? - Afirmo com a cabeça e o sigo até um escritório - Bom... O que eu tenho para dizer não é nada bom... O senhor Do levou um tiro no lado esquerdo do peito... Acho que você é capaz de entender que isso significa... - O interrompo
- Ele vai ficar bem, não vai doutor? - Pergunto aflito.
- Eu não posso confirmar isso para você... A bala atingiu o coração, o estado do ômega é grave.
- Vocês não podem fazer nada para ajuda-ló?... Eu não sei... Tirar a bala.
- É provável que não iremos conseguir retirar, por causa do lugar que ela está alojada.
- O que isso significa?
- Que iremos mante-ló vivo até quando conseguirmos.
Três meses depois
Três meses... Por três meses eu fico nesse hospital "cuidando" do Kyung.
Ele ainda não acordou e seu estado cada vez piora mais. Segundo os médicos seu coração está fraco demais e a qualquer momento pode parar. Eu não sei o que vou fazer quando isso acontecer.
- Senhor Kim? Posso entrar? - Pergunta o médico na porta do quarto do Soo.
- Sim. - Digo desanimado
- Eu trago uma boa e uma má notícia - Balanço a cabeça para ele continuar - A boa é que um transplante pode salvar a vida de KyungSoo...
- E a má?
- Não temos um doador.
Por que tudo sempre tem que ter um porém?
- Qualquer pessoa pode doar? Até mesmo um alfa?
- Sim, isso não tem interferência... Se fosse sangue, não seria possível.
- Eu faço isso - Digo surpreendendo o médico.
- Mas... Você não pode... É suicídio... Não posso fazer isso.
- Ele é a pessoa que eu mais amo na minha vida... Por ele eu faria qualquer coisa, e se você não pode fazer isso eu encontro outra que faça.
- Se você está decidido a fazer essa loucura, eu vou entrar em contato com o advogado do hospital para você assinar os papeis se responsabilizando por... Isso.
Após suas falas o médico sai do quarto, indo provavelmente procurar o advogado.
Era para mim estar triste por fazer isso, mas ao contrário disso, eu estou feliz.
Vou fazer pelo amor da minha vida.
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Acordo em um lugar totalmente branco, acho que é um quarto de hospital. Mas por que eu estou aqui? Ao tentar me lembrar, as lembranças começa a aparecer em minha mente... Eu fui assaltado quando estava voltando para casa.
Olho para o lado e vejo uma carta, com apenas uma coisa escrita na parte de fora " Para meu amado Soo" , estranho, essa letra parece a do JongIn.
Abro a carta e começo a ler.
" Olá meu querido Soo, se você está lendo está carta significa que sua operação um sucesso, e saiba que eu fico muito feliz por você, e espero que sua recuperação também seja muito boa.
Eu gostaria de estar ao seu lado, mas infelizmente ou felizmente não estou mais entre vocês. Não se preocupe com a Sook ela esta com o MinSeok. Ela vai ficar muito feliz em saber que você acordou, a coitadinha estava muito preocupada. Foi muito difícil me despedir de todos, principalmente dela...
Mas não é sobre isso que eu gostaria de escrever... Eu gostaria de me desculpar pelas minhas ações do passado, sei que tudo de ruim que aconteceu com você depois daquela noite é minha culpa, e espero do fundo do meu coração(é engraçado falar isso) que me perdoe. Espero que seja muito feliz nessa nova fase da sua vida. Espero também que aceite meu amor e acredite que até meu último suspiro ele foi totalmente seu.
E como prova do meu amor e do meu arrependimento eu te dou meu coração.
Ass: Kim JongIn"
Isso não pode ser verdade... Ele não pode ter feito isso... Me desespero e começo a chorar, até que ouço uma voz familiar.
- Soo você está bem?
- N-não... ele se foi para sempre... E só agora eu percebi que eu ainda amo ele.
- Ah... Você leu a carta, acho que esqueci ela aqui... E não Soo, você não perdeu, eu estou aqui.
olho para a direção da voz e JongIn sentado na cadeira de rodas a minha frente.
- Como? A carta era real? - Pergunto ainda chorando.
- Sim... Eu escrevi a carta como uma despedida para você, mas quando os médicos iam começar a fazer os preparativos para a cirurgia, eles receberam a notícia que um ômega não resistiu ao parto, e o último pedido dele era que seus órgãos fossem doados... E também não tinha ninguém na fila de espera por um coração, apenas você... Então você recebeu o coração do ômega.
- Você realmente ia se sacrificar por mim?
- Claro que sim, Soo... Eu te amo e por você eu faria qualquer coisa... E antes que me pergunte, Sook está bem e ela vai vir aqui depois da escola.
Fico impressionado, ele realmente ia fazer isso... Suas palavras são verdadeiras, eu senti isso. Não pela marca, e sim pelos seus olhos, eles me transmitem verdade..
- Você sabe quem é o ômega?
- Sim... Era o LuHan... Ele também me deixou uma carta, pedindo que eu cuidasse de seu filho... LuHan até escolheu o nome.
- Qual?
- SeHun, como o do pai da criança... Acho que ele sabia que não ia sobreviver.
- Você vai cuidar do bebê, não vai?
- Não... Nós vamos.
Ele fala e dá um sorriso... Acho que agora as coisas vão se acertar.
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