História Uma nova chance, um novo começo - Going back in time... (Parte 1)

Datee: 2016.08.16

Min YoonGi e Heo GaYoon.

O loiro estava completamente nervoso. Era o primeiro dia, de certa forma, que estava com a morena e já se encontravam no hospital, apenas estava aguardando a morena voltar de um dos vários exames que iria fazer.

Após terem levado JungKook e SoHyun para o colégio e a faculdade.  Haviam ido para a empresa, mas apenas alguns minutos após estarem na mesma, Heo GaYoon começou a sentir-se mal e sua pele empalideceu, assim como ficou fraca. Sem pensar duas vezes e nem avisar alguma staff ou manager, ele levou-a para o hospital mais próximo.

Flashback On.

Eles estavam aperfeiçoando os projetos dos maknaes, Gayoon havia se levantado dizendo que iria sair rápido e voltaria logo.

Mas YoonGi não era bobo.

YoonGi havia notado que a morena estava um pouco incomoda, ela suspirava profundamente ás vezes como se estivesse com falta de ar, esfregava a testa com agressividade e fechava os olhos temporariamente como se estivesse sentindo tontura.

Algo estava errado com ela, e por mais que ela não falasse, estava bem explícito que ela não estava se sentido bem.

YoonGi se levantou apenas por instinto dizendo que iria aproveitar o momento para dar uma saída, e assim, acompanhou Gayoon. A intenção era de acompanhar a mesma até a porta, porém antes de alcança-la, a morena caiu subitamente. Seu corpo não foi de encontro ao chão, pelo fato de que o loiro já estava esperando por algo do tipo.

Ainda tentando manter a calma e pensar no que fazer, apenas ajeitou-a em seu colo e saiu andando com ela pela empresa até o estacionamento. Mas não poderia sair com ela desacordada lá fora, surgiriam vários paparazzi’s e não seria bom. Chegando de frente com a porta de entrada, virou para as duas moças da recepção que tentavam a todo custo não olhar para a situação de Suga. Deu um sorriso encantador e balançou a cabeça com a intenção de jogar os cabelos para o lado. Sabia que estavam olhando pelo canto dos olhos.

-Bem, bom dia. -elas sorriram para ele. -Como podem ver, estou com um problema e devem estar cientes que não será muito bom eu sair com ela assim. Podem me ajudar?

E como imaginava, as recepcionistas correram para ajudar ele. Enquanto uma trouxe seu carro até a porta da empresa, a outra, como que mágica arranjara um lençol preto e um guarda-chuva para cobrir a morena desacordada. Elas o ajudaram a colocar a morena no banco da frente com o cinto de segurança e o desejaram boa sorte. Ele agradeceu mais de uma vez pela ajuda.

Ao chegar no hospital, não se importou em esquecer por um momento a máscara e os óculos escuro dentro do carro. Estava no estacionamento que ficava no subsolo, duvidava que algum fotografo o aguardasse ali.

E assim que o elevador abriu, as recepcionistas atentas já trouxeram uma maca para colocar a garota e levaram para a emergência. YoonGi neste momento se lembrou de algo importante.

Os documentos de Gayoon.

Torceu para que a morena estivesse com os mesmos no bolso e pediu para uma enfermeira procurar e ficou observando. Caso contrário teria que ligar para alguém e o assunto chegaria aos donos e não seria bom descobrirem que além de HyunAh, outra das minutes poderia estar doente. Sentiu-se imensamente aliviado ao ver que a enfermeira achara a carteira de couro azul marinho cintilante.

Relutante, deixou a morena aos cuidados das enfermeiras e foi arrastado por uma das mesmas até a recepção para fazer a ficha. Assim que terminou ele foi encaminhado para a sala onde a morena estava. Enquanto a médica examinava-a, YoonGi apenas observava e fazia carinho na mão de Heo. Pensando.

Sua cabeça estava uma bagunça, o medo de que Gayoon tivesse algo sério prejudicando sua saúde, o preocupava muito. De repente, ouviu uma voz baixa o chamando.

-Yoon! -a voz era arrastada. -YoonGi!

Decidiu ignorar, era apenas sua mente lhe pregando peças. Saiu de seus pensamentos e olhou para Heo que agora tinha seu braço delicado “conectado” ao soro. Viu a cabeça dela se mexer e resmungos baixos de dor e desconforto. E por fim, aqueles olhos castanhos o fitando com dúvida.

-Por que estamos em um hospital? -ela perguntou tentando se mover mas YoonGi a impediu segurando-a com delicadeza.

-Você não me falou que estava se sentindo mal mas eu notei, disse que iria ao banheiro, dei a desculpa que iria aproveitar para fazer alguma coisa e te acompanhei. Na metade do caminho você desmaiou e eu te trouxe para cá. Não se mexa muito. -disse calmo tirando a mecha que cobria o olho dela. -Eles colocaram soro em você e já colocaram uns negócios aí -Gayoon riu da expressão do loiro. -para fazer exames. Eu acho.

-Você acha? -ela perguntou rindo.

O médico entrou e assim que viu Heo acordada, pediu para Min se retirar e aguardar na sala de espera.

Flashback Off

 

Ele estava sentado em uma das cadeiras na luxuosa sala de espera.

Ser um idol tem suas vantagens.

Batia seu calcanhar contra o chão de forma nervosa, enquanto girava um polegar entorno do outro e a língua umedecia os lábios secos devido ao tempo.

Ouviu o som dos saltos contra o chão e ergueu o olhar dando de cara com uma morena um pouco sem graça que sentou-se ao seu lado.

-Tudo bem? -perguntou antes que a mesma pudesse dizer o que pretendia.

-É... acho que sim, eu...-estava nervosa. -sinto muito pelo transtorno. -desculpou-se.

-Tudo bem. Todos temos imprevistos. -disse olhando para a parede enjoativamente branca à sua frente. -Já sabe o por que de ter quase desmaiado? -olhou para a mesma que o encarou por breves segundos antes dela abaixar a cabeça.

-A enfermeira que aplicou o soro, disse que deve ser anemia. -olhou desanimada para o loiro e voltou a abaixar a cabeça. -O estágio da anemia apenas através de exames, e ela vai tentar adiantar os resultados.

-Você não se alimenta devidamente?

-Me alimento quando sinto fome. Independente do que eu coma, eu não engordo mais. -olhou para Suga que tinha um olhar questionador. -Eu era mais famosa no Brasil pelas minhas coxas grossas, então, simplesmente fazia as dietas necessárias para... saúde. Um dia fui a um restaurante e comi marisco grelhado, havia sido mal preparado e eu tive intoxicação alimentar e parei de absorver gordura.

-Então parou com as dietas?

-De certa forma.

-Heo Gayoon?! -uma enfermeira chamou.

-Eu tenho que tirar sangue, pode ir comigo? -perguntou enquanto se levantava. -Eu não gosto de ficar sozinha. -riu sem graça.

-Tudo bem... -soltou uma risada fraca e acompanhando a mesma até a sala que a enfermeita os guiava.

Enquanto segurava a mão de Gayoon, sentado ao lado da mesma. Não deixava de pensar em seu sonho, no sonho mais estranho e interessante de sua vida até então.

-Deveriam existir mais homens assim. -uma enfermeira disse sorrindo olhando para os dois. -Você tem um excelente marido.

Suga apenas riu, não iria explicar a mulher que ele não era casado com a morena sentada ao seu lado. A morena continuava quieta olhando para qualquer outro lado que não fosse a agulha perfurando seu braço direito, seus olhos pairaram sobre Min, distraído com seus pensamentos. Riu.

Olhou para o próprio colo pensando em quantas vezes já havia causado preocupações para o loiro ao lado em menos de um dia. Já estava no hospital na companhia do mesmo.

Sentiu Yoongi acarinhar sua mão com o polegar, olhou para ele e viu que ainda estava preso em seus próprios pensamentos.

(...)

Haviam adentrado o consultório branco e de ar gélido e sentaram-se nas duas cadeiras em frente a mesa do médico que analisava alguns papéis. Assim que sentaram o médico abaixou as folhas em sua mão, e olhou brevemente para Gayoon voltando a reergue-las.

-Heo GaYoon?

Apenas respondeu com um pequeno aceno de cabeça e apertou a mão de YoonGi embaixo da mesa, sinalizando seu medo. Recebeu um aperto de carinho e segurança.

-Bem, irei ser direto. Você está com um princípio de anemia e precisará se alimentar corretamente para melhorar e precisará tomar alguns remédios por um mês. -ele anotava no papel. -Ou mais! Isso depende de seu desempenho esse mês.

-Então isso é um princípio de um quadro anêmico? -Min perguntou calmo, mesmo que se coração tivesse acelerado em preocupação e estivesse com medo por dentro. Precisava manter-se forte para que Gayoon se sentisse segura.

-Sim, creio que ela não consome alimentos que contenham ferro com a frequência necessária.

(...)

No carro, Gayoon não sabia o que dizer ou como reagir. Apenas sentou-se no banco do passageiro, pensando em cada palavra do médico, apenas apoiou o cotovelo na porta e apoiando sua cabeça na palma da mão. Ouviu um click e viu que o loiro tinha colocado o sinto de segurança nela, e ela não havia sentido nada. Ele sorriu e colocou seu próprio sinto fechando a porta.

-Quer conversar? -ele perguntou hesitante.

-Eu... -ela não sabia se tinha o que conversar. Ela até tinha, mas não sabia como se expressar, estava assustada e seu descuido arrecadaria mais problemas assim que chegasse na empresa, se fossem apenas para ela, mas era para as outras meninas que estavam felizes com a ‘nova casa’ e não queria destruir isso tão rápido.

Vendo que Heo, não saberia se pronunciar. Bufou e girou a chave no contato, pisando no acelerador e fazendo o carro andar.

-Não se preocupe, ninguém sabe que você veio parar no hospital. -Gayoon arregalou os olhos. Como ele poderia ter se arriscado tanto assim? -as recepcionistas me ajudaram a te colocar no carro sem ninguém ver, creio que... elas não irão comunicar nada. Se comunicarem, nós falamos que foi apenas um mal-estar comum.

-Min, eles podem pedir exames. -Gayoon disse calma.

-Se pedirem, seus exames vão alegar estar tudo bem.

-Como? Vai mandar manipular os resultados? -Gayoon perguntou assustada.

-Se caso venha se tornar necessário, sim. Mas, não creio que vá ser necessário. Você vai se cuidar direito e tomar todos seus remédios corretamente, logo estará tudo estabilizado. -ele mudou a marcha fazendo com que a velocidade do carro aumentasse.

-YoonGi-Ah... -Gayoon abaixou a cabeça e olhou para seu colo, sentiu o loiro olhando-a pelo canto dos olhos. -Por que fez tudo isso, por mim? -ela fitou Min com curiosidade. -Não me conhece há sete anos como as meninas e já sabe até quando eu estou passando mal.

-Eu só... -ele não sabia o motivo de ter feito tudo aquilo. Apenas fez o que seu cérebro mandou, se realmente foi um comando do cérebro e não do coração. Pensou com cautela nas palavras que iria dizer para Gayoon para que a mesma não desse a entender outra coisa. -Eu só fiz o que achei que faria por mim. -olhou-a de soslaio. -Você é tão atenciosa com os meninos, que imagino que faria o mesmo. Fiz o que acho que seria o certo, cuidar de quem cuida de mim. -sua voz saia banhada em calma e doçura, a voz levemente grossa e rouca, sua língua presa deu um toque final em tudo. Suas palavras foram como um cicatrizante para o coração ferido de Gayoon. Aquilo aliviou a mesma que apenas se permitiu sorrir e observar o garoto.

-Obrigada, Min YoonGi. -disse sorrindo.

-É assim que eu prefiro ver você. -riu. -Não tremendo de angustia.

(...)

Após uma curta parada em uma farmácia pouco movimentada apenas para comprar os remédios que o médio havia receitado. Eles foram direto para a empresa, temendo que no período que ficaram no hospital, haviam dado pela falta dos dois.

Caminhavam pelos corredores até ouvirem uma voz conhecida, do manager os chamando. Se viraram tentando disfarçar que haviam aprontado alguma coisa, e apenas ficaram olhando para o manager parado não muito distante dos mesmos. Eles ficaram imóveis.

-Bem, estão sendo chamados na sala do CEO, acho melhor irem logo.

Os dois assentiram e voltaram a seguir seu caminho pegando um “atalho”. Suga bateu na porta do CEO recebendo um entrem como resposta.

-Houve algo de errado? -Suga perguntou denunciando seu medo. Gayoon apenas ficou há poucos passos de distância atrás dele.

-Bem, eu não sei como dizer, então vejam com seus próprios olhos o que houve com SoHyun. -disse virando o monitor do computador para os dois presentes na sala.

As cenas consistiam em Sohyun caminhando calmamente com os materiais de limpeza até ser abruptamente atacada por um homem. O estômago de Gayoon se retorcia, querendo colocar o que havia comido no café da manhã mais cedo para fora, ouvir SoHyun contar chorando era melhor do que assistir, pois se sentia a mais inútil. Já Min, queria encontrar o homem e arrancar sua cabeça e pendurá-la na fachada da empresa como aviso para quem tentasse machucar alguém de sua família. Eles observaram com atenção a parte onde JungKook aparece para o socorro de Sohyun. Gayoon sentiu-se levemente feliz por JungKook ter cuidado de SoHyun como dissera. Embora ela quisesse chorar, não o fez. Suga, sentia-se feliz por JungKook provar que era um homem bem educado.

-Então, não sei ao certo que tipo de providencias tomar, uma vez que não identificamos o sujeito.

-Devemos manda-lo embora. -Min disse com o olhar frio. -Quem garante que ele não irá fazer mal para uma das garotas novamente? Ainda mais com elas ficando até mais tarde na empresa preparando um comeback, é arriscado manter ele aqui.

-Arriscado mas o faremos. -Gayoon se pronunciou.

-Está louca? Ele pode fazer isso de novo. -disse inconformado com a ideia da morena.

-Se mandarmos ele embora, pode ser pior. -ela disse calma -Não sabemos com que tipo de louco estamos lidando. Ele pode ter aliados aqui. Se mandarmos ele embora, ele pode sequestrar qualquer uma de nós depois. Precisamos saber se ele conversa com alguém dentro dessa empresa, se ele é um fã, precisamos saber mais sobre ele antes de joga-lo na rua, Min.

-Gayoon! Você viu o que ele fez?

-Sim, eu vi. Já passei por assédios piores e SoHyun também. -os dois homens pararam para olhar para ela incrédulos e ela apenas baixou seu olhar. -Sohyun nos contou uma vez que estava sofrendo assédios no colégio, coisa considerada normal. Quando eu era mais nova, eu sofria com coisas do tipo. -suspirou pesado e levantou sua cabeça determinada. -Não podemos mandar esse infeliz embora agora, ele tem uma carta na manga para causar confusão, mesmo com esse vídeo em prova, ele pode dizer que Sohyun armou contra ele. Não seria sensato e nos daria mais problemas do que evitaria, vamos saber mais sobre ele e depois podemos manda-lo embora.

-Melhor fazermos como a Senhorita Min... Senhorita Heo. -corrigiu-se.- Está aconselhando. Ela tem razão! Evitem falar sobre seus compromissos na empresa, será enviado e-mails para vocês todas as manhãs sobre sua rotina. Será melhor assim, não andem sozinhas nem nada do tipo.

-E se ele atacar novamente? -YoonGi perguntou.

-Irei ver o que fazer sobre isso. -CEO respondeu pensativo.

Sairão da sala e o loiro bufava andando rápido e pisando duro. Gayoon foi atrás praticamente correndo.

-YoonGi! -chamou tentando não desequilibrar-se dos saltos. -Pode me escutar?

Nada parecia adiantar, quando estava finalmente próxima do homem consideravelmente alto comparado a si e prestes a tocar-lhe seu ombro. Desequilibrou-se e automaticamente suas mãos agarraram-se em Min para que não caísse. Mas para sua demasiada surpresa, Min fora mais hábil e segurou-a pela cintura.

-Está bem? -ela apenas acenou com sua cabeça em afirmação.

Seu peito subia e descia com rapidez devido ao susto, seu coração estava acelerado e ela sentia um leve calor causado pelo quase acidente. Sua expressão assustada e suas mãos apertavam fortemente o tecido que cobria os ombros de YoonGi, aos poucos conforme ia se acalmando ela ia afrouxando o aperto entre suas mãos. Um sorriso ladino e maroto passou a surgir nos lábios do mais alto.

-Mal saímos do hospital e já está elaborando uma forma de voltar? -ela riu do comentário do loiro. -Se quer tanto que eu segure sua mão não precisa ser em um hospital, huh?

Riram mais um pouco e ele soltou-a.

(...)

Após o quase acidente, acabaram esquecendo-se por completo do assunto. Até o momento de buscar Jeon na escola.

Assim que estacionaram em frente ao famoso colégio da região, a aglomeração de meninas envolta de algo/alguém, era consideravelmente grande.

Sohyun que já estava dentro do carro, irritadiça pela demora do moreno, discou rapidamente alguns números logo sendo atendida em menos de três toques.

-Alô? -a voz grossa era acompanhada de falas finas e gritinhos histéricos como fundo, parecia estar ofegante.

-Por favor, me diz que não está no meio dessa bagunça, Jungkook. -Sohyun disse apertando o osso entre um olho e outro.

-Desculpa.. -ouviu um barulho como se JungKook estivesse puxando o aparelho de volta para si.

-Já vou te tirar daí.

O telefonema fora finalmente encerrado, e uma Sohyun aparentemente estressada com algo olhou para a morena mais velha que tinha um olhar questionador.

-Unnie, eu vou descer. -Sohyun disse convícta.

-Está louca, maknae? -YoonGi perguntou assustado.

-Ou eu o tiro de lá, ou ele nunca vai sair de lá, Oppa. -a ultima palavra fora um golpe baixo da mais nova contra ele. Sabia que ser maknae tinha lá suas delimitadas vantagens.

-Certo. -YoonGi suspirou concordando.

Então, colocando um óculos escuro e uma máscara preta, além de prender o cabelo em um rabo. Sohyun infiltrou-se no meio da multidão de fãs escandalosas, com extrema dificuldade. Pensou em agachar-se e engatinhar até onde seu companheiro de trabalho estava. Mas seria facilmente pisoteada. Uns leves empurrões aqui e ali, chegou ao “miolo” da tumulto.

Deparou-se com um JungKook envergonhado trajando seu uniforme respondendo educadamente cada fã e tentando manter uma certa distância do tumulto. O que era claro que não estava dando certo.

-Sinto informar garotas, mas o galã de vocês tem compromissos e para cumpri-los com êxito é necessário chegar no horário e já estamos atrasados. -disse puxando JungKook do meio delas que faziam um “ah” decepcionado em coro.

Sem pudor ou pensar duas vezes SoHyun agarrou uma das mãos de JungKook e puxou para fora dali esbarrando com brutalidade nas meninas que impediam-nos de passar até a van. Assim que chegaram até a porta da van Sohyun abriu-a e atirou JungKook para dentro e entrou logo em seguida na mesma.

Os dois que estavam na frente se entre olharam assustados e logo após o loiro apenas deu a partida saindo dali sem questionar o que fora aquilo lá fora.

-Hyung, elas tomaram algo ilícito hoje antes de irem para o colégio. -JungKook disse após despertar do transe de toda a confusão e após ver SoHyun agindo de forma acomuna. -Hyung, me tranquei no banheiro durante o intervalo.

-Isso nunca tinha acontecido antes. -Suga estranhou. Os colegas de JungKook nunca o importunaram. Pediria a Jin cuidar disto mais tarde ligando para a diretoria do colégio.

-SoHyun ? -GaYoon a chamou.

Desde que entrara na van, SoHyun estava agindo de forma acomuna. E não passou despercebido por sua Unnie que a virá crescer desde seus quinze anos.

-Estou bem, Unnie. Não se preocupe comigo. -respondeu friamente, Sohyun costuma ser doce. Isso significava que tinha algo muito errado para que ela estivesse assim.

-Está bem. -a morena respondeu calma para que os garotos não levantassem suspeitas – mais suspeitas.

-Obrigado, por... ter me tirado de lá, Noona. -Jeon agradeceu envergonhado a garota ao seu lado.

-Não há de que. -respondeu com um meio sorriso sem graça.

O silêncio perdurou dentro da van durante todo o trajeto, havendo feita apenas uma parada para comprarem o almoço para os mais novos.

Gayoon, com todo seu traje para não ser reconhecida, desceu da van com os pedidos anotados em seu telefone celular. O pequeno estabelecimento estava vazio, claro, vazio no quesito clientes, alguns funcionários limpavam de forma lenta e tediosa o chão de piso branco, havia apenas um atendente, este estava debruçado sob o balcão de mármore marrom claro.

-Bom dia, em que... -o atendente baixou o olhar para o corpo de curvas agradáveis de Heo e tornou a olhar para seu rosto. Abriu seu melhor sorriso galanteador. – lhe ajudar gracinha?

O coração de Gayoon deu um pulo dentro do peito, ela se assustou. Suas lágrimas queriam a todo custo a descer por seu rosto. Manteve sua pose calma como quem não tivesse ouvido.

-Bom dia, eu gostaria de...

-Vamos, -o homem pegou GaYoon pelo pulso. -sei que quer muito mais que comida e posso te dar isso.

-Por favor, -tentou puxar seu pulso. – me solta. -sua voz soava irritadiça embora estivesse querendo chorar de medo por dentro.

O atendente pegou Gayoon pelos pulsos a puxando para mais perto.

-Um beijinho que eu te solto.

As funcionárias que estavam limpando o local continuaram apenas fazendo seu trabalho. Nenhuma delas sequer ousou olhar para a cena. Talvez se Heo, não estivesse com todo seu traje para ninguém a reconhecesse, ele não tivesse tentado nada com a mesma. Apenas faria seus pedidos.

Gayoon se praguejou por ao menos não ter tirado seus óculos escuros.

 

Dentro da van, que se encontrava no estacionamento em frente ao pequeno fast food. Um loiro observava a cena, pegou todo seu “disfarce” e abriu a porta.

-SoHyun, JungKook, já volto.

Saiu sem dar satisfações e entrou no estabelecimento. Viu o atendente pegando Heo pelos pulsos na tentativa de beijá-la. Ele caminhou com as mãos nos bolsos até onde os dois estavam e apertou o pulso do cara com certa brutalidade.

-Você é um covarde miserável que irá soltar ela agora. Caso contrário teremos um problema. -devido aos óculos escuros, o atendente não pode receber o olhar frio de Min YoonGi, mas recebeu uma voz fria e autoritária que fez seu celebro mandar comandos para o resto de seu corpo para que soltasse o que estivesse segurando. -Bom garoto. -ironizou grunhindo baixo pegando o atendente pelo pulso de forma bruta. -Caso eu torne a saber que você tentou algo com qualquer outra garota ou mulher. Eu tomarei as devidas providencias contra você. -soltou o pulso do atendente que massageou a pele avermelhada e ardente.

Os funcionários que antes limpavam o local, observavam com espanto a cena que acabara de acontecer, estavam com suas bocas abertas e olhos arregalados. De repente ouviram sons de passos pesados e lentos em meio ao silencioso local. Um homem magro, alto, de cabelos negros e bem arrumados sob uma fina camada de gel. Todos eles se paralizaram.

-Acabo de ver pelas câmeras algo muito desagradável. -ele se aproximava arrumando sua roupa social.

Yoongi engoliu em seco, agir de cabeça quente não é adequado para um idol, e o que ele vem fazendo com muita frequência, é exatamente isso.

Agir de acordo com o calor do momento. Agir de cabeça quente.

Pela segunda vez no dia, estava agindo sem pensar.

-Covarde... -foi o que o homem disse ao se aproximando dos três com uma expressão raivosa. Gayoon apenas escondeu-se automaticamente atrás do loiro alto. O moreno chegou perto até demais de Yoongi que se curvou para trás em proteção de Heo. Passou um braço para trás abraçando a mesma do jeito que conseguiu. Os olhos raivosos do homem se direcionaram para o atendente do balcão, que tentava a todo custo manter sua pose impenetrável diante do seu patrão. -Exatamente o que você é! -ele se curvou até que estivesse a altura do funcionário. -Saía do meu estabelecimento! Está demitido.

-Mas... Senhor... -a voz saiu trêmula e ele recebeu um olhar fulminante de seu patrão.

Ex-patrão agora.

O funcionário recém demitido, apenas abaixou a cabeça e foi para os fundos.

-Desculpem-me, Senhor Min, Senhorita Heo. -o homem se desculpou mais calmo. -Eu nunca peguei este infeliz no flagra antes. E as câmeras sempre tinham o momento deletado. Mas hoje, enfim consegui demiti-lo por justa causa. -ele sorriu docemente. -Irei recompensa-los pelo ocorrido. Quais são os pedidos? -ele foi para trás do balcão, ligando o monitor para anotar os pedidos.

(...)

Sohyun e JungKook já haviam sido deixados na empresa, agora restavam apenas YoonGi e Heo na van.

-Você não está falando, desde que saímos do restaurante, lanchonete, seja lá o que era aquilo. -resmungou a última palavra irritado. -Não pense que ficar em silêncio vai impedir que nós teremos uma conversa sobre SoHyun, e também sobre você, Heo. -disse o mais carinhoso que conseguiu.

-Incrível como você está preocupado com uma pessoa que conhece desde segunda. Hoje é quarta-feira. -Gayoon disse olhando a paisagem inquieta pela janela da van.

-Você me conheceu por duas horas e meia, depois foi pra sua casa. Depois quando nos vimos de novo, estávamos casados. -disse sério. Gayoon olhou para o loiro e começou a rir do mesmo que se segurava para não rir. -O que há? -ele disse divertido. -Por que não leva seu marido mais a sério? -disse finalmente cedendo e rindo.

-Porque ele é um idiota que nunca fala nada de relevante. -disse rindo.

-YAH! -gritou. -Eu sou um marido idiota? -por mais que tentasse passar por irritado não conseguia.

-Você não é idiota, e nem meu marido. -Gayoon disse parando de rir aos poucos.

-Muito melhor te ver assim. -disse com seu típico sorrido ladino.

-Pensei que o assunto SoHyun tivesse se resolvido. -Gayoon começou.

-Gayoon, ele não tem medo, pode fazer de novo.

-Todos temos medo, Oppa. Ele fugiu quando JungKook apareceu.

-Você não foi a única que estranho SoHyun hoje. E tenho quase certeza do que houve na faculdade dela, e ela não vai falar muita coisa. -deu uma pausa ao notar que a morena estava com uma cara de espanto. -Estou certo, não é mesmo?

-Suga, não é necessário mandar o homem embora agora. Ele pode fazer pior depois.

-Ou pode fazer piro enquanto está na empresa. –disse ao estacionar a van na garagem da casa e puxar o freio de mão.

-Ele pode ter mais loucos lá dentro, e se mandarmos ele embora, não vamos conseguir e se torna mais perigoso. -irritado com a insistência da morena YoonGi desceu da van irritado. E entrou em casa, Gayoon vinha logo atrás.

-Suga... calma. -ela disse.

-Gayoon, eu quero matar aquele homem! -ele disse subindo as escadas.

-Acha que eu não quero? -ela disse indo atrás.

-Então, ponto! -ele acabou gritando lá em cima.

-Sem ponto até você esfriar sua cabeça e comer! -ela gritou.

Ele virou a direita no corredor, e foi até a porta do seu quarto que antes de ser fechada, uma morena entrou. Ele sentou-se na cama, e encarou a morena em pé perto da porta, agora fechada.

-Por que eu tenho a impressão de que vocês cinco tem muitas histórias ruins?! -o coração dele apertou, só de imaginar de que alguém já tivesse feito mal para as cinco. -São muito amigáveis, mas, são frias sem motivos aparentes. -suspirou profundamente e expirou o ar com força. -Eu não vou atacar nenhuma de vocês. -ele disse olhando para o lado e não encarando Heo.

Ela ficou parada fitando o chão, sentiu uma leve dor na garganta, uma ardência nos olhos, e sua respiração falhar, seus olhos lacrimejaram um pouco. Controlou sua respiração e ergueu a cabeça, Suga observava sua reação.

-Me diz que não estou certo. -pediu. Se negava a acreditar no que estava acontecendo.

-YoonGi, esse não é o assunto. -Heo advertiu. -Vamos manter o homem na empresa, descobrir mais sobre ele e quem for próximo. Depois se quiser manda-lo embora pode fazer, mas por agora. -respirou fundo. -Ele fica...

-Heo GaYoon!

-Min YoonGi!

-Heo GaYoon!

-Min YoonGi!

-E se ele atacar uma de vocês de novo? -perguntou em tom extremamente alto.

-Ele não vai fazer isso de novo. -Gayoon retrucou no mesmo tom.

-Quem garante? -se irritou e gritou. -Ele é louco! Sabe o que passa na cabeça daquele desgraçado? -ralhou. Sua voz era tão alta que poderia ser ouvida por toda a casa.

Ouviram duas batidas na porta, “Entre!” foi apenas isso que YoonGi disse antes retomar a discussão.

-Você ainda quer arriscar? -ele disse irônico o que irritou a morena.

SeokJin e JiHyun adentraram o cômodo com uma fisionomia de preocupação. YoonGi estava sentado na cama com a blusa de moletom aberta caída na altura de seus cotovelos e Gayoon de pé com os braços cruzados ao lado da porta.

-Min YoonGi! -ela disse já nervosa.

-Heo GaYoon! -ele disse irritado.

-O que está havendo Min YoonGi? -SeokJin disse.

-Tentando entrar em acordo, Hyung. -respondeu rápido.

-Que acordo? -JiHyun olhou para Gayoon.

Nesse momento os dois estavam nervosos, mas se olharam preocupados. Min virou a cabeça para o lado e deu de ombros. Ela suspirou e olhou para os dois mais velhos ali.

-Digamos que um homem tenha tentado machucar SoHyun e agora temos de decidir sobre o que fazer com ele de forma sensata e não impulsiva. -ela olhou feio para Yoongi que revirou seus olhos.

-E eu acho melhor manda-lo embora. -Suga manifestou sua opinião.

-E eu acho melhor fazer algum acordo com esse louco. -Gayoon disse torcendo seu nariz.

-E por que vamos mantê-lo na empresa Heo? -Min disse indignado.

-Essa é a parte que você não me deixa chegar! Ele vai ficar na empresa Min YoonGi, mas não poderá nem olhar para nós! Acha que sou louca? -ela bateu os pés protestando e sua voz saiu irritada.

-Qual é sua ideia? -Jin perguntou.

-Se mandarmos ele embora, ele vai falar mais que o necessário. Mesmo que depois a empresa o processe, já será tarde. Todo mundo vai saber demais sobre nós! Tirando que ele pode aproveitar da situação e dizer que Sohyun começou e se fez de vítima! Seja sensato, Min YoonGi! -ela bateu um dos pés contra o piso de madeira em protesto.

-O que sugere? -YoonGi perguntou de forma tediosa.

-Manteremos ele na empresa, mas ele tem de assinar um acordo judicial onde não poderá se aproximar mais de cinco metros de nós e não pode comunicar sobre seu feito com SoHyun para ninguém! Caso isso venha a sair em público ou se aproxime, ele terá de pagar uma multa e será levado ao tribunal e responderá em cárcere. -os garotos tinham suas bocas abertas onde podia-se ver um perfeito ‘o’ formado.

-Tem certeza que não quer cursar advocacia? -Min YoonGi se levantou rindo e foi até Heo que ainda estava emburrada olhando para o mesmo.

-Tenho Sr. Min! Sete anos de carreira tem suas vantagens! -ela ainda se mantinha emburrada.

-Bem, -Jin começou. -Já que resolveram... vamos descer para terminar o almoço. Em quinze minutos preciso dos dois lá embaixo para almoçarem e me ajudarem com a mesa. -eles confirmaram com a cabeça.

-Onde estão os maknaes? -JiHyun perguntou um pouco preocupada.

-Bem, -Suga disse meio receoso. -na empresa. Falando com o CEO sobre... eles e coisas do tipo. -ocultou todas as informações. Com toda certeza não era a hora certa para aquele assunto.

-Vou fingir que acredito em você! -Jin disse rindo. -Acho bom terem alimentado aquelas crianças, ou nós iremos conversar seriamente depois. -Suga revirou os olhos.

-Que tipo de monstro acha que sou, huh? -ele virou um pouco seu tronco olhando para Jin com seus braços cruzados e uma expressão de indignação. -Vou sim Hyung, deixar JungKook e SoHyun na empresa ensaiando e criando coreografias complexas o dia todo sem comer! -disse irônico e seu rosto passou a esboçar raiva assim que ouviu a risada de seu Hyung. -JIN! -esbravejou. JiHyun olhou para a Gayoon que ainda estava mal humorada e a mesma continuava a demonstrar irritação.

-Tudo bem Min YoonGi! Não precisa gritar com seu Hyung, huh? -ele disse calmo e o outro revirou os olhos batendo a sola de seu pé contra o chão levemente. -Não revire esses olhos para mim garoto! -Jihyun riu baixinho.

-Certo, certo... estamos descendo. Comportem-se! -avisou a mais velha. -Se eu voltar e tiver sangue no chão, o que permanecer vivo irá limpar. -tods riram e JiHyun e Jin saíram do quarto fechando a porta.

YoonGi voltou seu olhar para Heo.

-Então vamos terminar outras conversas agora.