Deixei Vincent na igreja e fui para o hotel arrumar minhas coisas.
Jade estava na recepção como sempre, e salão estava completamente vazio:
- Eu vou sair por alguns dias da cidade, mas quero que meu quarto ainda esteja reservado - Disse para Jade na recepção.
- Tudo bem, tenha uma ótima viagem - Ela disse com um sorriso.
Retribui o sorriso e sai.
Entrei no carro e segui viagem. Meu celular começou a tocar novamente.
- Alô - Disse.
- Hope, onde você tá? - A voz da minha mãe soou zangada do outro lado da linha.
- É segredo - Disse.
- Você está em New Orleans, não é? - Ela perguntou.
- Sim e não, sim por que eu estava e não por que não estou mais - Disse em tom sarcástico.
- Você é igual ao seu pai - Ela disse.
- Você é a segunda pessoa que me diz isso hoje, tenho que desligar, até mais - Disse desligando o celular.
Minha mãe retornou a ligação, porém o volume da música estava alta e "não ouvi" meu celular tocar.
A viagem era longa, e já era quase 1:00 da manhã. Por isso decidi parar para descansar em um hotel na beira da estrada.
Arrumei um quarto, e levei os grimorios comigo, precisava mantê -los por perto.
Tomei um pouco de sangue e deitei na cama.
Não demorei para pegar no sono e junto com ele veio um pesadelo.
" - Vejam, senhoras e senhores - Marcel dizia para uma plateia enorme. - Os grandes originais mortos.
A plateia explodiu com palmas e gritos.
No centro do palco haviam cinco caixões, cada qual com um integrante da minha família.
- Sei que queriam ver a morte dos originais com seus próprios olhos. Mas como sabem tive que fazer escondido. - Marcel disse sorrindo - Mas não se preocupem senhoras e senhores, pois, hoje lhes darei um grande espetáculo, uma morte ao vivo. Hoje a morte será da pessoa que deu vida a maior aberração que existe. Com vocês, senhoras e senhores Hayley Marshall.
Todos começaram a aplaudir. Do canto do palco minha mãe surgiu, estava amarrada e sendo escoltada por três vampiros.
- Mãe, mãe - Gritei, mas ela não podia me ouvir.
- Eis aqui a mãe da grande aberração - Marcel a puxou para encara-lá. - Tem alguma coisa para dizer antes da sua cabeça rolar pelo palco.
- Vá para o inferno. - Disse minha mãe cuspindo no rosto de Marcel.
- Eu não vou, mas você estará lá em alguns minutos - Disse Marcel limpando o rosto.
Marcel segurou minha mãe pelo pescoço e fez com que ela ficasse de joelhos de frente pra plateia.
Tentei correr para salva-lá, mas não conseguia me mexer. Senti as lagrimas brotarem, tentei me segurar para não chorar, mas não conseguia controlar meus sentimentos diante daquela cena.
Marcel andava de um lado para o outro, ele estava tão orgulhoso de si mesmo, orgulhoso de ser um monstro.
Minha mãe se mantinha firme, calada.
Marcel caminhou até ela, e antes que ele a matasse, ela virou seu rosto para a minha direção. Ela não me ouvia mas conseguia me ver.
Olhei em seus olhos, e pude jurar ter ouvido a sua voz em minha cabeça, dizendo que ficaria tudo bem.
Marcel levantou a mão para mata-la..."
Acordei assustada, estava suando muito. Olhei o relógio eram 6:00 horas, levantei e fui tomar um banho, precisava espairecer um pouco a cabeça.
Sai do banho e tomei duas bolsas de sangue, minha sede estava ficando pior.
Dei algumas folheadas em um grimorio, nele haviam apenas alguns feitiços simples, como criar anéis de sol e lua, feitiços de localização, entre outros.
Estava perdida em pensamentos, quando meu celular fez um barulho avisando que uma mensagem acabara de chegar.
" Marcel está reunindo todo o bando para ir atrás de você, por enquanto sem sucesso algum nas buscas, você é muito boa em não deixar vestígios.
Ele está furioso e sua sede de sangue está ficando cada vez pior.
Isso é tudo por enquanto.
Vincent "
- Mas que boa notícia - Disse com um sorriso.
Peguei os grimorios e levei para o carro, o hotel estava com pouco movimento.
Tinha mais dez horas de viagem pela frente e não podia mais me atrasar.
Cheguei em Mystic Falls as 16:30 horas, para uma cidade pequena, ela estava bem movimentada, deveria ser algum evento que estaria acontecendo.
Precisava beber um pouco, então parei em um lugar chamado Mystic Grill.
O lugar estava cheio, pessoas entravam e saiam, eram tantas conversas que não conseguia ouvir meus proprios pensamentos.
- Uma cerveja, por favor - Disse para o garçom.
- Preciso da sua identidade - Ele disse.
- Não, não precisa - disse olhando pra ele - E você não vai cobrar.
- Uma cerveja saindo - Ele disse colocando a garrafa sobre o balcão - Por conta da casa.
- Obrigada- disse com um sorriso.
Quando me virei para achar uma mesa, dei de encontro com um rapaz loiro vestido como um policial:
- Matt Donovan - Disse encarando- o.
- Desculpe, nós nos conhecemos? - Ele perguntou.
- Não, é que está escrito ai na sua roupa - Disse rapidamente.
- É claro - Ele disse olhando para roupa - Veio para o Dia dos Fundadores?
- Ahhh... vim, vim sim - Disse.
Antes que ele pudesse falar, sua radioescuta começou a fazer um chiado:
- Xerife Donovan na escuta - Ele disse.
Sai de lá antes que ele começasse a falar comigo de novo.
A praça estava ainda mais lotada, a cada minuto parecia que chegava mais e mais pessoas.
Entrei no carro e segui caminho por algumas ruas paralelas, as principais estavam cheias de pessoas.
Passei por uma rua, e pude ver a antiga casa de Elena Gilbert, e pelo jeito ninguém mais morava ali.
Não parei para admirar, precisa continuar meu caminho para chegar a mansão Salvatore.
A mansão não era tão longe, apenas uns cinco minutos do centro.
Lá estava ela, toda magnífica.
Parei o carro um pouco longe da casa, não queria que me vissem tão já, queria fazer uma surpresa.
Caminhei em direção a porta, e pude ouvir um barulho de dentro da casa, dei duas batidas na porta e ouvi alguns passos.
A porta de abriu revelando uma mulher loira com olhos claros, ela me olhou espantada, e soube que ela havia me reconhecido.
- Caroline Forbes - Disse com um sorriso de orelha a orelha - É um prazer, finalmente conhece-lá.
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