História Uma nova era está para começar.( season 2) - Brigas, desculpas e a reviravolta

- Você não deveria ter saído sem nos avisar - meu pai disse assim que entrei, ele estava zangado - Quase morri de preocupação por causa de ontem, e você sai de novo e não dá notícia.
- Desculpe, mas queria que eu fizesse o que? Sentasse e esperasse que você resolvesse tudo  - disse com raiva - Não sou mais um bebê, não preciso que você nem ninguém resolva os meus problemas.
- Olha o jeito que fala comigo, mocinha - ele fechou a cara - Eu sou seu pai, e não admito que aumente o tom de voz. Vá para o seu quarto.
- Uau, pai parabéns, é isso que vai fazer, me trancar no quarto - disse com uma risada.
- VÁ PARA O SEU QUARTO, AGORA - ele gritou comigo - E não discuta mais.
- Você diz que não quer ser igual ao Mikael, mas veja só, acabou de falar como ele. E sim, eu sei sobre ele - disse subindo as escadas sem olhar para trás.

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- Você diz que não quer ser igual ao Mikael, mas veja só, acabou de falar como ele. E sim, eu sei sobre ele  - Hope subiu as escadas sem olhar para trás.
Aquelas palavras me atingiram como um soco. Sempre tentei ser melhor que Mikael, ser um bom pai  e Hope me diz isso:
- Eu vou falar com aquela garota - Hayley disse indo em direção as escadas.
- Não - disse impedindo que ela prosseguisse.
- Mas, Klaus o que ela falou pra você. Você não é igual a ele, ela não poderia ter falado daquele jeito com você - Hayley tentou passar, mas eu não ia deixar.
- Ela está nervosa, não a culpo. Ela está sofrendo pelo rapaz. Deixe ela esfriar a cabeça - disse levando Hayley até o sofá  - Ligue para os outros, veja como estão as buscas, eu estarei no escritório.
Peguei um copo e uma garrafa de Whisky e subi para o escritório.

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Minha cabeça estava cheia, meu estômago estava embrulhado. Deitei na cama e respirei fundo para me acalmar.
A briga que tive com meu pai vinha na minha cabeça toda vez que fechava os olhos. Não sei como tive coragem de dizer aquilo pra ele. Sabia do passado com Mikael. Minha mente pesava, fui tão dura com ele. Não sei como teria coragem para encara-lo novamente.
A coragem veio assim que o sol começou a se pôr, caminhei pelo corredor, a casa estava em total silêncio. Parei na frente do escritório, respirei o mais fundo que podia, e bati na porta.
- Ente - a voz dele soou fraca do outro lado.
- Pai - disse sem jeito enquanto entrava.
Ele estava de pé, em frente à lareira, um copo na mão, e uma garrafa de Whisky pela metade em cima a mesinha.
- Hope - Ele disse com um sorriso bem fraco.
- Pai me desculpe, não queria ter dito aquilo  - Não consegui me segurar e fui abraça-lo - Me perdoe, não tive a intenção de mágoar você. Foi estúpido, uma frase  não pensada.
- Tudo bem, tudo bem, minha lobinha - ele me abraçou forte - Não fiquei magoado, nem bravo com você. Também fui rude com você, não deveria ter agido daquele jeito.
- Mas você estava certo, deixei você preocupado, sumi sem dizer onde ia - senti as lágrimas escorrerem.
- Ei, ei, não chore. Você também estava certa, não é mais um bebê, sei que pode se defender. É que eu não  estou acostumado a te ver tão crescida e forte - ele disse secado minhas lagrimas  - Vamos fazer um trato. Eu deixo que você resolva seus problemas, mas você me conta  seus planos. Fechado.

- Deixe eu ver - disse fingindo que estava pensando - Fechado.
Ele abriu um sorriso e me abraçou de novo:
- KLAUS - tio Elijah gritou da sala.
Corremos até as escadas para poder ver o que havia acontecido. Não podia acreditar no que estava vendo, era ele, eles conseguiram acha-lo.
- Kai -  desci as escadas o mais rápido. Ele estava cheio de machucados, a camiseta, que antes era branca, estava toda vermelha de sangue  - Mas como?
- Achamos ele cambaleando pela rua - tio Kol bebia uma bolsa de sangue.
- Kai está me ouvindo. Sou eu a Hope - disse segurando seu rosto.
- A destruidora de pobres corações apaixonados  - ele disse com um sorriso tão fraco que cortou meu coração.
- Como conseguiu fugir? - ele ia e voltava não conseguia manter os olhos abertos de tão inchados que estavam.
- Eu não fugi, ela me soltou...
- Por que?  - perguntei.

- Porque, ela foi embora - ele disse e desmaiou.