1. Spirit Fanfics >
  2. Uma Nova Família - Percabeth >
  3. Eu não posso estar normal.

História Uma Nova Família - Percabeth - Eu não posso estar normal.


Escrita por: SoutoJackson

Notas do Autor


Voltei... Bem, sei que demorei, mas quero avisar que vou postar apernas nos finais de semana, infelizmente. E justo nesse final de semana eu estive muito ocupada... Espero que não estejam querendo me matar.
Beijinhos, boa leitura <3

Capítulo 5 - Eu não posso estar normal.


Eu acordei com alguns raios solares invadindo o meu mais novo chalé. Abri os olhos vagorosamente, lembrando-me de que não estava mais em meio a vários campistas, e sim apenas eu e meu novo irmão, Percy. Sorri lembrando da cena fraterna de ontem, o que me fez sentir meio nostálgica também, pois minha mãe adoraria um filho como Percy.

Vi meu irmão sair do banheiro. Ele usava uma calça de moletom e a típica camisa do Acampamento Meio Sangue. Seus cabelos recém-molhados pelo banho que tomou estavam bagunçados como sempre, e ele tentava arrumá-los, sem muito sucesso.

Esfreguei meus olhos e levantei. Resmunguei um “Bom dia” para meu irmão e fui até o banheiro. Escovei meus dentes, lavei a cara para acordar de vez, terminei minhas higienes matinais e saí do banheiro, apenas para pegar uma camiseta do Acampamento que ficava na metade das minhas coxas e um short laicra. Entrei novamente no banheiro e coloquei minha roupa, dobrando meu pijama.

Saí do banheiro novamente, agora indo até meu beliche para arrumá-lo. Tentei deixar ao máximo o chalé inteiro organizado, pois me disseram que as inspeções eram rigorosas. Prendi meus cachos em um rabo de cavalo e sorri na direção de Percy, que esperava a mim na frente do chalé, para que Drew pudesse inspecionar.

Depois de ganhar cinco de cinco, saímos em direção ao chalé de Atena. Iríamos buscar minha cunhada, ou minha tia, o que preferirem. Eu estava me sentindo meio que um peso para Percy e Annabeth. De certo modo, eles se sentiam mais responsáveis por mim que quanquer outro alí, afinal, Percy era meu irmão, a única família que eu tinha, e Annabeth, bem... Ela é irmã da minha mãe, bnamorada do meu irmão, é também parte da minha pequena família.

Sorri ao ver a cena de Malcom e Annabeth discutindo por um livro, e vi que Percy fez o mesmo. Ele estava sorrindo feito um bobo, provavelmente por ver sua linda namorada. Percy era meio lerdinho ás vezes, bobo quase sempre, mas já se mostrava um bom irmão, um bom amigo.

Quando Annabeth e Malcom finalmente pararam de discutir, vieram nos dar bom dia. Annabeth me abraçou protetoramente, como se fosse uma mãe. Ela já se mostrava uma boa amiga também, será uma boa mãe no futuro. Eu acho que digo isso pois vejo muito da minha mãe nela. Talvez seja esse parentesco, ou a falta de uma referência feminina mais próxima de ser mãe.

Percy abraçou Annabeth de lado, enquanto eu ia, na frente deles, para o refeitório. Não estava com muita fome, mas minha mãe sempre dissera que o café da manhã era a refeição mais importante do dia, portanto não poderia deixar de comer algo. Tomei um achocolatado ao lado de Percy, que parecia meio nervoso. Ele mal tinha encostado em seu bolo, que era azul.  

- Algo está errado. O que você tem? – Perguntei. Percy me olhou, e o nervosismo se fez evidente em seus olhos verdes como o mar. A única coisa que diferenciava nossos olhos era que os meus simplesmente eram acinzentado no verão, por causa dos raios solares mais fortes, deixando evidente que eu era uma neta de Atena.

- Eu... – Percy fez uma pausa, como se ainda estivesse pensando se falaria algo ou não. – Vou pedir a Annabeth em casamento hoje.

Confesso, fiquei meio estática. Aquilo era ótimo, eu conseguia ver  amor que os dois sentiam um pelo outro de longe.  Eu só não sabia dizer qual era o motivo do nervosismo do rapaz que se encontrava á minha frente. Sorri abertamente.

- Isso é muito bom, Percy! – Levantei-me para abraça-lo. Ele sorriu vendo meu entusiasmo, e pude perceber um pouco de seu nervosismo se esvaindo.  

Depois de me contar que pretendia pedir Annabeth em casamento naquela noite, enquanto estivéssemos na fogueira, ofereci á Percy que eu dormisse, naquela noite, no chalé de Atena, para que ele e Annabeth pudessem passar a noite comemorando o noivado. Ele concluiu que não seria uma má ideia, além do que eu não iria querer estar lá de noite mesmo. Afinal, vocês entenderam o que eu quis dizer com comemorar o noivado, não entenderam?

Bem, se não entenderam, procurem não passar muito tempo com o Percy. Lerdeza é contagiosa.

Resolvi que iria surfar. Os treinos daquela manhã foram suspensos, pois o pessoal de Hermes havia pregado uma pegadinha, e todos os equipamentos usados para quaisquer treinos estavam estragados temporariamente. Pelo menos, era isso que Nico Di Ângelo havia dito.

Coloquei meu biquíni por baixo de um short de natação e uma camisa do acampamento velha, de Percy. Ele disse que não servia mais nele. Corri em direção á minha prancha, e peguei ondas e mais ondas. A agua com sal me acalmava e me deixava mais leve.

Desci até o fundo do mar. Eu conseguia respirar embaixo d’água, apesar de nunca perceber. Lá consegui pensar, na vida, nos meus amigos... Bem, eu nunca tive muitos amigos.

Eu tive uma amiga, no sexto ano, ela sempre me dizia que os meninos ficavam me secando nas aulas de natação. A gente sempre discutia sobre a minha vida amorosa, que eu dizia que não existia, e ela dizia que só não existia por que eu não queria. Enfim, sempre achei que o amor era uma perda de tempo, sempre achei que deveria me importar primeiro com a escola, manter minha bolsa, depois pensaria em outras coisas.

Eu acho que isso foi influência da minha mãe. Ela me teve cedo demais, e nunca mais se arriscou com nenhum homem. Ela dizia que sabia o porquê de ter apenas uma lua, e muitas estrelas. Ela dizia que existia apenas um amor, e muitas paixões. Uma vez, tentando me explicar melhor o porquê de nunca ter nada com nenhum homem, ela usou essa lógica. “Seu pai foi o amor da minha vida. Ele me deu você. Eu tive e terei muitas paixões, mas nenhuma que se compare ao meu amor por seu pai.”

Então, lá no fundo do mar, eu desejei que minha mãe levasse um pequeno tapa, desejei que ela sentisse aquilo. Mas que idiota da parte dela, dizer que o amor da vida dela era um deus, sabendo da existência dos deuses, sabendo que eles nunca veriam o amor como os humanos veem.

- Mãe, você foi uma idiota. – Falei em voz alta, minha voz sendo embargada pela água. Senti um frio na barriga ao ver um homem lá em cima, na beira do mar, olhando fixamente para mim.

Subi, percebendo que talvez o homem estivesse procurando-me.

- Eu não acho. – Disse o homem. Peguei a toalha que o homem me oferecia, mas eu estava seca, ela não era necessária. Cobri-me nas costas, pelo friozinho que o vento me proporcionava. O homem estava usando uma daquelas blusas havaianas, assim como aquele colar de flores meio estranho. Seu calção era de pescador, e o chapéu combinava. Ele apresentava rugas no canto dos olhos, como se passasse a maior parte do tempo sorrindo. Ele tinha os olhos verdes, cor do mar, e percebi que ele poderia ser um Percy, mais velho. Bem mais velho.

- Bom, com todo respeito, Poseidon, mas sim, ela foi bem idiota em se apaixonar por você. – Falei. Ele deu uma pequena risada, provavelmente lembrando que eu tenho o gênio forte de minha mãe.

- Bem... Talvez sim.

A conversa com Poseidon foi legal. Descobri que ele estava sempre ao meu lado, mesmo que eu não percebesse. Também descobri que o amor dele com minha mãe, nem era para ter acontecido. Acontece que ele achava minha mãe muito parecida com minha avó. Seu gênio era igual ao da minha avó Atena, assim como seus cabelos e seus olhos. Parece que ele se apaixonou por uma versão mais fácil de Atena, então, disfarçou-se. Eu não achei certo. Imaginei ele se apaixonando por Annabeth e rapidamente tirei a ideia da minha cabeça. Por fim, vi lagrimas aos olhos de Poseidon quando o mesmo falou sobre a morte de minha mãe. Tentei encurtar o assunto, pois não queria demonstrar fraqueza na frente dele.

A concha de Quíron soou, mostrando que estava na hora do almoço. Coloque uma blusa do acampamento que eu tinha levado, e Poseidon pediu se eu deixaria que ele me acompanhasse até o refeitório. Eu aceitei, não sem antes me surpreender com um abraço do deus dos mares. Ele pediu, ao meu ouvido: “Eu gostaria que me chamasse de pai... Pode ser?”

Assenti com a cabeça rapidamente.

O resto do dia foi normal. Mais nenhuma aparição de nenhum deus de nada. A tarde, reparei um menino me olhando, ele piscou para mim e entrou no chalé. Desconfio que o chalé era o de Hefesto, pois foi lá que encontrei Leo Valdez. Resolvi que deixaria para conversar com Annabeth sobre o calor que me deu vendo aquele menino sem camisa todo suado piscando para mim. Eu não posso estar normal. 


Notas Finais


desculpa, ficou pequeno... Prometo recompensar
Até semana que vem, liendos <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...