História Uma nova geração - A anatomia do cérebro

Já havia passado 6 mesês. 6 mesês desde que Sans havia sido esfaqueado.

O que havia acontecido depois era simples. Chara acabou entrando lá e encontrando Sans morrendo nos braços de Frisk, e logo chamou a ambulancia. Logo descobrirá que precisava de um trasplante de rim, e por isso precisava ficar no hospital.

Já era um novo dia e, como de costume, Frisk visitava Sans no hospital.

-Oi... Como você vai?-Perguntava Frisk, dando um beijinho n boca de Sans.

-Bem.-Soltava um sorriso.

-Ela quer se desculpar, Sans. Por que não dá uma chance para ela?-Sans logo tirou o sorriso de seu rosto.

-Ela tentou me matar!-Dizia em sua defesa.

-Ela estava doente!

Ella tinha sido diagosticada com tumor celebral. Estava fazendo quimeoterapia desde então e, por conta do tumor, tinha alucinações com pessoas mortas ou que não existiam, sem contar as vozes que rodiavam a sua cabeça.

-Não importa!

-Me diga 3 coisas que eu fiz que ela não fez.-Sans pensou um pouco.

-Frans, Sam e Emily.-A resposta fez Frisk rir.

-Por favor... Ela quer pedir desculpas.-O sorriso saiu de seu rosto, fazendo seu tom de voz ficar sério.

-Eu só não estou preparado para isso. Sabe como é dificil olhar para a garota que fez você entrar em coma por 5 mesês? Não sei como conseguiu perdoar ela. Fez você pensar que seu filho não ia conhecer o pai.-É, coisas haviam mudado em 6 mesês... oh e como.

--FLASHBACK ON--

Lágrimas escorriam pelo banheiro, como deixou isso acontecer? É. Frisk estava trancada no banheiro, sentada contra a parede e chorando em um banho de lágrimas que escorriam no chão. Sans já tinha entrado em coma fazia 1 mês e, provavelmente não iria conseguir acordar. Então como seria? Seu filho não iria conhecer o pai? É.

--FLASHBACK OFF--

-Eu só... Entendo.-Segurou a mão de Sans firme.

...

Lá estava Chara, encarando Ella na quimeoterapia. Estava tão triste, como sua filha poderia ter cancer e ela nem perceber isso? Não dizem que a mãe sempre sabe?

-Sra.Dreemurr, tem uma visita para você.-Uma enfermeira abriu a porta, chamando por Chara que logo a olhava.

Voltava seus olhos para Ella, perguntando com os olhos se poderia ir.

-Tudo bem, você pode ir.-Mexeu a cabeça.

Saiu do quarto e foi até a sala de espera, onde encontrou Isobel sentada em uma cadeira. Assim que percebeu sua presença, se levantou da cadeira.

-O quê veio fazer aqui?-Perguntou chara, com um tom de voz sério. Tinha falado a verdade quando disse que não queria nenhum relacionamento com Isobel. Sangue não significava nada.

-Vim dar apoio. Sei como deve estar sendo difícil, então decidi vir e trazer alguma coisa para comer.-Com ela havia uma cesta com um laço amarelo, e na cesta continha cookies, morangos, torradas e chocolate.

-Não precisava.-Disse tentando conter a sua raiva. Pegou a cesta de Isobel e deu uma olhada, olhando atentamente o chocolate.

-Sei que você não quer ter um relacionamento comigo, mas... estou tentando.-Isobel foi ignorada, Chara apenas voltou á sala.

...

Frisk voltou para o quarto de Sans com uma foto na mão e as crianças atrás dela.

Os 3 abraçaram o pai forte. Sentiam saudades.

-Pai! A mamãe pegou uma foto do Mike.-Emily dizia, enquanto apontava para Frisk.

-Olha aqui!-Andou até Sans mostrando uma foto de um ultrassom.

-Tão lindo! Tá vendo? Depois de 10 anos eu não perdi a prática de fazer filhos.-Sans disse segurando o retrato com as próprias mãos.

-E como não...-Frisk deu uma rísada maliciosa. As crianças presentes ficaram extremamete vermelhas e gemeram em nojo.

-Não precisa falar! O barulho de madrugada já diz tudo.-Sam disse, ainda costrangído.

-Não reclama, foi assim que você nasceu. E também quem manda você ficar jpgando no computador a noite inteira?

-Quem manda você ficar transando a noite inteira?-Sam disse fazendo Frisk ficar vermelha. Mas não era por vrgonha, e sim por raiva.

-Não transamos! Fazemos amor!-Frisk apenas bateu a porta do quarto e saiu.

-Pai... Queria te agradecer por ter caprichado na transa que me gerou, porque olha, eu sou bonito.-Disse Sam debochando.

...

Frisk estava buscando os resultados de exames de sangue. Na semana anterior todos haviam feito um exame, para saber se eram compatíveis com Sans, para poder doar um rim.

Abriu o exame e leu.

Após ler cada detalhe daquele papel, descobriu que quem era compatível era Chara. Ela provavelmente recusaria já que precisava dar atenção á Ella, que ficava presa no hospital o dia inteiro. Então apenas gemeu em raiva.

Precisava contar de alguma forma para Chara que era compatível. Como faria isso?

Mas não importava agora. Ignorou seus pensamentos tão embolados e decidiu que iria contar logo.

...

No dia seguinte, saiu daquela casa e foi até Chara, que morva na casa da frente. Estava pegando a correspondencia.

-Chara...-Disse colocando as mãos no bolso.

-Oi?-Disse, pegando mais uma carta.

-Você é compatível com o Sans.-Chara tirou os olhos da carta que estava segurando e olhou para Frisk com seus olhos tão verdes.

-Eu quero doar meu rim.-Deu um sorriso.

-Está falando sério? Se não quiser, tudo bem. Você não é obrigada.

-Eu quero Frisk. Agora eu vejo. Já tirei a vida do Sans uma vez, agora quero salvar ele.-Abriu um sorriso enorme no rosto.

-Tudo bem.-E assim foi.

...

Toda semana eram realizados exames em Ella, e nos 6 mesês de quimeoterapia agressiva e radioterapia, o tumor tinha apenas diminuído 4 centímetros. Não estava funcionando, nada estava funcionando. Então os médicos dela tentavam achar outra alternativa. Ela tinha apenas 15 anos, não poderia morrer naquele momento.

Chara tinha sido convocada para conversar com os médicos naquela tarde e, estava com medo. E como estava.

-Olá srta.Dreemurr, pode se sentar.-O médico puxou a cadeira preta e se sentou. Segundos depois Chara se sentou. O médico tirou de sua pasta algumas fotos de exames.-Eu tenho uma proposta para você.

-Diga.

-A quimeoterapia e a radioterapia pode não funcionar, por isso você tem 3 escolhas. Ou você continua com a quimeoterapia e a rádioterapia, ou você desiste de tudo e dá os melhores 6 ultimos mesês para a sua filha, ou você faz uma cirurgia super arriscada para a retirada do tumor, que as complicações são paralisia, perda de memória grave, perda da fala e morte celebral. Pode demorar o quanto quiser.-Colocou as duas mão tampando o rosto.

-Eu quero a cirurgia.-Disse, sem nem pensar.

-Você tem certeza?

-Sim.

-Tudo bem, então. Ela vai fazer quimeoterapia por mais 3 mesês, e então faremos a cirurgia.-Disse, olhando sua prancheta.

...

Chara ficou presa em sua mente. Sua filha estava morrendo. É, aquela mesma filha que tinha aprendido andar com 9 mesês de vida, aquela que havia nascido em cima de uma cama de flores douradas, aquela que tinha falado "Mamãe" como primeira palavra. É, o sofrimento nunca iria acabar para Chara.

Então ela soltou-se de sua mente e continuou procurando pelo numéro "245", o número do quarto de Sans. Iria notificá-lo sobre o rim.

-Oi Sans.-Colocou um sorriso falso em seu rosto.

-Oi.

-Eu vim te dar uma boa notícia.-Sentou-se na cama.

-Diga.

-Vou doar meu rim para você.