História Uma nova geração - Parceiro De Quimeoterapia

Frisk despertou e olhou para ajanela de seu quarto, logo pensando que era de madrugada. Uma vontade enorme de urinar havia preenchido o seu corpo naquela madrugada e ela precisava ir ao banheiro imediatamente. Então ela se levantou e colocou as suas pantufas, caminhando lentamente até o banheiro no final do corredor. 

Após usar o banheiro saiu dele e encarou a porta do quarto de Mike encostada, com uma peauena luz na beirada da porta. Se lembrava perfeitamente de ter fechado a porta e desligado a luz. Mas decidiu ignorar. Talvez estivesse ficando maluca. Porém quando pensou em gorar a maçaeta de seu quarto, escutou uns sussuros vindo do quarto ao lado. Então ela finalmente adentrou.

Se deparou com a cena de Frans segurando Mike e cantando bem baixinho uma música em seu ouvido. Sam encontrava-se varrendo o quarto. Frisk deu um sorriso em alegria de pensar que seus filhos estavam ajudando ela com Mike. Mas também ficou triste. Seus filhos haviam escola, e ela queria que tivessem notas ótimas, mas isso não seria possível se durante a madrugada eles ficassem cuidando de seu irmão mais novo.

- O que vocês estão fazendo cuidando do Mike ás 4 da manhã? - Perguntou, em meio a sussuros para não acordar os outros que adormeciam naquele local.

- Você andava tão cansada então eu e o Sam decidimos que nós iriamos ajudar. Ele ficava com a limpeza e eu ficava com os mais novos. - Disse Frans. Naquele momento Frisk pensava como era ótima mãe. Seus filhos eram os melhores.

- Espera, mais novos? 

- A Emily não sabe mexer no fogo e ela sempre acorda durante a madrugada com fome, então eu faço um ovo frito para ela. - Encarou o pequeno recém-nascido e passou a mão sobre o seu cabelo.

- Vocês não precisam. 

- Mãe! Saia daqui! O Mike não vai conseguir dormir com você falando. - Sam parou de varrer por um segundo e olhou para sua mãe, que saia do quarto logo em seguida.

"Não vou te deixar chorando, não vou te abandonar

Determinação me move

Pra continuar tentando."

{...}

Frisk desceu as escadas, logo encarando a mesa cheia de pratos com ovos fritos e bacons sobre eles. Os talheres do lado de cada prato e Sam, Frans, e Emily sentados nas cadeiras. Mike se encontrava no colo de Frans, que o alimentava com uma mamadeira de leite.

- Quem fez tudo isso? - Sentou-se em uma das cadeiras.

- Eu. Agora pode me fazer o favor de continuar a dar de mama pro Mike? Preciso comer e me arrumar para a escola. - Deu Mike no colo de Frisk, que logo encarava aquela fofura em seus braços.

{...}

Encarou o garoto ao seu lado. Aparentemente a sua mesma idade, careca com os olhos azulados. Alguma coisa naquele garoto chamava a sua atenção. Talvez fsse o jogo no celular que estava jogando ou a sua aparência, ela não sabia direito, mas todas as vezes que ia para a quimeoterapia, encontrava aquele rapaz jogando o mesmo jogo.

- Hey, que jogo está jogando? - O rapaz moveu seu rosto para o lado, encarando os olhos vermelhos da garota. 

- E-Eu? Estou jogando Sweet Game. É um joguinho onde você tem que comer o máximo de doces que conseguir. - Virou seu celular para Ella, mostrando o jogo. Deu um sorriso.

- Câncer de...? - Perguntou, o sorriso do rapaz rapidamente sumiu de seu rosto.

- Fígado. E você? 

- Cérebro. Enfim, qual é o seu nome? 

- Felipe. E o seu? - Perguntou feliz.

- Ella. 

{...}

Estacionou o carro em frente á escola e businou, querendo a atenção de seus filhos que logo em seguida entravam no carro.

- Oi, como foi a escola? - Perguntou para um de seus 3 filhos, que não abriu a boca. - Enfim, Frans, eu te proibo de cuidar do Mike de madrugada, e Sam, eu te proibo de limpar a casa... de madrugada! - Apontou com os olhos para Mike, sentado na cadeira conforto.

- Por quê? Nós estamos te ajudando. - Disseram os dois juntos, ajeitando o cinto de segurança.

- Porque isso vai diminuir o desempenho de vocês na escola. Vocês tem que acordar cedo. - Respondeu, dando marcha no carro.

- Mãe, de qualquer jeito a gente dorme ás cinco da manhã. Eu fico assistindo série e o Sam fica jogando League of Legends ou batendo punheta. - Todos presentes no carro encararam Sam, que havia ficado extremamente vermelho.

- Como se você não se masturbasse pra aquele... Chuck Bass! - Murmurou Sam.

- Parem agora! Como assim vocês estão se maturbando? 

- Quer nos julgar? Logo você? Que geme igual filme porno? - Frisk abriu a boca. - "Oh S-Sans... Isso!" -Imitou a voz de Frisk.

- Eu não estou entendendo mais nada. - Emily falou.

- Eu vou enfiar a porrada em vocês quando chegarmos em casa. Opa, chegamos! - Abriu a porta do carro e puchou os dois pela orelha. - Sans! Vem pegar o Mike! - Gritou.

{...}

Deu mais uma risada alta encarando a tela do seu celular. Felipe estava contando várias histórias engraçadas que havia participado ao decorrer de sua vida.

De alguma forma aquele rapaz lhe chamava a atenção. Suas piadas e seus sorrisos alegravam o seu dia, que sempre era cinza e deprimente. E desde o seu encontro, não haviam parado de se falar. Cada segundo de suas vidas era digitado e enviado como mensagem. A amizade deles era tão recente, mas parecia que se conheciam há anos. Completavam a frase um do outro e entendiam completamente a opnião do outro. Parecia que haviam sido destinados á serem melhores amigos.

Porém, por causa de seu câncer, Felipe talvez não teria muito tempo com aquela garota. Ela era única. Mesmo que escondesse alguns segredos que ela dizia ser "Pesados", ele gostava dela. Qualquer coisa que ela tenha feito, seja boa ou ruim, não vai mudar o que ele acha dela.

Era assim que Felipe pensava. Ele não se apegava as memórias, ele queria viver o presente. Mas depois de conhecer Ella, ele não queria viver o presente. Ele queria viver o presente com ela. Ele queria escutar aquele sorriso pelo resto da vida, mesmo que talvez ela só durasse 1 semana.

Como poderia se apaixonar por uma garota tão rapidamente? Conhecia ela há uma semana e já tratava a garota como uma irmã. Ou talvez mais. Ele queria experimentar o gosto de seus lábios pálidos e carnudos, ele queria mais. 

Porém ele não poderia arriscar. Havia conhecido aquela garota fazia 1 semana. Era pouco tempo. Mas se havia uma coisa que tinha a total certeza, é que ele iria casar com aquela garota. Mesmo que fosse no céu.