Sometimes you will never know the value of a moment until it becomes a memory ( Ás vezes apenas conhecerás o valor de um momento quando este se torna uma memória)
Devolva-a!-sussurrou a mulher roucamente-Devolva a garota que correria pelos telhados para tentar imaginar o que o vento sentia ... Quem acreditava em coisas como magia e monstros ... Quem me ensinou que a inteligência nem sempre é uma educação. Dê-me o seu sorriso inocente, antes que ela soubesse de todas essas coisas terríveis.
Ela respirou profundamente. Deliberadamente:
Por que eu deveria devolver algo que nunca foi seu?-diz ele esbarrando a vista da mulher e pondo-se a frente da menina
-Por favor Khan! Dê-me a minha filha!-diz ela já a lacrimejar
-Ela também é minha filha! Ou já te esqueceste?-diz ele já quase a gritar-Ela também é minha filha Vivian! Mas tu não me deixaste a ver!
Ela fica em silêncio o olhando como se tentasse decifrar o homem até que finalmente diz:
-Sabes que a culpa não foi minha…Não fui eu que te proibi de vê-la…
-Para de mentir Vivian!- grita o homem interrompendo a mulher e em seguida dando um golfada de ar logo em seguida-A culpa é tua e sabes perfeitamente disso!
- Eu nã..- tenta dizer a mulher antes de ser interrompida por um estrondo vindo de trás dela.
O estrondo foi da porta atrás dela, as trancas e a barricada improvisada tinham sido brutalmente partidas. Então eles entraram disparando contra o homem.
-Eu amo-te Vivian-sussurra o homem sabendo que era o seu fim, sabendo que nunca mais viria o seu amor, e a sua filha, a sua flor mais frágil e preciosa, a sua rosa, a sua Rose
Então se ouve um bater nas lajes. O homem estava abatido no chão. Os homens tiravam agora a mulher, que agora chorava, á força enquanto ela gritava pelo nome do homem e pelo da criança que estava agora mais apavorada do que nunca. Vendo o seu pai morto no chão e a sua mãe a ser levada á força. Ela não estava em si, desde que a mulher entrava, nunca tivera, mas agora menos estava. A sua feição era de terror, ódio, medo entre outras coisas horríveis que ninguém deveria sentir. Então chorando e desesperada a rapariga caiu ao pé do seu pai, e, ela olhava para ele como se pedisse por ajuda, que pedisse para ele a abraçar e reconfortar. Mas nada, ela foi arrancada dali como a sua mãe, á força. Coitada, uma criança, frágil e jovem, um anjinho de 4 anos vendo aquilo, a morte do seu pai.
Pov. Vivian-No dia seguinte
-Qual foi a tua ideia?- pergunta-me o capitão Marcus- Responde-me!
Não me apetecia dizer nada, mas eu não podia ficar simplesmente ali, sem dizer nada:
-…Peço desculpa senhor.- foram as únicas palavras que me saíram
Ele apenas olha para mim desapontado e sem dizer uma palavra, o que era aterrador. Podíamos ter quase a mesma idade, e tratarmo-nos como irmãos, mas ele sempre foi melhor no que fazia, por que não era tolo e não fazia coisas estupidas como eu fazia, porque não se deixava levar. Ficamos assim até que um dos nossos homens entrou:
-Capitão! Khan foi posto numa das câmaras refrigeradoras, senhor! Os seus sinais de vida continuam normais mas induzimos-lhe um coma!
-Obrigado! Dispensado!
Eu olhei para ele. Ele afinal não o tinha matado! Então o que terá feito?:
-Não olhes assim para mim Vivian!
-Não o mataste!-digo por fim
-Não! Eu não sou tolo!
-O que fizeste então?-pergunto ainda em choque pela noticia
-Apenas o tranquilizei! E depois o pus novamente num dos tubos!
Eu suspirei aliviada mas fui cortada pelo Alexander:
-Tu apenas tinhas uma missão! O escoltar! NADA MAIS! Mas mesmo assim te deixaste levar por ele! O que é que achas que o conselho irá dizer ao saber que a sua melhor tenente que estava prestes a ser designada como capitã para a mais nova nave irá reagir ao saber que se envolveu com um dos piores prisioneiros de guerra?! ...Responde-me Vi! Como é que achas?! Ainda por cima vocês tiveram uma filha!
-Eu não sei Alexander mas por favor, por favor, pelo menos não me a tirem, ela é tudo para mim!
-Como ele era?!
-Por favor Alex! Vocês não a me podem tirar! Eu prometo, eu prometo que lhe escondo tudo isto e a faço viver como se fosse mais alguém nos 9 bilhões de humanos que existem! Por favor Alex!
Ele se virou para trás com o meu pedido passando a sua mão pela boca antes de responder com um longo suspiro e duas únicas palavras:
-Está bem!
-Obrigado Alex!
-Ainda não fiques animada! Farei o possível para eles te deixarem ficar com ela mas não prometo nada Vivian!
-Isso chega-me Alex.
-Pai!- diz a filha do Alexander entrando de rompante na sala
-Carol! Minha filha!-diz ele a recebendo com um abraço-Vou ver o que consigo fazer por ti Vivian! Estás dispensada!
Saiu da sala rezando para que me deixem ficar com a minha Rose.
7 horas depois
Todos os capitais e respetivos tenentes foram chamados para uma reunião para falarem sobre o seu novo recapturado prisioneiro e pai da minha filha. E eu lá estava. Mas não estava a prestar atenção nenhuma e sim a desenhar no meu caderno por baixo da mesa, até que começo a ser chateada pelo homem ao meu lado que me começou a cotovelar e a sussurrar o meu nome para chamar a minha atenção:
-Vi?! Vivian! Por amor de deus tu estás a beira de tudo e mesmo assim em vez de te tentares mostrar arrependida ou querendo melhorar não, estás escrevendo no teu caderno. Pelo menos facilita as coisas Vi!
Eu suspiro e fecho o caderno devagar para não fazer barulho e guardo-o na minha sacola de cintura e ponho as minhas mãos em cima da mesa e finjo estar interessada pois como o Alexander disse as coisas não estão fáceis para mim, nem um pouco. Mas após algum tempo a conversa vira-se para o meu lado:
-Agora, vamos falar sobre outro assunto pendente, relacionado como mesmo assunto que viemos aqui discutir.- diz o almirante Harry- Como todos devem saber, uma se não a melhor tenente que alguma vez tivemos, fugiu do seu principal dever e se apaixonou pelo prisioneiro de guerra que mais conhecemos por Khan e teve uma filha que tem atualmente 4 anos de idade. E como todos devem saber, e melhor do que ninguém a nossa tenente, tal ato será punido e viemos aqui discutir isso.
Eu tento falar que me deixem pelo menos cuidar da minha filha mas sou cortada pelo Alex:
-Almirante, com todo o respeito, mas acho que deveria ao menos deixar a Vivian ter a sua filha, e deixa-la cuidar dela.
-E por que capitão Marcus?-pergunta ele olhando diretamente para nós dois mas principalmente para mim
-Mais do que ninguém o senhor sabe perfeitamente o significa ficar sem um filho, se estou certo.- eu piso-lhe o pé
O que raio está ele a tentar fazer? Enfurece-lo ainda mais? Apagar por todas as, todas as minhas esperanças de ver a Scarlett? Mas o mais estranho é que o comentário dele realmente funcionou:
-Ele tem razão senhor!-diz o George, o que me surpreendeu tê-lo a apoiar-me – Nenhum pai deve ser privado do seu filho e vice-versa.
O almirante parecia estar a remoer alguma coisa entre dentes mas acabou por concluir:
-Muito bem, senhor Kirk! Quem está a favor de deixar a tenente Vivian ficar a proteção e os cuidados da sua filha nas suas mãos, levanta a mão.
Quase todos levantaram. A maior parte tinha filhos e, ou eram meus amigos, como a Alex e o George. E os que não levantavam, a maior parte era vulcana e os outros nem casados eram ou já tinham passado a hora da reforma. Mas para minha infelicidade o almirante continuou:
-Muito bem. Mas a tenente estará suspensa por três anos e terá de se apresentar todas as semanas ao seu capitão! Depois a tenente terá uma missão de 5 anos no espaço! Reunião terminada!
Estava tão feliz. Não me tiraram a Scarlett, nem me tiraram da Frota, e daqui a três anos voltaria e teria finalmente a minha própria nave.
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