Estrelas no céu,
tão belas e tão distantes,
pequenos pontos cintilantes,
pequenos pirilampos
parados no tempo e no espaço.
Ó vasto universo inexistente,
de sentido figurado,
apenas imaginação
de um ser que quer mais do que o mundo.
--4 meses antes--
-Ensina-me outra coisa!-diz ela animada
-Ok. Conheces os Vulcanos certo?
-Nunca conheci um, mas sei!-diz ela sorrindo- Os Vulcanos são conhecidos por reprimirem as suas emoções por que se não o fizessem tornariam-se selvagens e ilógicos!
-E o que é que eles podem fazer que outras raças não podem?
-Conseguem ligar às suas mentes a outros seres!-diz ela pondo uma das suas mãos na minha cara- Assim!
-Exatamente! Assim vou acabar sem nada para te ensinar! Já sabes tudo!
-Mas tu já sabias que eu sabia isto! Foste tu que me ensinaste!-diz ela tirando a mão da minha cara
-Mas não te ensinei a melhor parte! Nós super-humanos também conseguimos fazer uma técnica parecida!-digo e a cara dela ilumina-se de entusiasmo- Não conseguimos ligar as nossas mentes mas conseguimos extrair informação da mesma.
-Como? Ensina-me!
-Não é assim tão fácil.
-Parece fácil!-diz ela indignada
-Nós não temos tanta facilidade a fazê-lo e mesmo que se tenha grande controlo sobre a técnica é perigoso!
-Mas tu sabes certo?
-Sim sei. E por acaso tenho grande controlo sobre a mesma.-completo
-Então ensina-me!-diz ela mais uma vez
-Tem as mesmas bases que a técnica dos Vulcanos só que com um propósito diferente.-digo colocando a minha mão sobre a cara dela conectando-me a ela- Então tens falado à mãe o que tenho te ensinado é? Eu disse que era segredo!
-Não vale!-diz ela afastando-se da minha mão- Eu não te dei permissão!
Eu riu-me da cara dela e da sua reação e ela coloca a sua mão na minha cara fechando os olhos tentando fazer conexão mas claro que falha pois ela retira a mão frustrada. Mas era diferente, ela tinha ficado calada, triste. Até que decidiu falar algo:
-Tu pensas em fugir novamente...
-Não, isso não é verdade!-digo surpreso por ela ter realmente consigo utilizar a técnica- E eu disse que era perigoso fazeres a técnica! Podia ter te acontecido algo grave Scar!
-Mas não aconteceu!-diz ela levantando-se com raiva
-Eu não penso em fugir!-digo levantando-me também
-Pensas, pensas!-diz ela virando-me as costas
-Não, não penso...
-Sim pensas! Pensas em resgatar a tu tripulação e fugir com eles para aqui deixando-me a mim e à mamã para trás!-diz ela entre pequenos soluços e tentando disfarça-los
-Scarlett! Para com isso já!- grito-lhe rispidamente
Ela então começa a correr em direção da base. “Que merda foste fazer?” penso. Então oiço ela gritar de dentro da base. Começo a correr em direção dos gritos dela e não encontro nem mais nem menos que dois Klingons ao pé dela a apontarem-lhe as armas:
-ghaH yInISQo' nIteb!(Deixem-na em paz!)-grito chamando-lhes a atenção
Eles olharam para mim durante um tempo e depois voltaram as suas atenções novamente para a Scarlett. Vou calmamente até lá e empurro a cabeça do que estava mais perto contra a parede, partindo-a e em seguida pego na arma do segundo que agora apontava-ma com medo. Pego-lhe do cano da arma e retiro-a com toda a força disparando contra ele em seguida lançando-o para longe, morto. Abaixo-me para ver a Scarlett que estava apavorada e assim que vê que nenhum dos dois estava por perto abraça-me com força, mas logo em seguida somos lançados por algo contra a parede e fazendo-me bater com as costas na parede para a proteger:
-jatlhqa' Khan? vay' latlh poH naDev legh vIchel DaneH'a' Dajatlh 'e' vIHar.(Outra vez Khan? Pensava que tinha dito que não te queria ver mais nenhuma vez aqui!)-diz uma voz vindo pelo buraco formado na parede à frente
Sabia perfeitamente quem era e não precisava de mais trabalho. Precisamente agora por isso levanto-me e pego ao colo a Scarlett e começo a correr pelo corredor para tentar me afastar o máximo possível do raio de explosão que o homem acabara de mandar mas não foi o suficiente viste que ainda fui apanhado por ela que nos acaba por lançar para dentro de uma sala. A sala principal, onde se encontravam todos os controlos principais. Então o chão começa a balançar e começa a cair em direção do fim do penhasco em que ela foi construida. Salto o máximo que posso para tentar chegar à porta antes que o chão se torne muito íngreme mas não a consigo alcançar e por isso começamos a escorregar em direção das janelas. Então rapidamente retiro o meu bastão das costas e ativo-o fazendo-o abrir e nos segurar de cair a tempo, prendendo-se na janela. Respiro fundo, aliviado e digo:
-Estás bem Scar?
-S-Sim...-diz ela agarrando-me com força
-Preciso que vás lá para cima e que te equilibres nas vigas para eu poder também subir ok?-pergunto-lhe e ela abana a cabeça
Então estico o braço e ela agarra o bastão subindo para as vigas e mantendo-se em segurança pois elas eram grossas o suficiente para a suportarem e para a manterem equilibrada. Em seguida subo eu e a agarro novamente escalando o chão até à porta. Quando já estamos em segurança ponho-a no chão olhando para ela vendo que ela se tinha cortado em alguns dos vidros em que embatemos mas nada demais:
-Mas o que raios aconteceu?-pergunta uma voz feminina vinda na nossa frente
-Nada!-digo simplesmente olhando-a -Apenas um acidente.
-Um acidente? Não me pareceu um acidente lá atrás onde estão aqueles corpos!-diz ela com raiva e agarrando a Scarlett pondo-a no seu colo- Não acredito que foste capaz!
-Eu nã-
-Não quero saber das tuas desculpas!-diz ela fazendo uma pequena frase e completando-a a seguir- Estás proibida de a ver!...Nem acredito! Ela fez 4 anos, não 14! Era suposto terem festejado os anos dela! Não quase a matares!
-Vivian, por favor ouve-me!-digo ainda tentando recuperar o folgo
-Não! Não quero ouvir as tuas mentiras outra vez!-diz ela saindo andando pelo corredor que se encontrava ao contrário que só não caiu porque ficou sustentado pelas rochas deixando-me ali sozinho
--10 anos depois--
-O que lhe fizeste?-pergunto
-Nada.-responde ele simplesmente com a voz tranquila- Ela morreu por tua causa! A Vivian morreu por tua causa! Não minha ou da federação, mas sim por causa tua! A Scarlett, a mesma coisa. Coitada. Não merecia nada daquilo. Tanto sofrimento, sem a mãe e depois escolheu os caminhos errados. Por causa tua! A tua filha e a tua mulher morreram por causa tua! Não sei se talvez ainda mereças chamar-lhes filha e mulher!-completa ele rindo-se e saindo da sala
Christopher Pike. O homem que me abateu e me congelou, descongelou-me outra vez. Para que propósito ainda não percebi, mas algo será, principalmente se me acabou de dizer isto. A Vivian, morta...e a Scarlett a mesma coisa. As minhas duas ruivas, mortas...sem piedade...por causa minha...
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