História Lifetale (1 temporada: "salve todos") - "Chara, acorde!"

Johnny e Frisk tinham dormido por aproximadamente 7 horas, até serem acordados por Sans, que os olhava com um sorriso malicioso.

-Sans: Bom dia flores do dia! Parece que vocês dormiram muito bem né? – sorriso malicioso

-Frisk*-_-*: Sans, por favor... – Dizia se levantando da cama, mas ainda com cara de sono.

-Sans: Ah, deixa de FRISKura.

-Johnny: É inacreditável como você consegue superar até mesmo seus piores trocadilhos – Outro que se levantava ainda meio que dormindo.

-Sans: Eu sei, obrigado – Dizia irônico – Preparados para mais uma pilha de teste?

-Johnny: Ah, claro, QUÃO animador é ter que voltar pra aquele laboratório e ficar HORAS fazendo mais testes – dizia se jogando de bruços na cama e enterrando a cara no travesseiro – Mas fazer o que, eu não quero ficar preso aqui pra sempre e nem deixar ninguém pra trás.

-Chara*bocejando*: Bom dia gente.

-Frisk e Johnny: Bom dia Chara.

-Sans: Bom dia Chara, hum... onde quer que você esteja. Bem o Gaster está aqui em casa, eu já falei pro Papyrus sobre toda aquela longa história. Ele ficou bem feliz em saber que tinha um pai. Ficou tão feliz que fez espaguete de café da manhã, pra variar. Falando em café da manhã, quem quer comer?

-Johnny: Opa, falou comida, falou comigo! – Ele dava leves risinhos.

                Todos desceram e foram tomar café da manhã, apenas Chara não comeu nada (afinal, ela é um espírito). Depois de comer, Gaster, Sans, Chara, Johnny e Frisk voltaram ao laboratório utilizando os famosos atalhos de Sans.

-Alphys: Ah, o-oi gente, como p-passaram a noite?

-Sans: Muito bem, obrigado. Já esses dois aqui – apontava para Frisk e Johnny – Dormiram a noite inteira agarradinhos, hehe.

-Alphys *corada*: *tenho um novo shipp!* Ah, é s-sério? Que fofo – Fazia uma carinha kawaii :3

-Frisk *corada nível mais de 8.000*: Ah porque a gente não começa logo a fazer os teste? Não temos o dia todo! – Falava apressadamente, tentando mudar de assunto.

-Johnny *outro que estava corado*: É, acho melhor a gente começar logo.

-Gaster *Você descobriu uma nova informação*: Hum... Bem... Sim vamos começar – Ele estava com uma cara engraçada (O_O).

                Gaster e Alphys encaminhavam todos para o elevador que daria acesso ao laboratório verdadeiro. Lá seriam feitos todos os procedimentos para extrair um fragmento da alma de Johnny.

-Frisk: Alphys, e quanto aos amalgamos? Digo, eles não vão causar problemas?

-Alphys: N-não se preocupe Frisk, e-eu coloquei t-todos eles em uma sala s-separada. Então o laboratório está int-teiro livre.

-Johnny: Como vão ser os procedimentos?

-Gaster: Você entrará em uma câmara que deixará sua alma exposta, como se você estivesse em uma batalha. Então nós utilizaremos uma máquina para “cortar” um pedaço de sua alma.

-Johnny: Não é perigoso? – Ele se assustou um pouco após ouvir a palavra “cortar”.

-Gaster: Bem, você sentira uma leve dor, e parte de seu HP diminuirá, mas não se preocupe, nós retiraremos uma parte equivalente a 5% do total de sua alma.

                O elevador finalmente para, e então a porta do mesmo é aberta automaticamente. Todos andam por um corredor escuro, cheio de monitores, os quais continham várias anotações. Eles chegam em uma sala com uma porta e mais dois caminhos. Eles entram na entrada que ficava a esquerda da porta do centro da sala. Eles continuam caminhando, e chegam em uma sala a qual Frisk não se lembrava de existir durante seus resets.

-Alphys: Eu e Gaster c-construimos uma nova s-sala para fazer o exp-perimento. O resto do laboratório n-não tinha mais espaço, haha.

-Frisk: *Agora entendi o porquê dessa nova sala*

                Eles entram. Era uma sala grande, com vários computadores e uma câmara com uma grande janela. Dentro da câmara havia uma maca.

-Gaster: Será como uma cirurgia, você só precisa entrar na câmara, se deitar na maca e deixar que nós cuidamos do resto.

-Johnny: – Ele dava um suspiro pesado, mostrando sua insegurança, e se virava em direção da entrada da câmara – Ok, lá vou eu.

                Johnny pov.

                Eu entrei naquela sala e me deitei na maca. Estava com um frio na barriga imenso, senti um arrepio na espinha, então eu apenas suspirei e disse: “vai dar tudo certo”. As luzes da sala se acenderam, mas de repente, tudo ficou preto. Minha alma tinha aparecido bem acima de meu corpo. Então eu escutei uma voz falando em um microfone.

-Gaster: Como você se sente Johnny?

-Johnny: Estranho, é uma sensação ruim de estar aqui dentro.

-Alphys: Não se pr-preocupe Johnny, vai ser bem rápido. D-depois que o fragmento d-de sua alma for Extraído, e-ele será armazenado em um tipo de p-pote especial, que impedirá o fr-fragmento de se desintegrar.

                Eu vejo duas espécies de braços robóticos com pinças e bisturis. Mas, ao invés de cortar meu corpo, eles iriam cortar minha alma. Um dos braços “segura” o coração Branco acima de mim, enquanto o outro começava a cortar uma parte de minha alma. Eu sentia como se alguém estivesse passando uma faca sobre meu peito, fundo o suficiente para causar um corte capaz de penetrar pelo menos meio centímetro dentro de mim. Não pude segurar um gemido de dor. Meu HP diminuía de pouco a pouco conforme o corte era feito. Apesar da dor, tudo não durou mais que 30 segundos. Meu HP estava em 23/30, e outro braço robótico surgia com um frasco acoplado e uma pinça. Rapidamente a pinça segura o fragmento e o armazena no frasco. Logo em seguida os braços desaparecem e a sala volta a sua cor normal. Eu escuto novamente o som do microfone.

-Gaster: Pronto, conseguimos! Johnny, já pode se levantar, se você quiser. A Alphys está indo até aí para te ajudar.

                Como dito por Gaster, Alphys logo entrou na câmara. Eu me sentei na maca e ela me ofereceu um pacote com salgadinhos, para aumentar meu HP mais depressa, embora minha alma já estivesse se regenerando, agora com 25/30.

-Alphys: Então, c-como você se sente agora? – Ela perguntava se sentando ao meu lado.

-Johnny: Melhor, obrigado. O que vocês vão fazer com o fragmento?

-Gaster *entrando na sala*: Como esperado, o fragmento está se regenerando, com bastante dificuldade, já que é apenas uma pequena parte. Mas depois que ele se restaurar por completo, nós o dividiremos na metade, e assim poderemos fazer 2 almas, uma para Chara e outra para o Asriel. Nós também descobrimos mais uma coisa a respeito das almas em geral: Elas são como uma ponte de ligação, um vaso, que liga o espírito, a essência do ser, ao corpo, seja ele físico ou criado por magia. Na verdade, as almas humanas também possuem magia em seu interior, porém em uma quantidade muito inferior à alma de um monstro. Então até agora o que pudemos concluir é que as almas são criadas por determinação, magia, um espírito e um corpo físico.

-Johnny: Então, as tentativas de criar almas artificiais deram errado porque não havia um espírito pra dar estabilidade a elas?

-Gaster: Essa é uma hipótese, não sabemos se existe algo a mais que compõe a alma.

-Johnny: Mas... como o fragmento da minha alma não se desintegrou?

-Gaster: Porque uma parte de seu espírito continuou nela.

-Johnny: Mas isso não vai atrapalhar a Chara ou o Asriel a absorverem as almas? Já que já existe um espírito dentro delas?

-Gaster: Não, um espírito é diferente de uma alma, ele não cresce ou se desenvolve junto dela. Quando a Chara e Asriel absorverem as almas artificiais, o pouco de seu espírito que continuou na alma será substituído pelo deles. – Ele me mostrava alguns papéis que continham várias anotações, observações, conclusões... eu apenas fingi que entendi o que tudo aquilo queria dizer, acho que ele não percebeu que tudo estava escrito em wing dings.

-Alphys: Agora, enquanto o-o fragmento se r-regenera, trabalharemos para r-restaurar o corpo da Chara.

                Narrador pov.

                Eles saíram da câmara e foram organizar algumas coisas do lado de fora dela. Estranhamente, Frisk e Sans não estavam lá.

-Johnny: Onde estão a Frisk e o Sans?

-Gaster: Para agilizar o processo de regeneração da alma, nós precisamos extrair um pouco da determinação de Frisk. Além disso, essa determinação vai ser útil para converter a alma Branca em uma alma Vermelha.

-Johnny: E quanto ao Asriel? Como vocês vão converter aquele fragmento em uma alma de monstro?

-Gaster: Simples: com magia. A magia dos monstros é diferente da magia dos humanos, por isso essas almas são diferentes, a magia dentro delas é diferente.

                Logo em seguida Sans e Frisk entram na sala. A garota esboçou um enorme sorriso ao ver que seu amigo estava bem. Ele também fez o mesmo.

-Frisk: Johnny! Correu tudo bem?

-Johnny: Sim, foi uma sensação estranha, mas foi bem rápido. E quanto a você? O Sans teve que extrair um pouco da sua determinação certo?

-Frisk: Sim, foi estranho pra mim também, mas nada que me fizesse sentir dor.

                Sans estava segurando um frasco com um líquido vermelho dentro. Era o mesmo líquido que foi injetado nos monstros que se transformaram nos amalgamos.

                Quebra do tempo.

                No dia seguinte Sans, Gaster e Alphys tinham conseguido criar um corpo para Chara. As duas almas também já estavam prontas: Uma alma humana e Vermelha para Chara, e outra Branca virada de cabeça para baixo para Asriel. Todos estavam tensos pois aquele seria um momento em que eles poderiam perder todo o progresso deles. As almas estavam muito instáveis por conter apenas uma parte muito pequena de espírito. Só faltava um último processo para salvar Chara: A fusão do espírito dela com a alma e o corpo novos.

-Sans: Bem, a Chara vai ter que basicamente absorver a alma e possuir o corpo ao mesmo tempo. Lembrando que é provável que a alma se desintegre alguns segundos depois da gente tirar ela do frasco estabilizador.

-Chara: Pergunta pra ele como eu absorvo a alma e possuo o corpo ao mesmo tempo – Ela perguntava muito tensa.

-Frisk: Sans, a Chara tá perguntando como ela vai absorver a alma e possuir o corpo ao mesmo tempo.

-Sans: Bem pivete, o corpo dela tá em cima da maca dentro da câmara. A gente vai liberar a alma bem em cima do corpo dela, então quando a gente fizer isso, ela vai ter que pegar a alma de forma meio que empurrando ela pra dentro do corpo.

-Johnny: Espero que dê tudo certo.

Alphys: T-todos nós esperamos.

                Como os outros procedimentos, aquele também não demoraria muito. O espírito da garota foi até próximo da maca, e deu um sinal para começarem.

-Johhny: Ela tá pronta.

-Gaster: Tudo bem, vou liberar a alma agora.

                A porta da câmara fechou e as luzes dela acenderam. Um braço robótico com o frasco que continha a alma foi até acima do corpo da garota e liberou a alma. Johnny e Frisk observavam atentamente aquele momento. Eles viram Chara pegar a alma e ao mesmo tempo colocara alma no corpo. Um enorme clarão de luz veio de dentro da câmara, e então o Espírito da garota tinha desaparecido.

-Frisk: Chara!? – Gaster abria a porta da câmara, e a pequena foi correndo em direção ao corpo da garota – Chara!

-Johnny: Eu não tô vendo o espírito dela... deu certo?

-Gaster: E-eu não tenho certeza.

-Frisk: Chara, Acorda! – Frisk estava desesperada, perder a amiga que a acompanhou durante toda sua jornada seria muito triste.

                Chara pov.

                Eu absorvi a alma e então a empurrei para dentro do corpo, meu corpo. Houve um enorme clarão e então tudo ficou preto. Eu ouvia uma voz distante chamando por mim, mas não conseguia distinguir de quem era aquela voz. Parecia que eu estava em uma imensidão escura, sem nenhum sentido, apenas com minha consciência. Aos poucos eu ouvia a voz mais claramente e sentia alguns sentidos irem voltando aos poucos. Então eu finalmente pude ouvir com clareza Frisk chamando por mim.

-Frisk: Chara, acorda! – Então eu abri meus olhos.

-Chara: Fr-Frisk? – Eu disse desorientada.

-Frisk: Chara! – ela derramava algumas lágrimas e me abraçou com força – Você tá bem, deu certo!

-Chara: Acho que deu sim, haha – Eu retribuiu o abraço que ela me deu.

-Johnny: Chara, como você tá?

-Chara: Tô bem... apenas demorando um pouco pra me acostumar a ter tato – Depois de muito tempo sendo um espírito, eu não me lembrava mais como era tocar alguma coisa, ou alguma coisa me tocar.

                Logo em seguida Gaster, Alphys e Sans entraram na câmara e falaram pra Frisk me largar, porque eu precisava descansar. Eu sabia que ela era sentimental, mas não a ponto de chorar e quase me sufocar em um abraço. Mas confesso que foi muito gratificante sentir os braços dela me envolverem.

-Sans: Ei, pivete, não vai matar a Chara logo após a gente reviver ela! – As piadas daquele saco de ossos podiam ser extremamente irritantes, mas eu considerei o tom de humor que ele usou na frase dele.

-Gaster: Chara, como você está se sentindo?

-Chara: Estou me sentindo normal agora.

-Alphys: que bom, a-agora você prec-cisa descansar, e a gente v-vai arranjar umas roupas p-pra você não ter q-que ficar andando de avental. – Só com a fala da Alphys que eu percebi que eu estava com aqueles aventais típicos de pacientes que ficam internados em hospitais.

                Narrador pov.

                Todos eles saíram da câmara e foram direto para o laboratório falso.

-Sans: Bem, meio caminho andado, agora só falta mais um, mas esse vai ser mais fácil.

-Johnny: Eu acho que não...

-Sans: Ué, como não?

-Johnny: Bem, de acordo com o que Frisk me contou, o Asriel ainda está com aquele pensamento “matar ou ser morto”, ele ainda é o Flowey, então eu acho que se a gente der essa alma pra ele só vamos ajudar ele a ficar mais forte pra tentar matar todo mundo.

-Sans: Faz sentido, mas o que você sugere?

-Johnny: O Flowey ainda acha que a Frisk é a Chara, então se do nada aparecessem duas Charas na batalha final seria meio estranho.

-Chara: Pera um pouco, você realmente tá dizendo pra mim que uma de nós duas vamos ficar simplesmente olhando a luta? – Ela dizia com raiva.

-Johnny: Na verdade eu estava pensando em VOCÊ não participar da luta – Ele falava triste, sabia que Chara não concordaria com aquilo.

-Chara: O que!? E-ele é praticamente meu irmão! Eu não vou simplesmente ficar assistindo tudo!

-Johnny: Eu sei, mas eu acho que se a irmã dele não fosse a realmente com quem ele estivesse lutando, seria melhor pro lado emocional dele. E então quando a gente conseguisse fazer ele se lembrar dos sentimentos dele, então você apareceria, inclusive com a alma dele.

-Chara: ...você acha que seria melhor assim?

-Johnny: Claro, veja você! Quantas vezes você não se culpou pelo que aconteceu?

-Chara: ...

-Sans: O moleque tem razão Chara, vai ser melhor assim, tanto pra você quanto pra ele.

-Chara: Tudo bem... eu acho.

Continua...