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História Uma nova vida - Lugar surpresa


Escrita por: Vampira

Capítulo 46 - Lugar surpresa


Fanfic / Fanfiction Uma nova vida - Lugar surpresa

Depois de andarmos bastante, resolvi perguntar algo que ainda me inquietava:

- Sobre o pai de vocês... Ele ainda está desaparecido?

O Sam não respondeu a essa pergunta radiante.

- Sim, mas ao menos mantém mais contato agora. Liga duas vezes por semana, fala de alguns casos para investigar, mas nunca mais nos viu pessoalmente.

Sem saber muito bem o que responder, tentei dar um sorriso tranquilizador.

- Mas pelo menos ele mantém contato – o Sam reforçou, mais para ele do que para mim.

- E seu irmão?

- Ainda investigando o que aparece. Mas está bem melhor do que antes.

- Sam, conte a ela sobre a reação do Dean quando ela desapareceu – o Castiel falou, atiçando minha curiosidade.

- Ele se importou com meu sumiço? – perguntei surpresa.

- Claro que sim. Ele quem quis mover montanhas para lhe encontrar. - O Sam disse. – Eu e o Cass também quisemos. Que fique bem claro – ele disse e eu sorri.

- Eu nunca duvidaria disso.

- Então tinha esperanças de que a encontraríamos?

- Não muitas, mas não porque subestimasse vocês, mas porque não saberiam onde me procurar. Aí, eu pensei em um jeito de fugir, mas não consegui.

- Não arrumou ninguém para lhe ajudar a sair de lá?

- Onde eu estava não tinha ninguém para me ajudar. Eu estava em uma solitária. – Eles ficaram surpresos com isso.

- Por quê?

- Então, o detetive, oficial culpado desse sequestro, queria saber alguma coisa, que ele não teve tempo de perguntar. Graças a vocês – sorri.

- Tem alguma ideia do que seja?

- Sei que tem muita importância pra ele e que, o que quer que seja, aconteceu faz algum tempo já. – Eu não ia entrar em detalhes sobre o período mencionado, e muito menos sobre o que aconteceu há quatro anos, porque seria doloroso demais para mim e para todo mundo.

Depois disso, a conversa ficou mais leve e notei que o Castiel estava pegando o caminho mais longe das casas e prédios, porém com mais natureza ao redor. Olhei ao redor, desconfiada, e perguntei:

- Estamos contornando o caminho?

- Não. – Ele respondeu. – Apenas achamos mais seguro que você ficasse em um ambiente mais afastado por um tempo.

Logo chegamos a um chalé muito parecido com as casas de verão que algumas pessoas tinham. Quando o carro parou, o Sam abriu a porta e disse:

- O que acha? Muito longe da civilização?

- Longe o bastante – sorri e fechei a porta. Fui ao porta-malas para pegar minha bagagem, mas fui impedida.

- Deixa que eu pego. Alguém quer muito falar com você.

Caminhei até o chalé e bati na porta. Enquanto ouvia o Dean caminhar para abrir a porta, ouvi-lo resmungar que o Sam havia se esquecido da chave de novo. Quando ele me viu, a expressão facial dele mudou radicalmente. De rabugento a feliz.

- Kath! – Ele exclamou e me abraçou. – Onde esteve todo esse tempo?

- Presa em uma solitária, Dean. Mas agora estou bem – ele me soltou, espantado.

- Por que fariam isso com você?

- Para tentar saber de alguma coisa. Que não conseguiram.

Quando os outros dois entraram, fiz questão de carregar ao menos um pouco da minha bagagem, que deixei no canto da sala, e olhei ao redor.

- Esse chalé é alugado ou é de vocês?

- Era do nosso avô paterno – o Dean respondeu. – Passou para nossa mãe, que passou para nós.

- Ela decorou muito bem o lugar.

Objetos espalhados estrategicamente, cores neutras, janelas que davam para a vista do campo, uma decoração bem pensada.

- Obrigada por me tirarem de lá e me trazerem aqui – eu disse.

- O Sam não aguentaria ficar sem você nem mais um minuto sequer – o Dean falou.

- Boatos de que você também não aguentaria Dean – o Sam respondeu e deu risada.

- Ainda não contamos a ela de que foi ele quem descobriu as pistas mais importantes.

- Serei eternamente agradecida, Dean.

O Sam aproveitou e levou minha bagagem para um dos quartos, eu o segui, observando tudo ao redor. Todos os quartos tinham espaço suficiente para um guarda roupa gigantesco e uma cama de casal, menos um, que era destinado a todos os itens de caçador, coisas que eu me assustei ao ver.

Ao ver minha careta em reação a todas as armas e livros guardados, o Sam deu risada.

- Assustada? – ele perguntou.

- Um pouco. Nunca vi tantas armas juntas.

- Quase nunca mexemos aí, mas somos precavidos.

- Alguma coisa aparece aqui?

- Não. Ninguém sabe desse lugar. Só os Winchesters sabem agora você e o Castiel também compartilham desse segredo, mas mais ninguém.

- Não sou eu a contar para alguém. O John sabe que vocês estão aqui?

- Estamos esperando que ele venha aqui algum dia. Para desistir do plano de se vingar, para talvez vir querer a ver os filhos pessoalmente de novo... A esperança é a última a morrer, não é mesmo?

- O mais importante vocês tem – eu disse. Olhei o corredor e vi que havia dois quartos no chalé. – O Castiel fica aqui ou...?

- Não. Ele, enquanto você estava desaparecida, recuperou 100% dos poderes que perdeu. Não faz mais nada humano.

- Então ele fica vagando por aí? Mas não achei o carro dele.

- Ele o vendeu – ele explicou. – Agora ele tem um jeito melhor de viajar.

- Como? Voando?

- Tele transporte.

Nessa eu não conseguia acreditar.

- Não faça essa cara de incrédula, é verdade – esse era o Castiel se defendendo.

- Eu nem me acostumei com o mundo real ainda e me contam uma coisa dessas. É verdade?

Do nada, ele sumiu da minha frente e reapareceu na sala.

- Estou impressionada.

- É. Você perdeu muita coisa – o Dean falou.

- Bom, podem começar a contar as novidades.

E começaram a contar tudo que perdi. A transformação do Castiel, que no fim não o mudou tanto assim. Contaram o que tinham feito esse tempo todo, e como as coisas seriam diferentes se eu estivesse em liberdade.

- Hein, uma pergunta: de onde saiu o dinheiro que estava naquela maleta?

Eles se olharam antes de me responder.

- Kath, tem uma coisa que precisa saber. Não somos exatamente honestos financeiramente.

- Roubaram um banco?

- Não. – O Castiel deu risada. – Eles têm jeitos melhores.

- Que são?

- Contas fraudadas, em nome de agentes federais que nem existem.

- E ninguém nunca desconfiou? De nada? – perguntei incrédula.

- Claro que já. Mas despistamos os desconfiados. E nunca devemos a ninguém, então...

- Perguntei-me se você fazia o mesmo, mas aí me lembrei de que você é certinha.

- Também que criar contas falsas dá um trabalho enorme.

Bom, isso respondia a como eles pagavam tantas estadias sem, aparentemente, ganhar dinheiro nenhum com o que faziam. Já a forma com que ganhei o montante que tenho no banco... Ou parte dele, que a maioria está bem escondida.

Depois disso o telefone tocou e eles foram resolver um problema. Fiquei sozinha e comecei a pensar em tudo que tinha acontecido. Todas as perguntas, todas as suspeitas... Parecia que tudo isso tinha finalmente acabado, mas, ainda sem sentir sono devido à euforia de poder ver o mundo exterior, resolvi ver como eu estava após esses meses todos.

Quando enfim achei um espelho atrás da porta daquele quarto, não posso dizer que fiquei espantada. Eu já esperava isso. O castanho se misturava com o loiro em meu cabelo, mas só se via o loiro nas pontas. Eu estava mais magra, bem mais magra. Tirei as lentes de contato e aí sim resolvi tentar descansar, evitando me lembrar de tudo que aconteceu.

...


Notas Finais




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