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História Uma Nova Vida - Capítulo 3


Escrita por: Prammy

Notas do Autor


Oee, trago a vocês mais um capítulo . Boa leitura e desculpem qualquer erro.

Capítulo 3 - Capítulo 3


 Depois de me limpar, eu voltei para o refeitório, e adivinha? A Angelly não apareceu. Tive que limpar tudo sozinha! Eu fiquei com uma vontade de pegar aquela cabeleira loira e esfregar no lixo. Eu salvei ela de uma bronca, e é assim que ela me agradece. Gastei metade da minha tarde para limpar aquela sujeira, e ainda me obrigaram a limpar as mesas.

 Quando terminei, fui levar os materiais de limpeza que a mulher do refeitório me deu, no segundo andar. E a Angelly estava lá parada, encostada no armário lixando as unhas. Ela nem me pareceu notar.

Guardei as coisas dentro de uma porta e atravessei o corredor em direção a ela.

-Por que você não foi lá limpar?-perguntei.

 Eu tinha que tirar satisfação.  Fiquei sem almoço e me matando pra limpar aquilo.

 Ela olha com cara de nojo pra mim.

-O serviço de faxineira não são para pessoas como eu, elas combinam muito mais com você. Só deixei você aprender, para ver como vai ser seu trabalho no futuro.

 Não acredito que ela está me distratando desse jeito. Que raiva dessa garota.

-É claro que não combina com você, você parece que vai ser uma ótima garota de programa- faço uma cara de deboche. Ah, mas eu não vou deixar barato.

 Ela para de lixar as unhas e me olha sorrindo, mas consigo ver a raiva que está em seus olhos.

-Pelo menos vou ser ótima, não uma de quinta, como você.

 Certo, acho que rebater contra ela não dá muito certo. Não tenho mais argumentos. Ela sorri vitoriosa.

 O sinal toca. Pela felicidade nos rostos das pessoas, deve ter sido a última aula.

 As amigas da Angelly aparecem. Três garotas, uma ruiva, outra com cabelo castanho, e outra com cabelo preto cacheado.

 Elas me olham de cima a baixo e fazem uma carreta.

 Fico corada. Eu estou numa aparência horrível. Estou suada, meus cabelos todo bagunçado, a roupa suja e morrendo da fome. Não comi nada o dia todo, só um lanchinho que catei escondida, se não eu ia desmaiar.

 Angelly abre o armário, pega um perfume e passa uma vez em mim. As quatro caem na risada e eu me viro para voltar ao meu quarto, com o cheiro da Angelly. Um doce horrível de cobra.

 Eu queria ter voado no pescoço dela e a feito tomar o perfume. Mas, 1-eu estava em desvantagem numérica, e eu sou muito fraca, 2- eu já fiquei encrencada o suficiente e 3- eu só quero que ela me deixe em paz. Não quero ficar comprando briga. Eu não sou assim. Sou uma pessoa pacífica que quer resolver as coisas na base da conversa, mas se bem que essa garota pede por um tapa bem dado na cara.

 Percebo que as pessoas me olham. Ouço alguns comentários, “a menina novata que comprou briga com a Angelly” foi o que mais ouvi. Eu não comprei briga nenhuma! Eu odeio brigas!

 Chego no quarto. Chara está deitada de lado olhando para o nada e quando me vê da um pulo espantada.

-Uou, o que aconteceu com você? Você está horrível.

 Suspiro emburrada.

-Você também estaria se tivesse que limpar o refeitório inteiro.

Ela começa a rir.

-Você não achou mesmo que a Angelly fosse aparecer, achou?

 Eu não respondo. Eu acreditei sim. Ela ri ainda mais.

 Peguei minha toalha no guarda-roupa e me olho no espelho ao lado, que fica pendurado na parede, nos pés da cama de Chara. Meu rosto está muito cansado. Meus cabelos são um verdadeiro “ninho de passarinho”.

 Ela aparece ao meu lado, e encara o espelho me olhando no reflexo.

-Você precisa de um banho. Sua aparência tá péssima e seu cheiro está impregnando o quarto.

 Suspiro.

-Onde que fica o banheiro?

 

 Chara me indicou o caminho. Os banheiros eram na primeira porta no começo do corredor. De um lado era das meninas e do outro os meninos. O banheiro feminino era grande, tinha três boxes para o banho, que felizmente eram borrados, o que impedia de alguém olha-la tomar banho. Quatro pias na parede e três boxes, como aqueles que tem em shopping, para você poder ir no banheiro sossegada também.

 Tomei um banho demorado, como se a água que escorre em mim pudesse tirar toda energia ruim do meu corpo.  Enquanto tomo o banho, acabo pensando no Sans, aqueles olhos e aquele sorriso... Acabo sorrindo também. O que? Por que estou pensando nele? Tento afastar a imagem dele. Foi um pouco complicado, mas consegui.

Me sequei e enrolei-me na toalha.

 Na hora que abri a porta para voltar ao meu quarto, enrolada na toalha, porque a anta aqui, esqueceu a roupa no quarto, então teria que atravessar o corredor todo, com os meninos me olhando, Angelly e as amigas dela barram minha passagem entrando dentro do banheiro e me levando junto.

-Ora, ora, o que temos aqui- ela disse com um sorriso malvado, junto com as amigas.

Eu iria responder que na minha frente tinha quatro vagabundas, mas elas iam me encher de porrada, e eu não quero mais brigar com essa cadela, então, eu simplesmente recuo. Estou com um mal pressentimento.

 Angelly se aproxima de mim e agarra minha toalha. Eu empurro seu braço para longe e recuo. A toalha se solta de mim e tenho que segura-la na minha frente.

 A garrota de cabelos cacheados me empurra, eu bato na parede e ela pega minha toalha e entrega a Angelly.

Eu fico totalmente exposta. Tento cobrir minhas partes íntimas com as mãos. Estou muito, muito assustada mesmo. Totalmente vulnerável.

-Não sei o que está cobrindo, não a nada aí mesmo- Angelly diz, e todas as suas amigas riram.

 Eu fico corada.

 Angelly dá uma olhada ao redor, parecendo se certificar de algo, e depois de olhar, ela da um sorriso para mim.

-Parece que alguém não trouxe suas roupas, não é mesmo?

 A não. A não. Não, não, não, não.

 Estou em total espanto e temor. Ela não vai fazer isso vai? Ela alarga ainda mais o sorriso.

 A sim.

Eu avanço tentando pegar minha toalha, mas Angelly a põem para trás e duas garotas me afastam.

-Isso é por minha roupa hoje, novatinha- Angelly pega a toalha e sai do banheiro, as duas garotas me empurrar violentamente no chão, e saem em seguida.

 Tudo ficou em silêncio. Eu tento processar o que acaba de acontecer, e o que vai acontecer. Não consigo acreditar.

 Ainda jogada no chão, me levanto. Meu corpo está todo doído. Não dá nem pra esperar alguma outra garota entrar no banheiro, isso pode levar muito tempo, todas já vieram.  Minhas roupas de antes já não estão mais aqui. Enquanto estava no banho, uma mulher as recolheu do cesto de roupa suja.

 Não acredito que vou ter que passar pelo corredor pelada até chegar no meu quarto. E ainda é o último quarto do corredor, que é muito longe. Deve ter umas 10 portas  entre essa e a minha.

 Tudo bem, se eu for rápida, ninguém vai me ver. Eu não posso chamar por ajuda. Vou virar uma piada. E também não posso ficar aqui esperando. Vou acabar morrendo do frio.

 Abro a porta, e ponho a cabeça pra fora. Ninguém. Ótimo. É agora ou nunca. O receio está inundando minha mente. E se eu sair e aparecer alguém do nada? Vamos, Frisk. Coragem.

 Tampo minhas partes e saio em disparada pelo corredor. Cada vez mais perto do quarto e ninguém apareceu, para minha felicidade. Quase lá, quase lá.

 Então eu trombo com alguém que saiu de uma dos quartos.

A minha frente, está o Sans me olhando completamente espantado. Fico tão quente que poderia derreter uma geleira só de encostar. Ele está corado em uma cor azul. Estou totalmente sem palavras e em pânico.

 Ele ainda está me encarando. Percebo que ele está suando de nervoso, e eu também.

Ele desvia o olhar para meu corpo. Fico ainda mais constrangida.

-Pare de olhar!- digo num tom de voz elevado.

 Ele põe as mãos nos olhos e eu continuo a correr. Que vergonha. Que pesadelo. Será que esse corredor não acaba mais?

 Pareceu uma eternidade mas finalmente cheguei ao meu quarto. Não ousei olhar para trás, mas pude imaginar que o Sans provavelmente estava me olhando. Entro e bato a porta com força aos prantos.

 Que inferno. Eu não quero chorar, mas não consigo segurar. Visto meu pijama rápido e de qualquer jeito e caio debaixo das cobertas, ponho minha cabeça virada pro travesseiro para abafar o choro. Hoje, não quero nem ir jantar. Quero mais que se dane, vou ficar aqui.

 Pensei que esse maldito lugar ia melhorar minha vida, mas só está piorando. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado. Berjos


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