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História Uma nova vida - Nova realidade.


Escrita por: BrazilianGirlHS

Notas do Autor


Boa noite! Acabei de criar essa fanfic, e estou tão empolgada em escrevê-la, que resolvi postar logo. Bom, espero que gostem dela. Beijos e aproveitem.

Capítulo 1 - Nova realidade.


Fanfic / Fanfiction Uma nova vida - Nova realidade.

Eu sou Ariela Pietra, tenho 16 anos de idade, e tenho consciência de que meu nome é bem estranho, mamãe diz que não devo me importar, já que existem pessoas que adorariam ter um nome como meu. Eu devo confessar que é impossível alguém querer um nome como esse, mas preferi não discordar da mãe. Costumo dizer que mãe é como cliente: sempre terá a razão.

−Ari? Vamos? – ouvi mamãe gritar do primeiro andar e então me dei conta de que já devia ter descido e colocado as malas no carro. Já desci preparada pra ouvir uma bronca daquelas. −Estamos atrasadas, o voo sai daqui a 1 hora, e ainda temos que fazer o check-in. – reclamou com sua carranca.

−Mãe, geralmente o voo atrasa, não vamos perde-lo. – murmurei enquanto passava rápido por ela, pra não levar um tapa ou qualquer uma agressão que ela pudesse inventar na hora, com aquela pequena bolsa que carregava em mãos.

−Não vou nem discutir com você. – pude ouvir seu resmungo antes de sair pela porta da frente.

Após colocar as malas que eu levaria, no porta-malas, logo mamãe deu partida com o carro rumo ao aeroporto de Chicago. Eu devo admitir que não estava satisfeita em sair de Chicago, fala sério, nasci aqui, cresci aqui, não estava pronta pra deixar essa cidade. Mas não tive muita escolha ao abrir os olhos e me deparar com tamanha felicidade da mamãe ao ter encontrado alguém bom pra ela.

Desmont era um cara muito legal, ele era um tipo de pessoa cativante e eu adorei conhece-lo, mamãe me confessou que já estavam juntos a quase 1 ano, e demorou muito pra me apresentar, pois queria ter certeza de com quem estava lidando. E finalmente quando pode ver quem realmente ele era, ela resolveu me apresentar. Me senti um pouco estúpida por jamais ter desconfiado, mas levei numa boa no final. Hoje, eles são casados, mas ainda não moram juntos, mamãe teve de ficar em Chicago pra resolver coisas no trabalho e eu poder passar pro terceiro ano no colegial, e só agora estamos indo pra Cheshire.

Desmont tem dois filhos, segundo minha mãe, uma se chama Gemma, tem 19 anos e já está indo pra faculdade, o outro tem o nome do príncipe da Inglaterra, Harry. Gemma eu já havia visto em uma foto, mas Harry, não sei porque motivo eu ainda não havia o visto. Fui tirada de meus devaneios quando mamãe me cutucou pra que eu saísse do carro. Logo um funcionário do aeroporto se prontificou para nos ajudar, nos trazendo um carrinho para que pudéssemos colocar as malas nele. Mamãe agradeceu com um sorriso e então pediu que eu empurrasse o carrinho, ri de sua esperteza.

−Quero um sorvete bem grande como pagamento. – explanei a olhando com um sorriso maroto. Ela me deu língua como uma criança teimosa. −Não estou brincando... – cantarolei.

−Quando chegarmos lá, eu te compro algo, tudo bem? Agora corre que precisamos fazer o check-in! – ordenou já séria, com seu olhar assassino, e eu nem ousei reclamar ou titubear algo.

Tive que aguentar minha mãe falando o tempo todo que eu tinha que me comportar, que eu não devia fazer qualquer coisa que fosse desrespeitar Desmont e seus filhos, que eu tinha que me dar bem na nova escola, que eu não devia me envolver com drogas ou bebidas, que eu não... Pera, esqueci. Eu confesso que parei de ouvir ao perceber onde o carro nos levava, a cidade era tão acolhedora, que eu não consegui mais ouvir se quer uma palavra. O táxi não demorou a estacionar em frente a um portão grande, o muro tinha folhas e mais folhas penduradas nele, e eram tão verdes. Vi pelo canto do olho, mamãe pagar o taxista, que nos ajudou com as malas.

−Linda, não é? – ouvi mamãe ao meu lado, a encarei sorrindo e assentindo. −Vamos entrar! – exclamou sorridente balançando a chave em suas mãos. Ri de seu entusiasmo, e depois de pegar as malas que restavam pegar, eu a segui.

Se fora, era lindo, por dentro era incrível, a frente apesar de estar claro que fosse um estacionamento, era o estacionamento mais lindo que eu já tinha visto. Mais a frente vinha a entrada da casa, uma enorme porta de madeira escondia o que aquela casa tinha por dentro, só comecei andar quando minha mãe me deu um leve empurro, me incentivando a entrar.

Eu ainda estava observando tudo ao meu redor quando:

−Surpresa! – e em um instante mamãe estava sendo abraçada por Desmont, suas malas caíram no chão, uma caiu certeiramente em meu pé.

−Hey, você deve ser Ariela. – Gemma veio me cumprimentar, eu lembrava dela por fotografias, então dei o meu melhor sorriso, tentando esconder um pouco da dor que senti quando aquela mala caiu em meu pé. −Seja bem-vinda. – sorriu ao me soltar do abraço.

−Oh, oi Ari! Seja bem-vinda a sua nova casa! – Desmont abriu os braços pra me cumprimentar com um abraço, que eu retribui ainda sem soltar as malas.

A sala estava repleta de gente estranha, mas que minha mãe parecia conhecer muito bem, cumprimentei a todos por educação e então resolvi me sentar em um canto reservado daquela enorme sala. Eu realmente gostaria de morar aqui, não que eu me importasse com tamanho de casas, mas essa era tão linda e apesar de grande, era acolhedora. Sorri pro nada. Senti meu celular vibrar no bolso na da minha calça, o peguei e vi que havia chegado uma nova mensagem. Caitlin, com certeza.

“Hey! Espero que já tenha chegado, mande fotos! “  Ri de sua cara de pau em nem ao menos me perguntar se eu estava bem, e como havia sido a viagem. Mas logo uma sombra atrapalhou minha visão.

−Com licença, senhorita, será que posso te ajudar com as malas? – uma senhora estava diante de mim, sorrindo simpática, lhe sorri de volta.

−Muito obrigada, mas não precisa me ajudar, eu consigo carrega-las, não é bom que carregue peso. – a senhora riu pra mim e assentiu.

−Muito gentil de sua parte, querida. Posso te levar até seu quarto então, tudo bem? – assenti. E logo eu estava seguindo-a por escada a cima, se eu achei em baixo bem grande, aqui em cima não se comparava, havia um infinito de portas, e Eva, a senhora que me acompanhava e me disse seu nome, riu de mim por estar atônita com tudo aquilo. −Seu quarto é este aqui. – abriu uma porta que eu teria de prestar atenção em sua posição pra não entrar no cômodo errado.

−Muito obrigada, Eva. – sorri fraco em agradecimento.

−Não de que, agora descanse, aposto que a viagem foi longa. – disse antes de me deixar sozinha naquele enorme quarto.

O quarto era da cor de amora, e eu não pude estar mais apaixonada ainda, a cama era grande e alta, como aquelas de séries em TVs, na parede de frente pra cama, tinha uma TV grande pendurada, em baixo havia uma pequena cômoda, do lado esquerdo da TV, próximo a porta que dava pra sacada havia uma mesinha com um notebook, já do lado direito da TV, próximo à porta do quarto, havia uma outra porta, como sou curiosa, logo a abri, dando de cara com um banheiro espaçoso, e pude notar uma outra porta no lado esquerdo de sua parede, a abri e então pude ver um espaçoso closet. Eu estava vivendo um sonho e não seria maluca de pedir pra alguém me beliscar pra que eu pudesse acordar.

Saindo do banheiro, eu fui dar uma olhada na vista que tinha da sacada, dei de cara com uma imensa piscina, algumas cadeiras estavam espalhadas pela beira desta, e no canto do jardim, havia uma mesa redonda com cadeiras de conjunto, e a própria mesa tinha um guarda-sol. Não pode deixar de notar, que no outro canto do jardim, havia uma casinha de cachorro, e era grande por sinal.

−Ari. – levou um susto e se virou rapidamente vendo sua mãe sorrindo por ter lhe dado um susto. −Me desculpe, vejo que já conheceu seu quarto.

−Mãe, me diz que não estou sonhando com essa casa, me diz que isso não é uma realidade paralela a nossa. – implorei bem dizer e vi mamãe abrir um sorriso, se divertindo do meu desespero.

−Eu sei que parece sonho, mas não é, linda. – sorriu pegando em minha mão. −Essa é a nossa realidade agora. Entendeu? – assenti sorridente, mamãe riu de mim e me puxou pra um abraço. −E saindo desse sonho maravilhoso, suas aulas começam essa semana agora.

−Ah, mãe, sempre estragando os prazeres da vida. – reclamei me soltando dela que riu de mim, e eu acabei por rir junto dela.

−Mas agora, quero que tome um banho, vista uma roupa confortável e desça, vamos jantar daqui a pouco. – avisou e já ia saindo quando lhe perguntei o que logo veio em minha mente. Será possível que eu havia ficado tanto tempo namorando o quarto?

−Mãe, que horas tem ? – mamãe olhou em seu relógio no pulso direito e me informou.

−São dez pras seis da noite. Não demore no banho, tudo bem ? – assenti e então a vi fechar a porta do quarto, e então mais uma vez eu estava sozinha naquele mundo que se chamava quarto. Me joguei na cama em um pulo e ao sentir a maciez, desejei nunca sair dali.

 ---

O jantar estava incrivelmente gostoso, que minha mãe não me escute, mas o macarrão de Eva estava melhor do que o de qualquer pessoa que eu já comi. Gemma contou suas experiências na escola em que eu estudaria por aqui, Desmont também falou que eu me daria bem, e o sorriso de mamãe não podia estar mais largo. E eu me sentia bem por isso. O que se chamava pelo nome do príncipe não apareceu a tarde toda e eu não perguntaria por ele, não posso negar que estava curiosa pra conhecê-lo, mas não admitiria isso em voz alta. Não mesmo, vai que pensam que eu estava interessada pelo filho do meu padrasto, não mesmo.

−Oi. – respondi ao sentir uma cutucada de mamãe em minha costela.

−Gemma está perguntando sobre as provas que fez para ver se ao menos passaria. – sorriu orgulhosa.

−Ah, claro, as provas que fiz porque minha mãe e minha avó são desesperadas e não podem esperar eu ter a necessidade de entrar pra uma Universidade. – Gemma e Desmont riram enquanto mamãe revirava os olhos. – Bom, foi um pouco acima do que eu estudava, mas eu tentei, e no final, eles gostaram da minha redação, mas informaram que eu não tinha como entrar ainda. – dei de ombros.

−Tentou em quais? – Gemma perguntou, parecendo interessada em minha resposta.

−Ah, tentei em Yale...

No fim de tudo, Gemma e eu resolvemos ajudar Eva com as louças, acabamos entrando em um assunto completamente aleatório e quando vimos, estávamos falando de família. Gemma contou que sempre viveu em um lar alegre e que apesar de seus pais terem se separado quando ela tinha apenas 10 anos, sua mãe nunca deixou transparecer a tristeza, e Desmont sempre esteve presente em qualquer momento de sua vida e na vida de seu irmão. Anne, pelo jeito que Gemma descrevia, era uma pessoa incrível, e se algum dia fosse possível, eu gostaria de conhece-la.

−Minha mãe e minha avó são a base de tudo que eu sou hoje e serei amanhã. – sorri orgulhosa de ter essas duas mulheres em minha vida. – Me ensinaram tudo o que sei hoje, e algumas coisas eu ensino a elas, de vez em quando, mas não conte isso pra minha mãe, ou amanhã estarei morta. – Gemma e Eva riram junto de mim.

 −Eu acho lindo a forma como você e sua mãe são ligadas, observando vocês na mesa, vi como são dependentes uma da outra, é uma sincronia linda de se ver, entre uma mãe e uma filha. – Gemma confessou sorrindo fraternal pra mim. Era incrível como ela era apenas 3 anos mais velha, mas tinha uma total leveza e compreensão de um adulto.

−Obrigada. – pedi sem graça. Gemma sorriu assentindo.

−Acabamos, Eva! – Gemma exclamou com alegria fazendo eu e Eva rir.

−Obrigada meninas, tenham uma boa noite. – Gemma lhe deu um beijo na bochecha e depois de fazer o mesmo em mim, subiu rapidamente as escadas. Acenei pra Eva e segui os passos de Gemma.

Corri pro banheiro pra escovar os dentes, tomei um banho quente e vesti uma calça larga de moletom, vesti uma blusa de manga curta na cor preta e depois de soltar o cabelo, tranquei a porta do quarto e me joguei na cama, com o celular em mãos, tava na hora de responder as mensagens dos meus dois amigos em Chicago. Eu estava cansada da viagem, mas isso não quer dizer que eu estava com sono. Não me lembro que horas eram, quando senti sede, então destranquei a porta e desci, na pontinha dos pés, temendo fazer qualquer barulho pra não acordar alguém, e principalmente Eva, que devia estar cansada.

Abri a geladeira e peguei uma garrafa dessas de vidro, cheia de água, peguei a mesma com as duas mãos, já que sou desastrada por demais. A coloquei sobre a bancada e então peguei um copo que achei só porque eu havia guardado os copos mais cedo, quando ajudava Gemma com a louça. Coloquei um pouco d’água no copo e o levei até a boca, enquanto observava a cozinha. Eu definitivamente teria uma cozinha daquelas em uma casa, um dia. Quando eu tivesse meu próprio dinheiro. Sorri me imaginando com uma casa bonita em Nova York, trabalhando no hospital cuidando e ajudando a quem precisasse. Passeando no Central Park enquanto comia um iogurte...

−Quem está aí? – fiz uma pergunta retórica e super clichê de filmes de terror, quando vi uma sombra passar correndo. −Quem. Está. A-

−Shhh, sou eu. – um garoto sorridente apareceu na cozinha, logo me olhou de cima a baixo e me encarou confuso.−Hey, quem é ... Hester. Você é a filha da Hester. – concluiu e pareceu feliz consigo mesmo ao sorrir sozinho. Me estendeu a mão. −Prazer, sou Harry, filho do Des. – apertei sua mão, ainda um pouco assustada.

−Sou Ariela. – soltei sua mão e sorri fraco, já que ele não parava de sorrir pra mim. Era engraçado, até.

−Ariela? – pareceu pensar. −Nunca ouvi, é ...

−Esquisito, eu sei. – completei com cara de tédio. Sempre falavam isso. Harry me olhou com um sorriso maior e negou.

−É exótico, e isso o torna lindo. – sorri em agradecimento. −Ariela, preciso subir, ou terei de ouvir sermões do meu pai, se ele aparecer aqui. Então, tem como fingir que nos conheceremos somente hoje, só que pela manhã? – assenti divertida com seu pequeno desespero. −Obrigado! – então ele sumiu da minha vista. Dei de ombros enquanto sorria do garoto. Ele fazia jus ao que Gemma falou, ele realmente era uma pessoa cativante.

Depois de guardar as coisas em seu devido lugar, subi as escadas, e agora definitivamente eu estava cansada e com sono, muito sono. E com uma cama daquelas, eu prevejo o quão bom será dormir nela, e isso me traz mais sono ainda. Me joguei na cama e naquela mesma posição eu peguei no sono. 


Notas Finais


Bom, hoje é isso, espero que tenham gostado, beijooos! Até o próximo.


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