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História Uma nova vida - Primeiro dia de aula.


Escrita por: BrazilianGirlHS

Notas do Autor


Boa tardee! Mais um capítulo pra vocês! Beijos!

Capítulo 2 - Primeiro dia de aula.


Fanfic / Fanfiction Uma nova vida - Primeiro dia de aula.

 

Acordei com um barulho ecoando em minha cabeça, e só o identifiquei quando reconheci a voz da minha mãe junto a umas batidas na porta. Me revirei pro lado contrário da porta e prensei o travesseiro na minha orelha. Porém, não adiantou e minha única escolha foi levantar e atender a porta. Mamãe me encarava com sua cara já adquirindo um tom vermelho, eu teria rido se ela não parecesse estar querendo me matar.

−Você sabe a quanto tempo estou te chamando? – eu neguei, tentando esconder o pouco caso, ou eu levaria um tapa. −Por que trancou a porta, Ari? – perguntou um pouco mais calma.

−Eu sei lá, só queria privacidade na casa nova. – dei de ombros ao final da frase. Mamãe bufou, depositou a mão na maçaneta e me encarou.

−Isto é uma porta – não mãe, isto é uma maçaneta. ­­−é a porta do seu quarto e eu quero ela destrancada, entendeu? – assenti.

−Mãe, só estava trancada enquanto eu estava dormindo, eu não estava transando com alguém. Afinal, não conheço ninguém aqui, a não ser que eu estivesse transando com o além. – levei um belisco que me deu um leve susto, mas logo nós duas estávamos rindo.

−Você tá muito abusada, não me faça rir. – pediu tentando sustentar sua cara fechada. −Mas estou falando sério, querida, porta destrancada, tudo bem? – assenti. −Ótimo, agora vá se trocar, estamos te esperando pro café. – me deu um beijo na testa antes de seguir rumo as escadas.

Trancar a porta me dava mais segurança que eu estava realmente isolada do mundo, não que eu não gostasse dos habitantes da casa, mas eu queria ficar um tempo sozinha, até me adaptar com as coisas por aqui. E isso seria possível, já que Gemma e Harry não moravam aqui, só vinham passar alguns finais de semana. Terminei de escovar os dentes e logo fui em busca da minha mala, que eu não havia arrumado no closet ainda, e peguei uma outra blusa de manga, só que dessa vez ela era vermelha, tinha um pequeno desenho de uma borboleta, optei por vestir uma bermuda jeans, ela batia quase no meu joelho. Mamãe sempre controlando minhas roupas, comprando essas bermudas cumpridas, mas eu até gostava delas, me sentia bem nelas. Tive preguiça de pentear os cabelos e então o prendi em um rabo de cavalo. Calcei o chinelo e desci quase que correndo, percebendo que já havia demorado um pouco.

−Bom dia, gente. – cumprimentei a Gemma, mamãe, Desmont e a Eva que terminava de colocar a bandeja com torradas em cima da mesa.  Todos sorriram pra mim.

−Hey, estava falando com Gemma, que você é nova aqui – óbvio , mãe. As vezes ela saia com cada frase e observação óbvia. – e não conhece nada. Então Gemma se ofereceu pra te mostrar um pouco da cidade, quando vier de novo pra cá. – assenti enquanto pegava uma torrada.

−Ou se preferir, pode dar uma volta com Harry, já que eu vou demorar um pouco até voltar, sabe, semana que vem é o fim de semana da mamãe. – sorriu pra nós, assenti.

−Falando nele, cadê ele ? – Desmont questionou a filha, que deu de ombros.

−Ele disse que chegaria depois de mim por aqui. Mas eu não o vi desde que sai lá de casa. – confessou, Desmont assentiu um pouco insatisfeito, mas nada que o pudesse deixar com a carranca fechada. Antes que pudéssemos engatar em outro assunto, Harry apareceu na mesa, sorrindo com ontem, apesar de sua cara amassada.

−Desculpe por ontem pai, e me desculpe também Hester. Tive que ajudar minha mãe e o Robin com uma pintura lá de casa. – Desmont assentiu pro filho, parecia mais tranquilo ao ver o filho ali. Quem os olhasse de fora veria que eram pai e filhos, muito chegados. Sorri com Desmont puxando Harry e o dando um beijo na testa, Harry sorriu terno pro pai. Me encarou ao se endireitar na cadeira. −Oi, sou Harry. – acenou pra mim, sorrindo largo, eu quis rir, mas me contive.

−Ariela. – respondi retribuindo o sorriso e então dando uma bela mordida na torrada com pasta de amendoim.

O café da manhã foi repleto de risadas, a mesa enfim estava completa. Harry contou sobre suas tentativas de pintar a parede, e os tapas que recebeu quando pintou o rosto de sua mãe com a tinta. Ajudei Eva com a louça novamente, eu não tinha nada pra fazer mesmo. Gemma passou na cozinha pra se despedir de nós duas, e logo depois que ela saiu, Harry entrou falando em alto e bom tom com Eva, fazendo a mais velha rir por suas palavras carinhosas.

−Sabe que não posso fazer sua sobremesa, ou seu técnico me mata, certo? – pude ouvir o resmungo que ele emitiu, apesar de eu estar de costas pros dois enquanto lavava a louça.

−Ele não saberia. – soltou fazendo voz de criança.

−Mas seu pai saberia, e sua mãe também. – finalizou e veio parar ao meu lado, pegando a louça e secando.

−Tudo bem, Eva, não vou insistir. Mas agora, sente ali, e me deixe secar a louça. – ele mesmo a tirou da pia e se pôs no lugar dela, pegando a louça que estava molhada e a secando. −Obrigado. – ouvi um sussurro e quase ri, ao ver que ele me encarava com uma cara esquisita. Franzi o cenho, confusa com seu pedido. −Por ter fingido não me conhecer. – sussurrou de novo. Assenti com um meio sorriso. −Estou sabendo que vai pra escola em que eu estudo. – assenti. −Lá é legal, acho que vai gostar.

Acabamos de lavar a louça e Harry logo sumiu, dando um beijo em Eva antes de acenar pra mim e então sair porta a fora. Eva disse que ele costuma treinar aos sábados em uma pequena quadra que tem aqui por perto. Eva se ofereceu pra me ajudar a arrumar minhas coisas, e eu logo aceitei, me sentia a vontade na presença de Eva, e uma ajuda não faria mal. Passamos o resto da manhã em meu quarto arrumando minhas roupas no closet, enquanto Eva me contava sobre seu trabalho aqui.

Eva trabalha aqui a alguns anos, parece que desde os 8 anos de idade de Harry. Segundo ela, ele sempre fora assim, como Gemma havia me dito também, Eva disse que nunca havia visto o garoto sendo tímido, era sempre o primeiro a fazer a amizades, enquanto que Gemma era mais tímida e tinha um pouco de dificuldade em fazer amigos, por sua grande timidez. Harry era um garoto reservado em relação a assuntos que tivesse em relação a sua família e a  sua vida pessoal, mas fora isso, ele era uma pessoa completamente cativante, alegre e agradável de se estar perto, segundo Eva. Pelo pouco que o conheci, ele parecia ser uma pessoa alegre, sempre fazendo as pessoas a sua volta rir.

O resto do dia eu passei no computador conversando com Caitlin e Miles, meus dois amigos de Chicago, meus dois melhores amigos, pra ser sincera. Eles estavam namorando, sempre se gostaram, mas só assumiram isso a uns 2 meses atrás, e o love deles ainda estava altamente alto. Fui ignorada algumas vezes enquanto falava, pelos dois que estavam se beijando e falando coisas fofas, mas melosas demais pra minha pessoa. Depois que acabei de conversar com eles, me chamaram pra almoçar, Harry já estava à mesa mexendo em seu celular enquanto ninguém se sentava na mesa ainda.

−E aí menina sorridente. – eu franzi o cenho enquanto ria de meu novo apelido.

−Você, a pessoa que mais sorriu até agora, está me chamando assim? – puxei a cadeira para me sentar. Harry pendeu a cabeça pro lado, parecia aéreo aquilo tudo. As vezes parecia que ele fumava droga.

−Só quero descontrair, sei que é um saco pra você, estar numa nova casa, nova cidade, sem amigos...

−É, isso é um saco, mas ainda bem que aqui tem internet, assim eu posso falar com meus amigos de Chicago. – confessei e suspirei baixinho, por só poder vê-los assim agora.

−Ei, o que vai fazer hoje a noite? – o encarei séria. −Oh, me esqueci, vai ficar deitada na cama, sofrendo de tédio. – completou sarcástico, mas logo sorriu, passando a informação de que só foi uma brincadeira. Eu sabia. −Tem uma festa que vão dar pro início das aulas, e se você quiser ir. – deu de ombros.

−Não. – respondi simplesmente e vi que ele me olhou surpreso. Merda, acho que fui rude demais. Mas ele pareceu se concertar e logo sua cara já estava descontraída de novo. −Quer dizer, não conheço...

−Eu já entendi.

−Oh, vocês já estão na mesa... – mamãe chegou exclamando em surpresa ao se deparar comigo e Harry sendo os primeiros sentados a mesa.

Felizmente os dias de tédio, sem fazer nada em casa, havia passado. E eu estava contente em poder ir pra escola. Nervosa, mas contente. Eu já havia separado minha roupa ontem a noite, optei por calça jeans preta, uma bota preta também, uma blusa justa de manga, na cor cinza, ela ficava por dentro da calça, e uma jaqueta preta também. Depois que tomei o banho me apressei em me vestir e logo já estava penteando meu cabelo, o deixei solto mesmo. Peguei minha bolsa e desci, minha mãe e Desmont já haviam saído pro trabalho e Eva estava na cozinha preparando o café pra mim e pra Harry, que havia dormido aqui, vai pra casa da mãe hoje, depois da escola.

−Bom dia, Ari. – Eva me cumprimentou com seu melhor sorriso, que eu lhe retribui. Puxei o banquete pra poder me sentar e depositei minha bolsa no banquete ao lado. −Ansiosa para o primeiro dia de aula? – puxou assunto, soltei um muxoxo que a fez rir.

−Estou, mas estou nervosa também. – confessei.

−Não fique assim, você vai se dar bem, vai ver só. – me confortou e sorriu ao final de sua frase.

−Bom dia, meninas! – Harry entrou na cozinha falando sorridente, me deu um beijo na bochecha e outro na bochecha de Eva. O domingo não foi tão chato como achei que seria, Harry me mostrou um pouco da cidade, e tivemos um papo bom.

−Bom dia, Haz. – Eva disse de volta. −Vamos meninos, já podem comer. – disse após colocar a bandeja cheia de waffles na bancada, para que Harry e eu nos servíssemos. O que não demoramos a fazer. −Harry? – Eva chamou a atenção de Harry para si. −Seu carro chegou do conserto. – vi Harry assentir. Carro? Ele tinha carro? Uou! Ele tinha um carro.

Assim que acabamos de comer, Eva nos apressou ou nos atrasaríamos, Harry deu um outro beijo em sua bochecha e eu a abracei e então saímos pro estacionamento. E aquilo só podia ser brincadeira. O carro de Harry era incrível (link nas notas finais.), eu o encarei e ele riu de mim.

−Ele não é meu, entende? – disse e logo me convidou pra entrar. Fiz o que ele pediu e então ele ligou o carro. O portão abriu depois que eu apertei o botão no controle do portão, que Harry pediu pra eu pegar no porta-luvas. −Eu não o considero meu. Meu pai pode falar o quanto quiser que ele é meu, mas eu não o tenho como meu.

−Mas, por que, Harry, ele é lindo, e é um presente. – ele me encarou assim que paramos em um sinal.

−Eu sei, e não reclamo, mas eu sou uma pessoa simples. E não gosto de chamar muita atenção. – o sinal abriu, fazendo Harry voltar a olhar pra frente. −Ainda mais das garotas daquela escola. – comentou com certo cansaço. Resolvi deixar por assim mesmo.

A escola era enorme, logo que sai do carro, algumas pessoas que estavam paradas perto do estacionamento passaram a me encarar, Harry logo parou em meu lado.

−Por que estão olhando assim pra mim? – questionei quando começamos a andar e algumas pessoas mantinham seus olhares na garota ao lado de Harry, eu.

−Você é nova, nunca te viram por aqui. O primeiro dia é sempre assim, mas relaxa. – foi o que disse antes de abrir a porta que dava pros corredores da escola. O sinal bateu assim que entramos e Harry me acompanhou até a sala da diretora pra pegar minha grade de horários. Depois fez questão de me levar até a sala em que eu teria a primeira aula. −Bom, é aqui. – se pronunciou ao que chegamos a sala B13. Assenti e já ia entrar, quando ele me puxou de volta. −Se mexerem com você, não liga, tudo bem? É melhor não dar i-

−Harry, eu sei me virar. – sorri em agradecimento, mas ele continuou sério.

−Eu não sei como era na sua escola em Chicago, mas aqui, as pessoas costumam ser mais... – pareceu procurar uma palavra. −ruins. Só peço que não ligue, tudo bem? – assenti um pouco contrariada. −Na hora do recreio estarei te esperando na porta B19, que é sua próxima aula. – ri dele e logo entrei na sala.

Algumas pessoas me encararam, outras fizeram pouco caso, fiquei grata por o professor ou professora não estar na sala de aula ainda, ou eu levaria um mini esporro na frente da turma. Me sentei na fileira da parede em que tinha janelas, na penúltima cadeira, já que a última estava ocupada com uma mochila em cima da mesa. Eu já estava me sentindo incomodada com alguns olhares, quando a porta se abriu e uma garota do cabelo ruivo apareceu, ignorando completamente os olhares que lhe fora lançado, ela caminhou em minha direção e se sentou atrás de mim. Não demorou muito e o professor de biologia já estava em sala. Respirei fundo sabendo que hoje era o dia de me apresentar em todas as aulas que eu tivesse.

−Bom dia, turma, hoje temos uma aluna nova que vai cursar o último ano conosco. – apontou pra mim, sorri sem graça. −Seja bem-vinda, srt. Irving. – agradeci com um pequeno aceno. Muito obrigada por não ter me feito ir aí na frente. Agradeci em minha mente.

A aula até que estava interessante, e eu conseguia entender tudo o que ele falava, na minha escola d Chicago era impossível, o cara falava rápido demais. Minha atenção do quadro foi tirada por um toque em meu ombro, virei-me pra trás e dei de cara com a ruiva que falei antes. Ela sorria sem graça pra mim.

−Desculpe, é que minha caneta está ruim, pode me emprestar uma? – eu ia pegar a canete, quando ela me surpreendeu com outra fala. −Hey, sou Samantha, mas pode me chamar de Sam. – sorriu estendendo sua mão a apertei e lhe mostrei um sorriso.

−Sou Ariela. – falei e então peguei uma caneta em meu estojo e a entreguei.

−Obrigada. – pediu. −Hey, você quer almoçar comigo, te apresento as minhas amigas. – convidou-me e como eu não queria ficar sozinha no primeiro dia, apenas assenti sorrindo, grata pelo convite.

O professor pediu que fizéssemos um trabalho em dupla em sala de aula, e Sam fez comigo, acabamos conversando, e descobri que minha grade de horário era igual o dela, só o que mudava era a aula de espanhol. Assim que bateu a hora do almoço saímos logo da sala, não vi Harry parado onde falou que estaria, então não me importei em seguir pra onde Sam me arrastava. Vi que caminhávamos em direção a uma mesa onde três meninas estavam conversando e rindo.

−Meninas, essa é Ariela. – Sam interrompeu a risadaria, fazendo com que as três nos encarassem, e então elas sorriram pra mim. Assim que me sentei elas arrumaram um jeito de me colocar no que conversavam, e falaram de tudo o que já havia acontecido e que eu deveria saber. Pois segundo Amber, a loirinha dos olhos azuis, eu tinha que estar por dentro de tudo.

−E então, Styles enche muito seu saco? – Sam perguntou quando ficamos em silêncio um pouco. Ri de leve.

−Por enquanto estamos indo bem, afinal só tenho 4 dias aqui. – dei de ombros.

−Tinha que ser você, Sam. – ouvi a voz de Harry atrás de mim, me virei pra encará-lo. −Eu estava te procurando. – falou me fitando, parecia aliviado por ter me achado.

−Eu trouxe ela pra conhecer as meninas. Cadê seus boys? – Sam alfinetou.

−Quer saber de alguém em especial? – vi pelo canto do olho Katie dar uma risadinha.

−Vai cagar, Harry. – Sam pareceu ofendida e então se calou.

−Bom já que você tem as meninas, vou voltar pra lá. Nos vemos na hora da saída. –assenti e o vi sair de perto da gente.

−Será que é cedo demais pra eu saber do que ele se referia? – questionei fazendo as meninas rirem, até mesmo Sam. −Vocês sempre se alfinetam assim? – perguntei diretamente a Sam.

−Não, nem tanto, a verdade é que eu e Harry somos como irmãos, e bom, irmãos fazem isso. – riu de leve, sendo acompanhada por mim e as meninas.

−Então gente, e sobre a festa de sábado, contem-me, por favor! – Amber, pediu dramática, fazendo Sam e Jessie revirarem os olhos e Katie começar a falar sobre o que rolou e  que deixou de rolar na tal festa. 


Notas Finais




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