♬♬Dazai♬♬
Ler aquela mensagem do Chuuya, apenas me fez rir. Já agindo como mãe preocupada. Sinal de que ele está bem.
Já estou a caminho da Agência, Heisuki ainda está acordado em meu colo, todo confortável, mas sua expressão não dizia isso. Talvez por ter o coberto com uma manta e ter tampado sua visão. Não tive escolha, se esse garoto pegar resfriado, Chuuya me enterra vivo.
Chegando já de frente a Agência, suspiro já pensando em como explicar tal situação, mas está complicado, até mesmo para um gênio como todos me chamam.
Entro no local já subindo para o andar do escritório onde fica todos os Detetives de Habilidades, assim como eu e entro na sala, basicamente meio vazia. Apenas avistei Tanizaki em sua mesa e Atsushi que estava cochilando na mesa dele. Nenhum sinal de Rampo, Kunikida e... bem Doutora Yosano vive na ala médica.
_Ah! Dazai-san! - Tanizaki se levanta e logo fica surpreso ao me ver com o bebê.
_Bom dia Tanizaki-kun. - Sorrio me aproximando. - Apenas os dois hoje? - Olha para Atsushi que ainda não acordara.
_Quase isso. Kunikida-san e Rampo-san foram investigar um caso. O Presidente está na sala dele tomando o chá matinal. Doutora Yosano está na sala dela.
Olho para Heisuki que me encarava com um bico e sorrio.
_Perfeito, assim facilita para mim. Irei conversar com a Doutora Yosano primeiro. - Aceno para ele já saindo do escritório.
_Boa sorte! - Ele me deseja.
Caminho pelo corredor até a ala hospitalar, dou alguns toques na porta e aguardo.
_Entre... - Ouço-a.
Entro na sala sorrindo.
_Bom dia Yosano-sensei. - Olho pela sala e não a vejo.
_Só um momento Dazai! - Ouço-a da sala de cirurgias.
Será que alguém azarado foi vitima dela?
_Ok. - Vou até uma das camas de repouso e deito Heisuki nela, tiro a manta dele e ajeito a touca. - Confortável filho? - Digo baixo acariciando a bochecha dele. O biquinho se desfaz e logo ele sorri para mim. Ah! Que filho mais lindo!
_Desculpe a demora, Dazai-san, bom dia. - Yosano sai da sala com o seu costumeiro sorriso que dá medo.
_Sem problemas. - Me endireito. - Bem, preciso conversar com você. - Olho para Heisuki e a vejo seguir meu olhar.
_Um bebê? - Ela se aproxima analisando mais de perto.
_Sim. Meu filho. - Confesso logo de vez.
Ela olha espantada para mim.
_Quero explicações Osamu! - Ela tira o restante do cobertor do pequeno e o pega no colo. - Ele é idêntico a você!
_Sim. Vamos ver, vou resumir as coisas. - Suspiro. - Basicamente um ano atrás. Algumas semanas depois daquela briga minha com o Chuuya. Passei a me embebedar e um certo dia, uma mulher conseguiu me atiçar, não recordo bem como ela era ou nome dela. Só sei que passamos a noite juntos. No dia seguinte, ela desapareceu por completo, deixando nada para trás. Anteontem, Chuuya encontrou ele em um orfanato, de imediato ele soube que era meu e o adotou.
Ela olhava para o Hei-chan pensando no que eu disse.
_Você teve sorte do Chuuya não querer ter matado você. Eu teria matado. - Ela diz em um tom sério como se sentisse o peso no coração de Chuuya,
_Ainda bem que nunca me interessei em chama-la a um suicídio duplo.
_Ah, que pena. Iria amar te dissecar todos os dias quando você cometesse suicídio.
_Cruel! - Faço bico.
_Bem, e como Chuuya está em relação a isso?
_Ele aceitou. - Sorrio. - Resumindo, ele aceitou ser pai do Heisuki.
_Chuuya é um bom rapaz. Mesmo vendo que essa criança é fruto de uma traição para ele, ele decidiu amar a criança, e perdoar o cafajeste do amante.
_Palavras pesadas! - Ponho a mão no peito encenando como se aquilo tivesse me machucado.
_Você fez bem em traze-lo. Já conversou com o Presidente?
_Ainda não. Queria falar com você primeiro sobre ele.
_Bem, então, diga. - Ela se senta com ele ainda nos braços.
Pego um rolo de papel de dentro do sobretudo e mostro a ela.
_Esses são os exames do Heisuki que chegou ontem do laboratório que é vinculado ao orfanato.
Ela pega os exames com uma mão e analisa.
_Hum... Curioso... Você quer que eu faça os exames nesse pequeno.
_Sim. Quero que examine ele minuciosamente. Quero ter certeza de que ele não tem nada.
_Certo. Irei começar os exames. Seria um bom momento você ir falar com o Presidente enquanto examino ele.
Olho para o menor, não queria deixa-lo, mas sei que Yosano gosta de estar sozinha para fazer os exames.
_Ok. - Vou até eles e beijo a cabeça do menor. - Ah, caso ele comece a chorar, mostre algo vermelho-alaranjado que ele para. Ele ama essa cor.
_Pode deixar. - Ela sorri para mim e me encara esperando que eu saia,
_Bem, volto depois. - Saio do quarto e suspiro.
Pego o celular e mando uma mensagem para Chuuya:
Mensagem: Oi ruivinho.
Agasalhei bem o nosso bebê antes de sair,
já estamos na Agência e já conversei com a Doutora Yosano,
ela mesma irá fazer os exames.
Mas e você ... Está melhor?
Não está se esforçando né?
Mando a mensagem e vou para o escritório do Presidente. Já de frente a sala dele. Dou uma pequena batida.
_Presidente Fukuzawa? É o Dazai.
_Entre Dazai-san. - Ele pede e entro na sala, como de costume, ele está sentado tomando seu típico chá tradicional.
_Bom dia. - Cumprimento.
_Bom dia. - Ele retribui. - Sente-se por favor. - Ele se levanta e vai a uma mesinha com uma bandeja de chá. - Aceita uma xicara de chá?
_Sim, por favor. - Não sou fã de chá, mas sempre tomo para fazer companhia para ele. Sei que ele gosta.
Ele me serve o chá verde e enche novamente a xicara dele, põe o bule de volta e se senta novamente.
_O que te traz tão cedo? - Ele pergunta em tom de curiosidade, pois meu horário de entrada é ainda daqui uma hora.
_Preciso conversar com você sobre algumas mudanças que está ocorrendo na minha vida e no dia a dia. E quero o apoio da Agência de detetives armados.
_Hum... Bem, vamos ver o que tem a dizer. - Ele diz, sem expressão alguma no rosto, mesmo não aparentando nada, sei que ele está atento ao que tenho a dizer.
_Alguns dias atrás, descobri que tenho um filho. - Começo e já noto ele ficar surpreso, mas logo volta a expressão apática. - Chuuya que o encontrou e o trouxe para mim.
_E quantos anos ele tem?
_Apenas duas semanas. Ele foi largado no Orfanato. Eu não faço ideia de quem seja a mãe dele.
_É um assunto bem delicado... Mas, você sabe que não limito a vida dos meus detetives. Você disse que quer o apoio da Agencia? Então você terá.
Sorrio pela concordância dele.
_Agradeço muito a você Fukuzawa.
_Já tem em mente com quem deixar ele? Ou como irá trabalhar?
_Bem, tem dias que Chuuya ficará com ele. Mas outros dias, ainda não vi alguém confiável para cuidar dele.
Ficamos em silêncio por um tempo.
_Que tal, Naomi, ou Kyouka?
_Bem... - Confiar nelas eu confio. Mas é do meu filho que estamos falando. Era o que queria dizer para ele. - Acha que elas teriam paciência para cuidar dele?
_Ele é problemático?
_Não exatamente. Ele é quieto, dorme bastante. Mas a preocupação é que elas nunca cuidaram de uma criança antes, e ele nem fez um mês ainda.
_Na verdade. Não me importo de você trazer ele para a Agência.
_Mesmo? - Fico surpreso.
_Animais e bebês são ótimos para expulsar a energia negativa e cansaço das pessoas. Ele seria uma boa distração para os Agentes e ele terá atenção e cuidados suficiente.
_Acho que não terá problema e estarei direto na Agencia quando não tiver trabalho fora.
_Resolvido então... - Ele bebe seu chá e noto estar mais tranquilo. - Afinal, onde está a criança?
_Ah, Heisuki está com a doutora Yosano. Levei ele para fazer exames enquanto vim falar com você.
_Entendo... Traga-o depois. - E assim ele volta para o chá.
_Certo. Obrigado novamente. - Me levando e saio da sala, suspiro aliviado e feliz e volto para a sala da Doutora.
A coleta para exames já havia terminado, Doutora Yosano disse que ele não chorou nem quando tirou sangue. Quando cheguei a sala, ele já estava dormindo. E agora é só esperar os exames ficar pronto, ela disse que levaria um ou dois dias.
_Deu tudo certo com o Presidente? – Ela tira as luvas descartáveis jogando no lixo e se senta na cadeira.
_Sim. Consegui o apoio dele para ajudar a cuidar do meu pequeno. – Pego Heisuki no colo.
_Mantenha esse garoto seguro Dazai. Crianças são mais importantes que as nossas vidas.
_Certo. Pode deixar que a vida dele estará acima da minha e do Chuuya.
_Huum. Vejo que o casalzinho está de volta. – Noto ela sorrir.
_Pois é né... – Não consigo evitar de corar.
_Vê se não faz merda de novo sua anta!
_Não precisava me xingar. – Viro o rosto fazendo bico.
Mesmo dentro da Agencia. Eles nunca me inocentaram em relação a briga que tive com o ruivo.
_Mas estou feliz que tenha dado certo para vocês dois em relação ao pequeno.
_Sim. Hei-chan conquistou rápido o Chuuya. Também, tem a mesma beleza que a minha, como não resistir? – Me gabo brincando.
_Ainda faço exame de vista no Nakahara.
_Cruel! – Me levanto rindo. – Bem, vou levar o Hei-chan para o Presidente conhecer.
_Certo. Se precisar de alguém para cuidar dele, não me importarei que o deixe aqui.
_Para que o pobre garoto ouça seus pacientes gritar e gemer? Não, não, muito obrigado. – Aceno com uma mão e saio da sala sorrindo. – É pequeno. Estão gostando de você... – Encosto meu nariz na bochecha dele e fecho os olhos sentindo o calor da pele macia.
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