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História Uma Nova Visão - O conto do Homem solitário


Escrita por: EmilyCSouza

Notas do Autor


Edit.: A mudança nesse foi grande, desculpe o Lemon péssimo que eu tinha feito (não sou muito boa nisso).

Capítulo 3 - O conto do Homem solitário


Fanfic / Fanfiction Uma Nova Visão - O conto do Homem solitário

Sempre fora solitário.

Sua família era extremamente preconceituosa, e desde seu primeiro cio, onde descobriu-se ômega, seu pai estava procurando um marido nojento para si. Olhava para as águas correntes do rio com tédio. Queria fugir da li, viver um romance com um Alfa que amasse, não por um casamento forçado.

Sentiu o cheiro de um Alfa e fora a primeira vez que o viu. Apenas de olhá-lo sentiu o choque no corpo e excitação pelo cheiro do seu companheiro. Mais do que depressa escondeu seu cheiro.

O moreno não poderia ser seu e nunca poderia saber o que realmente eram.

Mas Hashirama não pode evitar. Cada dia que passava ele ia no rio sempre querendo encontrá-lo, mas não deixava ser visto, bom não conscientemente pelo menos.

Em uma bela tarde Madara o chamou e ambos passaram a conversar. O moreno sempre perguntava “o que você tem de diferente?” ou um “será que você é um simples beta?”, mas o ômega sempre desconversava. Seu pai percebeu que ele estava feliz de mais e mandou que Tobirama, irmão mais novo do moreno e o filho do meio, o seguisse.

Hashirama então passou a evitar ir ao rio. Mas a saudade lhe consumia, e por isso decidiu que iria vê-lo uma última vez, diria o que realmente eram, e imploraria para que pudessem fugir juntos.

Na manhã seguinte, Hashirama preparou todas as suas coisas e saiu do castelo. Correu por duas horas até chegar ao clã Uchiha. Madara estava caçando com os irmãos e ele o atraiu com o cheiro.

Assim que o Alfa sentiu o cheiro e o choque de ter ser companheiro tão perto, simplesmente o caçou. Hashirama o atraiu até o rio e chorando contou toda a sua tragédia que chamava de vida. Madara o levou para seu clã e lá ele fora muito bem recebido por ser companheiro do futuro Líder Alfa. Ele tinha somente treze anos, Madara era mais velho e já estava com quinze, e o mundo deles, a vida deles, se passava na floresta, em uma pequena Aldeia. Costume esse que somente grandes clãs tinham na época. Tobirama avisou ao pai que seu irmão havia fugido e que estava com o companheiro. O velho deu de ombros “melhor assim, vamos fingir que não temos outro Senju na família”. Tobirama afastou-se e suspirou contente por saber que seu irmão finalmente seria feliz.

Mas nem tudo são flores. Hashirama fora marcado aos quinze anos, e aos dezesseis carregava o fruto do amor de ambos. Senju Butsuma, pai de Hashirama, descobriu que seu filho estava vivendo com os Uchihas, e declarou que se não o devolvessem ele declararia guerra. Seu Alfa decidiu que o mataria para que Hashirama tivesse paz, mas o moreno sabia o pai que tinha e que ele não jogaria limpo. Naquela noite Senju Hashirama fez amor da forma mais intensa com seu Alfa – em forma de despedida mesmo que Madara não soubesse, selou toda e qualquer memória que aquele clã tivesse de sua pessoa e voltou para o castelo onde o clã Senju vivia. Entregou-se ao seu pai, mas ele não queria seu filhote. O prendeu no calabouço, e através de suas habilidades de ômega, soube de cada morte e de cada perda do seu verdadeiro clã.

Os Uchihas que sobraram deslocaram-se para outro local, Hashirama não sabia dizer onde. Seu filhote nascerá e logo mais fora tomado de si. Seu pai arrancou sua marca, quase o matando no processo, e, depois de dois anos vivendo como um prisioneiro, seu pai o ofereceu a outro Alfa.

Ele tivera sorte, pois seu marido não era nem velho, nem nojento e nem maléfico. Ele precisava somente de um herdeiro, porém Hashirama não conseguia deixa-lo lhe tocar, repudiava o mínimo toque que não viesse do seu Alfa. Somente depois de seis anos, em um cio particularmente intenso, ele permitiu que o Alfa louro o tocasse. Tivera o filhote um ano depois. O Alfa que o desposara morreu em uma batalha o protegendo e protegendo o filhote. Hashirama procurou então seu companheiro, mas seu pai o achou e o prendeu. Vendo que a criança não pertencia ao seu clã – as características físicas eram iguais ao pai Alfa, declarou que ele não era aceito e ordenou que o matassem. Hashirama não permitiu e fugiu do pai.

Tobirama o ajudou e o protegeu. Ambos montaram a grandiosa rede de hospitais Senjus. Hashirama criou o filhote com muito amor, mas decidiu que era melhor para que este vivesse longe do avô. Colocou-o em um internato em outro país.

Vinte anos depois, seu irmão confessara que encontrara seu companheiro a muito tempo e que não aguentava mais se esconder dele. Hashirama o perguntou o porque dele estar se escondendo e Tobirama respondeu que ele era irmão de Madara. Hashirama insistiu que seu irmão ficasse com o rapaz, mas não pode devolver as lembranças do Alfa.

Madara sempre lhe olhava carinhoso, mas Hashirama não o permitia lembrar. Dias depois descobriu que seu filho estava protegendo o companheiro e seu neto do avô.

Mas quando Butsuma o forçou ao um cio, de forma que Hashirama não conseguiria esconder seu cheiro ou seus feromônios, sabendo que Madara lhe renegaria por esconder seu cheiro e, consequentemente, que são companheiros –    a única forma de reconhecer um companheiro é pelo cheiro; Hashirama soube que estava condenado a ser solitário e infeliz.

 

~~~##~~~

 

Madara detestava com todo o seu ser estar errado. Era orgulhoso e prepotente. Como o mais velho de três filhos, e o único Alfa, fora muito cobrado pelo pai. Aprendeu desde cedo que deveria julgar e condenar tudo ao seu critério, sem nunca levar qualquer objeção ou argumento em consideração, e agora estava dentro do seu carro, dirigindo furiosamente pelas ruas de Konoha, totalmente desesperado e afoito. Tudo porque seu neto resolveu o colocar contra a parede. Teria que lembrar em colocar Itachi de castigo quando retornasse.

Avançar entre as ruas estava mais difícil do que pensou. Mesmo não admitindo para ninguém, nem a si mesmo, seu Alfa estava agoniado. Era um maldito de coração frio, mas nem mesmo ele era capaz de ignorar o fato do seu ômega estava morrendo. E a culpa era dele, os dois sabiam disso. Mesmo com o ódio crescente sempre que pensava nesse fato, Madara ainda sentia o suor gelado descer pela sua espinha.

Ele sentia seu ômega morrendo. Nem ao menos viu quando o sinal fechou. O barulho de pneus derrapando chamaram sua atenção. Rapidamente jogou o carro para o lado direito, impedindo que o carro a sua esquerda o pegasse em cheio.

Quis muito chorar quando saiu pela porta esquerda e viu seu lindo Porsche 911 negro seriamente danificado onde houve a batida. Mas não tinha tempo para isso. Seu ombro esquerdo estava latejando e sua perna esquerda ganhara um grande rasgo na batida. Mesmo mancando, Madara correu para o prédio onde encontrava-se seu helicóptero. O Senju ingrato morava do outro lado da cidade e demoraria, pelo menos, três horas para chegar lá. Cinco horas na verdade, visto que o trânsito estava lastimável.

Esperar o elevador subir 50 andares fora um enorme teste de paciência que Madara quase reprovou. Madara correu para o helicóptero e subiu, colocando o cinto em seguida.

_ Vá o mais rápido que puder, se eu não conseguir chegar a mansão Senju antes do sol se pôr, você está demitido.

Sem precisar de mais nenhuma palavra, o helicóptero ganhou altitude, e em menos de um minuto voava por Konoha.

Madara suspirou sentindo a queimação em sua perna. Não podia se concentrar em cura-la, e a dor não realmente lhe incomodava. Sua mente estava a cem por hora, pensando em tudo o que havia acontecido, desde o momento em que conheceu o irmão mais velho do companheiro do seu Otouto – Hashirama lhe chamou atenção no mesmo segundo em que colocou os olhos nele, até o momento em que sentiu o cheiro dele pela primeira vez – pensou que ele era um Beta quando não sentiu nada vindo dele.

O sol sumia no horizonte quando o helicóptero pousou no heliporto dos Senjus. O objeto mal chegara ao chão e Madara saltara, já sentia o forte e delicioso cheiro do seu ômega, mordeu os lábios muito excitado, correndo para a entrada. Viu de relance que Tobirama lhe observava gritando algo, mas este não fez questão de pará-lo, o que era maravilhoso porque seu humor não era um dos melhores. Subiu de dois em dois degraus, parou em frente do segundo quarto a esquerda e respirou fundo tomando folego. Quase enlouqueceu com o cheiro, seus olhos reviraram e precisou de muito controle para não gozar em suas calças tamanha a intensidade dos feromônios do moreno.

Abriu a porta sem delicadeza. Seu corpo paralisou quando viu nitidamente seu ômega tremendo em cima da cama, uma poça de sangue manchando os lençóis perolados. A cor dos lábios havia sumido, a cor morena da pele dele deu lugar a palidez.

_ Hashirama! _ chamou assustado, no entanto o moreno não deu indícios que havia o escutado.

Apressou-se em chegar ao ômega. Quando Minato lhe falara que o moreno estaria morto até o final do dia achou que ele estava somente exagerando para lhe desesperar, mas vendo a real situação, ficou com muito medo de perdê-lo.

_ No final, amei você mais do que amei minha própria vida, meu Alfa.

Abraçou seu ômega com muito amor. Ouvi-lo dizer que o amava no que seria seu fim fez com que Madara finalmente o aceitasse. O moreno não pensou em mais nada quando mordeu profundamente o pescoço do Senju.

Passou então minutos sem que o ômega reagisse e isso o deixou apavorado. Teria realmente matado seu ômega com sua teimosia?

Mas então o cheiro reduziu até sumir e logo mais o ômega voltara a respirar normalmente e sua temperatura baixou. Madara se permitiu respirar profundamente, aliviado. Pegou o ômega com delicadeza e o colocou no quarto de hóspedes. Retirou os lençóis ensanguentados. O colchão também estava manchado, e úmido o bastante para sujar seus dedos. Retirou o colchão, o trocando pelo do quarto ao lado. Colocou novos lençóis e deitou novamente seu ômega na cama. Chamou a empregada para cuidar dos objetos cheios de sangue.

Passou por um mal-humorado Tobirama, e retornou para o quarto do seu ômega.  

Suspirou aliviado, deitando ao lado do moreno. Finalmente eram companheiros ligados pela vida toda. Finalmente poderia o chamar de seu. Finalmente.


                                                ~~~##~~~

 

Minato estava aliviado quando voltou a Uchiha Tecnology. Itachi havia ligado avisado que o avô estava a caminho da mansão Senju.

Franziu o cenho quando o filho mais velho de Fugaku comentou estar preocupado com alguém que seu irmão estava convivendo. Naru. Se ele fosse quem ele pensava que fosse, e provavelmente era, estava com problema.

Saiu do elevador, segurando o cappuccino que comprara em uma lanchonete, e seguiu para sua mesa. Juntou os relatórios e contratos necessários para análise e correção. Bateu de leve na grande porta dupla de madeira, abriu apenas uma das portas e entrou no grande escritório.

Fugaku o olhou de relance, sorriu fechado para si, e continuou o que fazia. Minato controlou-se para não demostrar seu apreço pelo chefe. Voltou-se para as pastas em sua mão, o rosto esquentando. Sempre ficava tímido quando Fugaku sorria para si, mesmo sendo um sorriso tão fechado.

_ Madara-sama seguiu para a mansão Senju essa manhã _ comunicou. Fugaku assentiu sem desviar o olhar da tela do notebook.

Entregou as pastas para o chefe, colocando o copo próprio para a bebida quente na mesa do moreno. Sentou-se em uma das cadeiras feitas para atendimento e passou a revisar os contratos. Horas se passaram, eles estavam com muita papelada acumulada e por isso deveriam focar nas revisões e correções antes de das reuniões com os novos contratantes.

Minato estava incomodado com seu terno. Normalmente não se incomodava com as roupas pesadas e formais que seu emprego exigia, mas por alguma razão desconhecida, elas pareciam mais pesadas e quentes. Afrouxou a gravata e retirou o paletó do terno. Sentia as costas molhadas pelo suor. Olhou para o moreno. Ele estava concentrado no contrato que lia, não parecia ser acometido pelo mesmo calor que o louro sentia. Não conseguia se concentrar. Sentiu uma pontada dolorosa no ventre e perceber com horror que que sua calça estava um pouco úmida. Logo mais a calça estaria encharcada.

 Sentiu o olhar pesado do Uchiha em si, devolveu o olhar intensamente. Sabia que ele sentia seu cheiro – a quem queria enganar? O prédio todo já sentia seu cheiro a essa altura. O moreno tinha duas opções: aplacar seu cio para conversarem, ou deixar Minato sozinho na sala até que seu cio acabasse; o que duraria uns três dias.

Fugaku, no entanto, franziu o cenho e seu olhar passou a ser sombrio. Não queria processar a informação que fora jogada na sua cara. Não queria raciocinar que estava a três anos junto a um mentiroso. Não queria entender a situação, pois temia as proporções que sua reação tomaria se realmente compreendesse o tamanho da merda Minato fizera.

Levantou da sua cadeira com a calma que definitivamente não tinha, afrouxou a gravata – o paletó já havia sido retirado a muito tempo e agora estava pendurada em sua cadeira, mordeu os lábios tentando desesperadamente não perder sua razão, mas ter o seu ômega no cio era quase que uma batalha vencida contra a insensatez.

Minato por sua vez já desfivelava o cinto, olhando para o Alfa sem fazer ideia o quanto estava erótico com aquele simples gesto. Desabotoou a calça social preta e a retirou – não havia paciência para delicadeza e por isso quase rasgou a calça quando o zíper imperou. Sua ereção estava bem marcada na cueca box azul, cor que lhe caia muito bem, tanto nos olhos quanto nas peças intimas, e sem pudor nenhum, ora fale sobre pudor a dor infernal no pé da sua barriga, passou a esfregar sua ereção por cima da cueca.

Fugaku estava lutando por controle, mas seus olhos – vermelhos e famintos, não desviavam um minuto se quer do louro, a visão era boa demais para se perder um segundo dela. Se aproximou com cautela, lembrando a um animal selvagem caçando sua presa. Minato fechara os olhos se concentrando no prazer, e na dor; já estimulando o membro por dentro da cueca.

As mãos do moreno tocaram os ombros do louro e, com leveza, seguiu pelos braços. Fugaku se ajoelho, ficando na mesma altura do louro e mordiscou a orelha dele, sua mão estimulando o membro quente e pulsante no lugar da mão do louro.

Minato gemeu, as mãos agarrando com força os braços da cadeira. Fugaku grunhiu: _ Você esta todo babado, _ provocou com a voz rouca. _ Tudo isso é só porque estou te tocando?

Minato ofegou, inclinando os quadris em direção da mão do moreno que o tocava de leve. _ Não me torture, _ sussurrou, estava tão suado que a camisa antes branca, estava transparente. _ Dói tanto, faz parar.

Se compadeceu com o tom sofrido de Minato e o tocou com firmeza e força, ainda assim com delicadeza.

Queria tocar mais aquele corpo, experimentar aquela volúpia e ver até onde ia a libido do ômega que vinha junto ao cio. Céus, precisava daquele homem de um jeito que nem ele entendia.

Se levantou e retirou a gravata, desabotoando a camisa social, sem realmente tira-la. Deu a volta na cadeira onde o ômega estava sentado e ofegante, e acariciou os fios louros, fitou os olhos azuis – escurecidos pelo desejo, e olhou para seu baixe ventre em seguida.

Minato entendeu bem a ordem silenciosa. Desencostou-se da cadeira beijou a barriga do Alfa enquanto desfivelava o cinto. Antes de desabotoar a calça, apertou o membro duro. O tamanho e a grossura do moreno nunca deixaram sua memória, e sempre o agradou – Minato podia ser tímido e ter transado com apenas duas pessoas a vida toda, mas sabia o quanto era guloso e exigente. O engraçado era que Fugaku sempre correspondeu aos seus gostos. O destino não errava, no final das contas.

Abriu a calça e esta desceu sem obstáculos pelas coxas, parou ao redor dos pés ainda com o sapato social do Alfa, no chão. Minato abaixou a cueca, a pressa era tanta que nem reparou na cor da peça intima, raspando suas unhas na pele pálida provocantemente. Um arrepio bom atingiu o moreno que olhava concentrado para as ações sensuais do ômega. Pensou que o louro o torturaria e, ao contrário de suas expectativas, ele lhe lambeu do saco até a glande, lhe engolindo completamente. Exatamente como mais gostava. Sentiu os dedos gelados tocando com gentileza suas bolas. Suas bolas apertaram, sentiu a vontade de gozar crescer. Revirou os olhos, agarrou os fios louros e afastou a boquinha gulosa dele, delirando com a visão dela vermelha e babada. Podia esporrar um balde de esperma só com a visão.

O rosto corado mostrando êxtase sumiu e uma feição de pura agonia tomou seu lugar. O cheiro ficou mais forte e a porta foi aberta abruptamente.

Fugaku rosnou como nunca tinha rosnado antes. O intruso tinha os olhos nublados, estava fora de controle por causa do cheiro forte e gostoso de um ômega apetitoso que era o Minato. Mostrou os dentes como uma besta selvagem e rugiu, o pensamento de alguém, qualquer um que fosse, desejando seu ômega envenenando sua mente ciumenta e possessiva.

O louro abriu as pernas e as apoiou nos braços da cadeira. Estava suas coxas meladas com sua lubrificação natural. Bateu uma punheta frenética com a mão direita, e colocou seu dedo médio da mão esquerda, aplacando um pouco da dor e do desejo que queimava dentro de si tendo seu Alfa possessivo o protegendo e impondo sua presença, coisa que lhe excitava dez vez mais.

O rapaz recuou, a presença e cheiro do Alfa sobrepondo o cheiro do cio do ômega. A porta foi fechada, e Fugaku correu para tranca-la. Ao voltar para o louro, Fugaku tirou as mãos dele, e o puxou com firmeza, mas sem o machucar. Segurando a cintura do ômega, o guiou para a parede mais próxima, e o virou, dando um sonoro – e delicioso – tapa na sua bunda. Colocou dois dedos de uma vez, pois o louro já estava se preparando, e beijou a nuca dele.

Mesmo querendo muito o preparar direito, colocou o terceiro dedo e meteu com força, separando um pouco o dedos para o alargar. Minato rebolou, gostava de como Fugaku era rude e autoritário, pois o Alfa nunca o forçava ou machucava, mas era bruto.

Fugaku retirou os dedos, sobre protestos do louro, e os lambeu. Não podia definir o gosto do louro, mas podia dizer o quão apetitosa era aquela entrada rosada que estava piscando para si. Guiou seu membro para entrada do louro com a mão esquerda enquanto enfiava os três dedos melados na boca do ômega, que os chupou avidamente.

Não teve dificuldade para entrar. Era quentinho e apertava de forma gostosa e aconchegante o seu pau. Reconheceu o local onde se colocara, confuso, sentindo a nostalgia e a saudade lhe abater. De onde vinha os sentimentos antigos que lhe abatia?

 A rebolada e o gemido sôfrego do louro o trouxeram para o presente. Mal notou que o ômega não chupava mais os dedos do Alfa. Fugaku apoiou a mão direita na parede.

Meteu devagar, mas Minato era guloso: _ Mete forte, você sabe como eu gosto.

Aquela afirmação lhe balançou. O que mais o ômega lhe escondia? Poderia o perdoar e aceitar os segredos e as mentiras? Sentia a profundidade dos seus sentimentos direcionado a ele. Seu corpo ansiava por ele, mas não era somente desejo, era saudade. Seu corpo o conhecia.

Mesmo sem entender o significado de “você sabe como eu gosto”, Fugaku meteu mais forte, em um ritmo mais ameno, mas não lento. O louro gemeu manhoso, o Alfa o encostou mais ainda na parede que se apoiavam, fazendo com que Minato empinasse a bunda ainda mais. Minato entrelaçou sua mão direita nele.

Fugaku ofegou perdido naquele louro pecaminoso.

_ Você gosta assim, não é mesmo? _ murmurou desejoso. _ Quer com mais força?

_ Quero, _ deu um gemidinho entusiasmado, _ Mete com mais força. Quero te sentir mais forte, gosto assim Alfa.

A resposta entusiasmada foi a resposta para Fugaku. Podia não entender o significado das palavras do louro, mas seu corpo sabia exatamente o jeito que o louro gosta.

Retirou a mão da parede, largando a mão do louro, e segurou na cintura dele. Meteu com força. Mais rápido. Estava quase lá.

Sabia que aquilo era só o começo, e que se não o mordesse levaria três dias para que pudessem conversar. Mas se o mordesse estaria ligado com ele para sempre. Queria estar ligado com o louro? Queria desesperadamente. Mesmo sem fazer ideia do que o louro escondia? O queria com todo seu ser.

Em uma batalha perdida contra seu Alfa, Fugaku mordeu o ômega. Mal registrou o quanto o louro gozou – forte o suficiente para sujar seu queixo, a única coisa que sabia era que gozara tanto que já vazava da bunda do ômega sem nem ao menos ter tirado o pau.

Saiu do ômega em silencio e se vestiu. Ao se ver recomposto, o mínimo que fosse, se jogou no sofá. Minato estava com a testa encostada na parede, sentado em suas pernas, no chão.

_ Vamos conversar agora.

 

~~~***~~~

 

A única coisa que poderia fazer – bom, poder fazer não é exatamente verdade, já que o seu pai não disse que poderia fazer –, era pintar.

Sempre que seu pai lhe dispensava, depois de passar um relatório detalhado do comportamento de seus alvos, ele entendia como bandeira branca para pôr uma ordem na sua mente confusa.

A melhor forma de fazer isso era pintando.

Na primeira vez que realizou o trabalho sujo para o Alfa mesquinho, se sentiu tão sujo e perdido, com a alma corrompida e sem perspectiva que chorou como um bebê. Depois simplesmente passou a agir friamente, não respondia a ninguém, somente sobre seu trabalho sujo.

Depois de meses assim, viu um artista de rua pintando o pôr do sol. O quadro fez com que entrasse um pouco na mente do jovem e bonito pintor, viu com exatidão a tranquilidade que as águas do mar balançando lhe trazia, a sutileza das cores que se misturavam: o azul, o amarelo, o laranja, da cor mais clara a mais escura do sol sumindo no horizonte. A brisa suave que vinha do mar e a quentura agradável do sol se pondo. E o arco-íris vindo do sol tocando a água.

Naquele dia soube que transmitir sentimentos ou visões do mundo e da vida em um quadro era a melhor forma de aquietar a mente e encontrar paz para a alma.

No dia seguinte encontrou uma tela, pinceis e tintas na sua cama. Nada sofisticado, mas era mais do que um dia se permitiu desejar.

Ainda não sabia quem trazia os materiais para sua cela, e nem queria pensar no porque ou em como essa pessoa sabia do seu hobbie. Não importava na verdade, enquanto pudesse pintar, estava tudo bem.

Mais uma vez usava as cores mais intensas: Vermelho, vinho, preto, azul escuro, laranja, pintando o que vinha a sua mente.  

Mais uma vez pintava o que via e pensava sobre o mundo, e quando não pintava sobre dor e sofrimento, pintava o que mais amava.

Pintava olhos pretos e tristes. Tão sem vinda quanto os deles.

 

 

 


Notas Finais


Comentem ^^

Edit.: Antigos e novos leitores, obrigada pelo apoio e carinho.


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