História Uma P... Vingativa - Faz o urro

Este meticuloso ser humano, moldado pessoalmente por Deus enquanto este último estava possuído pelo diabo está me testando. Não de uma maneira simples, não profissionalmente ou não a ver com minha inteligência. Ele estava me testando emocionalmente e ele não sabe do que eu sou capaz. Ah, não, ele está muito longe de saber que eu sou capaz de tudo.

Naquele momento, o silêncio era a única resposta que eu podia dá-lo, mesmo que isto não fosse resposta nenhuma. Eu rezava internamente para que alguém me salvasse, interrompesse essa conversa que começou com cantadas e terminou fodendo com a minha capacidade de pensar.

-HoSeok, está na hora da sua reunião.

Seja lá quem você for, obrigado!

Meu Deus, não gosto de mulheres mais bonitas que eu, mas essa vai ser, com certeza, uma exceção da regra! Essa mulher é um anjo.

-Graças a Deus. -Gritei. Já era mais que óbvio para o meu crush a situação penosa em que eu me encontrava, então apenas dei de ombros e externei este meu pensamento. Nota mental para mim mesmo, que precisarei escrever em um bloquinho senão eu esquecerei, não ficar sozinho com ele. Nunca. Mais.

Pronto, agora eu só precisava lembrar de escrever num bloquinho depois.

Voltei o mais rápido possível para minha mesa, sentando-me e reparando na cara de bunda da Soo-sei-lá-o-que. É assim, eu já aceitei que eu nunca vou decorar o nome dela, então vamos deixar deste jeito mesmo.

-Soo. -Chamei numa intimidade que não tínhamos e também porque eu não sabia o nome da bendita. Ela me olhou com uma cara de bunda, pior do que a anterior e da que ela já tem todos os dias. Meio que agora entendi porque ela só fala bosta, se a cara é a bunda, a boca é… Deixarei que vocês concluam este pensamento por si próprios. -Faz o urro.

-Que? -Perfuntou confusa.

-Faz o urro. -Repeti, segurando a risada enquanto ela continuava confusa.

-Não entendi.

-Nossa, que Jureg estranho. -Falei e ela, finalmente, percebeu que eu estava zoando com ela. Se eu me acabei de ri? Sim. Se as pessoas que escutaram riram também? Claro que sim. Se ela ficou irritada? Bom, essa era a intenção ~imaginem-me com uma taça de vinho branco~.

-Vai se fuder. -Falou, pegando sua bolsa e indo embora, descendo pelas escadas mesmo.

-Desculpa, eu sei que você queria tanto escutar o urro no dia do seu aniversário. -Falei para um dos estagiários de outro departamento e, porra, era realmente o aniversário dele. -Desculpa, minha cria, eu falhei com você.

Ele apenas riu assim como seu chefe e todos voltaram para sua tarefas, menos eu. Eu já fiz tudo que eu tinha que fazer. Gente, a taça de vinho de novo, imaginem-a de novo!

Meu Deus, hoje eu estou demais. Oloko.

Já que eu fiz tudo que eu tinha para fazer, eu vou para casa. Não sou obrigado a ficar aqui mesmo, não importa se eu trabalho aqui… Além que HoSeok nunca me demitiria… Ou demitiria?

Ah, sinceramente, foda-se.

De: JiMininfeta.

Tá fazendo o que, hétero que beija homens?

Não vou nem comentar sobre esse nome desnecessário que você colocou no meu próprio contato.

De: Hétero que dá a bunda.

JiMin, o mundo sabe que você é uma puta. Não adianta tentar negar.

E eu estou fazendo umas coisas com noé.

De: JiMininfeta.

Eu não tentei negar e eu sou putta mesmo, dou para um e para outro. Pelo menos, eu me assumo e você?

Quem é noé?

De: Hétero que dá a bunda.

Noé da sua conta.

O que você quer?

De: JiMininfeta.

Ain, bixa bruta, tá com falta de piroca é?

A crise é só no Brasil, monamour.

Agora também não quero nada. Eu até ia te chamar para ir no shopping e eu ia pagar tudo, mas você não merece. Tá sendo uma putinha má com seu cafetão.

De: Hétero que dá a bunda.

Se for você, tenho que dizer que é cafetina e não, cafetão.

E eu nem queria ir mesmo.

De: JiMininfeta.

NOSSA! É ASSIM MESMO? TÁ BOM ENTÃO! MAS NÃO VENHA ME PEDIR AJUDA QUANDO A SUA PESTE NASCER PORQUE EU NÃO VOU TE AJUDAR TÁ? E QUANDO VOCÊ PRECISAR SAIR PARA FODER, EU NÃO VOU FICAR COM ELE TÁ!

E O JUNGKOOK É MAIS HOMEM QUE VOCÊ, SUA BIXA DESALMADA. NEM O DIABO TE QUER, COM ESSE RABO MAGRELO QUEM É QUE VAI TE QUERER TAMBÉM NÉ?!

De: Hétero que dá a bunda.

Drama Queen

Não respondi também e é uma coisa que o YoonGi odeio, nem que eu mando um “Ok” ou ”Tá”, ele necessita que mande pelo menos alguma coisa. Como tem duas coisas que eu não sou, obrigada e as negas dele, eu não respondi mesmo. Oxe.

Peguei as minhas coisas, esperei o elevador e saí do prédio. Como eu não teria nada para fazer mesmo em casa, decidi dar uma volta pelo local. Caminhei por uns cinco minutos e encontrei um parque. Sabe, era até bom, mas não era legal. Tinha vários adolescentes, um mais escroto que o outro e fumando maconha. A porra do cheiro estava tão forte que eu conseguia sentir donde estava. E, tipo, eu estava bem longe.

-JiMin! -Um dos mutantes alienígenas gritou o meu nome, correndo em minha direção e eu jurava conhecer aquelas pernas finas de saracura. Jesus, tá, não eram finas, mas eu conhecia aquele ser. De onde é que é o foda saber. -Quanto tempo. -Abraçou-me, sorrindo e pegando na minha bunda.

-Oloko, garoto. -Tirei as mãos dele dali e me afastei, ainda sem saber quem era o ser humano.

-Eu tenho dezoito. -Falou e parecia orgulhoso.

-E o Jureg não fez o urro, mas nem por isso eu estou falando minhas decepções para todo mundo. -Falei. Tipo, porra, foda-se que ele tem dezoito anos. Isto não confere-lhe o direito de pegar nas minhas propriedades. É meu, caralho.

-Você não se lembra de mim. -Eu sentia que ele estava confirmando, mas eu concordei só para deixar aquilo mais óbvio ainda. -Eu sou o garoto do cinema e você, o da pedofilia. -Falou e, puta que pariu, eu vou tentar fingir que não me lembro. Caralho, comassim esse puto está aqui?

-Desculpa. -Falei e comecei a me afastar, mas ele me abraçou novamente, me impedindo de ir embora e tentando me beijar. Eu tentava me afastar, mas esse menino parecia ter cordas no lugar do braço. Jesus, que porra.

-Será que você poderia soltar o meu namorado? -JungKook falou, nos assustando e me aliviando. Cara, ele poderia estar vestido de Homem-de-Ferro, porque ele está salvando o meu dia. -Está demorando. -Falou sorrindo e, merda, ele estava muito puto. Eu mordi meu lábio inferior, com medo. JungKook era um bundão a maior parte do tempo, mas quando ficava nervoso, ele era a cria de Satanás. Dá até para ver os chifres e o rabo vermelhos.

-Não sabia que você namorava. -Falou me soltando. -Você não comentou naquele dia.

-É….. -Estendi a pronúncia da vogal, não tinha nem mais o que falar e, graças a Deus, JungKook falou por mim.

-Mas ele tem agora. E o namorado dele agradeceria muito se você não voltasse a tocar nele. -Falou num tom calmo, o que era mil vezes pior. Preferia ter que ele me fizesse levar o moleque para o hospital, seria bem melhor…. Não para o menino, mas para mim sim, então é melhor sim e foda-se. -Ou melhor, nem pense nele. -Afirmou e o menino concordou, indo embora e nos deixando a sós. -Park JiMin.

-JungKook-ah, eu sou inocente, você viu, ele que estava me agarrando!  -Exclamei meio apavorado, não vou mentir.

-Qual é o seu último pedido? -Perguntou, segurando meu braço e me arrastando para casa.

-Faz o urro? -Tentei amenizar a situação, mas sem sucesso. Já viu né, foda tentar agradar pessoas sem senso de humor.

-Espero que, se você gosta do seu trabalho, você tenha terminado tudo dessa semana.

-Por quê? Vai me prender dentro do banheiro e me pôr para pensar, mãe? -Se eu estava cutucando a onça com vara curta? Eu estava é enfiando o dedo no cu dela, mas é aquele ditado, sou eu né, ser trouxa é a minha função. Se existisse um curso preparatório para ser trouxa, eu seria o professor e fundador desse curso.

-Não vou te prender no banheiro, mas eu vou te castigar, Park, e você vai ficar sem andar por uns três dias.