História Uma P... Vingativa - Demorô, por mim já desde agora

Acho que não fui o único a sentir o poder dessas palavras e, cacete, eu ficaria sem andar por uma semana. JungKook gosta de falar algo e cumprir com sua palavra. Para muitas pessoas, isso é uma boa qualidade. O caralho que é, não é vocês que ficam com o rabo esfolado, seus porras!

Eu tentei me acalmar durante o trajeto e tentar convencê-lo que tudo bem fazer sexo, mas a brutalidade não seria legal. Poderíamos ir com calma, ou sei lá, não fazer. Não que eu não queira, mas prefiro não fazer com ele nesse estado.

-JungKook, não!  -Falei sério assim que, quando entramos em casa, ele me jogou no sofá. Ele tirou a bolsa das costas, o casaco e blusa calmamente, me ignorando totalmente. -JungKook! -Chamei, ficando irritado por ser ignorado.

-Cala boca. -Falou irritado.

-Me obrigue. -Desafiei e ele se jogou em cima de mim, me beijando furiosamente, mordendo meu lábio inferior, machucando-o todo. -JungKook! -Reclamei assim que me afastei, eu sentia o gosto de sangue em minha língua.

-Cala boca! -Gritou e socou a parede, me assustando. Tipo, puta merda, ele deu um soco na parede e não fez nenhuma careta. Porra, monstrão esse moleque. -JiMin, se você, por acaso, só voltou comigo para se vingar… É melhor terminarmos de novo. -Falou, irritado. -Eu não aceito traição!

-Mas eu tenho que aceitar a sua? -Perguntei irritado. A intenção deveria ser dizer que eu não o estava traindo, mas isso ficou em segundo plano quando a última frase saiu de sua boca. Ele não me respondeu, o empurrei e fui até o meu quarto. Meu e de mais ninguém. Porque eu não aceito isto, é só meu, a cama é minha, a televisão é minha, até o chão é meu!

-JiMin, eu nunca te trai. -Afirmou com um tom baixo, mas audível. Ele veio até mim lentamente, segurou os meus braços e olhou profundamente em meus olhos. Soltei uma risada debochada.

-Meu amor, vamos se decidir? Você confessa que sim e, depois, diz que não. Porra! -Gritei, totalmente confuso, porque eu não sabia se ele tinha ou não me traído. Quer dizer, eu sabia o que eu tinha visto, ele me traiu sim. Só não sei quantas vezes. -Olha, se for para continuar nessa confusão e mentira toda é melhor nem continuar. -Falei baixo, calmo por fora e esgoelando por dentro.

-Você está terminando comigo de novo? -Deu uma ênfase no “De novo” e eu confirmei com a cabeça. Não tinha motivos para continuar se ele não fosse ser sincero comigo e fosse me deixar totalmente confuso, melhor seguirmos em frente separados. -Não, não, não. Não! Por favor, JiMin, não. -Ele começou a chorar desesperado e, se eu tivesse um coração (até tenho), eu sentiria dó. Mas como dizem as filósofas meninas-machos, coração é para bombear sangue e apenas isso. -Você quer a verdade? -Perguntou, limpando suas lágrimas.

-Demorô, por mim já desde agora. -Falei firme. Não tem como continuar um relacionamento se ele vai só mentir para mim. Sentei-me no sofá, esperando o ser sentar-se e começar a falar tudo. A verdade verdadeira, aquela que é única e que machuca os corações que eu não tenho.

-Eu juro que eu nunca tive intenção de te trair, você sabe que eu me faço de durão, mas eu tenho sentimentos e eu te amo, porra. -Falou. Tipo, eu pensei que ele ia fazer que nem aquelas besties falsas, textão de amizade, porém só mete vara de bambu no cu de tanto falar mal. Eu já estava me preparando para captar as partes mais importantes, porque ninguém consegue se manter focado por muito tempo e eu não queria ouvir ele ficar falando por horas e horas.

-Resume. -Pedi e ele deve ter entendido, foda-se.

-Era só isso que eu tinha para falar. -Sabe quando você congela de tão desacreditado que está? Era eu naquele momento. Estava totalmente sem palavras. Tudo bem que textão é horrível, mas menos de trintas palavras é uma afronta ao meu Deus do Perdão.

-Comassim você já terminou? Quer ver o inferno mais cedo, seu filho da puta? Isso é uma afronta contra a minha crença, seu idiota. Pode falar mais, anda, não deixei você ficar de boca fechada! -Me irritei muito, tipo, porra! Affs, tem nem mais o que falar!

-JiMin, olha, não vou dizer que foi um erro, porque eu sei que você acha que traição é escolha e não qualquer outra coisa. Eu sei que eu poderia ter parado ou fugido dele, eu poderia ter conversado com você sobre o que eu estava sentindo, mas eu sou péssimo com palavras. -Falou, passando a destra pelo cabelo, bagunçando-o.

-Você me parece bem articulado agora. -Debochei, mas eu o entendia. Ele sempre foi assim, melhor falando do que falando. Ás vezes, nem mostrando ele era bom. Ele mantinha tudo dentro dele, tentando suprimir tudo e lidar com tudo sozinho. -Você falou certo, você poderia ter falado comigo, nós daríamos um jeito. Assim como fizemos quando sua família não quis aceitar nosso relacionamento, assim como você quis uma faculdade em Seoul, mas não podia bancar. Nós sempre resolvemos e isso não seria um problema, eu poderia tirar uma semana de folga e você faltar uns dias na faculdade.

-Agora eu sei disso, antes eu estava com muito medo de te falar isso e você me mandar crescer. -Falou de cabeça baixa. Uma das coisas que ele mais odiava era ser tratado como criança, indiretamente podia. Se ele percebesse, fodia tudo. Bem mesquinho devo dizer, mas tudo bem.

-E você odeia ser mais novo que eu ou ser tratado como criança, eu sei. -Falei baixo e ele apenas afirmou. Suspirei, deitando minha cabeça no ombro dele e o abraçando da maneira que pude.

-Podemos foder agora? -Perguntou meio inseguro e eu ri, dando um tapa leve em seu braço.

-Demorô, por mim já desde agora. -Falei, levantando do sofá e correndo até o quarto. Ele veio atrás de mim, sem conseguir me alcançar. Sacomé, a vantagem de estar alguns centímetros a frente.

Ele me abraçou por trás enquanto ria e eu fazia o mesmo, ele me virou de frente para ele e mordeu minha bochecha. E não foi nem uma mordida carinhosa, foi a porra de uma mordida forte para caralho.

-Por tentar terminar comigo. -Falou como se fosse normal. “Nossa, minha namorada tentou terminar comigo, mordi ela todinha, aquela piranha”... Jão, vou nem falar nada.

Joguei ele na cama, ficando por cima e prendendo a mão dele enquanto ele  se debatia. Assim que terminei, comecei a sorrir malicioso para o ser que estava na minha frente. Ele estava com os olhos arregalados e, apesar de estarmos apenas no começo, sua respiração estava ofegante e eu sabia que ele estava com medo do que ia acontecer.

Eu sou um libriano com uma ou duas coisinhas de escorpiano, sou bem vingativo mesmo e ele sabe disso. Ele sabia que estava enfiando o dedo no cu da onça, mesmo que sejam dedos longos e maravilhosos e uma das minhas partes favoritas no corpo dele, não é grande o suficiente para ele fugir da onça. Ele vai pagar por tudo que tem feito até agora.

-Minnie, o que você está fazendo? -Perguntou baixo e hesitante, tentando controlar a respiração e tentando se soltar. Mas eu sou ótimo com nós… Qual foi, escoteiros na veia, mermão. -Minnie. -Chamou minha atenção carinhosamente, sorri malicioso vendo-o trancar o maxilar e ficar mais tenso ainda.

-Ah, Jeon JungKook, você vai pagar muito caro por isso. -Falei tentando soar assustador, mas eu sou um amor de pessoa, então talvez não tenha dado certo. Ou talvez tenha sim, porque ele engoliu em seco e estava tremendo um pouco.

-Foi só uma mordidinha. -Tentou sorrir.

-Quem disse que é com isso que eu estou bravo?