História Uma P... Vingativa - Um humano não, um demônio.

Um mês se passou, YoonGi estava até feliz com a ideia de ser pai e eu também. Ser tio deve ser A+, então estava ansioso com isso. A única coisa que estragava essa bolha de amor, felicidade e  ansiedade era o fato da mãe da criança ser uma insuportável e o fato do JungKook continuar broxa.

Não que eu odeie a ideia, é ótimo zoar ele toda semana, a semana toda, mas eu tenho minhas necessidades também. Uma biggança meio bosta, mas eu não consegui prosseguir depois que ele broxou, sério, e, se aquela porra não fosse ficar dura, não tinha nem motivo para tentar também. Fui rir da desgraça dele, eu é que tô sofrendo agora.

Moral da história:não ria da desgraça alheia, você vai sofrer com ela. Então, ao invés de só rir, comente também. Perco o namorado, mas não a piada. Ain, Jesus, será que eu vou morrer sozinho? Espero que não.

-Ain, estou tão cansada. Trabalhei tanto. -Falou, encostando-se na cadeira. Quem mais seria se não a Soo-vara-de-bambu? Ninguém, né?!

-Mente que nem sente. Trabalhou tanto na sua unha, né meu amor? E ainda continua um lixo, pequena demais e toda quebrada. Aposto que na do dedão do pé tem uma puta unha encravada, passa um Nebacetin naquela desgraça e um Pointts nessa sua verruga. -Reclamei, terminando de corrigir um documento e o salvando um logo em seguida.

-Que verruga? -Perguntou, procurando desesperadamente um espelho em sua bolsa.

-Essa na sua cara…. Ah, não, você é gorda e escrota desde nascença mesmo. -Falei, sorrindo malignamente. -Desculpa, erro meu. -Falei, enquanto ela bufava de raiva.

-Eu vou contar para o YoonGi.

-Esses dias, ele me falou que você fez uma tatuagem. -Ela ficou confusa, talvez estivesse pensando que eu tinha mudado de assunto do nada, mas, há, é o mesmo assunto. A zuera never ends!!! -Essa tatuagem de dragão na sua cara… Ah é, você nasceu assim. Desculpa, erro meu.

-Um humano não, um demônio você. -Falou, irritada. Pegando a sua bolsa e indo embora, todo mundo me julgava um pouco por estar atazanando uma grávida, mas é aquele ditado: “Que se foda”.

-Já está indo, JiMin? -Santo HoSeok, amém, apareceu em frente a minha mesa, sorrindo e passando a mão no meu cabelo.

-Eu posso ficar mais um pouco. -Sugeri, dei em cima dele sutilmente, nada muito extravagante. Apenas para demonstrar o meu interesse, ele sorriu, porém voltou a ficar sério. -Ah não, pelamor de Deus, deixa eu ficar só mais um dia. Eu não quero ter que pagar para imprimir meus currículos, amanhã eu juro que imprimo tudo escondido.

Sabe aquele medo de assalariado pobre? Se não sabe, vou explicar. Todo assalariado e pobre tem medo quando o chefe fica sério, porque só pode ser duas coisas: demissão ou demissão. De qualquer forma, como o trabalhador é pobre, não tem nem um curso no Senai para procurar outro emprego. Ai já viu né, me fodi.

-O que? -Perguntou confuso. -Não, não é nada disto. -Olha, meu cu, que estava trancado e não passava nem infravermelho, relaxou legal. Cara, esse emprego é a minha vida, o salário dele é o que deixa compra brusinha sem afundar em dívidas. -É sobre o Min YoonGi.

Sabe quando você saiu com o crush e tudo sai perfeito? Vocês sorriem, comem, assistem um filme, cantam umas músicas legais no carro dele e você se ilude legal pensando que ele te quer… Seria eu um ser feliz se isto tivesse acontecido, sério, muito feliz. Jung HoSeok não olhou nem na minha cara o tempo todo, com o rádio desligado e indo direto para um parque ecológico. Ou seja, sem música, filme ou qualquer coisa que me iludisse. A não ser que ele fosse me pedir em casamento num parque com um cachorrinho de presente.

Tá, parei.

Mas sabe qual foi o pior mesmo? Tudo que ele me confessou naquela tarde/começo de noite. Eu fiquei no chão. Aliás, no subsolo do inferno, porque nem o chão estava me aguentando com tanta bomba para cima de mim.

Não era um bafão. ERA DOIS PUTAS BAFÕES. Tipo, caralho.

-Espera, sério, dê-me um minuto. -Interrompi-o, enquanto pensava, digeria o que eu tinha acabado de escutar. Sabe quando parece impossível e, ao mesmo tempo, é plausível? É a situação de agora. Nunca que ele faria isso, mas se encaixa perfeitamente. -Então você é hétero? -Perguntei confuso.

-Você parece surpreso. -Eu o olhei, mais surpreso ainda. Porque será, né Jung HoSeok? Porque será que eu pareço surpreso!!! Puta merda, meu gaydar nunca falha e os sinais de homossexualidade estavam todos presentes, ele até me cantou. Comassim não era para estar surpreso?

-Talvez porque eu esteja mesmo. -Falei, meio perdido com a confissão dele.

-Sem motivos. -Respondeu dando de ombros. Eu fiquei indignado, mas não pronunciei-me, nem uma palavrinha sequer. -Deixando isto de lado… -Por favor, porque senão eu dou na sua cara. -Eu preciso da sua ajuda nisto.

-Nisto o quê? -Perguntei confuso. -Não posso te ajudar a pegar ela de novo, sinto muito. Isto está fora da minha área.

-Não, eu não quero ela de novo. -Olhei-o, estava muito decepcionado, mesmo que esta frase seja a melhor coisa que saiu da boca dele hoje. Comassim ele é hétero? Meu Deus, impossível!!!!! -Eu fiquei sabendo que ela está grávida.

-Tá, e? -Depois que eu falei, foi que eu me toquei. -O filho é seu! -Exclamei surpreso.

-Ora, ora, temos um Xeroque Rolmes aqui. Não há certeza nenhuma disto. -Falou simples, tomando seu café. Ele comprou um para mim também, um pouco antes de se abrir como uma flor. Falando em flor, seria legal ver uma flor desabrochando ou acampar. Vou conversar com o JungKook. -Eu estava bêbado e não me lembro se usei camisinha.

-Preciso da sua ajuda para descobrir. -Falou e eu me rachei, eu ri mesmo, com vontade. -O que foi?

-Creio que você já percebeu, mas eu e ela não nos damos bem. Nem conversamos sem nos ofender. -Falei como se fosse óbvio, porque, bom, era óbvio. -Jamais que eu iria perguntar uma coisas dessas, ainda mais agora que eu tô sabendo que você é hétero.

-Eu estou pedindo humildemente. Por favor. -Em outras épocas, eu o ajudaria. Se ele fosse homo, eu o ajudaria. Mas ele não tem noção do que fez comigo, ele me iludiu. Tudo bem que esta é a função de todos os crushes, no entanto, eu estou cansado de ser trouxa.

-Que se foda. -Levantei, pegando as minhas coisas e indo embora.

-Eu vou te demitir. -Gritou assim que eu estava um pouco longe, fazendo-me congelar no lugar, de boca aberta e desacreditado.