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História Uma Princesa Entre Nós - Não Lute Contra Isso


Escrita por: srfish

Notas do Autor


Olá pessoal, tudo bem com vocês? Está saindo mais um capítulo espero que gostem 💜

Boa leitura...

Capítulo 12 - Não Lute Contra Isso


Fanfic / Fanfiction Uma Princesa Entre Nós - Não Lute Contra Isso

POV MARIA

Por incrível que pareça eu acordei cedo hoje, acho que o meu corpo já estava se acostumando com o fuso horário daqui.

Acordei cedo, mas não tive coragem de por os pés pra fora da cama. Continuei ali deitada e ainda anestesiada com o beijo de ontem que não sai da minha cabeça. Tinha sido tão bom. Meus pensamentos estavam imersos no cheiro meramente doce e no calor do corpo daquele soldado no meu

-Alteza? Alteza? Maria?

-Ah! -grito assustada ao ver Catarina sentada nós pés de minha cama. Até então eu pensava que estava ali sozinha! -Eu ainda preciso me acostumar com esse prefixo -respiro ofegante -O que foi? Pera...Catarina!? O que você está fazendo aqui tão cedo? Como entrou sem eu perceber? Você está aí a muito tempo?

-Não mude de assunto! -diz ela sem dar muito ligança a essa invasão de privacidade. Me levantei da cama -Eu gostaria de saber aonde você foi parar depois que sumiu naquele dia da transformação -entro no banheiro -Porque aquela histórinha de se perder ao buscar um copinho de água eu não engoli!

-Ah, eu fui parar na cozinha do castelo -jogo uma água gelada em meu rosto -E cara...aquilo ali não parece ser um local muito confortável para se trabalhar

-É óbvio! É um lugar para os serventes do castelo e não para a realeza ricona -diz Catarina apoiada na porta -Eu não preciso nem dizer que a rainha...

-Não pode ficar sabendo disso...é, é...eu já sei de tudo isso até de trás pra frente -caminho em busca de algo para vestir

-Aé? Então diz aí?

A olho quase que revirando os olhos a fazendo rir

Eu não tinha muitas variedades de vestidos para vestir, o que não era algo tão terrível assim. Mas ver aquela imensidão de cômodo totalmente vazio me dava agonia -risos

Escolhi um vestido com mangas esvoaçantes, de pano leve e branco bordado por delicadas e médias bolinhas ainda mais claras. Algo bem diferente da extravagância que vesti ontem

Em meu quarto, Catarina abria as cortinas da varanda deixando a imensa claridão invadir. O dia lá fora estava tão lindo! Um céu azulzinho constratava bem com as milhares de árvores do castelo, ou com a grama verde que de um jeito estranho parecia viva

Foi a primeira vez que eu pude finalmente abrir a porta da varanda. Ali fechei meus olhos e dei uma profunda respirada, escutando ao fundo o som de alguns passarinhos bem distante.

A cidade era tão silenciosa e ao mesmo tempo movimentada! Do outro lado do portão e do muro do castelo a vida plebeia continuava. Mercadores vendiam, mulheres iam a feira, o padre comprimentava os fiéis na porta da igreja da cidade, pessoas transitavam de bicicletas, carros e carroças

-HENRY -gritava Catarina esguelada

-No que posso ajudar? -pergunta ele bem atrás dela

Catarina dá um pulo de susto me fazendo gargalhar. Me sentia vingada

-Acompanhe Maria até o café -ordena ela

Olho para Henry com um sorriso de orelha a orelha esperando ver o mesmo, mas ele continuou com sua expressão séria

-Quando você quiser, alteza -diz ele

Catarina olhava para nós dois como quem achava aquilo muito estranho, ASSIM COMO EU TAMBÉM ESTAVA ACHANDO!

Sai do quarto, sem entender absolutamente nada

O corredor que antes era escuro e sombrio agora era claro como lá fora. As grandes janelas do castelo estavam descobertas, FINALMENTE

Estavamos ali caminhando sozinhos, e eu não podia ficar com aquela dúvida pra sempre em minha cabeça

-O que aconteceu? -pergunto

Henry não me responde. Finge que não foi com ele

-Ei! Eu tô falando com você -falo parando em sua frente

-Alteza...eu não posso dirigir a palavra a senhorita -fala Henry parado feito uma estátua, olhando por cima de minha cabeça (o que não era muito difícil já que eu era bem menor que ele)

Parecia que tínhamos voltado a estaca zero

-Mas eu acho que a gente precisa conversar sobre o nosso beijo de ontem. Ele não significou nada pra você?

Henry agarra em meu braço me levando para de trás das cortinas, onde ninguém poderia ver

-Aquilo foi um erro... -cochicha Henry finalmente me olhando -Um erro que nunca ninguém pode ficar sabendo! Alteza...eu não posso me envolver com você...eu estou aqui apenas para te proteger e nada mais do que isso

-Eu não vejo porquê não...Eu gosto de você e você aparentemente gosta de mim...isso já é motivo suficiente para....

-Eu sou um plebeu -me interrompe Henry -E princesas de Avilan não se envolvem com gente desse tipo

-Eu não acredito que você vai cair nesses conceitos bestas -falo indignada -Estamos no século XXI e...

-Um conceito besta que pode custar a minha vida -fala ele -Isso aqui não é um conto de fadas

-Então eu já sei...não significou nada pra você -digo saindo imediatamente dali

É! Sim! Tá bom! Eu fui uma completa idiota por me apaixonar em tão pouco tempo e por alguém que claramente nunca será minha. Saber disso me machucava

Fui uma babaca por acreditar que alguém verdadeiramente ia gostar de mim...se isso não aconteceu no Brasil, imagina aqui!!

Chegamos na sala de refeições onde por mais um dia tinha aquela mesa gigante e farta de comida

Me assustei ao ver a cara cínica e sorridente de Edward, que ali estava sentado como se nada tivesse acontecido. Eu me segurei...nossa como eu me segurei para não contar a minha vó tudo o que eu sabia

-Está tudo bem Maria? -pergunta a rainha me encarando

-Ahn!? Sim...e-e-e-eu estou bem -falo me sentando em meu lugar na mesa

-Não é o que parece. Não está se sentindo confortavel no seu quarto? É o que? São as cores das paredes? Os móveis? Já sei! Os serventes não afofaram direito o seu travesseiro! EU VOU MANDAR MATAR...

-Eu acho melhor a senhora se acalmar um pouco -falo serena -Ninguém tem culpa de nada além de mim -digo. Era incrível como a rainha sempre encontrava alguém para culpar, ou melhor...para matar

Obviamente o assunto do café foi a nomeação

-Príncipe Albert foi um tremendo cavalheiro ontem -fala meu avô todo contente -O que você achou dele?

-Um chato com C maiusculo -respondo o fazendo gargalhar

-Não fale assim dele, minha querida -fala a rainha doce como raramente eu a via. Franzi a testa achando aquela cena muito estranha -Ele é um bom rapaz, de família nobre...

-Um ótimo pretendente -diz Julie levantando a boca a sua torrada diet, light importada de não sei da onde 

-Não! Não! Não! Não! Não! Podem ir parando por aí -falo

-Julie tem razão! Se você se casasse com ele EU teria plena confiança de que o nosso reino estará em boas mãos...

-E também conquistariamos as férteis terras da Espanha (Reino de Albert) -diz Edward obviamente gostando da ideia de acabar com a minha felicidade

-Vocês estão falando sobre casamento arranjado? -pergunta Morgana

-Não seria uma má ideia -diz minha vó dando uma bicada em sua xícara 

-Amélia... -a chama atenção o Rei

-Gente, não estamos mais em 1800, época em que as mulheres deveriam se casar com homens só por causa do dinheiro ou da posição social dele -falo -Eu nem sei se quero me casar!

Houve um barulho de espanto de todos da mesa. Foi como se eu tivesse matado o Papa

-Se casar é algo da nossa natureza feminina. É algo que povo espera de sua rainha!

-Você não pode ir contra isso, alteza -diz Edward

-Se for para viver a minha felicidade, eu vou -respondo mais certa do que nunca 

-Vamos mudar de assunto, tá bem? -pede o Rei vendo que as cosias estavam ficando acaloradas -Maria, o mundo todo ficou encantado com a sua beleza e com a história de ter uma princesa entre nós

-Que bom, vô -digo meramente feliz

-O povo quer te ver! Te conhecer! -diz a rainha toda entusiasmada -Por conta disso já temos marcado várias entrevistas com jornais e programas, pra hoje -completa ela molhando o seu biscoito daith no chá

-Que bacana -digo. É tudo o que eu mais gosto: câmeras, flexes, holofotes

Eu não disse nada, apenas concordei com tudo aquilo. Na verdade eu não tinha que concordar com nada, apenas fazer! De um jeito ou de outro teria que encarnar a celebridade que há dentro de mim

Com o café terminado eu pude ir para o meu quarto me arrumar para as tais entrevistas que já iam começar. Já no corredor eu via a movimentação de gente entrando e saindo de lá conduzindo carrinhos com caixotes de madeira

-O que está acontecendo? -pergunto entrando com cuidado no quarto que estava uma zona

-A rainha pediu para os melhores costureiros do reino e DO MUNDO providenciarem vários vestidos maravilhosos para você poder ENCHER esse closet! -fala Catarina rodopiando entre as caixas -Tem vestidos compridos, curtos, coloridos, pastéis, com renda, com flores... 

-Poderia viver tranquilamente com três trocas de roupas -falo de braços cruzados -Uma camiseta, uma calça e um short

-Aff! Se fosse eu compraria toda a Europa com esse dinherão todo -fala ela me fazendo rir. Eu adorava a sua loucura

O pessoal finalmente parou de trazer as caixas. Thomas em seguida chegou com a sua postura impecável e sua roupa bem passada dizendo:

-Alteza, dentro de instante algumas serventes vem para arrumar esse lugar -diz olhando para os quatro cantos do quarto -Por tanto, ignore tudo isso e se arrume para as entrevistas

-Eu já sei a sua respostas, mas mesmo assim irei perguntar...posso fazer as entrevistas usando esse vestido? -do uma voltinha

-Sim, eu gostei dele -responde Thomas. Será que foi porque foi ele quem escolheu? -Passa uma imagem de humildade. Só passe uma maquiagem

-Claro! Com certeza meu chuchuzinho -digo o fazendo erguer uma sobrancelha e em seguida sair. Catarina ria como nunca

Foi a primeira vez que me maquiei sem ter a presença de Apoline e Augustine. Com isso eu tive a liberdade de passar o que eu quisesse, quanto eu quisesse, onde eu quisesse. Fiz um pele leve, quase nula só pra Thomas não me encher o saco dizendo que eu não tinha passado nada. Aquilo sim era eu

-Eu ainda acho que você deveria ter posto um vestido mais volumoso ou quem sabe um terninho -sugeria Julie

-Eu sou uma princesa, não uma chefe de Estado -digo rindo

Como eu disse, estava um lindo dia lá fora e Thomas insistia em alertar a todos que uma frente fria se aproximava. Com isso, as algumas das entrevistas aconteceram no jardim florido. Outros preferiram fazer tudo dentro do castelo porque era mais confortável, ou porque queriam curiar! #falomesmo

Foi o dia inteirinho respondendo quase que as mesma perguntas

*Em que país fui encontrada

*Como era minha vida antes

*Se estou feliz agora

*Se culpo minha vó por nunca ter me procurado

*Se culpo os monarcas por terem tecnicamente me abandonado

*Se tenho pretendentes

*Se eu sabia a minha importância no mundo

Essa última eu não vou julgar, eu adorei -risos

No final do dia os músculos do meu rosto estavam extremamente cansados de tanto sorri

-Me espanta a rainha querer tanto que você apareça na mídia -fala Catarina

-Como assim? Ela parece adorar os holofotes -falo me deitando na cama

-Não foi sempre assim. O boato que corre é que quando o Príncipe Mark morre... -ela me olha paralisada

-Pode falar Catarina, estou pronta para ouvir

-Bem...quando essa tragédia aconteceu...muitas notícias começaram a circular, tornam a morte dele cada dia mais viva. E também...a rainha foi muito julgada por não ter dado muitos herdeiros ao rei, e assim ter perdido o único...por isso ela não lia e nem mais aparecia...

-Isso é um pouco triste...até me faz entender um pouco esse lado...forte dela -digo

-Se a rainha está te expondo assim para o povo é porque com certeza quer algo em troc...

-Dinheiro -a interrompo -A minha imagem trás dinheiro para o reino, dinheiro do turismo e da visibilidade...eu as vezes acho que esse foi o único motivo dela ter me trago para cá

-Com certeza

-Que? -pergunto a encarando

-Nada! Não fale assim -pede Catarina rindo. Parecia esconder algo -A majestade ficou muito feliz quando descobriu onde você estava...você é a única lembrança viva do filho dela

-É...pode ser -digo extremamente desconfiada com a sua reação

Na manhã seguinte o café acabou e todos se levantaram da mesa e foram fazer as suas devidas funções. Apenas eu fiquei ali sentada com minha xícara e uns últimos goles. Se fosse lá no Brasil a essa hora eu estaria sentada na mesa enferrujada da escola, agua dando ansiosamente o horário do intervalo, copiando o que tinha no quadro negro

Foi então que Catarina surgiu para me levar até a biblioteca. Lá minha vó me esperava com todo um material escolar providenciado. Tinha caderno, várias canetas, marca textos, canetinhas, lápis, post-it, agendas, lápis de cor...parecia que ela tinha ido na papelaria e feito a limpa! E eu como a louca da papelaria fiquei extremamente feliz!

-Eu adorei tudo vó. Obrigado -digo a abraçando

-Por nada minha querida -diz ela retribuindo o abraço apertado -Mas, eu vou pedir uma coisinha bem pequena

-O que?

-Me de seu celular -pede ela e eu com toda a inocência do mundo o entrego -Só vou te devolver daqui a alguns dias tá bem? -ela o guarda em uma gaveta

-O que? Não! -ela tranca a gaveta -Eu preciso do meu celular! Eu preciso falar com os meus pais!

-Eu sei, querida! Justamente por isso estou recolhendo seu celular -diz ela tão calma quanto uma pluma flutuando pelo ar -Quero que você esqueça aqueles plebeus -arregalo meus olhos sem acreditar em suas palavras -Pelo menos por um tempo -ela segura meus ombros e olha firme eu meus olhos -Eu quero você inteiramente focada nos estudos e em seus deveres de princesa

-A senhora...

-Sim, eu posso fazer isso -me interrompe ela engrossando a voz -Estou comprindo o meu dever de dar uma boa vida a aqueles imundos lá no Brasil, agora faça a sua parte em ser uma boa princesa! -ela beija minha bochecha e sai

Escuto os seus passos se distanciando e por fim a porta sendo fechada.

Apoio minha mão na mesa e fecho meus olhos, respiro fundo, tento conter o choro profundo que apertava o meu peito, a raiva que consumia o meu ser

Pego um livro que estava ali perto e o arremesso na porta, mas acabo acertando Henry que no mesmo instante a abria. Não o feri já que ele conseguiu desviar

-O que você quer? -pergunto fungando

-É...Thomas pediu para eu conduzir a vossa alteza até uma sala...é melhor levar um caderno e essas coisas

Okay, passado o momento de raiva, arrumei tudo o que eu precisava em um estojo, peguei um caderno e segui Henry

As minhas aulas convencionais e não convencionais começariam hoje, obviamente seriam ali mesmo dentro do castelo para a minha segurança >revirada de olhos<

Durante a manhã eu tinha aulas com os melhores professores que eram legais e até mesmo engraçados! Eram tantas informações passadas que minha cabeça chegava a doer, parecia que ia explodir! Mesmo do outro lado do oceano a matemática continuava sendo a pior coisa desse mundo. Ficava ainda mais difícil me concentrar nisso tudo me lembrando a cada segundo do beijo que Henry tinha me dado. Pensando no seu toque. No seu olhar. Na nossa dança...mas chateando é me amargurando no...

-Alteza! -me chamava o professor me trazendo ao mundo real -Qual é a raiz quadrada de 144?

-Vinte e dois?

-É melhor a senhorita se concentrar nas aulas, pois se a rainha souber dessa resposta errada...

-Eu tava brincando...é 12 -digo rindo

A raiva por não poder ter Henry ao meu lado me consumia a cada minuto, a cada dia que não nos falávamos. Era um amor que tinha tudo para dar errado e deu, nem mesmo aconteceu

Eu parava apenas para fazer minhas refeições, as vezes nem isso porque o assunto que eu estudava era tão interessante que eu não queria parar -risos

Durante a tarde eu as vezes ficava trancada no quarto revisando todo o conteúdo ou treinando os vários idiomas junto com Catarina. Por outras vezes nesse tempo eu tinha minhas aulas não convencionais. Tinha dias que eu estava com um tutu dançando delicadamente Beethoven, em outro eu estava de short-saia jogando tênis descontando toda a minha raiva numa bolinha fofa, ou nadando, ou em uma mesa sentada com as amigas chatas de Julie

Eu estava infeliz porque ao mesmo tempo que eu tinha tudo, eu na verdade não tinha nada. Eu não tinha o mais importante que era amor dos meus pais, as palavras de carinho deles...A rainha só me cobrava cada vez mais uma perfeição, fraqueza, delicadeza e ingenuidade que eu não tinha!

Rei Robert era o único que ainda me olhava de uma maneira fofa e sorria para mim. Ele era o único que ainda me dava conforto e uma abraço aconchegante

Edward não tinha tentado mais nada e eu e Catarina ainda tentavamos bolar um plano para desmascara-lo

Com tudo isso só tinha passado duas semanas, presa na mesma rotina. Mas, cada dia era uma tortura. Uma tortura que parecia não ter fim

Eu precisava encontrar algo para me distrair. Um lugar onde eu poderia ser eu mesma...

-Obvio -digo sorrindo após fechar o caderno

-Óbvio o que? -pergunta Catarina me vendo levantar da cama

-Eu preciso ir aliviar minha cabeça

-Pra onde você vai Maria?

Sai do meu quarto e caminhei com passos apressados pelo castelo, Catarina e Henry me seguiam sem entender nada. Passei por um escuro corredor chegando na cozinha

Várias panelas estavam no forno preparando a janta que em meia hora seria servida. O calor continuava grande apesar do frio que fazia lá fora

-Olá conterrâneos -digo observando cada espaço

-Alteza!? O que a senhorita está fazendo aqui? -pergunta Dona Iolanda se reverenciando, assim como todos que estavam ali

-Está perdida de novo princesinha -diz Abigail de braços cruzados e com sua voz debochada

-Não, não estou perdida -respondo rindo -Eu tinha prometido voltar

-A alteza é uma menina de palavra! -diz Adão todo contente

-Aposto que a rainha não vai ficar nada feliz com essa princesa comprometida -continua Abigail -Inclusive...Henry, a rainha sabe que você trouxe a alteza pra cozinha!? Pro meio dos plebeus!?

-Eu tenho pernas para ir a todo e qualquer lugar que eu quiser -respondo por ele -Henry me acompanha para a minha segurança, apesar deu não ver muito sentido nisso...

-Belo discurso -diz Abigail batendo palmas e se aproximando de mim -Mas, quando a rainha descobrir essa palhaçada não vai ser a alteza a quem a majestade vai punir e sim A NÓS

-Abigail, chega! -repreende Dulce, sua mãe

-Chega nada, mãe! -ela aumenta a voz -Eu não quero morrer por causa dessa d...

-Mais respeito com a alteza, Abigail -pede Henry fazendo Abigail se calar

-Eu não vou fazer parte disso -fala Abigail jogando o seu avental e saindo da cozinha

-Ui! Ui! Ui! Acho que a cobra provou um pouco do próprio veneno -fala Catarina rindo

-Não se preocupe com ela, alteza. Com certeza ela já queria sair daqui a muito tempo -diz Adão

-Seja bem vinda ao nosso caus -fala Dona Iolanda mexendo a panela

-Obrigada -falo rindo -O que vai ter para o jantar hoje?

-Uma deliciosa lasanha, a alteza gosta? -pergunta Adão

-Pode ter certeza que elquem não gosta é um psicopata -falo os fazendo rir -Eu gosto mais ainda de ajudar a fazer...porque talvez eu roube algum recheio antes

-Desde que a rainha não nos puna você pode fazer o que quiser aqui -responde Adão

Dona Iolanda me deu algumas coisas para cortar e logo depois ajudei a montar a lasanha

-Um queijo pra lasanha...um queijo para Maria -dizia eu comendo -Um presunto para a lasanha...um presunto para Maria -repetia na outra camada

-Desse jeito vai ficar sem fome para o jantar, alteza -fala Henry

-Aposto que você tá é querendo um pedaço -falo rindo -Toma logo e não enche meu saco -coloco uma fatia de presunto na boca de Henry

-Agora é só colocar no fogo -fala Adão pegando a forma e a pondo no forno

-Eu vou colocando a mesa -fala Dona Dulce pegando os pratos junto com Célia

-Acho melhor irmos, antes que sua avó te procure -alerta Catarina

Nós então voltamos para a ala nobre do castelo

Aguardei ansiosamente pela horário do jantar

Todos sentados a mesa voaram pra cima da lasanha que eu tinha feito

-Adão dessa vez caprichou -falava o rei quase que de boca cheia

A lasanha foi um sucesso e como eu tinha aprendido o caminho para a cozinha, eu ia lá quase todos os dias. Era o único lugar do castelo todo em que me sentia a verdadeira Maria, e não a ALTEZA PRINCESA Maria entendem?

Os ensinei a fazer um belo de pão com ovo, incrementar o arroz com cenoura ralada e vários outros pratos tipicamente brasileiros. Fiquei chocada ao saber que eles não sabiam preparar um simples cuzcuz

Eu fiz ainda mais amizade com os outros serventes do castelo, apesar de nunca deixar as majestades descobrir

-Eu já vou indo -digo tirando o avental -Eu preciso me arrumar para o jantar

-Henry, coloque esse lixo lá pra fora por favor -pede dona Iolanda

-Me espere aqui, alteza...não saia sozinha -alerta ele

-Pode ir deixar o lixo lá fora...depois você me encontra no caminho

-Alteza...

-Henry, vá logo levar o lixo! -grita Abigail

-Qualquer coisa grita... -diz o soldado pegando o saco de lixo grande e pesado do chão

Me despedi do pessoal da cozinha e sai dali olhando para todos os lados, com medo de algum informante da rainha estar apostos

Não vou negar que fiquei com medo de andar sozinha por aquele corredor escuro. Meu corpo gelou quando meu braço foi puxado e o meu corpo rodopiado

-Não grite! Não grite! -sussurrava Edward tapando minha boca com sua mão nojenta -Pois essa navalha pode fazer um belo estrago no seu rostinho lindo -ele passava a lâmina suavemente em meu rosto -Você é tão linda quando a sua mãe...

-O que você quer?

-Eu não quero mais te matar...eu posso conseguir algo melhor de você...sei que você e esse plebeuzinho tem alguma coisa ...sua vó enlouqueceria se soubesse...eu não conto para ela se...

-Se nada! Eu não vou fazer...

-Eu adoraria ter algo com você altezinha -sua mão desliza pela minha cintura me causando nojo ao extremo

-Edward, me solta... -o distanciou usando minhas mãos

-So um beijinho princesinha -aquele bico nojento se aproximava de mim

Com as mãos o distanciava. Com os pés eu andava pra trás, até que trombei em alguém. Me viro imediatamente para ver quem era

-Henry...

-Algum problema aqui, alteza? -perguntou ele

-Nenhum, né princesinha? -pergunta Edward

Olho para Henry com os olhos cheios de lágrimas. Eu o encarava pedindo em silêncio socorro

-As majestades o espera para o jantar -diz Henry

Edward empina o nariz e passa por mim. Henry coloca a mão com força em seu peito fazendo Edward soltar um gemido de dor e até a dar uns passos para trás tamanha

-Vai querer que sirva um cházinho? -pergunta Henry

-Não, obrigado -responde ele amedrontado e cheio de dor

-Eu falei que não era para você sair sem mim -diz Henry me olhando furioso

-Eu nunca imaginei que Edward estaria aquilo ou faria isso -digo

-Então é melhor começar a imaginar que ele estará em todos os lugares te observando e esperando uma única brecha para acabar com VOCÊ!

Fecho meus olhos suspirando triste. Contendo como sempre as lágrimas

-suspiro forte de Henry -Mas...não precisa ficar com medo...jurei estar sempre aqui para te proteger

Ai...meu...Deus...posso confessar que o meu coração mole estava afoguentado

POV HENRY

Catarina, depois de dar boa noite a Maria, ao sair do quarto da alteza resolveu trocar palavras comigo as quais eu preferia que não tivesse sido trocadas

-Eu pensei que você e a Maria teriam alguma coisa -fala ela

-Nunca tivemos e nunca teremos nada -respondo seco por não gostar daquele assunto

-Henry, Henry, Henry...crescemos juntos, te conheço muito bem...vi os seus olhares para ela...e aquele dia do baile...aquele beijo na bochecha -Catarina me faz lembrar daqueles momentos bons -Eu sei que vocês dois se gostam...é até pecado vocês ficarem separados

-Eu sinto por ela algo que eu nunca senti por ninguém -falo

-Isso se chama amor -diz Catarina

-Eu adoro o sorriso dela, o toque dela, o cheiro dela -suspiro com um sorriso e amolece do minha postura -O beijo dela...eu não consigo a tirar da minha cabeça

-Não lute contra isso Henry...

-Você sabe muito bem, mais do que todo mundo daqui, o que pode ME acontecer se houver ALGO entre ela e eu -falo a encarando voltando a ficar nervoso e tomando minha postura

-Você será um homem morto de qualquer jeito se não deixar esse amor florescer em seu coração...boa noite Henry... -Catarina vai embora

POV MARIA

Durante a madruga fazia um friozinho tremendo. Acho que Thomas é um ótimo metereologista -risos

Me levantei da cama quentinha e fui fechar a porta da varanda que eu tinha deixado aberta. Se minha vó sabe disso ela infarta, já consigo até ouvir a voz dela dizendo: "Não pode deixar a porta aberta! Um ladrão pode entrar. Você pode morrer, ser sequestrada. Podemos ser assaltados, ameaçados! E bla bla bla!"

Fechado a varanda tudo ficou mais aquecido. Olhei para a porta do quarto e me lembrei de Henry, imaginando o frio que ele estaria passando lá fora. Resolvi fazer a minha primeira boa ação com princesa, peguei um cobertor e resolvi o levar

Abri lentamente a porta. Henry estava sentado apoiado na parede, com os olhos fechados. Sem ele perceber toquei em seu ombro. Henry se assustou ao ponto de subitamente se levantar, pegar sua espada e mirar em mim

-Calma, sou só eu! -digo assustada com as mãos erguidas

-suspiro aliviado -Nunca mais faça isso, alteza...eu poderia ter te machucado -diz ele guardando a espada

-Eu te trouxe uma coberta -a estendo

-Não precisa, alteza! Eu fui treinado para suportar baixaals temperaturas -diz ele com sua postura turrona que chegava a me dar raiva

-Eu não me importo nem um pouco com o que você foi treinado. Se embrulhe e não fique gripado, porque se você ficar gripado eu vou ficar gripada, e eu não quero ficar gripada porque eu detesto ficar gripada. Então faz o favor de se embrulhar! - taco a coberta em sua cara o deixando parecendo um fantasma -Boa noite, soldado! -fecho a porta com força

Completei meu primeiro mesversario de nomeação -risos. Pra comemorar acompanhei as majestades em um baile beneficiente em uma de nossas províncias. Óbvio que quem organizou tudo aquilo só queria puxar o saco do meu avô

Ao voltar do baile cansativo eu só queria ficar uns minutinhos totalmente sozinha pensando na vida. Tinha medo de fazer isso e Edward vir atrás de mim novamente. Eu teria que encontrar outro lugar escondido sem ser a cozinha, um lugar silencioso e sem ninguém

Ter momentos solitários não seria uma tarefa facil porque, como vocês puderam notar, sempre tinha alguém na minha cola, seja ercada pelas piadas e sarcasmos de Catarina ou pelo silêncio matador de Henry

Mas ao voltar do baile consegui por um descuido deles me distanciar sozinha. Fui para um lugar ainda dentro do mesmo território cercado por muros -risos

Me sentei na grama apoiada numa gigante árvore que tinha talhada em seu tronco as inicias dos meus avós e dos meu pais, dentro de um simbólico e clichê coração

Me escondi ali bem perto de um grande lago nos fundos do castelo

Tinha várias estrelas no céu...algo incomum de ver na poluída cidade de São Paulo. A grande lua reflexia nas águas, águas essas que o vento calmo ali batia formando suaves ondinhas. Fazia um frio tremendo, que eu não ligava. Aquilo me acalmava da melhor maneira possível

Nesse tempo notei que tinha aprendido mais coisa do que aprendi em toda a minha vida

Ouço o som se aproximando de folhas secas sendo pisadas

-Será que eu posso ficar um minutinhos sozinha, soldado Caballero!? -pergunto sem ao menos confirmar quem de fato se aproximava

-Eu não posso te deixar sozinha, alteza -responde ele

Henry fica parado em pé ao meu lado, observando a mesma vista que eu

-Do que adianta não me deixar sozinha e ficar ai parado como uma mula!? -pergunto

Ele não me responde apenas continua parado como fez nas últimas semanas e nas últimas perguntas e palavras que dirigi a ele

Tentei ignorar a sua presença e aparentemente consegui, pois as lágrimas de angústias começaram a deslizar pelo meu rosto sem nenhum pudor

(grunhido de raiva)

-O que aconteceu, alteza? -escuto Henry perguntar

-E por algum acaso você se importa com isso!? -pergunto

-Não deveria -ele se senta ao meu lado -Mas sim

Eu seco minhas lágrimas e respiro fundo

-Eu sei que isso parece muito infantil, mas...eu to com saudade dos meus pais -falo -Eu tô com muita, muita, MUITA saudade deles...se arrependimento matasse eu...

-Se completar essa frase cometera um pecado muito grave -me interrompe ele

-Eu confiei na rainha achando que tudo seria diferente -eu encarava o lago junto com ele -Achei que ela era uma pessoa boa e que pelo menos me deixaria falar com os meus pais...era o mínimo que eu esperava dela...o mínimo! -fungada -Eu só espero que meus pais não pensem que eu me esqueci deles, sendo que na verdade eu penso neles todas as noites antes de dormir -choro afundando meu rosto entre os meus joelhos

-Liga para eles -diz Henry

Quando ergo minha cabeça o vejo com um celular estendido

-O que? -pergunto

-Liga para os seus pais...eu não contarei para a rainha -responde ele sorrindo para mim

-Henry...

-É o mínimo que eu posso fazer pela pessoa que me saltou de um frio gigante, um frio do Polo Norte -diz ele sorrindo para mim

Peguei o celular de sua mão e tratei logo de ligar para eles

Ligação on

Mãe: Alô!? Quem tá falando!?

Maria: Mãe!? Mãe! Sou eu...

Mãe: Maria, minha querida...que bom que você me ligou...você está bem!?

Maria: Estou...estou sim

Mãe: Que ótimo! Por aqui está tudo certo...a rainha nos mandou dinheiro pra comprar comida, muita comida! Sobrou até dinheiro para reforma a casa. VAMOS REFORMAR A NOSSA CASA, MARIA! -(suspiro de felicidade) -Eu tô tão feliz! Sempre foi o nosso sonho lembra!?

Maria: Lembro...lembro sim -(tentando conter o choro)

Mãe: Você está chorando!? Aconteceu alguma coisa!? Está tudo bem mesmo!?

Maria: Não...está tudo ótimo -(seco as lágrimas) -eu só estou muito feliz e... Eu tô morrendo de saudade de vocês

Mãe: Nós também...espero que esteja tudo bem aí...nós te amamos muito...você está fazendo uma falta danada aqui -(vozes desconhecida ao fundo) -Eu preciso desligar

Maria: Tchau mãe, te amo

Ligação off

Entrego o celular devolta para Henry

Eu estava mais feliz e mais aliviada

-Por que você não disse o que se passa aqui? -pergunta Henry

-Eles estão tão felizes -falo -Talvez esteja valendo a pena o meu sofrimento

-Nenhum sofrimento vale a pena

-Esse vale -digo sorrindo -Obrigado, soldado

-Por nada, alteza -responde Henry com um sorriso largo nos lábios

Nos levantamos da grama

-Só nunca se esqueça de uma coisa, alteza -diz ele batendo a grama que tinha em sua roupa -Princesas não devem demonstrar as suas emoções diante de ninguém...a não ser para as pessoas que ela ama ou confia

-Pode ter certeza que uma dessas duas coisas eu sinto por você -digo com uma de minhas mãos deslizando pelo seu rosto

Ah, mas eu sentia que o amava tanto, mais tanto! Aqueles olhos verdes me encantava, me afogava em sentimentos. O meu toque em sua pele me fazia tremer

Henry aproxima seu rosto do meu

-MARIAAA! -ouço Catarina gritando

-Acho melhor irmos -fala Henry se distanciando

Fomos caminhando o mais rápido possível para perto do castelo

-Aonde vocês dois estavam!? -pergunta Catarina com as mãos na cintura, nos aguardando de frente a porta -Você está sabendo que eu tive que MENTIR para a rainha dizendo que você estava ESTUDANDO trancada NO QUARTO!!?

-Se a rainha descobrir que isso é mentira... -alerta Henry

-ELA ARRANCA MINHA LÍNGUA MENTIROSA! -grita estericamente Catarina -E tudo por culpa dos pombinhos apaixonados!

-Não tem nenhum pombinho apaixonado aqui! -a repreendo -Eu só queria ficar sozinha... só isso

-Sozinha com o soldado Caballero!? -pergunta ironicamente ela

-Eu não posso deixar a alteza sozinha, Catarina! -se defende Henry

-Eu não vou falar nada para com vocês -fala Catarina nos dando as costas e seguindo para dentro do castelo

Eu e Henry a seguimos dando risada do seu andado que as vezes parecia um pato rebolante

A entrada mais próxima e escondida que tínhamos era a da cozinha, e foi por lá mesmo que entramos

-Maria! A alteza nem sabe o que acabou de chegar -diz Adão mais feliz do que quem ganha na mega cena. Cheguei até a me assustar

-O que foi? -pergunto curiosa

-As mandiocas! Deu um baita trabalho para encontrá-las

-Veio do fim do mundo -fala Dona Célia

Ao olhar na sua embalagem, em letras miúdas tinha lá escrito "Made in Brazil"

-O que a senhorita iria fazer com elas mesmo? -pergunta Adão

-Da pra fritar, cozinhar, assar, fazer bolo...

-Hum...um bolinho da madrugada -diz Catarina quase que babando

-Já vi que isso vai ser péssimo -fala Abigail

-Vou fazer agora mesmo -digo amarrando meu cabelo em um coque

-Henry, ajude a alteza -pede Adão

-Por que eu? -pergunta ele

-Porque todos nós estamos ocupados aqui -responde ele lavando a louça

Henry com sua cara fechada de sempre se aproximou de mim

-Você sabe fazer um bolo né!? -pergunto

-Não

-Como assim você não sabe cozinhar sendo que sua mãe é a melhor cozinheira desse castelo!? -pergunto me acabando de dar risada

-Sua mãe era a melhor princesa de Avilan e nem por isso você também é -murmura Abigail guardando umas panelas

Aquela frase me choca. Me machuca. Me cala

POV HENRY

-Sabe de uma coisa? -continua Abigail largando a faca e caminhando na direção de Maria

-Você nunca vai chegar os PÉS da sua mãe...e nunca será uma rainha digna de respeito

Maria se mantinha de cabeça baixa. Com as mãos apoiadas sobre a bancada da cozinha

-Você se mantem calada sabe por que? -questiona Abigail -Porque você sabe que é verd...

-Abigail, vai procurar o que fazer -peço entrando na sua frente

-Vai defender a princesinha? -pergunta ela cruzando tipicamente os braços

-Esse é o meu dever -respondo -Se precioso for eu te coloco pra fora desse castelo

Abigail bufa de raiva e sai pisando forte

Me viro e vejo Maria do mesmo jeito. Meu coração queimava quando a via assim triste, decepcionada ou seja lá o que for

-Vai precisar de ovos para o bolo? -pergunto com três nas mãos

Ela ergue a cabeça e me olha com ternura e um sorriso doce nos lábios, mesmo com os olhos cheios de lágrimas

-Esquece o que ela falou, tá? -pergunto

-Eu vou tentar, mini soldado -responde Maria me fazendo rir

POV ABIGAIL

(Grunhido de raiva)

Eu detesto essa princesinha idiota que saiu dos infernos!

Ver a sua felicidade me causava ódio. Ver Henry a olhando e a desejando me matava! Eu tinha que acabar com aquilo

Escrevi um bilhete num guardanapo e o escorri por debaixo da porta

"Sua neta está no lugar mais sugismundo do castelo"

POV MARIA

Pedi para Henry untar a forma. Ele, ao sacudir a forma para espalhar a farinha, jogou farinha em mim. Eu fiquei TODA branca!

-Alteza me perdoe por favor! Eu não queria... -ele se segurava para não rir

-Ta parecendo o Gasparzinho -diz Catarina rindo

Pego uma mão cheia de farinha e taco nele. Henry na hora para de rir e me olha nervoso

Sem que eu percebe-se Catarina jogou outra mão de farinha em mim

-CATARINA! -grito sacudindo a cabeça -Agora você vai ver!

Taquei farinha na Catarina, que tacou em Henry e assim se deu início a uma guerra de farinha pela cozinha. Seu Adão e Dina Iolanda tentava nos parar, mas volta e meia também era acertados por bolas de farinha. Dulce e Célia espreitavam nos cantos sem se envolverem

-Jovens PAREM! -gritava Dona Iolanda

-Duvido acertar uma em mim -fala Henry parado perto da porta

Pego o porto inteiro de farinha e arremesso todo o pó branco na sua direção

Henry se abaixou, bem na hora em que a Rainha apareceu bem atrás dele

-MARIA -grita ela toda branca

-Ta parecendo um fantasma -falo me acabando de rir

-Eu não estou vendo UM PINGO de graça! -grita a Rainha com sua veia da cabeça quase que saltando para fora

Thomas ao seu lado, de braços cruzados, balançava a cabeça negativamente

Parei então de rir, pois notei que o que acontecia ali (pelo menos para a majestade) era algo grave

Me preparando para tomar uma bronca daquelas em...

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Notas Finais


Eai estão gostando da história? Não se esqueça de favoritar ❤️


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