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História Uma Promessa de Amor - Duas vidas


Escrita por: LaisCarolLara

Notas do Autor


Hey amoras...✌😊

Demorei mais voltei! Nem vou falar muito hj, pois sei o quanto estão ansiosas.

⚠ Obs: LEIAM AS NOTAS FINAIS!
Tem coisa boa lá! 🙊 xoxo

Sem mais, Boa leitura! 📖👓

Capítulo 54 - Duas vidas


Fanfic / Fanfiction Uma Promessa de Amor - Duas vidas

Regina respirou e inspirou massageando as costas. Era diferente da primeira vez que sentiu aquela dor, apesar de ser quase equivalente ao que sentiu nas contrações de Henry ela sabia o que esperar até a chegada de sua filha.


Emma de imediato dirigiu-se até o closet para pegar uma das bolsa que ambas haviam separado e arrumado semanas atrás. Swan estava feliz com a chegada de sua filha, mas ao mesmo tempo sentia-se frágil. Não queria presenciar o parto de Regina antes do dela, poderia parecer egoísmo, porém tudo o que ela mais desejava era ajudar, ser a força da esposa naquele momento e sua barriga poderia ser um empecilho para tal.


- O que vamos fazer? Eu não posso dirigir… – Emma fala preocupada.


- Minha mãe… Ela pode nos levar… – Regina deu a solução mais lógica. Afinal a casa estava cheia por esse motivo.


- Mas, e o Henry? – a cabeça da loira fervilhava, nada poderia sair errado.


- Ele pode ficar com Mary… – a morena respondeu calmamente calçando uma sapatilha confortável.


- Você está bem? – Swan parou em frente a esposa segurando-lhe o queixo.


- Sim… Eu… - suspirou. - Estou ansiosa… Só  desejo que tudo ocorra bem e acabe logo… – fechou os olhos apoiando as mãos da esposa sobre a barriga, aquilo lhe passava segurança.


- Daqui a pouco estará com nossa princesinha nos braços meu amor… Vêm… - segurou no braço da esposa para sair do quarto.


~~


- Sem condições! Se quiser levar sua preciosa filha naquele pedaço de lata amarela que leve! Regina precisa de espaço. Não só ela, como minha nora também… Ou você se esqueceu que ela também carrega uma criança!? – a mãe de Regina continuava aquela bendita discussão.


- Não Cora! Pelo contrário! Aquele pedaço de lata nos traz sorte! Sabe o motivo da Emma ser tão apegada a ele? – Mary daria uma explicação completa, mas foi cortada pela outra.


- Poupe-me! Vocês acreditam mesmo nisso? – Cora revirou os olhos.


- Sim, nós acreditamos sogrinha!

– Emma fala do meio da escada, apoiava Regina de um lado segurando no corrimão com a destra. – Iremos no meu projeto de Abelha… – sorriu irônica, há muito havia afeiçoado-se ao apelido dado pela morena ao seu fusca. - E você irá dirigir! – finaliza com convicção.


– Você só pode estar brincando… -gargalhou. – Jamais! - nessa hora Regina encolheu-se com uma careta de dor assustando Cora. – OK. – ela arregalou os olhos, não poderia mais discutir, sua filha estava em trabalho de parto. – Filha… Venha… – subiu até o meio da escada ajudando-a.


– Mamãe… – a morena segurou nos ombros da mãe recuperando-se da contração. – Não deixe Henry me ver assim, não quero assustar ele. – pediu com a respiração irregular.


– Tudo bem minha rainha… Vou levá-la para o carro. – Cora ao menos pestanejou, ver a filha sentir dor era desagradável em demasia. Faria qualquer coisa para aliviar aquele incomodo.


– Meu carro sogrinha! – Emma estendeu a chave para que a mais velha pegasse. Ela revirou os olhos, mas não iria discutir mais.


– Mandei uma mensagem de texto para Malévola, ela irá vir pegar Ruth daqui alguns minutos, pode cuidar dela enquanto isso Margaret? – pediu a mãe de Emma, mas soou como uma ordem. Mary apenas assentiu balançando o carrinho de bebê que a pequena repousava. – Obrigada. – voltou o olhar para a filha. – Você me faz passar por cada saia justa Regina… – Cora pega a chave levando a filha para fora de casa.


– Mamãe fique com o Henry, eu ligo assim que minha filha nascer… – Emma pediu para Mary. – Falando nisso, onde ele está? – pergunta observando que o garoto não estava por perto.


– Até parece que seu pai adivinhou filha, ele mal chegou e levou Neal e Henry para comprar sorvete, o plano era esconder de Regina, mas...


– Ótimo! Melhor assim. – passou as mãos nos cabelos em sinal de nervosismo. Mary percebeu o estado da filha.


– Vai ficar tudo bem… – acariciou o rosto inchado. – Regina é forte e você também. – afirmou encarando-a. – Não se preocupe, sua hora vai chegar e será um parto tão tranquilo quanto o de Regina hoje! – segurou as mãos dela como se passasse confiança.


– Obrigada mamãe… – sorriu com os olhos marejados de emoção. – A senhora sabe sempre o que dizer na hora certa… – abraçou-a.


– Sou sua mãe… – sorriu – Agora vá! Ajude aquela velha plastificada a ligar o carro. – desdenhou da sogra da filha. – Aposto que nunca dirigiu um carro sem câmbio automático. – gargalhou e Emma inevitavelmente riu junto. – Boa sorte! Me ligue assim que minha neta nascer! – gritou com Ruth no colo. Swan já estava do outro lado da porta.


~~


– Força! Respira Regina! – Emma segurava a mão da morena enquanto a mesma suava.


– Deus! – Mills tombou a cabeça nos travesseiros cansada. Estava em trabalho de parto por seis horas, a dor lhe rasgava as costas. Swan estava tensa com aquela situação, tentava não pensar, precisa ser o apoio da esposa naquele momento, mas o medo lhe atingia a cada nova contração, sua bebê mal se mexia, parecia aguardar a chegada da irmã em silêncio.


Cora batia os pés do lado de fora da sala, no corredor seus saltos ecoavam, estava ansiosa e preocupada. Inevitavelmente lembrou-se dos últimos minutos da irmã, aquilo não aconteceria com Regina! Ainda assim, seu coração batia aflito quando algum grito mais alto escapava.


– Está indo bem Regina! Estamos acabando. – Dr. Whale olhou para as feições da paciente, ela parecia bem melhor que a primeira vez, com toda certeza um parto bem mais calmo que o de Henry. A preocupação do obstetra era com Emma, temia que ela entrasse em trabalho de parto também, sem contar que a loira estava ansiosa ao extremo e aquilo não era bom para o bebê.


Um grito. Regina urrou trincando os dentes, seu rosto banhado por suor e a veia pulsava em sua testa.


– Isso amor! Ela está vindo! – Swan incentivou secando o suor da testa da morena.


– Muito bem! Força! – o médico disse pela última vez e o choro estridente da bebê preencheu a sala.


Regina recostou aliviada e um sorriso largo brotou em seus lábios. Emma chorava sem ao menos perceber. Assistir a vinda de um bebê ao mundo era algo mágico, independente das vezes que passasse por aquilo, era sempre especial, uma alegria imensurável. Aquele amor que ambas já nutriam espalhava-se por cada célula.


Era possível cultivar tanto amor? Havia espaço em seus corações? Sim, sempre haveria.


As mães pensavam a mesma coisa e o misto de alegria e amor transbordou através de lágrimas. O médico colocou a pequena sobre o peito da morena, a neném ainda chorava forte, que pulmões! Regina emocionada segurou aquela vida frágil com mãos leves, respirava como se seu bem mais precioso estivesse no local mais protegido do mundo. De fato estava.


Regina olhou para a esposa como se pedisse permissão para algo, entre olhares elas conversaram e no mesmo olhar Emma respondeu afirmativamente. Ela poderia dar o nome que desejasse.


– Oh Lana… – ajeitou o rostinho. – Oi meu amor… Não chore, estamos aqui…suas mães… – acariciou as costas e ela finalmente parou de chorar, parecia mais calma.


– Hey garota… – Emma segurou a minúscula mão e beijou a testa da esposa em seguida. – Nossa pequena Lana… – sorriu ainda com os olhos marejados. – Minha pandinha deve está louca para sair também… – acariciou o ventre, após as horas de tensão sua bebê havia relaxado, parecia comemorar o nascimento da irmã, pois Emma sentia como se ela desse voltas. – Eu estava ansiosa para te conhecer pequena Lana… – sorriu ainda mais largo para a filha.


Lana era clarinha, havia herdado a pele de neve de Emma e os lábios grossinhos como os de Regina, apesar de ser filha biológica da loira o doador escolhido tinhas as características mais marcantes da morena, os cabelos escuros contratavam com as bochechas rosadas. Linda, Emma estava tão besta com aquela beleza que mal conseguia parar de olhar, como o nascimento de Henry ela ansiava por ter as filha nos braços.


Regina repousava inquieta na cama do quarto. Cora estava a seu lado arrumando algumas coisas para a chegada da neta. Emma foi levado para outra sala para medir a pressão, havia elevado às emoções demais por um dia. Mills estava a ponto de levantar daquela cama e ir atrás da esposa. E se a loira passasse mal? E se sua filha nascesse também?


Não. Não poderia! Regina precisava e fazia questão de acompanhar o parto da esposa, sua maior preocupação era deixar Emma sozinha.


– Pare Regina! Fique quieta! – Cora estressou-se.


– Não posso mamãe! Onde está Emma? – ameaçou levantar.


– Não ouse! – Cora segurou a filha pelos ombros. – Você enlouqueceu? Sua filha acabou de nascer!


– Ai mamãe… Eu sei… Mas, não posso ficar longe de Emma… Não agora que está próxima do parto, nossa filha pode nascer a qualquer instante. – bufou nervosa. – Quero minha filha! Que demora para trazer de volta. – estava irritada.


Nessa hora Emma abriu a porta devagar com a pequena nos braços, ela se mexia agitada, os bracinhos para fora da manta rosa, os olhos verdes atentos a tudo, parecia querer desvendar o mundo.


– Olha quem chegou mais que acordada para ver mamãe… – Emma caminhou lentamente para entregar a filha nos braços de Regina que encarou desconfiada.


– Você está bem? O que o doutor disse? – Emma riu do desespero da morena.


– Estou bem meu amor… Minha pressão está estável, ele só queria ter certeza que eu estava bem. Whale me fez comer uma sopa sem sal algum… Horrível! – fez careta com a língua para fora.


– Ai Emma… Você não muda nunca… – Revirou os olhos divertida e aliviada ao mesmo tempo.


– Sei que me ama por ser essa pessoa iluminada e infantil! – Swan brincou. Cora sentou-se no sofá revirando os olhos. Aquelas duas eram pura melação. – Pega… – entregou Lana para Regina. – Eu roubei ela da enfermeira na metade do caminho… – pisou cúmplice. – Estava procurando peito… Pelo visto ela tem mais fome que eu! – riu. – Ah! Olha os olhos dela!!! – Emma vibrou de alegria.


– Céus… – os olhos da morena encheram-se de lágrimas. – Ela tem os seus olhos Em… – acariciou o rosto da pequena e o da esposa em seguida. – Vem cá… – puxou o queixo da loira para depositar um beijo casto sobre os lábios. – Eu te amo Emma… Obrigada… – sussurrou ainda mais emocionada.


– Não tem que me agradecer amor… – estava sem graça.


– Eu sei, mas eu quero… – fitou as esmeraldas. – Obrigada por fazer parte da minha vida, por me apoiar e sonhar meus sonhos comigo, sem você, nada disso seria possível. Se hoje sou a mulher mais feliz e realizada dessa terra, devo a você Em… – confessou.


– Ai Regina… – chorou. – Estou sensível poxa, meu hormônios… – secou as lágrimas. – Desejo morrer ao seu lado…


– Morrer não Em! Viver ao meu lado é melhor… – corrigiu sorrindo. – Você é meu mund-... – sua frase foi interrompida por um ser humaninho codinome Henry.


O menino correu à frente dos avós assim que a recepcionista informou o número do quarto. Chegou fazendo uma festa, gritando: “mamãe” “mães” “quero ver minha irmãzinha!” Assustou a pequena Lana que soltou o peito da mãe chorando.


– Shiu garoto! – Henry quase pulou no colo da loira que o envolve num abraço. – Cadê seus avós? – olhou para a porta e lá estavam, David, Mary, Neal e Malévola com a pequena Ruth nos braços. – Uau! A “casa” continua cheia… – soltou o ar surpresa.


– Quero ver mamãe! Deixa eu ver! – puxava a blusa da mãe loira ficando nas pontas dos pés para ver a irmã.


Regina riu da ansiedade do pequeno. – Calma meu príncipe… – acariciou os fios castanhos e olhou para David. – Pode colocar Henry aqui ao meu lado por favor?


– Claro… – colocou o neto sentado ao lado da nora. – Parabéns filha… – beijou-lhe a testa.


Mary cumprimentou emocionada em seguida. Cora segurou a neta após alguns minutos, Mal olhou e fez um carinho rápido, uma vez que Ruth não saia de seu colo. Neal estava super empolgado, mas Henry mal deu espaço para o tio, não saia do lado da irmã, parecia querer tomar posse da menina.


Ainda bem que o quarto era grande e espaçoso, mas não poderiam dormir ali, já era tarde e uma enfermeira foi avisar que o horário de visita havia acabado e só os acompanhantes poderiam ficar.


Finalmente estavam os quatros, ou melhor, os cinco juntos. A pedido de Cora outra cama foi colocada no quarto para Emma ter melhor comodidade. Crianças não poderiam ficar, mas o nome Mills tinha poder e mais uma vez Cora interveio pelo neto e Henry pode ficar junto às mães.


Felizes, poderia resumir aquela cena em felicidade, completos, ainda que Emma carregasse sua menina, aquela cena estaria gravada para sempre no coração delas.


Emma cochilava na poltrona ao lado da cama da esposa, Henry dormia profundamente grudado ao braço da mãe morena, enquanto ela amamentava Lana. Regina observava sua família com adoração e orgulho. Sentia-se estufar, queria proteger e amar eles acima de tudo. Queria ela ser uma ave e colocá-los debaixo das asas. Nada os machucariam, nada os atingiria. Protegeria seus bens mais valiosos como se a vida dependesse deles. De fato dependia.


Sorriu emocionada uma vez mais naquele dia frio de novembro, o céu estava repleto de nuvens escondendo as estrelas, ainda assim, a lua brilhava forte clareando entre as frestas da janela. Para ela era um sinal, uma forma de lembrar e contemplar as coisas mais belas e preciosas do mundo.


O seu mundo havia ganhado cor anos atrás, quando Emma bateu em seu carro, quando por vontade própria quis formar uma família, quando viu o rosto de Henry pela primeira vez, quando casou com a mulher mais linda e alegre da face da terra, quando descobriu ser mãe duas vezes... Toda a beleza daquele luar refletia seu interior, seu estado de espírito. Leve, poderia flutuar de tanta felicidade.


– Vocês são o meu mundo… – Regina sussurrou sorrindo.


5 dias depois


Regina praticamente dividiu-se em três após o nascimento da filha. Além do repouso que precisava cumprir, tinha que dar conta de Henry, Lana e Emma, cuidava da esposa com zelo, conhecia Swan o suficiente para saber o quanto estava aflita e ansiosa.


- Droga Regina, eu não quero precisar fazer cesariana... – Emma choramingou assim que o obstetra saiu da sala há três dias atrás, quando Regina e Lana tiveram alta.


Tudo o que Emma menos queria era passar por aquela cirurgia. Desejava um parto normal e tranquilo, mas pelo o que obstetra informara sua filha era preguiçosa, Swan já havia completado a 39° semana e se a criança não nascesse até 40° teriam que recorrer a cesária.

- Calma Em... Não é bem assim, temos um prazo de uma semana ainda... Ela há de nascer até a data limite! - encorajou esperançosa, no fundo estava tão preocupada quanto.

- Eu só quero que tudo ocorra bem... Estou com tanto medo... - desabafou.

- Está tudo bem... É normal sentir medo... - ajeitou uma mecha de cabelo loiro atrás da orelha. - Mas, você é forte e nossa menininha virá tão espoleta quanto a mãe... Eu estou com você amor! - afirmou segurando a mão da esposa.



       Emma estava mais ansiosa que o normal com a chegada do prazo, faltava dois dias, dois míseros dias, ou seja, ela sabia que a qualquer minuto nasceria e se não, a data estava programada.


Caminhava com Mary Margaret todas as manhãs e fazia alguns exercícios leves na tentativa de induzir o parto. Sentia uma fadiga muito maior do que se lembrava, de fato não aguentava mais, seus tornozelos estavam inchados e seu pescoço havia sumido, mal conseguiu dormir após o nascimento de Lana, não achava posição adequada e quando conseguia cochilar a menina chorava. Por sorte Regina estava mais que bem, quem a olhasse diria que nem estava grávida a cinco dias atrás, pois andava para lá e pra cá normalmente, não ter levado pontos ajudou no processo.

- Estou vazando leite de novo... - Emma suspirou tristonha. Sentou na beira da cama limpando os seios com uma gaze.

- Quer amamentar a Lana...? Quem sabe alivia um pouco amor… – Regina ofereceu na tentativa de confortar a esposa. Ela estava separando algumas roupas para o banho da pequena.

- Não é uma má ideia. – levantou da cama. – Vêm cá minha princesa... – tirou a menina do berço aninhando-a nos braços. Acariciou a cabecinha com delicadeza. – Quanto cabelo moça… – sorriu admirada. – Como será sua irmãzinha ein? – tocou na pontinha do nariz. – Se for tão linda quanto você irei precisar montar uma guarda quando crescerem…


Regina gargalhou alto com o comentário. – Achei que a ciumenta aqui era eu… – apoiou a mão na cintura encarando a loira.

– Ah. Você sabe… Não custa ter cautela… – abriu os botões da camisa para a menina sugar. – Calma aí Laninha! Sempre desesperada! – reclamou fazendo uma careta de dor. – Como suga forte!


– Pra você ver o que passo… – riu. – Como ela vai chamar… – mediu a temperatura da água na banheira.


– Huum. Já falei que vou dizer quando olhar no rostinho dela… – piscou convencida. Regina bufou.


– Estou tão ansiosa quanto você, mas é para saber o nome… – sentou ao lado da esposa na beira da cama. – Conta vai… – sussurrou mordendo o lóbulo da orelha num tom carregado de segundas intenções.


– Ai Regina… – Emma respondeu mole. – Se fizesse isso em outros tempos sabe que estaria perdida… – encarou a esposa.


– Eu estava brincando… – beijou a bochecha da loira. – Vou chamar o Henry para me ajudar no banho da Lana…


Henry entrou no quarto das mães super animado, sabia qual era seu dever: separar a fralda, talco e algodão. Ele acompanhava o banho da irmã em cima de um banquinho, entregava o shampoo e sabonete quando Regina solicitava.


– Muito bem princesa! Agora seu irmãozinho vai pegar a escova para pentear essa cabeleira. – piscou para o filho.


– Deixa eu mamãe? Eu sei pentear! – disse animado com a pequena escova em mãos.


– Tudo bem, mas precisa passar bem de levinho por causa da moleirinha dela… – passou a escova uma vez para demonstrar entregando ao filho em seguida.


– Assim mamãe? Tá certo? – perguntou ansioso.


– Sim meu pequeno príncipe, você leva muito jeito… – elogiou tocando-lhe o ombro.


– Vai colocar lacinho mamãe? – perguntou batendo palminhas.


– Podemos sim… Quer escolher? – pegou a caixa na gaveta da cômoda enquanto Henry olhava a irmã na cama. – Lilás? Vermelha? Ou verde?


– Verde! Combina com os olhinhos dela! – escolheu sem titubear.


– Certo… – Regina riu. – Você tem bom gosto! – beijou a bochecha do menino. – Vamos? Vovó Mary preparou um almoço delicioso para nós! E adivinha!? – arqueou a sobrancelha.


– Torta de maçã de sobremesaaa! – levantou os bracinhos. – Yeees! Sua torta é a melhor do mundo inteiro mamãe! – pulou no pescoço da morena apertando-a num abraço forte.


A casa permanecia cheia, David estava sentado na ponta da mesa, servia o prato do filho, Emma ajudava Mary com as últimas travessas na cozinha enquanto Cora limpava o gorfo de Ruth em sua roupa.


Henry entrou na sala de jantar animado segurando a mão da mãe morena.


– Olha! Olha! – apontava para a tiara de pano que escolheu para irmã. – Eu que arrumei o cabelinho dela! – sorria. – Mãe Em! Olha! – puxou a bata da loira.


– Wooow garoto! – olhou para baixo. – Quase fez eu derrubar seu almoço! – repreendeu de forma sutil. Ele ainda apontava para a irmã. – Que linda Henry! Você que escolheu? – colocou a travessa na mesa para pegar a filha dos braços de Regina. – Eu amei filho! Você tem muito bom gosto! – cheirou o pescoço da menina.


Regina estufou o peito orgulhosa. – O príncipe da mamãe, não é mesmo Henry? – piscou.


– Sim! – sorriu tímido. – Tia Zel e o primo Roland vão chegar que horas para ver minha irmãzinha? Dorothy vem também? – perguntou tudo num só fôlego.


– Já estão chegando… – Regina respondeu e nessa mesma hora a campainha tocou. Eram eles.


Zelena entrou com cinco caixas de presente nas mãos, Robin entrou logo atrás da esposa segurando a mão de Dorothy. Roland foi logo cumprimentar a avó Cora e despercebido levou um abraço apertado de Henry.


– Oi pequeno! – Roland ergueu o primo no colo.


– Isso é bigode? – Henry gargalhou. – Vai ficar igual tio Robin? Eu vou ter também Roro? – perguntou surpreso. O filho de Zelena havia se transformado em um rapaz.


– Terá quando tiver minha idade! Huum. Daqui uns seis anos talvez… – fingiu pensar.


– Vamos jogar video game? Quero ganhar do meu avô e Neal! – puxou Roland para a sala.


– Opa, opa Henry! Vamos almoçar primeiro filho. – Regina chamou abraçando o sobrinho.


O almoço transcorreu animado, as vozes se misturavam em meio às conversas, Malévola havia se enturmado com a família, fazia parte dos assuntos de forma natural. Os meninos nem esperaram a sobremesa, logo estavam no video game, Emma mesmo barriguda havia se juntado a eles para assistir no sofá, seus pés estavam erguidos num puff. Dorothy gostava de video game, mas preferia ficar perto da pequena Ruth ou ajudar a tia com as trocas de Lana.


Zelena encantou-se com a sobrinha, elogiou e paparicou mais que qualquer outro, falou também da escolha do laço verde e frisou que aqueles olhos foram herdados dela. Emma mais que orgulhosa da filha, manifestou-se dizendo que os olhos eram dela e de ninguém mais. Regina riu da competição descabida da irmã e esposa. No fim a morena afirmou que Lana era a cara dela.


Mary e David observavam a cena calados, conseguiam enxergar a felicidade plena nos olhos da filha deles. Emma realizara o sonho de seus pais, mesmo que inconsciente. Ela possuía uma família.


Lana dormia no colo de Cora enquanto Ruth dormia em um dos berços sobre os olhos atentos de Mal. As irmãs Mills conversavam sobre seus partos e os benefícios de ser mãe, Emma tentava não prestar atenção ao assunto, não queria ter que pensar na sua hora, estava ansiosa demais aguardando qualquer sinal que sua filha viria.


A tarde passou e David propôs brincar de mímica, Robin se juntou a ele e começaram uma pequena competição. Os risos explodiam na sala, gargalhadas incontroláveis assolavam todos. Porém uma cena ainda mais engraçada aconteceu fora das palhaçadas de David e Robin. Lana havia começado a chorar e Cora numa tentativa de acalmar a neta ergueu a menina, infelizmente não foi uma boa ideia, pois Lana gofou sem piedade, sujando ombros e seios da avó.


– Maldição! – exclamou a senhora tapando o nariz.


– Meu Deus sogrinha! Foi atingida pela segunda vez no dia! – Emma se acabava de rir da sogra, não conseguia controlar, ria sem pudor algum. – Vou buscar algo para limpar… – levantou do sofá indo atrás de Regina que pegou Lana da mãe para banhar. Ela tentava segurar o riso com toda aquela situação. – Amor?

- Oi Em? – gargalhou assim que entrou no quarto com Lana.


- Acho que fiz xixi... - ela enxugava as lágrimas da gargalhada.

- O quê que tem? Isso não é surpresa, sua bexiga está sob pressão do bebê, às vezes nem eu conseguia controlar… – riu. – Ainda mais com uma gargalhada dessas...

- Isso já aconteceu com você? – Emma ficou espantada, não imaginou isso de Regina.

- Mas é claro que sim... - escondeu um riso sapeca. - Só não sai divulgando por aí... E você deveria fazer o mesmo… – piscou-lhe.

- Você sentia dores? Quero dizer... Aqui? - apoiou a mão na região pélvica. - Será que vai nascer?

- Espera Emma! – arregalou os olhos. – Acha que fez xixi e está sentindo dores?


– Sim, mas… Isso não parece com contrações. Devia doer não? – disse pensativa.


– Céus Emma! Você entrou em trabalho de parto! – olhou para a calça da esposa. Ela estava toda molhada.


– Regina vai com calma, não estou. Tenho certeza, essa dor não se parece com a sua… Na verdade nem chega perto… E eu disse que fiz xixi. Ainda bem que sua mãe não viu ou eu seria o assunto do dia! – tocou as calças fazendo careta.


– Nem todas as mulheres sentem dores extremas Emma… Segura Lana aqui. – passou para o braço da loira. – Vou ligar pro Whale!


– Regina nãoo! – choramingou. – Não aguento mais chegar lá e ser alarme falso… – disse frustrada. Aqueles cinco dias foram de idas e vindas ao hospital.


– Emma. – encarou séria. – Nenhuma das outras vezes isso aconteceu… – referiu-se ao xixi.


– E o que sugere Regina? Estou cansada disso… Disso tudo! Não aguento mais! – sentou na cama chorando com Lana nos braços.


– Eii… – tocou o queixo da loira. – Calma Em, se você acha que não chegou a hora vamos esperar… Mas ficaremos atentas se essa dor insistir iremos ao médico. Tudo bem?


– Não está doendo. – mentiu para Regina parar de insistir em ir ao o hospital, sentia uma leve dor nas costas.


– Menos mal… Agora vou trocar a Lana e achar outra camisa que caiba na minha mãe… – sorriu ao lembrar do ‘acidente’. – E você vê se toma um banho, precisa relaxar… – pegou a filha de volta.


Emma fez o que a esposa pediu, tomou um banho demorado e colocou um vestido confortável, mas aquela dor fina insistia em suas costas, não era gritante, mas incomodava. Ela nem se atentou ao intervalo das dores, desceu para a sala onde todos conversavam, andava com as pernas abertas, sua barriga estava baixa e aquela dor constante começou a ficar aguda.


- Por que mamãe Emma está andando feito um patinho mãe? – Henry perguntou ao reparar quando a mãe chegou no último degrau. – Estão brincando de algo? – achou que fazia parte da mímica. Regina olhou para a esposa preocupada e na mesma hora notou que ela não estava bem.


– Amor… Eu… Arrgh droga! – Swan gemeu.– Acho que você tem razão…


– Vai nascer!!! – David gritou.


– Papai… – Emma repreendeu com olhar, não queria fazer alarde. Fitou a esposa. – Regina… Por favor…


– Respira Em! – Mills correu para apoiar a esposa. – Eu te disse… Teimosa…


– Eu sei… Sei… Mas… Aii que merda! – sentiu outra contração, mas dessa vez foi bem mais forte do que esperava. O intervalo foi de quatro minutos para a última, a bebê estava vindo e ela mal havia se dado conta. – Arrgh! Regina! – desesperou-se com a dor. Todos na sala pararam o que estavam fazendo e a olharam assustados.


– Deus Em… Eu te disse! Precisamos correr! – Regina entendeu na hora, aquele xixi foi a bolsa rompida e já fazia quase uma hora. Elas não tinham tempo.


Regina deu instruções rápidas para Cora cuidar da Lana, se algo desse errado era só levar a menina ao hospital, leite não seria problema, uma vez que Ruth tomava mamadeira com fórmulas para recém nascidos. O coração estava apertado por deixar Lana tanto tempo sozinha, mas era necessário, Emma precisava mais de Regina naquele momento.


David estava no volante, Emma respirava e inspirava enquanto Regina incentivava os exercícios indicados pelo obstetra. O pai de Emma estava aflito, dirigia o fusca mais rápido que podia, porém o tempo não estava ao seu favor. Swan segurava o grito o quanto podia, mas a dor piorou e o suor já banhava sua face.


– Estou sentindo Regina… Ela está aqui… – Emma chorou em desespero abaixando a calcinha.


– Calma Em… – a morena posicionou a esposa de lado no banco com os pés para cima.


– Não posso… Regina… Ahhh! – Mills assustou-se. Conseguia ver com clareza a cabecinha da bebê. Levou as mãos a boca sem reação, David perguntou o que estava acontecendo e que tentava fazer o possível para sair daquele trânsito maldito. Regina ao menos conseguiu responder, respirou fundo segurando a mão da esposa com força.


– Emma… Confia em mim! Quando a dor vir faça força. Faça o quanto puder! – pediu decidida. Ela iria trazer sua filha ao mundo.


– Deus Regina! Não olhe… Nãooo… – outra contração.


– Eu preciso olhar. Força Emma! Vai! – incentivou.


– Arrghhh!!! – gritou agarrando-se ao estofado do banco, o sangue fugiu dos seus dedos, não tinham mais cor.


– Empurra amor! Empurra!


Esse foi o último comando de Regina, suas mãos tremiam e seu coração batia acelerado, seu mundo pareceu parar quando finalmente segurou aquele corpinho frágil. Emma relaxou tombando a cabeça no vidro do fusca, fechou os olhos emocionada, o choro soou melodioso em seus ouvidos, quando encontrou os pares de olhos castanhos da esposa chorou ainda mais, Regina também chorava com a filha suja em seus braços. David mal respirava, recusava-se a virar para trás, não poderia ver aquilo, não sua filha. Como o obstetra havia feito, Mills colocou a filha sobre o peito da esposa e o choro cessou aos poucos, sabia que estava segura.


A garotinha loirinha encarava a mãe com fervor, como se quisesse dizer algo, era esperta e tão linda. Swan chorava e ria ao mesmo tempo, jamais esqueceria daquele momento, seu momento, o mais lindo de toda sua vida. Poderia ter dúvidas sobre ser mãe durante toda uma vida, mas aquele instante, tudo fazia sentido,tudo valeu a pena, ansiava por ele sem ao menos saber. Não tinha mais medos, não havia reservas, tornar-se mãe foi a melhor coisa que aconteceu a Emma Swan. Sentia se viva uma vez mais. Era como renascer, transforma-se, sentia, sabia o que era ser mãe, ainda assim era totalmente diferente. Sentia-se orgulhosa de si, cada contração que passou valeu a pena quando aqueles olhinhos castanhos encontraram os seus. O misto de amor e ciúme lhe acometeu, nada faria mal a aquele ser indefeso, ela se sentia a mãe mais poderosa do mundo, poderia morrer de amores naquele instante, sentia uma emoção sem igual, uma sensação inexplicável.


Amor.


Amava, amava ainda mais aquela pequena vida, sua panda, sua princesinha. Amava incondicionalmente aquelas duas vidas.


Notas Finais


Hey!

Aqui está a coisa boa! 😉👇

FIC NOVA! 🎉 Em parceria com minha leitora/escritora/amiga #Ariane

Aonde quer que esteja. SwanQueen Universo da Série (cont. da 6 temporada. Pós ep 10

https://www.spiritfanfiction.com/historia/aonde-quer-que-esteja-23502959

Desejo que embarquem nessa nova jornada comigo. 😊 Será um prazer ter vcs lá!

~~

⚠ Obs: Ainda não respondi todos os comentários maravilhosos de vcs do capítulo anterior, mas o farei em breve! Cada palavrinhas de vcs fica gravado em meu coração! ❤

Não deixem de falar o que acharam. Até lá. ⬇ Um bjo! 😘💋


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