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História Uma Rara Exceção. - Capitulo 16


Escrita por: GodC

Notas do Autor


Boa leitura e desculpem os erros!




A história esta sendo corrigida por DemonOfPaper, super obrigada pela sua ajuda!
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Capítulo 16 - Capitulo 16


Fanfic / Fanfiction Uma Rara Exceção. - Capitulo 16

Existem ocasiões na vida em tomamos decisões idiotas, decisões que sabemos que não fazem o menor sentido, mas mesmo assim escolhemos elas, decidimos por precaução pensar mais, porém nem sempre eram decisões certas, como por exemplo na vez em que Sasuke me convidou para ser seu estagiário. Eu sabia dentro de mim que já tinha aceitado a proposta mas eu tive que dizer a ele que precisava pensar. Parando pra pensar hoje sobre aquela situação é que me dou conta do quanto fui idiota. Para que eu havia dito aquilo? Mas essas ocasião servem bem como exemplo de que eu quero explicar, afinal,  Também se aplica ao que fiz agora. Basicamente repeti o mesmo erro. Saí da casa dele dizendo querer ficar sozinho e na verdade tudo que eu devia fazer era ficar lá.  

As vezes as coisas se complicam tanto que a única solução que aparece é tão fácil que meio que nos recusamos a aceitar o que era tão óbvio. Eu havia criado magoas em relação a Sasuke durante muito tempo sem nem ao menos saber quem era ele. Porém eu não me julgo por isso. Porque cada um tem os nossos próprios problemas e os vemos a sua maneira, eu desconhecia os motivos e justificativas do porquê ele fez o que fez e assim deduzi por mim mesmo o que achei ter acontecido, assim como ele também me culpou por um certo tempo julgando melhor o que convinha a ele, os dois fizemos o que acreditamos ser melhor para curar a nossa dor, cada uma equivalente ao que julgavam ser justo. É da nossa natureza acreditar mais na nossa dor do que na dos outros, afinal, só nós sabemos como nos sentimos. É como uma criança órfã, ela prefere acreditar no pior possível para que talvez quando vier a descobrir a verdade isso não a machuque ou surpreenda com algo pior, ou talvez acabar se decepcionando consigo mesma. As vezes é mais fácil associar o mal aos outros do que a si. 

Não que eu ou Sasuke sejamos culpados do que aconteceu. Claro que cada um tem sua parte de culpa mas nenhum dos dois fez nada de grave para ser tratado realmente como uma pessoa má. Sasuke e eu fomos vítimas das fatalidades da vida. Aquele tipo de coisa que parece uma merda depois que acontece mas que já aconteceu e não tem como voltar atrás. Mas isso de nada importava agora. Os mal entendidos haviam sido esclarecidos, nada nos impedia de superar aquilo e tocar a vida em frente. Quer dizer, nada além da minha falta de senso para as coisas. Mas a minha péssima decisão de me afastar dele não foi de todo idiota também. Eu sabia que naquele momento eu só precisava dele, eu não tinha ainda conseguido controlar aquela coisa de bloquear ele mas sabia que mesmo eu não ouvindo ele, não importava porque ele estava me ouvindo e já estava ciente de que eu já o tinha perdoado, sendo assim ,fiz o precisava ser feito. Fui ver meu amigo que dessa vez estava acordado e mesmo ainda um pouco confuso com que lhe contei pareceu ficar melhor. Ele e Orochimaru pareciam realmente bem e eu espero que fiquem de fato. Kabuto merecia pelo isso.  

O pior foi meus pais, mostrei a eles todos aqueles documentos coletados pelo meu professor e antes de dizer quem era meu alfa contei toda a história que Sasuke me contou. Eles entenderam que tudo fora uma fatalidade  

— É tudo muito o comovente, toda essa história dele, mas isso não muda nada — encarei meu pai, confuso, mas do que ele estava falando? — não importa se ele te ama antes de tudo isso acontecer e assumo que parte disso é culpa sua também, mas isso não altera os fatos, você sofreu e se agora sabendo que pode ficar longe dele com essa marca incompleta o mínimo que ele pode fazer por você é te deixar viver em paz, já que existe essa possibilidade, você merece ser feliz meu filho — meu pai segurava meus ombros e me olhava como se sua solução fosse a melhor do mundo, não que eu esperasse que ele aceitasse tudo de cara assim, mas não tinha noção de que ele me aconselharia a isso, eu entendia o que ele queria dizer com aquilo. Meus pais ficaram ao meu lado durante todo o tempo e viram o que aquela marca incompleta causou, mas no fim fui eu quem passei por tudo e se eu não estava assim tão bravo com Sasuke infelizmente mesmo amando meu pai eu não seguiria seu conselho. 

 

 

— Você não pode estar falando serio? — minha mãe parecia tão indignada quanto eu — não importa como tudo aconteceu, você não está vendo o que esta em jogo aqui, Minato?  

 

 

— O que eu não estou vendo exatamente, Kushina? Não vou entregar nosso filho para pessoa que mais lhe causou dor na vida, o plano era esse desde o inicio, não era? Quando o maldito alfa aparecesse nós havíamos combinado que ele não levaria nosso garoto — um traço de todo alfa, sendo lúpus ou não, estava visível agora, meu pai era possessivo. Não que minha mãe não fosse, mas minha mãe apesar de sempre ser mais brava que meu pai, parecia ver em mim que não importava mais nada daquilo, ela tinha o dom de me decifrar mesmo sem eu dizer nada.  

 

 

— Não estamos entregando ele, mas veja as coisas ao seu redor, dê ouvidos ao que Naruto nos disse aqui. Esse alfa ama ele, Naruto não pode mais ficar longe dele. Não seria justo com os dois separa-los assim!

 

 

— Não seria justo com os dois? Como pode dizer isso? Vamos entregar nosso filho a esse maldito alfa só por que ele ama o Naruto? E os sentimentos de Naruto, como ficam!? — claro que ainda não tinha contado a meu pai sobre a marca agora estar completa, eu ia sim contar, mas fui por partes e antes que eu pudesse de fato contar a ele sobre a marca e meus sentimentos meu pai explodiu.  

 

 

— Pai, você precisa ficar calmo. As coisas não são bem assim — por vezes, quando meu pai ficava assim meu peito doía, ele perdia o controle até da sua voz, algo que não afetava minha mãe, até por que ela também era alfa, mas a mim sim, porém dessa vez foi diferente, sua voz não me afetou em nada, em outra ocasião eu não teria conseguido dizer a ele até essas poucas palavras, fato esse que não passou despercebido por ele também. Claro que ele não fazia aquilo de proposito, mas sempre que fazia se dava conta e pedia desculpas, e agora ele iria fazer a mesma coisa se não estivesse surpreso por não ter me afetado. Engoli em seco, sabia que não seria fácil, mas uma hora teria que contar, puxei a gola da camisa e revelei agora o que era o símbolo que me ligava a Sasuke.  

 

 

— O que houve com sua marca? Como isso aconteceu? — ele estava chocado, sua mão tremia apontada para meu sinal no pescoço.  

 

 

— Você sabe bem como são feitas as marcas, Minato.

 

 

— Isso não tem graça, Kushina! Como ele pode ousar em tocar em você de novom Eu vou matá-lo! — meu pai estava possesso.  

 

 

— Ora, você não vai a lugar algum! — impediu minha mãe — o que você vai fazer é acalmar essa bunda agora e ouvir seu filho! — a respiração do meu pai já estava profunda, era interessante não ser afetado por ele, eu sentia a sua presença mesclada com a da minha mãe que sempre se manifestava diante da do meu pai, como uma briga de leões por território, eu sempre me sentia uma simples pedra no caminho de tão poderosas presenças, mas agora era tão diferente, elas pareciam tão pequenas diante da de sasuke.  

 

 

— Pai, eu amo ele — ele me olhou incrédulo, inconformado. 

 

 

— Não ama não! Isso é influência dessa marca, você não sabe o que diz!  

 

 

— Como pode dizer algo assim mesmo depois de tudo que ouviu sobre o seu filho ser especial, por Deus, Minato caia em si! Você acha mesmo que aquele alfa tocou no seu filho sem a aprovação dele? Acha mesmo que nosso filho não ama ele? Não importa se ele seguiu o Naruto durante todo esse tempo, o que importa aqui é que Naruto tem alguém que o ama assim como nós, pense em todos os anos em que ele foi rejeitado pelas pessoas só por ser nosso filho! Naruto foi aceito pelo alfa mesmo depois de saber o que ele era, lembre-se de nossas conversas a sós onde implorávamos para que nosso filho achasse alguém que o amasse assim, sem julgamento, que o ame por ele ser quem é e não por ser filho de quem era! Olhe para esses papéis e veja o quanto nosso filho é forte. Não importa se é um lúpus ou não, ele não tem chance de machucar nosso garoto! Não faça com Naruto o que nossos pais fizeram conosco! Não o impeça de ser feliz com quem ele ama só por que você não o quer aqui! Não o faça sofrer como nos sofremos! Não seja um deles! Por favor! – as palavras de minha mãe pareciam enfim ter alcançado meu pai — não que nos achássemos que você não fosse capaz de encontrar alguém que de fato que o amasse, meu filho — minha mãe acariciava minha bochecha agora — mas o mundo é mau com pessoas especiais, ainda mais com ômegas, temíamos que você não fosse feliz. Eu não sei e você não nos contou como está ou que acordo fez com ele, mas não importa, se você ama ele e não tem anda a ver com o vínculo, eu quero que você seja feliz! Vá e fique com ele, aquela porta — ela apontou em direção a porta de entrada — sempre estará aberta para você e para ele! — nunca me importei com o que as pessoas diziam a respeito dos meus pais e de como eles iam contra o que a sociedade impunha para ficarem juntos, por que eles sempre foram os melhores pais do mundo, eu recebi mais amor do que podia lidar deles, e esse era o motivo de não ficar chateado com meu pai, eu entendia ele, mas não podia fazer o que me pedia, eu voltaria sim para Sasuke, mesmo que isso me custasse o  amor do meu pai.  

 

 

— Eu amo vocês, muito, vocês são tudo para mim, mesmo que não aceite isso eu não posso ir contra o que sinto. Me desculpe, pai — minha mãe sorriu, mas era visível que estava triste por me ver ir embora com meu pai assim, mas não me impediu.  

 

 

Saí porta a fora, pesado com se mundo tivesse desabado nas minhas costas, eu não esperava reação diferente, mas mesmo assim não havia como me preparar para cortar um laço tão importante para mim. Meu pai era tudo e eu sabia que uma hora ele aceitaria, ele precisava de tempo, mas aceitaria.  

A varanda da parte da frente da minha casa sempre foi um dos meus lugares favoritos, eu sentava ali quando dia tinha sido difícil e refletia sobre quando minha vida mudaria e as pessoas deixariam de me olhar com rejeição. Fiz o mesmo assim que saí, mas dessa vez não me importava com o mundo lá fora ou com o que pensavam de mim, pensava em quando a vida me daria o prazer de ter todas as pessoas que amo embaixo do mesmo teto, no dia em que meu pai e Sasuke estariam juntos sem ódio ou rancor. Meu pai ficou tão machucado quanto eu e cada vez que me via passar um cio e se sentia tão impotente que se odiava por não poder matar meu alfa, era justificada toda a sua raiva agora.  

 

 

Fechei os olhos implorando para conseguir controlar toda aquela coisa de bloquear Sasuke, pois tudo que eu queria agora era poder ouví-lo e sentir ele comigo. Era um fluxo estranho, eu sentia ele mas não o ouvia ou podia saber o que ele estava sentindo, era como um fantasma que estava ali mas não estava e não me dizia nada.  

 

 

Voltei a abrir os olhos quando senti um  movimento ao meu lado, meu pai havia se sentado ao meu lado no chão da varanda. Ficamos um bom tempo só olhando para a rua sem nada dizer.  

 

 

— Me desculpe — ele ainda não tinha me olhado — perdi o controle...

— Tudo bem pai. Não estou bravo. Não precisa se desculpar, eu entendo, de verdade. 

 

 

— Preciso sim. Eu agi como meu pai lá dentro e não devia ter feito isso. Eu não sei e também não entendo muito essas coisas as quais me disse sobre você, mas se me disse que a marca não tem nada a ver com o que sente por ele, eu acredito. Eu só não quero que fique com alguém que não queira, quero que você escolha a pessoa com quem vai ser feliz, que você tenha o mesmo direito que eu e sua mãe tivemos, que seja feliz com quem te faz feliz. Passamos tantos anos sofrendo por esse desconhecido e agora descobrimos que ele não era tão mal assim — meu pai revirou os olhos com tédio e eu me obriguei a rir anasalado — enfim — suspirou — não vou ser contra, desde que eu te veja feliz.

 

 

— Obrigado pai. Juro a você que eu serei feliz. Sasuke me ama assim como eu amo ele, tenho certeza que vou ser tão ou mais feliz que você e a mamãe juntos — meu pai me olhou e contraiu as sobrancelhas.  

 

— Sasuke? O professor de cálculos? 

 

— Eu ia contar para você quem ele era, mas as coisas meio que ficaram pesadas e também cogitei a ideia de que se você soubesse o nome dele sairia atrás dele e acabariam se matando, então preferi deixar para outra hora, mas sim, o meu professor… — cocei a nuca sem jeito.  

 

— Eu devia te colocar de castigo por se envolver com o seu professor, mas você já não esta mais em idade pra isso — o vi sorrir, eu tinha os melhores pais do mundo, uma pequena lágrima de alegria caiu dos meus olhos e senti meu pai me abraçar para logo então minha mãe sair de trás da porta a qual ouvia tudo escondida e vir se juntar a nós  — não importa com você estiver sempre estaremos aqui com você esta bem. E diga a esse alfa idiota que se por acaso eu ver você um pouco, mas só um pouco triste, ele está ferrado, porque eu e sua mãe vamos matar ele lenta e dolorosamente, ainda mais agora que sabemos que você pode bloquear ele — minha mãe só concordou com a cabeça.  

 

 

— Ele ouviu, pode. ter certeza — sorri e voltei a abraçá-los.




 


Notas Finais




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