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História Uma Rara Exceção. - Capitulo 6


Escrita por: GodC

Notas do Autor


Boa leitura e desculpem os erros!




A história esta sendo corrigida por DemonOfPaper, super obrigada pela sua ajuda!
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Capítulo 6 - Capitulo 6


Fanfic / Fanfiction Uma Rara Exceção. - Capitulo 6

Dormir demais sempre foi um problema pra mim, mas dessa vez dormi pouco é que me deixou daquele jeito, não consegui tirar da cabeça o que Kabuto me falou. Levantei exausto e nem era culpa do meu alfa dessa vez.

Isso sem falar no meu mal humor.

Por que Orochimaru ficou tão furioso com o fato de eu ser estagiário do professor Uchiha?

Realmente aquilo estava me incomodando. E eu até pensei em questionar meu professor sobre isso.

Mas o que eu diria ?

"— Oi professor, posso saber por que o senhor esta tão interessado em mim?"

Claro que eu teria direito de fazer isso, afinal tinha tudo a haver comigo, mas eu não me senti no direito de fazer mesmo assim. Ele era uma das pessoas as quais eu mais admirava na vida, não queria ter uma decepção com ele, mas tudo estava ficando estranho.

Não interroguei Kabuto quando me contou porque eu estava cansado, nem ao menos havia contado a ele sobre minha marca. Pode ser inacreditável, mas eu sou bom em esconder ela, poucas eram as pessoas que sabiam, até porque minha vida não era da conta de ninguém. As únicas pessoas que sabiam além de meus pais e o médico que a examinou, eram as que eu levava para cama, mas nunca nenhum foi um problema pra mim, mesmo alfas sendo possessivos eles compreendiam no fim das contas e não saiam por ai espalhando minha vida pelos quatro cantos do mundo.

Mas tinha algo que me dizia que com Shino não seria assim, tenho pra mim que ele não levaria assim tão na boa a forma como tudo aconteceu ontem. Apesar de agora haver uma sociedade até um pouco evoluída, muito pouco para meu gosto, as pessoas não veriam com bons olhos um ômega marcado saindo por ai com outros alfas ou betas, era como traição.

Com certeza meu nome cairia na boca alheia, não que eu ligasse para isso, mas meus pais por serem diferentes também foram muito criticados na época em que resolveram ficar juntos. Eles não era como uma casal convencional, as pessoas até aceitavam betas se envolverem com ômegas ou alfas, mas alfa com alfa não era bem visto, meus pais sofreram muito preconceito e discriminação, passaram uma barra para ficarem juntos, até meus avós por um tempo viraram a cara para eles. Tudo piorou quando minha mãe engravidou, era um absurdo, muitos diziam que uma aberração nasceria daquela união. Minha mãe diz que na verdade uma milagre nasceu, uma rara exceção. Dizia ue eu fizera tudo valer a pena, meus avós voltaram a falar com eles e aceitaram a relação, eu trouxe alegria a eles, a certeza de que haviam feito tudo certo.

Era por isso que eu tinha tanta raiva assim do meu alfa, quando aquilo aconteceu comigo eu trouxe esse sentimento de rejeição pública de volta. Meus pais foram acusados e apontados novamente, eu sempre morei em cidade pequena e aquilo era um caos, todos sabiam de tudo e quando tudo aconteceu não foi diferente. Tive sorte de o fato de eu ser marcado não vazar, todos só sabiam que eu havia dormido com uma alfa e que algo grave tinha acontecido, mas não sabiam o que era, em poucos dias não só meu nome mas como o dos meus pais andava novamente na boca do povo. Lógico que meus pais nunca deixaram nada transparecer, mas eu via que o modo como era tratados machucava os dois, com o tempo todos esqueceram aquilo e passaram a me ter como vitima, afinal eu era mais um ômega tratado com descaso pela ignorância alfa.

Mas eu tinha certeza que se todos soubessem que eu, mesmo marcado me envolvia com outros alfas, as fofocas voltariam e com força total. Ninguém ligaria para o fato de que além de ômega eu era um ser humano, com necessidades e com direito a viver, isso não importaria para nada.

Ter meu alfa ao meu lado resolveria muito as coisas, mas eu não queria ele ali, mesmo que tudo fosse mais fácil se estivesse; eu não queria ser preso a alguém que nem me perguntou se eu realmente queria ficar com ele. Ele não teve o mínimo de consideração comigo quando me deixou naquele quarto para morrer, era impossível um alfa, ômega ou beta nos dias de hoje não saber que um ômega recém marcado precisava do alfa ao seu lado todo o tempo após a marca, ou morreria.

Eu preferia passar por toda a chacina que é a discriminação pública do que ter ele ali.

Infelizmente eu sentia que tudo aquilo uma hora ia explodir, e parecia que isso esta cada vez mais perto, além do fato de eu sentir meu alfa perto como nunca tinha sentido antes, eu sempre senti ele, mas agora eu tinha flashes de imagens de lugares aos quais eu nunca tinha ido antes, eu sabia que não era eu vendo e sim ele, desde que comecei o curso me senti assim, mas eu realmente não queria encontrar ele e esperava que isso nunca acontecesse.

Decidi contar a Kabuto minha história na esperança de que tudo fizesse algum sentido para ele e houvesse alguma explicação para oque estava acontecendo com meu professor. Ele, como estagiário, passava bastante tempo com o mesmo, então talvez tivesse uma explicação lógica para tudo aquilo.

 Kabuto morava em uma república longe da faculdade, ofereci uma carona, a qual ele aceitou de bom grado. Se ele não soubesse de nada talvez me ajudasse a descobrir o súbito interesse do nosso professor em mim.

Havia esquecido que Sasuke tinha deixado seu carro comigo, o cheiro dele estava por o carro, era bom e reconfortante, se eu não tivesse que devolver o veículo, dormiria ali. Era aconchegante, tanto quanto dormir com um alfa, essa era uma coisa que eu não podia negar, alfas podiam ser o que fosse, mas a segurança que seus lobos passavam era maravilhosa, meu lobo ficava tão manso dentro daquele carro, não tinha como se sentir mais protegido do que quando se estava com um alfa. Só o cheiro deles já era suficiente para acalmar um ômega.

Do trajeto de casa até a republica de Kabuto, fui suspirando e fungando o cheiro dentro do carro, eu parecia um lobo cheirando outro. Se pudesse guardaria aquele cheiro em um pote e levaria comigo para todos os lados.

Com Kabuto não foi diferente, acho que ele faria a mesma coisa que eu se pudesse.

— Deus, esse cheiro é incrível. Naruto, faça o favor de arrumar briga com outro alfa para conseguir ficar com esse carro por mais tempo!

— Nem brinque com isso, não vou negar que o cheiro é incrível, mas não quero passar por aquilo de novo. Da pra você parar de cheirar tudo assim!?

— Agora vai me dizer que não fez o mesmo?

— O que? Eu não fiz não!

—  Qual é ? Você não me engana! Agora fala, a que devo essa carona? Duvido que seja de graça. O que você quer? Ou você só me deu essa carona pra esfrega na minha cara que tá' com o carro do professor Uchiha gostosão, foi? Tá' se vingando porque o professor Orochimaru me escolheu e não você? É isso, não é!?

— Nossa, obrigado pela desconfiança! Achei que fossemos amigos. É claro que não é isso, eu não faria algo assim — sorri de canto para ele — mas tem a ver com o professor Orochimaru sim.

— Não me venha com essa, fala logo.

— Ainda estou chocado com essa acusação, porém eu não quero nada de você, só quero te contar uma coisa, pensei que você possa me ajudar com essa história do professor Orochimaru.

— Que coisa ? Está falando sobre ele perguntar de você?

— Eu sou marcado! – eu esperava que ele olhasse pra mim e gritasse um escandaloso "O QUE!?", Mas não, ele ficou em silêncio, como se tivesse congelado ou estivesse processando a informação — você tá aí? Tá me ouvindo?

— Espere, como assim marcado? Você não sai com outros alfas? Como pode ser marcado e se envolver com outros? Eu não tenho nada contra, afinal se seu alfa, que é o mais envolvido nessa história não reclama quem sou eu pra me meter? Mas eu digo isso por não ser o normal... me fala, onde você achou um alfa tão liberal assim? Me diz onde é que eu vou lá procurar um pra mim — não tive como não rir daquilo. O assunto era delicado, mas ele foi no mínimo cômico com aquela conversa.

— Eu não sei quem é meu alfa! — ele voltou a ficar quieto, olhei pra ele e ele olhava para mim como se eu estivesse falando outra língua.

— Tudo bem, agora eu tô' confuso! Como você é marcado e não conhece o alfa? Naruto, você bateu com a cabeça?

— Quem me dera que isso fosse só um delírio, mas não, eu não bati. Eu não conheço o alfa que me marcou, por que estava inconsciente na hora que fui marcado.

— Ainda sim, isso até é normal, quer dizer, não normal porque ainda seria um abuso, a não ser que você tenha concedido que ele te marcasse, mas se você não sabe quem ele é quer dizer que não autorizou, então isso ainda é caracterizado como abuso, mas isso não vem ao caso agora. Mas se você não sabe quem é, eu imagino que ele tenha te marcado e ido embora, e se realmente aconteceu assim, como você está vivo agora? E se você tem uma ligação com ele, como não sabe quem ele é através da ligação? Espera isso está estranho, por acaso você não é uma espécie de alienígena, né ? Me fala, porque eu tô' achando que você tá' tirando uma com a minha cara agora! – ele falava tudo tão rápido que eu mal pude acompanhar.

— Se acalma cara! Eu vou te contar tudo, e não, eu não sou um alienígena! Você vai entender quando eu te explicar — levou um tempo até, mas quando terminei ele pareceu entender tudo. Quando finalizei, já estávamos quase em frente a faculdade.

 

— Isso é muita loucura… você é tipo uma espécie nova de ômega!

—Nossa, obrigado! Me senti um macaco de laboratório agora.

— Não cara, isso é legal, não quis te ofender, mas você não vê a sorte que tem?

— Sorte? Existe sorte em ser marcado por um estranho que te deixou pra morrer?

— Você quem me desculpe, mas você viu a coisa toda errada desde o início!

— O que!? Você ouviu tudo o que eu te contei até agora? Agora eu quem pergunto, você bateu com a cabeça?

— Naruto, deixa de ser idiota. Abra seus olhos, ignore um pouco a raiva que tá' te controlando e veja a coisa pelo outro lado.

— Kabuto, é melhor você se explicar porque eu to achando que você tá' do lado dele, e se for isso mesmo eu juro que te jogo pra fora desse carro.

— Veja bem, você é o único ômega no mundo que sobreviveu a uma marca sem o alfa junto, Naruto você é como um antídoto pros ômegas que morrem por aí quando são abandonados, e isso sem falar que você vive a vida que todo ômega queria viver; marcado, mas sem um alfa pra mandar em você, sem todas as obrigações ou submissões que somos obrigados a passar, vai pra cama com quem quiser e ninguém te domina ou te humilha com aquela voz maldita

— Isso não é de toda a verdade, ou você se esqueceu do que aconteceu ontem no corredor com o Shino?

— Naruto, se fosse outro ômega no seu lugar, teria ido parar em um hospital, sem falar que nem um ser em sã consciência teria dito ao Shino o que você disse. Já parou pra pensar que além dos pais incríveis que você tem você deu sorte com esse alfa? E que alfa lúpus faria isso? Eles são todos controladores e mais possessivos ainda. Não importa se você estava consciente ou não, ou se a marca foi concluída ou não, a partir do momento que ele te marcou, o laço foi firmado.

— Eu realmente não estou te entendendo...

— Naruto, um alfa comum marca um ômega e se o ômega morrer ele pode marcar o outro, certo?

— Certo...

— Um alfa comum também leva um tempo para começar a sentir as emoções do ômega e passar a gostar dele, isso é claro no caso de marca acidental como a sua, certo?

— Certo… mas onde você quer  chegar?

— Com um alfa lúpus não existe segunda marca, se marcou uma vez, é pro resto da vida com o ômega vivo ou não, e tenho certeza que você sabe que tudo com alfa lúpus é multiplicado.

— Eu sei de tudo isso, mas não to vendo um lado tão bom assim. Ainda não vou dizer que não gosto da minha vida, porque seria mentira, mas ainda tem alguém por aí no mundo que tem controle sobre mim, sem falar no fato de que só eu fui prejudicado nessa história.

 

— E é isso que eu estou querendo dizer! Você não foi o único prejudicado, ele nunca mais na vida vai marcar outra pessoa e querendo ou não uma marca afeta ambos. Um lúpus já sente na hora que marca os sentimentos do ômega, e se apega de uma forma impossível de reverter, ele passou a te amar desde o segundo seguinte que a marca foi feita. Se você sofreu, ele também deve ter sofrido, sendo ele cruel ou não, não tem como resistir a uma coisa natural e irreversível como a marca. Eu fiquei aqui me perguntando, como ele não tinha voltado atrás de você? Como ele resistiu tanto tempo longe? Um lúpus não consegue ficar longe, ele é mais dependente do que o próprio ômega em si, mas aí eu pensei, você cultivou ódio por ele desde o início, desde o momento que viu a marca, o seu ódio por ele foi o que fez ele ficar longe. Você tem se vingado dele todos esses anos, machucando ele com seu ódio, obrigando ele a ficar longe. E se duvidar ele sofreu muito mais do que você! Você precisa ver os dois lados da moeda, Naruto. Você foi quem se deu bem nessa história.

 

— Então por que eu ainda me sinto abusado e injustiçado? Se é como você diz, se ele me amou assim que me marcou, eu ainda não o odiava naquele momento, por que ele fugiu e me deixou lá se me amava como você diz? Me explica isso, gênio?

— É isso que eu também não estou entendendo. Por favor não me entenda mal, mesmo que ele tenha sofrido pela sua rejeição, ainda assim ele abusou de você, ainda fez algo que não devia, mas assim como o médico do seu pai disse: alguma coisa devia estar acontecendo com ele na hora para ele ter ido embora. Sua marca mal feita é a prova disso, vocês dois são vítimas aqui, é isso que estou tentando te dizer. Agora você só precisa descobrir o que houve com ele.

— Eu realmente não sei o que pensar, nunca vi as coisas por esse lado… - falei ao estacionar o carro na vaga do professor Uchiha.

— Você estava com raiva, é justificado, se fosse comigo eu estaria do mesmo jeito. Não estou dizendo para parar de odiar ele e nem que ele está certo ou que ele é mais vítima que você, só estou dizendo que talvez você devesse se sentir vingado.

— Eu sei, mas ainda não consigo parar de odiar ele e nem ver ele como vítima.

— Bom, isso aí é com você. Não posso te dizer como se sentir, saiba que estou do seu lado, não do dele. Me perdoe se o magoei com algo, vou guardar seu segredo e tentar descobrir alguma coisa sobre o professor pra você. O sinal já tocou, eu vou entrar. Você esta bem? Se precisar conversar mais eu posso ficar.

— Não, tudo bem, vai lá, e obrigado por guardar segredo. Eu vou ficar mais um pouco e pensar. Obrigado por me ajudar com o professor.

— Até mais tarde então! Se precisar de mim é só me chamar, tá legal? Qualquer notícia eu te aviso.

— Tudo bom, até mais, obrigado por me ouvir .

Eu não sabia o que pensar, nunca pensei ou ponderei as coisas como Kabuto, ele abriu meus olhos para coisas as quais eu nunca tinha pensado antes, eu nunca me senti tão confuso na vida como estava me sentindo agora. Eu já tinha ouvido todas aquelas coisas sobre os alfas lúpus, eu só não as tinha ligado uma a outra assim. Não quero admitir que talvez Kabuto tivesse razão, mas também nunca fui injusto na vida e eu seria agora se não levasse em consideração tudo que ouvi.

 Eu realmente não sei o que fazer!

 





 


Notas Finais




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