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História Uma Rara Exceção. - Capitulo 7


Escrita por: GodC

Notas do Autor


Boa leitura e desculpem os erros!




A história esta sendo corrigida por DemonOfPaper, super obrigada pela sua ajuda!
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Capítulo 7 - Capitulo 7


Fanfic / Fanfiction Uma Rara Exceção. - Capitulo 7

Foi um dia realmente difícil, não por ser puxado, mas sim porque eu estava distraído, pensando em algo que não me deixava raciocinar fora da cabeça. Sasuke teve que chamar minha atenção várias vezes e eu já estava me recriminando por isso. Mas eu estava daquele jeito não porque queria ou por estar com preguiça, eu só não conseguia me concentrar. Não consegui desligar meus pensamentos sobre tudo o que Kabuto falou.

 

Kabuto me abriu os olhos para algo que eu não tinha considerado antes, quer dizer, já tinha pensado em uma ou outra coisa, mas sempre acabava me convencendo de que o único que merecia ser amparado e consolado ou digno de compadecimento era eu.

 

Ridículo e egoísta da minha parte. Vejo isso agora.

 

Não sabia direito o que fazer ou que decisão tomar, não que eu estivesse cogitando a ideia de sair por ai procurando meu alfa, não, nunca, jamais. Eu só me sinto confuso, sem saber qual é o caminho certo a seguir. Estava me julgando por talvez ter feito alguém sofrer por todos esses anos, mas eu também sofri.

 

Droga, eu realmente não sei o que pensar e isso ainda vai me deixar louco.

 

Meu humor foi de péssimo ao levantar a ótimo quanto entrei no carro de Sasuke, voltou a ser péssimo, e por consequência, graças a minha oscilação, Sasuke também parecia irritado. Culpa da minha distração, provavelmente. Eu o estava deixando na mão, era óbvio que ele iria acabar no mesmo estado de mal humor que o meu.

 

Tive certeza desse fato quando entrei em seu carro no final do dia e ele me questionou sobre o que estava acontecendo. O por que eu estava daquele jeito.

 

— Desculpe, professor. Eu estava com a cabeça em outro lugar — tentei me redimir. Claro que não era uma boa justificativa, porém era a única que eu tinha para usar, ou teria que contar toda a minha história a ele, e isso estava fora de cogitação.

 

— Mas não devia, seja o que for, não parece ter a ver com seu estágio. Então só vou te pedir uma vez, Naruto, não misture sua vida pessoal com a profissional, exijo isso de quem trabalha pra mim. Por favor, não me faça me arrepender de ter oferecido essa vaga para você. Que isso não volte a se repetir — a seriedade dele fez com que eu me sentisse pior ainda. Era tudo culpa minha, eu teria que me recompor, mas ainda não sabia como.

 

— Não vai, prometo ao senhor… — disse envergonhado. Eu mal havia começado meu estágio e ali estávamos nós, com ele me repreendendo por minha primeira falha em tão pouco tempo. Eu era mesmo um idiota. Mereci aquele puxão de orelha.

 

— Assim espero — existem situações na vida em que um simples olhar significa muito, e dependendo do jeito, você fica apreensivo, com medo ou talvez até apaixonado, porém aquele não era um desses momentos, na verdade o problema ali era a falta de olhar. Ele me advertiu sem nem me olhar, seus olhos estavam vidrados no caminho que fazia e na direção, ele segurava o volante firme, na verdade até parecia meu pai quando estava bravo com alguma coisa, parecia que eu estava em sala de aula, com ele sendo rígido e grosso. Claro que eu não tirava razão dele, ele estava em seu direito, não iria nem se quer me defender, só me restava pedir desculpas. Mas eu e me lobo éramos completamente diferentes, e por infelicidade, ele tinha mais controle sobre  mim do que eu sobre ele. Ele insistia em dizer que eu deveria me desculpar, que eu devia deixar claro o quanto me sentia mal por ter deixado a desejar e fazer meu professor entender que eu estava arrependido. Ele se recusava em ir para casa e deixar Sasuke bravo comigo. Seria hipócrita dizer que eu também não estava preocupado com isso.

 

— Professor, eu realmente sinto muito, eu tive alguns problemas... quero dizer, não problemas em si, só tem coisas me incomodando na minha vida pessoal e eu não consegui evitar de pensar, por favor me desculpe, eu não posso contar, mas eu me sinto mal, se serve como desculpa, era algo importante. Por favor, me perdoe — suspirei vencido, se ele tivesse olhado para mim teria visto minha cara de culpado por toda aquela situação , mas ele novamente não direcionou o rosto a mim, o que deixou eu e meu lobo mais desolados ainda. Não sabia porque era tão importante assim ter sua aceitação de desculpa, mas eu não conseguia não me importar. Na verdade até sabia, só não queria era admitir para mim mesmo.

 

— Naruto, você pode parar de se justificar, já disse que não quero que volte a se repetir, sua vida pessoal é sua, só me deve satisfação da profissional. Não so- — ele parou de falar ao ouvir seu celular tocar, pegou o mesmo de cima do painel do carro, não reconheci a foto, era uma mulher de cabelos rosas e olhos verdes, linda – Desculpe eu preciso atender. O que foi? — fiquei calado, apenas não tentando ouvir sua conversa, o que era obviamente impossível — onde você está ? Está bem?  Tudo bem, espere aí, ache um lugar sente, eu já estou indo te buscar, por favor não se mexa — quando desligou, estava visivelmente preocupado, ele acelerou o carro me obrigando a me segurar no banco — surgiu um imprevisto, não dá tempo de te levar para casa, desculpe por isso!

 

— Não tem problema. Está tudo bem? — ele não me respondeu.  Mesmo não sendo seu ômega, meu lobo sentia a preocupação dele, eu sabia que algo importante estava acontecendo. Depois de uma corrida e vários sinais vermelhos passados, talvez algumas multas ele estacionou de qualquer jeito em frente ao que pude identificar como um consultório médico. Saiu do carro as pressas e me deixando ali sem saber o que fazer. Cogitei a ideia de ir atrás dele, mas não quis parecer intrometido. Não desviei o olhar da porta por onde ele havia entrado, comecei a balançar a perna nervoso quando vi que ele estava demorando.

 

Por que eu estava tão preocupado com ele?

 

Minutos depois eu o vi, saindo com a mulher que o ligou a pouco ao seu lado, ele a segurava como se ela estivesse sentindo dor, ela estava grávida. A vi fraquejar e os dois pararam, me obriguei a descer e ajudar aos dois.

 

— Mais devagar, por favor Sasuke! — a voz gentil e doce da mulher me fez olhar preocupado para ele. Será que ela era sua ômega? Aquela que ele falou tão carinhoso no dia em que o questionei sobre o anel?

 

— Pode pode me ajudar aqui? — pediu ele a mim. Sem o responder, me coloquei ao lado dela dando apoio a mulher repetindo o ato dele.

 

— Vamos pra casa, está bem?

 

— Sasuke, por favor...

 

— Quieta Sakura, por Deus, olhe pra você! Aonde pensa que vai conseguir ir assim ? Você vai pra casa comigo e vai se deitar, e juro por Deus que se levantar daquela cama eu te amarro lá.

 

— Odeio quando você manda em mim, sabe disso, não sabe? — olhava tudo curioso, mas não ousei me pronunciar — pelo menos me deixe ligar para o hospital e dizer que não irei hoje, está bem? — pediu ela com a voz fraca.

 

— Está bem... mas depois me prometa que ira descansar — o olhar dele para ela me fez murchar por dentro, parecia que algo estava me machucando, eu sabia que ele devia ter uma ômega, a aliança o entregou, mas no fundo talvez rezasse para que fosse só um simples anel — me ajude a colocá-la no carro, Naruto —  apenas confirmei com a cabeça e fiz o que foi pedido. Mudo, era assim que estava desde que saí da tal clinica até o caminho já conhecido da casa do meu professor. Na verdade, o único barulho naquele carro vinha da mulher, ela gemia baixinho, deitada no banco de trás, parecia sentir dor e acariciava a barriga constantemente, eu estava louco para perguntar como ela estava e se precisava de algo, mas mais uma vez não quis parecer um intruso. Descemos do carro e eu e Sasuke a levamos para dentro, ele colocou ela um quarto, pegou água e tirou os sapatos dela — aqui, tome um pouco de água primeiro, vou buscar mais alguns travesseiros e pegar o telefone, pode fazer companhia a ela pra mim? — pediu a mim, acenei que sim com a cabeça e o vi sair rápido.

 

— Sasuke exagera demais, é um legitimo lúpus mesmo – falou ela chamando minha atenção.

 

— Não parece exagero dele, você parece realmente estar passando mal — ela sorriu gentil enquanto tentava se ajeitar na cama.

 

— Não pareço estar passando mal, eu estou mal de verdade! — falou ela em tom de brincadeira. – aliás, eu sou Uchiha Sakura, e você é ? — o seu sobrenome caiu como uma pedra no meu peito, não pude evitar de olhar para sua mão e ver ali a mesma aliança que Sasuke carregava. Então era isso, agora tinha certeza, ela era a ômega dele. E eles teriam filhotes em breve. Saí do meu transe antes que ela pudesse reparar que estava mexido com aquilo.

 

— Sou Naruto, estagiário do professor Uchiha  — ela voltou a sorrir, agora mais abertamente.

 

— É um prazer Naruto! Sempre me dei bem com os estagiários de Sasuke, espero que também possa ser assim com você!

 

— Claro, também espero, você está melhor agora? Digo, Sasuke parecia estar bem preocupado...

 

— Só vou ficar bem quando colocar esses dois garotinhos para fora, carregar dois alfas lúpus de uma vez não é nada fácil. Não se preocupe com Sasuke, foi assim a gravidez toda, ele já devia estar acostumado.

 

— São gêmeos? Isso é incrível!

 

— É né? Seria mais lindo ainda se não gastassem tanto assim minhas energias, como bons alfas que são, já me castigam e brigam por território ainda dentro da barriga! Mas estou perto do fim e logo isso acaba. Não se preocupe e nem dê atenção aos chiliques do Sasuke.

 

— Espero que não esteja falando mal de mim por estar preocupado com você! Seria injusto! — Sasuke apareceu na porta, com um copo de água na mão e algumas toalhas brancas no braço.

 

— Estou dizendo ao Naruto que você faz tempestade em copo d'água. Estou assim desde o início e sabe que será pior ainda no final, já disse deve se preparar para isso.

 

— Deixe de dizer bobagens! Não quero ouvir você repetindo esse tipo de coisa. Ligue logo para quem tem que ligar e depois descanse — conclui entregando o telefone para ela e selando a testa dela com um um rápido beijo — Naruto — me chamou ao sair do quarto. — me desculpe, mas não posso deixar ela sozinha, então não vou poder te levar de volta. Se quiser pode ficar com meu carro e vir me buscar amanhã de manhã.

 

— Não precisa, você pode precisar dele, caso ela passe mal ou piore, eu pego um táxi, não se preocupe comigo, está bem? Desculpe, eu sei que não é da minha conta, mas ela vai ficar bem? — estava preocupado com ela, apesar de talvez ela ser a ômega do único alfa ao qual eu parecia interessado, sim, eu estava interessado nele, não adiantava mais negar isso, só estava enganando a mim mesmo não admitindo aquilo. tinha algo nele que me fazia querer ficar perto, além da vontade enorme de levar ele para cama, afinal quem não ficaria, era só olhar pra ele, eu tinha que admitir, ele mexia comigo, mas nunca poderia ser meu, ele tinha uma família e eu não destruiria isso. E dale riu sem humor da minha pergunta.

 

— Na verdade, não  – disse pesaroso — existe uma grande chance de ela não resistir ao parto. É muito provável que Sakura morra ao dar a luz aos dois alfas, o que é terrível porque ela sempre sonhou com isso, sabe? Em ser mãe. Os dois exigem demais dela e a energia que vem da marca não é suficiente para repôr tudo, estamos contando com a sorte para que ela sobreviva.

 

— Ela parece forte, vai resistir - Falei rápido, eu precisava consolá-lo na tentativa de me redimir por me interessar por alguém já comprometido, ainda mais com alguém como ela, que estava dando a vida para fazer ele feliz, senti a dor dela em mim, era tão... trágico. Como ômega, não consegui não me sentir mal. Ela estava ali lutando para dar a luz aos filhotes dele e fazer o seu alfa feliz enquanto eu desejava o marido dela. Eu mereço ir pro inferno mesmo.

 

— Sakura já aceitou isso melhor do que todos nós. Não  liga de perder a vida pelos filhos. Mas nós não lidamos com tudo isso assim tão bem. Temos fé que ela vai conseguir, as não se preocupe com isso, está bem? Ainda temos muito tempo, no mínimo dois meses então, daremos um jeito.

 

— Claro, tudo vai dar certo. Eu vou emmbora agora pra que cuide dela. Diga que foi um prazer conhecer ela e que desejo melhoras. Nos vemos amanhã, na faculdade.

 

— Até amanhã, Naruto. E não se preocupe com o que aconteceu hoje, eu só estava um pouco irritado e de mal humor e acabei descontando em você. Você também tem seus problemas, vamos esquecer o que aconteceu, sim? — acenei com a cabeça e me despedi dele, procuraria um táxi na rua a caminho da faculdade para buscar meu carro.

 

Era irônico, no final ele disse o que eu e meu lobo tanto queríamos ouvir, disse que estava tudo bem que não estava magoado ou bravo pela minha falta de atenção, mas agora não fazia diferença nenhuma, aquilo não pareceu me consolar como eu esperava, eu enfim sabia que ele tinha dona e que não seria meu nunca. Agora fazia sentido o modo como ele falou do seu ômega no dia em que fui na sua casa pela primeira vez. Ele ia perdê-la e isso devia doer muito. Mais uma vez, lamento por meu alfa não ser como Sasuke.






 


Notas Finais




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