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História Uma ruiva complicada! - Capítulo 55 - Eu sei quem você é


Escrita por: GoldenDiamond

Notas do Autor


Olá, tudo bem?!
sorry ToT, eu sei que demorei seculos.
Não esqueci de vocês! eu sempre me lembrava que tinha que atualizar a história.
E de pouquinho em pouquinho escreve esse capitulo.

Espero que gostem tanto quando eu!
Divitam-se!! ^^

Capítulo 55 - Capítulo 55 - Eu sei quem você é


Um abraço apertado me fincava no lugar, fazendo minha mente caminhar de volta pra meu sonho que sempre acabava em pesadelo. Fecho os olhos, apreciando aquele calor tão família e ao mesmo tempo estranho. Aquilo me destruía por dentro como vidro. Tudo que eu mais queria, tudo que eu mais desejava, tudo que eu sonhava... Lágrimas se formavam e desciam em meu rosto, e tudo em mim desabava ao ver aquele cabelo preto longo, lindo e brilhante. O cheiro bom de campos floridos contaminava minha mente, remoendo minhas memórias mais profundas... Talvez até aquelas que nem mesmo eu sequer vi. Memórias esquecidas sobre aquelas mãos macias acariciando meu cabelo ou a voz que sussurravam em meu ouvido constantemente.  

-Meu anjo. – era tudo que eu escutava. Era tudo o que eu queria escutar no momento.  

Viro meu rosto na falha tentativa de visualizar seu rosto, mas o máximo que eu conseguia enxergar era seu cabelo. Respiro profundamente tentando jogar fora todo o nervosismo, toda a minha insegurança. Fecho os olhos, subindo lentamente meus braços em volta dos que me cercavam, afastando lentamente aquela sensação estranha de mim. Era exatamente como pensei. Ela é exatamente como imaginei ou como me imaginei mais velha. Tento formular alguma palavra, mas meu nervosismo estava me consumindo ao extremo e só de ter ela segurando minhas mãos, e mostrando aquele olhar que eu sempre sonhei. Eu travava.  

-Sou uma grande fã sua. – murmuro olhando para meus pés. Escuto seu sorriso. Droga, Lucy. Você de todas as coisas que poderia dizer... Você diz besteira.  

-Eu sei. Sua irmã me contou. – aceno, nervosamente sem olhar em seus olhos. – Ellie, não precisa dizer nada. Eu entendo... 

-Mas eu quero dizer! Eu quero saber sobre você! Como...Como... Nossa. Eu nem sei o que dizer, desculpe. - começo a rir nervosamente. Todos a nossa volta ficam surpresos com minha reação, mas o que eu poderia fazer. O nervosismo estava tomando conta de mim. 

-Lucy? Você está bem? – Johan pergunta se aproximando, enquanto minha verdadeira mãe me observava com um sorriso no rosto. Vejo ela acenar lentamente concordando com o que eu disse. – Eu vou levá-la para o hospital. E você pode descansar Selene. Vocês duas vão ter muito o que conversar depois, então eu acho melhor... 

-Não. Eu vou com ela. Eu vou com a Ellie. – ela aperta ainda mais minhas mãos, me segurando forte, como se eu fosse sumir da sua vida novamente. -Eu vou com ela. Por favor, me deixe ir.  

Johan acena passando as mãos sobre meus ombros enquanto me puxava de volta para o elevador. Clark se aproxima de nós com um saco de gelo no rosto. Ele estava murmurando algo com Adam que o seguia de perto. Johan o chama para ir também assim como Adam. O enorme segurança se faz presente, ficando ao lado de Selene. Ela por outro lado simplesmente o ignorou. E bem, parece que Johan tinha razão sobre eu não está relativamente bem... Porque tudo a minha volta começou a rodar e quanto mais eu fechava os olhos mais náuseas sentia. Me apoio em Johan, que começava a balançar meu corpo de um lado para o outro. Sua voz ficava cada vez mais distante e por mais que eu quisesse ficar sã, alguma coisa me puxava de volta. Era como se eu estivesse com muito sono, como se minhas pálpebras ficassem cada vez mais pesadas e meu corpo estivesse muito dormente. Eu iria desmaiar, disso eu tenho certeza... Fecho meus olhos com força, sentindo por fim a escuridão tomar conta de mim.  

∞  

Aquela luz chata me incomodava muito. Tento abrir os olhos, mas eles pareciam colados. Mexo minhas mãos procurando por algo até sentir alguém apertar elas, e por deus era muito reconfortante sentir isso. Depois de falhas tentativas consigo abrir meus olhos. Pisco levemente, escutando um certo burburinho a minha volta, mas era calmo e tranquilo. Não chegava a ser barulhento ou perturbador. Algumas imagens se formam em minha frente e posso ver claramente Johan sentado em uma poltrona, dormindo profundamente e mais à esquerda duas mulheres conversavam baixinho. Uma era Lucia que estava de frente pra mim, entretanto a outro estava de costas e não dava para ver muito, mas só o longo cabelo escuro brilhoso. Sinto minhas pálpebras pesar novamente e volto a estar naquele escuto outra vez.  

(...)  

Um alto barulho me assusta, fazendo com que eu abra meus olhos bruscamente. Fico sentada na cama e uma forte dor de cabeça me acerta em cheio. Volto a fechar os olhos, mas por pânico os abro novamente. Onde diabos estou? Analiso o quadro estranho... Isso era um quarto de hospital? Respiro pesadamente, procurando por vida pelo quarto além da minha. Será que foi um sonho? O que aconteceu? Aliso minha testa, antes de colocar o pé fora da cama, sentindo o chão frio, me fazendo encolher o corpo. A porta abre revelando duas mulher e um homem alto. Uma delas correu em minha direção, me abraçando com muito força. Fico por um momento sem entender muito bem, pois eu tenho a impressão que deveria a conhecer de algum lugar... quando escuto seu sussurro contra meu ouvido. "Meu anjo!" - aquilo foi como um estalo dentro da minha cabeça... várias imagens e momentos passavam rápido demais e nomes, coisas, pessoas, rosto.... E por mais que eu tentasse controlar a coisas estava fora de controle. Lagrimas começaram a brotar meus olhos e aquelas lembranças... Elas me pertenciam. Eram minhas e só minhas.  

-Mãe. - sussurro fraco, sentindo seu aceno constante contra meu ombro. Ela alisava meus cabelos como se eu fosse desaparecer a qualquer momento, como se eu fosse uma pessoa fraca. - Minha mãe... Mãe.  

-Sim. Eu finalmente posso ver você, Ellie. Meu anjo. - ela murmurava aquelas palavras a todo segundo. - 17 anos procurando por você, 17 anos sem saber como estava! Anos e mais anos sem ter você em meus braços. Você é como sonhei!   

Desvio meu olhar para o enorme homem de cabelos escuros, nos observando atentamente e em seu rosto lágrimas escorriam lentamente. Ergo meu braço o chamando, e a passos lentos ele se aproxima, colocando os braços em nossa volta... A outra mulher de maneira simples, mas elegante sai da sala sem dizer nenhuma palavra. Ela simplesmente sai e ao abri a porta vejo Johan parado com Lucia ao seu lado, eles conversavam... Só conversavam, mas seu sorriso triste era visto a distância. Finalmente eu tinha encontrado o que tanto havia procurado.  

-Eu sou uma artista como você. - digo, afastando seu abraço e olhando em seus olhos agora. - Sou uma artista como você! Meus quadros já foram para uma exposição e venderam como água! Meu estilo de pintar e retirar meus sentimentos os transformando em cores... Tenho certeza de ter uma grande inspiração e... 

-Eu sei. Eu vi alguns dos seus quadros em seu atelier. Desculpa, mas eu queria saber mais sobre você e... Seu talento é maravilhoso. Estou tão orgulhosa de você! Tão orgulhosa!  

-Nossa menininha é uma artista talentosa! - eles comentavam entre si como eu era talentosa e que as coisas que imaginaram para mim tinham se realizado.  

Eu tinha seguido sem saber o sonho da minha mãe. Tinha aprendido a ser a pessoa que ela sempre falava enquanto eu estava dentro de sua barriga e que por mais complicado que fosse, eu havia percorrido a linha do limite a muito tempo e nem sabia. Selene Darwin e Elliot Edward tinham sonhado o tempo todo em como eu seria e como agiria, porém em nenhum momento os dois deixaram seus céus ficarem nublados. Pois eu era o sol que eles almejavam no final de seus sonhos ou pesadelos. Fui a libertação da minha mãe e a salvação do meu pai. Hoje eu aceitei mil vezes e me convenci que é possivelmente possível seguir seu sonho pelas pessoas que te amam. Já era de se esperar não é? Eu sou quem sou graças a eles. Selene comentou que Richard tinha sido preso, mas não me explicou como aconteceu. Ela também falou que era livre e que a alguns dias havia se casado com Elliot. Eles moravam um uma casinha perto do orfanato e que iram começar tudo de novo, mas antes queriam passar alguns meses comigo. Eu tive uma longa conversa com Johan e Lucia. Eles estavam felizes por mim e eu optei por não mudar meu sobrenome, seria uma Walker e assim ficou decidido. Agora tenho duas mães e dois pais! Johan disputava com Elliot em quesito mimar... Não sei quem é o mais constrangedor dos dois. De um lado Johan me chamava de abelhinha e do outro Elliot me chamava de ovelhinha; eu não mereço isso.  

E por meio de mais conversa descobri que tive uma tal de Amnésia dissociativa devido ao estresse e essas coisas que me fez esquecer por alguns dias quem eu era e o que fiz. Ainda bem que estava sobre controle, mas o que preocupava de vez em quando era que eu não lembrava de algumas pessoas, mesmo com ela falando comigo e me lembrando de como nós conhecemos.  

 Coço os olhos ao sair da cama e caminhar em direção a porta. Abro a porta quando vejo um bebedor logo a frente e tudo que vinha a minha mente era um copo de água bem gelado. A passos apresados sigo desajeitadamente até lá, pegando um copo e o enchendo de água. Depois de uns cinco, a seis copos observo atentamente toda a movimentação até ver médicos andando com pranchetas nas mãos, fazendo consultas com os pacientes.  

Suspiro cansada, refazendo meus passos até o quarto. Mas quando eu me viro uma garota de cabelos ruivos passa pelos corredores e Por Picasso... Ela é linda! Paro de andar quando a vejo virar o rosto na minha direção. Ela para de andar e pela sua expressão de choque, eu fico paralisada sem saber o que fazer. Ela começa a fazer seus passos em minha direção e isso faz meu coração bater fortemente em meu peito. Minha respiração trava e minhas pernas ficam paralisadas. Por mais bizarro que pareça essa garota andava em câmera lenta. Eu observava a cena encantada com tudo isso. O que é que se faz quando se apaixona por alguém assim? A cor dor seus olhos é encantador. Era como se um universo morasse ali, e o jeito demorado piscar os lindo olhos me deixava ainda mais sem ar, como se estivesse literalmente em câmera lenta. O jeito que ela caminhava em minha direção. O jeito que seu cabelos ruivo voava, como se o vento que passasse por eles estivesse sorrindo alegremente por tocar na própria cor de outono. A forma da sua boca entreaberta como se... como se fosse feita só para beijar as linhas entre a fantasia e a realidade. O que é que se faz quando se apaixona por alguém assim? O que se faz?  

-Oi? - ela fala, colocando as mãos no bolsos do jaleco.  

-Você é linda! - as palavras escapam da minha boca e escuto sua gargalhada logo em seguida. - Você... Olha eu sei que isso é meio errado, mas você é muito linda! Nossa. Estou muito... 

-Desculpe, mas sou comprometida. - ela mostra um anel em sua mão direta e como um balde de água fria jogado em cima de mim. Meus batimentos voltam ao normal. Fecho os olhos um pouco decepcionada.  

-Seu namorado tem muita sorte de ter você! Tenho certeza que é uma mulher incrível! - digo, voltando a caminhar em direção ao meu quarto. Ela segue meus passos, sem dizer nenhuma palavras.- Você deve ser muito cobiçada por aqui, não é?!  

-Como disse sou comprometida. E se me permite dizer, minha namorada sabe que sou uma mulher incrível. - ela diz, arqueando as sobrancelhas pra mim. - Eu deveria ficar com muita raiva dela, mas pelo visto vou ter que reconsiderar o caso. 

-Namorada? - questiono um pouco espantada.  

-Sim. - seu sorriso ficava cada vez mais contagioso.  

Dou um sorriso tímido, enquanto abro a porta do quarto entrando logo em seguida. "Eu sei que é difícil de aceitar isso, mas é isso aí." - penso antes de me virar e ver ela fechar a porta atrás de si. Quantas vezes eu acreditei em uma mentira? Nesses últimos minutos estou fazendo bastante perguntas, mas tudo que consigo fazer é ficar hipnotizada pelo seu olhar e vejo que ela se aproximava cada vez mais perto. Ela me é bastante familiar. O rosto, o sorriso, as expressões, a voz, o gesto. Era como se alguém tivesse colocado ela dentro da minha cabeça e estivesse tentando de todas as formas encaixa-las nos meus sonhos. É tão natural a forma como ela caminhava,  

-Drª Reigal! - Johan estava parado a porta do quarto com os braços cruzados sorrindo abertamente ao ver ela.  

-Sim. A encontrei no corredor. - ela se vira seu rosto novamente em minha direção, sorrindo um pouco despreocupada.   

-Você não vai contar a ela, Clara? - ele ergue um braço, desviando seu olhar para mim. - Vai continuar a ser uma estranha para ela? Lucy, flertou com você desde que chegou a esse hospital desorientada, e você só a ignorou!  

Ela acena para mim, enquanto colocava as mãos no bolsos do jaleco.  

-Clara. - eu viro meu rosto, um pouco nervosa. - Clara Reigal? Você disse que tinha uma namorada.  

-Disse. - ela fala, se virando para Johan. - Pode me deixar a sós com ela?  

Johan ergue os braços vencido saindo do quarto sem dizer nenhum  nada, mas seu sorriso estava muito estampado em seu rosto. Ele parecia muito mais feliz de eu ter encontrado ela sozinha do que ela ter vindo me encontrar.  

-Lucy. - meu nome sai dos seus lábios como uma canção. - Sabe porque vou dá um desconto para minha namorada? 

-Não. - sussurro, olhando fixamente para sua boca levemente vermelha.  

-Porque ela flertou comigo sempre que podia, me atrapalhava quando eu vinha verificar como estava e sempre falava coisas que tiravam minha concentração. Sou só uma interna aqui, preciso de concentração e acredite ter alguém que você ama muito com amnésia e mesmo assim ela flerta com você e um pouco tentador. E nossa como fiquei feliz quando você se apaixonou por mim uma outra vez.   

  Um choque atravessa meu corpo e por  um breve momento tive uma leve imagem fixa em minha cabeça. Uma garota no meio daquele cinza frio, uma cor alaranjada bem viva, caminhava em minha direção. Ela tentava se aquecer assoprando as mãos em busca de calor, quando percebo seu olhar em minha direção. Observando a máquina fotográfica em minha mãos. Clara Reigal. A ruiva complica que mudou minha vida. Dou um sorriso ao lembrar de tudo.  

-Lucy.- ela me chama um pouco inquieta e pelo seu olhar posso ver o quanto ela queria que eu lembrasse naquele exato momento quem ela era.  

-Clara. Eu sei quem você é. - ao dizer aquelas palavras, um lindo sorriso enfeita seu rosto. Seus braços me aquecem e posso sentir seu corpo colar no meu. 

Sinto seus lábios nós meus, como se ela já conhecesse o processo, como se conhecesse meu corpo, minha alma. Aquela sensação era maravilhosa. É tão maravilhosa e nostálgica que por puro instinto acabo passando os braços sobre sua cintura a puxando para mais perto do meu corpo. Suas mãos deslizavam em meus cabelos, os puxando de leve. Mas logo ela se afasta, e eu tenho uma impressão de que fiquei com os olhos fechados por alguns segundos. Sinto seu sorriso contra meus lábios, seguido de um leve selinho. Quando volto a observa-la, ela me encarava lindamente com um sorriso perfeito no rosto. Meu coração batia loucamente dentro do meu peito, a cada segundo que passava eu me via mais apaixonada por aquela linda mulher, que só sorria contra meus lábios. Será que seria egoísmo da minha parte querer te sentir mais uma vez? Sentir seu perfume, seu toque, o doce do seu corpo, tudo que possa me oferecer eu aceitaria para sempre. Quero que você seja meu eterno infinito, meu eterno universo colorido.  

Viro seu corpo para que ela caísse em cima da cama comigo por cima. Lágrimas escorriam pelo seu rosto e em meios aos beijos e caricias, eu sabia que aquilo eram seus sentimentos contidos de minutos, horas, dias, semanas e meses.. Ela sentia saudade, uma saudade que eu compartilhava, uma saudade apertada da gente. E como aquilo seria nosso infinito as palavras em nossos corações saiam para fora como águas em um belo rio de primavera.  

-Eu te amo. 


Notas Finais


Obrigada pelos comentários e pelo apoio! Vocês são minha segunda família!
Eu sempre penso em vocês quando demoro muito para atualizar, mas eu sei que você sabem como é o negocio!
Estou feliz pelo resutado que essa Fic está tendo!
Minha primeira Fic! Minha primeira história! Ser tão querida assim!
Queria pedir desculpas pelas demoras e por você terem que aturar ficar esperando atualizações,eu sei que isso é muito chato!
Um ano de Uma ruiva complica se passou... "que foi a exatamente um mês... e eu esqueci de comentar." - melhor autora! ^^
Mas é isso aí! vejo vocês nos próximos caps!
Espero que tenham gostado!

Até mais! ^^


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