História Uma Simples História - Viagem?

Katy se levanta do sofá e vai até eles dizendo “Vocês voltaram mais cedo dessa vez”. Os pais dela eram só um pouco mais altos que ela, a mãe tinha o cabelo Chanel castanho mais claro que da filha e era magra, e já o pai era fortinho, tinha o cabelo preto e um cavanhaque. Haviam colocado as malas no chão e mesmo um pouco molhados abraçaram Katy, e o pai dela diz “Pois é. Mudança de planos, querida”.

Nesse momento Emy se levanta se aproximando “Olá...” e a mãe da pequena a olha “Oh! E quem é essa linda moça?”, Katy diz corando “Ah sim. É nossa vizinha Emily. Ela quem me ajudou a organizar as coisas”. Pareceu que só agora os pais repararam na casa arrumada com tudo, então a mulher disse pegando na mão dela “Emily, muito obrigado pela enorme ajuda” e a alta falou “Que isso. Não foi nada”. Então o pai diz “Bom, se me derem licença, irei guardar essas coisas” e a mãe o acompanhou “Oh! Espere por mim, querido!” e foram levando as malas lá para o quarto deles.

Quando não podiam mais vê-los, Katy se aproximou de Emy e a puxou para um selinho, depois sussurrou “Outra hora teremos de continuar de onde paramos...” e sorriu maliciosamente. A da mecha verde só conseguiu ruborizar, então escutaram a voz da mãe de Katy gritando “Filha! Vem aqui!” e Emy pôs a mão na nuca falando “Bem... vou pra casa”, a pequena a abraçou dizendo meio baixo “Ok. Volte amanhã, hein?!” e a alta retribuiu o abraço “Pode deixar. Boa noite” beijou a testa de Katy e saiu.

Enquanto Emy ia pra casa tomar um banho e dormir, Katy ia até os pais no quarto deles “O que foi?” e disseram ao mesmo tempo “Temos duas surpresas pra você!”. A baixinha deu uns pulos toda animada “Mesmo? O que são?” a mãe começou “A primeira é essa” e entregou algo embrulhado pra ela, que abriu rapidamente. Tinha dois pares de biquínis “Ué. Pra quê isso?” e a mãe falou “Para a segunda surpresa”. Vendo que Katy não entendeu nada o pai disse “Vamos tirar umas férias! Viajaremos já depois de amanhã!”.

 Katy faltou cair pra trás com o choque da notícia, já que era raro isso acontecer “Não acredito! É sério mesmo? Vamos aonde? E vai durar quanto tempo?” e a mãe disse “Sério! Vamos pra Tulum lá no México, não durará tanto quanto gostaríamos, mas serão duas ótimas semanas!”. Estava tão feliz que quase se esqueceu de Emy, ficaria longe dela por duas semanas... Não é tanto tempo assim, né?... Enfim, a pequena pegou os biquínis, deu boa noite aos pais, tomou um banho rápido e se deitou. Pensou em várias formas de como contar a garota alta que iria viajar, até imaginou as possíveis reações, mas resolveu pensar nisso depois já que o sono chegou quase tão rápido como seus pais. Fechou os olhos, respirou fundo e dormiu tendo sonhos nada inocentes.

No dia seguinte já não chovia mais, havia muitas nuvens, mas também tinha o brilho do sol, mesmo que não tão quente. Sendo o meio da semana, Emy acorda com aquele barulhinho chato e se estica pra desligar o despertador, quase o quebrando. Levantou, foi tomar um banho rápido, se arrumou e saiu sem tomar café.

Observou a casa de Katy e o carro dos pais dela, imaginava se estariam tomando um café em família e se seria um incomodo se ela aparecesse apenas para dizer bom dia, mas saiu daquele devaneio quando não pôde mais ver a casa. Percorreu seu caminho tranquilamente, estava muito feliz, tanto que quando olhava para as pessoas ela gesticulava um “Bom dia” com um belo sorriso contagiante.

Chegou ao trabalho cumprimentando a todos com aquele mesmo sorriso e a chefa dela se aproximou “Tá legal! Quem é você e o que fez com minha Emily?! Ela não chegaria tão cedo assim, e muito menos cumprimentando a todos, inclusive os clientes que mais odeia!”. Emy estava tão ocupada pensando na pequena que nem escutou o que a chefa dela dizia, até que esta foi ao pé do ouvido da garota e falou num tom baixo “Sua namorada está aqui”. A garota corou saindo rapidamente dos pensamentos e olhou em volta freneticamente à procura de Katy fazendo a mulher quase chorar com altas risadas “Brincadeira! Devia ter preparado meu celular e filmado sua reação!” e então deixou Emy, que ficou brava, em paz indo ao escritório, ainda rindo.

Enquanto a garota alta atendia a clientela, Katy ouvia músicas com um grande fone azul já arrumando sua mala pra não se preocupar mais durante o dia, já que viajariam de manha bem cedo no dia seguinte. Também arrumaria uma mochila, no dia da viagem, pra levar alguns livros e umas guloseimas caseiras para desfrutar durante a longa viagem. Dentro da mala colocou: chinelos; shorts; regatas; camisetas; calça e blusa de frio para o caso de Tulum der a louca como São Paulo e, óbvio, peças intimas, sem se esquecer dos biquínis que ganhara.

Demorou um pouco, pois por alguns momentos teve dúvida de qual das várias peças poderia levar, mas quando finalmente terminou foi à cozinha preparar algum lanchinho. Fez um belo sanduíche bem caprichado de presunto e queijo, colocando no micro-ondas pra derreter o queijo. Isso seria o almoço dela pela preguiça que tinha de preparar algo. Depois que se escutou o apito, pegou sua obra assoprando um pouco e a ponto de dar Aquela mordida foi interrompida com o som da porta sendo batida. Gritou um “Já vai!” mordeu um pedaço do sanduíche e correu pra atender “Oi, Emy! Tudo bem? Entra ai”.

A dona do piercing na orelha sorriu e se abaixou um pouco para dar um selinho em Katy levantando lhe o rosto a fazendo corar, depois disse “Estou ótima! E você?” e entrou. A baixinha a puxou pra cozinha e se encostou a pia “Melhor... Quer um pedaço”, pegou estendendo o sanduba e Emy falou “Não, obrigado... Seus pais saíram? O carro deles não está lá fora” e depois de morder um pedaço de seu lanche Katy diz cobrindo a boca “Hmm, nop, é porque guardaram né. Ah! Tenho que te contar uma coisa”. Terminando de engolir continuou “Vou viajar com eles amanhã... De manhã”, a garota alta olhou para o próprio pé e Katy contou o que disseram.

Quando a pequena terminou de contar, Emy disse sorrindo “Legal. Então estarei esperando por você”, corando Katy a puxou pelo rosto e a beijou, e a garota do piercing na orelha retribuiu mordendo os lábios inferiores da baixinha e a aproximando mais pela cintura.

Ainda no beijo a pequena sentiu olhares sob elas, abriu um pouco os olhos procurando e empurrou Emy ao perceber seu pai, que parecia em choque, na porta da cozinha. A alta se assusta com o empurrão sem entender “O que aconteceu? Te mordi muito forte?”, sem resposta Emy olhou onde ela olhava e quase se engasgou. O pai de Katy ainda em choque pegou um copo o enchendo de café e antes de passar completamente na porta falou “Estarei esperando lá em cima com sua mãe para conversarmos... Katy”.