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História Uma turma de gente tosca. - Sobre pastelarias, bandas e muita água


Escrita por: CelticLight

Capítulo 3 - Sobre pastelarias, bandas e muita água


Fanfic / Fanfiction Uma turma de gente tosca. - Sobre pastelarias, bandas e muita água

Após dois meses de hype pela continuação dessa fanfic (claro, porque nenhum de vocês se esqueceu que ela existe, né?) retornaremos por um lugar não muito diferente de onde começamos: um estabelecimento sem fiscalização sanitária na Uruguaiana. Mas dessa vez não um lugar chique como um bar falido, mas sim a pastelaria “Ping Pong Ying” da imigrante chinesa Naomi Abriuzoiu, quase uma segunda casa para dezenas de bregas sem dinheiro para comer em algum lugar melhor. (Leia-se: Lipinho e Edinson)

E era por lá mesmo, com seus estômagos cheios das maiores bizarrices, que nossos heróis continuavam suas discussões políticas de alto nível e planos para enrolar mais ainda essa fanfic, sem perspectiva de acabar antes da correção da página 34 do livro de matemática do sétimo ano. Teria durado esse tempo todo mesmo, se não fosse um judeuzão se intrometer.

“Oy vey, você aí com cara de comunista, dá pra me vender um desse relógios? É que um esquilo roubou o meu.”

“Claro, para você eu faço 140% de desconto! Compre dois e leve um vale pizza.”

Mas aquela voz não enganava ninguém. Só podia ser – pensou Edinson – uma versão coroa e sem trancinhas de seu velho rival no ramo da música: Flavyo Paschoalman, da banda de Axé-Metal The Aécious and Their Snowflakiest Coca Magica.

Não havia mais como sair correndo, a única esperança de Edinson seria que Flavyo não o visse, já que iniciar uma briga com o estômago cheio de pastéis de qualidade duvidosa não lá uma ideia muito boa, além de que o Lulla não estaria lá para socorrê-lo.

É, mas aquela aparência de jogador de futebol argentino era impossível de não ser reconhecida.

“E aí edinson, quanto tempo a gente não se vê!!! Como vai um Lulla’n’Slash? Ele já foi preso?”

“Não ache que eu já esqueci o golpe que sua banda deu na minha!”

O Lipinho, apesar de sua inteligência típica de pseudo-desempregado, estava entendendo tanto daquilo quanto ele entendia de futebol gaélico.

“Um é de uma banda narcótica e o outro é eleitor do Freixo. Vocês deveriam ser amigos ué.”

“Não Felipe. É que a banda do Edinson tinha umas músicas que pareciam ter sido feitas por um pato aidético, aí ele coloca a culpa em mim porque a minha banda fez mais sucesso.”

“A mídia deu mais atenção a sua banda porque queria ofuscar o mais talentoso grupo musical de esquerda da América Latina.”

“Tá deixa eu resumir essa história pros caras que tão lendo a fanfic do comunista possam entender;

= Flashback On =

Lá na época em que o Edinson era jovem de verdade, o Lulla tinha dez dedos e o meu cabelo ainda era cheio de trancinhas nós três éramos grandes amigos, como Batman e Bruce Wayne. Protestávamos contra o consumo excessivo de cachaça juntos, íamos a cemitérios vestidos de góticos juntos, fazíamos tudo juntos.

Isso durou até o dia em que nos separamos, quando Edinson foi interpretar chapeuzinho vermelho no teatro e Lulla foi trabalhar com metalurgia. Nesse período eu criei junto com Myshell Demer e outros caras a banda The Aécious and Their Snowflakiest Coca Magica que era tipo aquele cara lá da margarina Quale: se humilhava cantando um bagulho escroto que só pobre ouvia.

Como nós ficamos famosos cantando músicas de péssima qualidade, Edinson e Lulla ficaram com inveja e tentaram fazer o mesmo. Já que o projeto deles nunca foi pra frente,  colocaram a culpa em mim.

Depois de uns dois meses tudo isso acabou e eu investi o dinheiro que ganhei com a banda para me tornar um grande matemático. Além de ter criado a rede de mercados kosher Mundial, muito maior que o bar do Lulla.

= Flashback Off  =

Edinson não perdeu a oportunidade de contestar essa narrativa golpista:

= Fakeback On =

Diferente desse viés de imparcialidade do meu colega, eu contarei a história de um ponto de vista que é assumidamente meu.

Nós realmente éramos grandes amigos, chorávamos vestidos de góticos em cemitérios juntos e tudo mais. Foi assim até, um dia, Flavyo nos abandonar de surpresa. Ele foi estudar em uma faculdade de matemática não sei onde.

Apesar do choque de perder um grande amigo, Lulla, como o grande trabalhador que é, começou em um novo emprego como metalúrgico. E foi já em uma das primeira semanas de trabalho que Lulla recebeu um chamado: perdeu seu dedo mindinho em uma máquina. Para muitos aquilo podia ser uma tragédia, mas para ele era um sinal: o metal havia o vencido, e ele deveria se vingar dominando o metal!

Foi contando essa história que o companheiro me chamou para integrar sua nova banda de Heavy Metal.

Ao mesmo tempo Flavyo tirava uma nota baixa atrás da outra na faculdade, já que se preocupava mais em mexer nas trancinhas que estudar. Mas como todo golpista, encontrou seu meio de subir na vida: usurpar o lugar dos outros.

Juntou meio dúzia de outros golpistas das elites e começou a subornar as gravadoras para deixarem de publicar nossas músicas.

Dessa forma, nossa banda acabou e o Lulla teve de subsistir com um bar falido.

= Fakeback Off =

“Olhe as fotos da Valesca Popozuda antes das plásticas, a sua situação não é tão desesperadora assim.” - disse Flavyo

Essa frase teria gerado uma chacina ali, se de repente não tivesse aparecido Lyandró James Bondë na pastelaria, carregando Thai Yan em um de seus braços.

“Vocês estão presos em nome do Serviço de Inteligência Britânico.” – exclamou.

Em uma coisa todos finalmente concordavam: ninguém sabia o que estava acontecendo.

“O Judeu vai preso por sua conexão com a máfia da margarina Quale, o petista por sua amizade com o gângster Lulla’n’Slash e o dos relógios porque eu quero mesmo.”

 “Se me prenderá injustamente, posso pelo menos saber como vocês chegou aqui?”

“Claro!

= Flashback On =

Em um lugar não tão distante assim, nosso traficante boliviano favorito se deliciava com o chat lagado de Dota. E o seu encanador bigodudo, Mario Heverton, como de praxe consertando a tubulação de água muito mal.

16:47 [BOLIVIA] CocaMiguelito: Eu te contratei pra vc consertar esses canos, não p vc molhar tudo + ainda

16:47 [WATER] Heverton8e7:Deixa pra lá

16:47 [BOLIVIA] CocaMiguelito: P%$&# vc parece aqueles cara q comentam “jajaja” no chat de Dota

16:48 [BOLIVIA] CocaMiguelito: Até pelo bigode

16:48 [BOLIVIA] CocaMiguelito: O Trump podia virar Mod pra banir esses caras

16:49 [DEUTSCH] Christopher Crauze: Cê não tinha uns reféns pra torturar?

 16:49 [DEUTSCH] Christopher Crauze: Yavull

16:50 [BOLIVIA] CocaMiguelito: -_- tô cansado

16:50 [BOLIVIA] CocaMiguelito: Vou mandar aquele encanador mexicano ou algo assim fazer isso

Dessa forma, o Heverton foi mandado para me torturar lá no porão da casa. Foi o grande erro do boliviano. O encanador explorado nos contou seu plano para inundar a casa de Ted Miguelito e nos ajudou a fugir antes que isso acontecesse.

Na saída, peguei o celular do boliviano, onde encontrei várias mensagens trocadas com os grandes consumidores de drogas Flavyo Paschoalman e Edinson Dirceu Genoíno. Os rastreei, com a ajuda da sempre fiel Thai Yan, até chegar aqui.

= Flashback Off =

“Agora vamos logo, a cadeia espera por vocês!”

Flavyo, com um olhar de bravo, pega um cadernete com um nome na capa: “Death Anedotary”. Com uma caneta, marcou dezenas de “X” em suas páginas. Instantaneamente, Lyandró e Thai Yan morrem de ataque cardíaco.

“C... Como você fez isso?” – perguntou Edinson.

E vocês? Quer descobrir? Então espere pelo próximo episódio, porque se eu colocasse nesse ele ficaria tão grande que ninguém conseguiria ler até o final.


Notas Finais


Ficou meio maluca, mas fazer o que?


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