POV. Marinette
Ouvi o grito desesperado de Chat, juntamente com o bip de nossos miraculous.
- SANTEN KESSHUN! - Ouvi uma voz feminina gritar.
O impacto que eu esperava, o que acabaria comigo, não aconteceu. Abri os olhos devagar. E não pude acreditar neles. Uma espécie de barreira de coloração amarela e com uma forma triangular, se materializou, protegendo-me como um escudo. Na minha frente havia uma grota de longos cabelos ruivos.
Logo em seguida, apareceu um garoto, ele usava um quimono preto e empunhava uma espada, que na minha opinião, mais parecia uma faca gigante.
- Orihime! Cuide dos dois e deixe o monstrengo comigo. - Disse o menino de cabelo alaranjado.
- Espere! E-Ele é um-muito f-forte... - Minha voz falhava. Eu estava muito fraca.
- Tudo bem! Deixe o Ichigo cuidar disso. - Disse a ruiva.
- Mas ele vai... - Antes que eu terminasse a frase, vi o garoto, literalmente, cortando a criatura ao meio, fazendo-a desaparecer no ar. - Mas... C-Como? - Foi a única coisa que pude dizer.
- My Lady você está bem? - Perguntou Chat. Só então reparei que ele havia se aproximado e agora encontrava-se ao meu lado. Nossos miraculous apitaram novamente.
- Esperem! - Disse a garota. - Deixe eu cuidar disso! - Ela segurou o pequeno galho que estava cravado em meu ombro, preparando-se para tira-lo. - Isso vai doer um pouco está bem?
Apenas assenti com a cabeça. Com um rápido puxão ela retirou a lasca de madeira do meu corpo. Eu arfei com a dor causada pela ação.
- SOTEN KISSHUN! - Gritou ela. E novamente um luz amarela tomou conta do lugar.
Esse "escudo" não era como o primeiro, ele envolvia a mim e Chat. Olhei para o fundo corte em meu ombro que estava se fechando. Todos meus machucados estavam desaparecendo, assim como os de Chat. Meu corpo já não doía mais, eu e ele estávamos completamente curados. Era como se nunca tivéssemos nos machucado, se não fosse pelas nossas roupas rasgadas, eu poderia jurar que aquilo nunca aconteceu. O escudo desapareceu. Chat Noir e eu nos olhávamos, checando um ao outro, mas o que veio depois, me surpreendeu mais do que aquela cura milagrosa.
Ele passou uma de suas mãos por minha cintura, me puxando para si, colando nossos corpos. Apertou-me firmemente, como se não quisesse que eu fugisse, com a outra mão, ele agarrou minha nuca puxando meu rosto junto ao seu. Nossos narizes se tocaram, podíamos sentir o hálito um do outro. O dele cheirava a drops de menta. Fechei meus olhos lentamente, já sabendo e consentindo com o que estava por vir. Sem esperar mais um segundo ele colou seus lábios nos meus. Um beijo se iniciou. Sentíamos o gosto um do outro, nossas línguas travavam uma batalha, por um segundo, esquecemos de tudo a nossa volta, era como se só houvéssemos nós dois ali. Separamo-nos, ambos corados. Foi então que me lembrei de que não estávamos sozinhos.
- Ah! Desculpe! - Eu disse timidamente. - E obrigado!
- Obrigado jovem dama. - Disse o gato preto curvando-se para uma leve reverência.
- Ah! Não precisam agradecer. - Ela disse.
- Dei uma olhada na região, parece que aquele hollow não estava sozinho. Mas por enquanto estamos seguros. - Disse o garoto juntando-se à nós.
- Como Se chamam mesmo? - Perguntou Chat.
- Meu Nome é Kurosaki Orihime, mas podem me chamar apenas de Orihime. E esse é Kurosaki Ichigo. Meu marido. - Disse ela.
- Podem me chamar de Ichigo. Vocês estão bem?
- Sim! graças à vocês, obrigado. Eu sou Ladybug e esse é o Chat Noir.
- Ichigo, o que acha de sairmos os quarto amanhã?
- Claro! O que acham? - Perguntou Ichigo.
- Tudo bem. - Respondi.
- Por mim também. - Disse Chat.
- Ótimo! - Orihime sorria de orelha a orelha.
- Podemos marcar no Museu do Louvre? Às quatro? - Perguntei.
- Pode ser na Torre Eiffel? É que não moramos aqui, apenas viemos em lua de mel e não conhecemos praticamente nada . Hehehe. - Orihime continuava a sorrir, só que agora um sorriso tímido se formava em sua boca.
- Todo bem! Podemos mostrar a cidade a vocês. - Disse Chat.
- Seria maravilhoso. Então até amanhã! - Disse Inoue já se virando e acenando.
- Tchau. A gente se vê! - Disse Ichigo.
E assim os dois se foram. Eu não sabia o que dizer ou fazer, depois do beijo com o Chat. Ambos estávamos estáticos.
- Eu tenho que ir! - Eu disse. Mas antes que pudesse jogar meu ioiô, Chat me puxou pelo braço.
- Fica! - Disse ele manhosos. Passando a mão novamente por minha cintura, ele me beijou, de novo.
Ele cobriu minha boca com a sua, exercendo uma pressão firme e constante com seus lábios macios. Aquele carinho aveludado me fez estremecer. Dessa vez não precisamos nos preocupar com nada nem ninguém, foi o que eu pensei, até ouvir o bip de nossos miraculous. Nesse momento tentei me afastar dele, mas fui impedida por dois braços fortes que me puxaram, apertando ainda mais meu corpo junto ao seu. Me entreguei ao beijo, esquecendo todo o resto. Sua língua explorava cada canto da minha boca, assim como a minha explorava a sua. Sua mão apressada percorria minha cintura apertando-a contra si. Parei de pensar e simplesmente me entreguei ao momento, minha mente se esvaziou por completo, tanto que nem percebi quando minha transformação acabou. Apenas continuamos nos beijando até que uma luz verde se fez presente. A transformação de Chat também havia chegado ao fim.
- Parece que é agora. - Ouvi Tikki sussurrando.
- Pois é! - Respondeu uma voz que eu desconhecia.
Agora mais do que nunca, eu queria sumir, simplesmente desaparecer, evaporar mas, infelizmente não era possível. Não consegui fazer outra coisa a não ser afundar a cabeça em seu peito enquanto ele afagava meus cabelos.
- My Lady? - Chamou. - Olhe para mim. - Eu neguei. - Deixe-me ver seu rosto.
Lentamente me afastei de seu peito ainda de cabeça baixa. Ele pegou delicadamente meu rosto erguendo-o para encará-lo. "Não! Não pode ser verdade. Por quê?"
- A-Adrien?!? - Meu olhos cheios de lágrimas, minhas mãos sobre o rosto como se pudesse me esconder daquela situação.
- Marinette?!? É você? Você é a Ladybug? - Ele perguntou.
- E-Eu... - Eu não sabia o que dizer.
Antes que mais uma palavra fosse dita ele me puxou para outro beijo. Esse beijo foi diferente do primeiro, havia desejo, paixão, era um beijo que continha um turbilhão de sentimentos. Por trás das pálpebras fechadas, eu absorvia seu gosto e seu cheiro. O silêncio e a calmaria da noite, me permitiu escutar nossos batimentos, nossa respiração estava ritmada, nossas línguas faziam uma dança sensual dentro de nossas bocas. As mãos de Adrien que antes estavam em minha cintura, agora ele repousava-as timidamente em meu bumbum. O toque de seus dedos me apertando, me fez tremer. Eu poderia jurar que meu corpo estava em chamas, queimando de dentro para fora. Minhas mãos acariciavam sua nuca, deixando ali alguns arranhões, que com certeza deixariam marca. O ar se fez necessário e interrompemos o beijo. Ele desceu sua boca até meu pescoço, começou a beija-lo e mordisca-lo, foram aparecendo, quase que instantaneamente, pequenas marquinhas vermelhas por onde sua boca passava. Afastamos nossos rostos e fitamos um ao outro por alguns instantes. Ambos estávamos corados.
- Estou muito feliz que seja você Mari. - Ele disse me encarando. "Pera! Ele me chamou de Mari? Acho que eu vou desmaiar."
- E-Eu tambe-bem esto-tou. - Com certeza se eu colocasse minha roupa de Ladybug agora, ninguém saberia dizer onde terminava a roupa e começava a Marinette.
- Eu te amo, My Lady. - Adrien depositou um beijo em minha mão. O mesmo gesto costumeiro de Chat Noir.
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