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História Uma Vez Mais - O verdadeiro amor espera.


Escrita por: TaylStyles

Notas do Autor


Oi gente, tudo bem?

Bem, um One Shot curtinho saindo do forno pra vocês :D
Nunca escrevi um antes, e sempre acho que poderia ser melhor, mas mesmo assim, gostei do resultado final.
É uma história Haylor narrada -quase- sempre em 3ª pessoa, sem -quase- nada de diálogos.
E isso é um desafio pra mim, rsrsrs.

Tentei usar o meu lado mais poético e romântico possível.
E usei meu casal favorito -como sempre- como protagonistas.
Então ficou bem fofa.

Espero que gostem.
E comentários com opiniões serão sempre bem vindos.

Beijos, e até a proxima!

Capítulo 1 - O verdadeiro amor espera.


Fanfic / Fanfiction Uma Vez Mais - O verdadeiro amor espera.

 

Uma vez mais

Duas almas.

Duas almas ligadas por uma força maior do que aquela que compreendemos.

Duas almas que viajam pelo universo, com o simples objetivo de encontrarem-se.

Estas almas, que separadas, são incompletas.

E que juntas, são uma só.

 

1940 – Londres, Inglaterra

Ele tocava o piano. Tomado pela emoção e a melancolia, Harry apertava as teclas do piano de sua casa, tentando desesperadamente sentir novamente a sensação de que ela estaria ali... tentando se conectar com ela de alguma forma.

Ele tocava a mesma música que repercutia no Lyseaum Theatre naquela noite de primavera. Quando se sentou na confortável cadeira na plateia, usando seu melhor paletó feito pelo melhor alfaiate de Londres.

Seu pai fez questão que ele andasse ao seu lado vestido adequadamente, como um cavalheiro da alta sociedade, filho do barão Desmond Styles, que deileitava-se exibindo sua admirável família.

Harry, o filho mais velho, que estudava música em uma aclamada escola de Paris, e passava os verões com a família em Londres. Gemma, a caçula, que estava predestinada a desposar com um filho de um poderoso militar e Anne, sua linda esposa, que chamava atenção por ser uma bela mulher e extremamente dedicada a família.

Harry sempre soube o peso que carregava nas costas por ser filho de um barão como seu pai. Quando lhe contou que gostaria de estudar música, seu pai, por mais improvável que pareça, o apoiou na esperança do filho ser um músico excepcional e mundialmente conhecido. Harry, então, se esforçava, aprendendo os diversos instrumentos e mergulhando na música clássica para atender as expectativas de seu pai. O piano era seu instrumento favorito, apesar de seu pai insistir que ele desse prioridade para o violoncelo.

Harry sabia que não podia discordar muito de seu pai, mas agradecia por ser menos pior do que poderia esperar.

Então, quando o seu pai chegou com ingressos para toda a família na primeira fila de uma apresentação de dança daquela noite, Harry os acompanhou, já esperando que o pai fosse vangloriar-se para os colegas da alta sociedade, mostrando o quão o seu lindo filho era talentoso e que um dia, se apresentaria pelo mundo em concertos com o seu nome.

Harry já estava entediado de ter que sorrir educadamente e falar sobre como eram os estudos na Europa para homens e mulheres elegantes na entrada do teatro. E estar ali sentado naquela cadeira era o único momento da noite que poderia ter tranquilidade.

As luzes se apagaram e o interlocutor anunciou a principal apresentação da noite.

Foi quando a viu, com um foco de luz sobre ela.

Seus cabelos loiros dourados presos em um coque sobre sua cabeça com um arranjo delicado de flores. De loetard, tutu, tight brancos e sapatilhas, com brilhos que faziam a brilhar mais do que toda sua aura.

Seus olhos estavam fechados e seu corpo em uma perfeita posição para o início da música.

E então ela começou a dançar.

Como uma pluma, tão leve e graciosa como os olhos de Harry jamais tinha visto.

Ela fazia de si uma dança, em um ritmo suave, tal como uma borboleta.

Ali, tão menina.

Ela inventava os versos, não olhava para nada, dançava a poesia.

Fazendo de seu corpo a música, fazendo de seu corpo o ritmo.

Harry sentiu sua alma arder. Sentiu seu coração parar de funcionar por alguns segundos. Levantou-se para aplaudi-la no final da música e no momento que seus olhares se cruzaram, o brilho intenso dos olhos azuis daquela bailarina invadiram os seus e com um sorriso perfeito, ele percebeu que seu coração pulsou.

E desse jeito, Harry conheceu o amor.

Sentiu o seu sonho acontecer. Sentiu seu mundo amanhecer.

Não demorou para que Harry se aproximasse daquela mulher, que roubou seu coração naquela noite. Ele passou a ir todas as noites em suas apresentações de ballet e descobriu que ela se chamava Taylor.

Taylor Swift. Sua estrela, seu anjo.

A esperou, tarde da noite, todas as noites, do lado de fora do teatro e se aproximou, lhe entregando uma rosa e se oferecendo para a acompanhar até sua casa. Taylor, que já tinha o visto na plateia, sempre sentado no mesmo lugar a aplaudindo e sorrindo no final de cada apresentação, aceitou sua cortesia.

Então, o universo se encarregou do resto. Eles logo se apaixonaram.

Harry descobriu que Taylor viera de uma família humilde. Seu pai era um operário americano que se mudou com a família quando Taylor tinha 5 anos. Ele trabalha em uma fábrica e sua mãe, costurava para fora para ajudar a pagar as aulas de ballet de Taylor, sua única filha. Taylor era tudo que eles tinham, e eles fizeram muito esforço para que ela fosse uma bailarina aclamada, de modo que agora, Taylor trabalhava no teatro para ajudar sua família, que eram as pessoas na quais ela mais amava no mundo.

Os dois partilhavam a mesma paixão pela música. Harry a tocando, e Taylor a dançando.

Harry a levou a seu estúdio, onde tocou piano para ela dançar, e se fascinava cada vez que via sua flor bailar.

Quando, ajoelhado, lhe entregou um anel e pediu sua mão em casamento, dizendo que finalmente, havia encontrado sua outra metade e seu grande amor.

Se casaram em menos de 3 meses. Ela com 17 e Harry com 20. Perdidamente apaixonados.

Sentindo como se encontrassem o seu lugar no mundo.

Sentindo-se como se já se conhecessem de outras vidas.

Sentindo o fogo em sua alma arder cada vez que se tocavam.

Sentindo como se estivessem no lugar certo, fazendo a coisa certa, felizes como jamais poderiam imaginar.

Sabendo que era aquilo que estava escrito para eles.

Foram a mão solitária um do outro.

O caminho um do outro.

Amantes um do outro.

Inspiração um do outro.

Sentiam-se como se nascessem de novo todos os dias, um por causa do outro.

Tal como dois rios que se encontram.

Dois vulcões que se cruzam e se abraçam.

Como um encaixe perfeito de dois corpos.

Não conseguiam achar palavras compreensíveis para mensurar o que os uniam.

E então prometeram.

Prometeram ser um do outro até seus últimos dias.

Prometeram diante de Deus que se amariam infinitamente até e além o seu último suspiro. Prometeram ser o Sol e as Estrelas que iluminavam o caminho do outro, a luz que aquece e o calor que irradia.

A vida que desdobra e entontece. O norte, a direção e o caminho certo e precioso. A calma que conduzia nas noites escuras e o porto seguro que acolhe, entende, protege, mesmo quando um não dizia tudo.

A beleza do amor entre eles era infinita. De perfeição e pureza.

Sentiam-se como se a partir do momento que se encontraram, não podiam mais se perder.

Eles se amaram por 6 meses, em um casamento feliz e próspero, onde Harry se sentia completo.

Terminou seus estudos na Europa, enquanto Taylor o esperou, e voltou-se para se casar com sua amada e começar uma família. Conseguiu um emprego no mesmo teatro onde Taylor se apresentava, tocando piano todas as noites para uma enorme plateia. Sua vida estava perfeita.

Seu pai e sua mãe, aceitaram Taylor, mesmo conhecendo as condições financeiras da garota. Eles não podiam deixar de reconhecer seu talento e beleza, ficando encantados com a doçura e delicadeza da garota. Apoiaram na esperança de que logo, os pombinhos lhe presenteariam com lindos netos.

Mas não foi assim que quis o destino, pois uma terrível tragédia aconteceu após o aniversário de 18 anos de Taylor.

Ela se fora.

Harry não entendia porque. Não aceitou o porquê. Não queria entender o porquê. Se recusou em entender o porquê. Mas ela partiu sem ele. Depois de uma terrível doença arrancar de seu peito o último suspiro de sua amada. E dos seus lábios, o ultimo “eu te amo”.

Nem todo o poder do barão Desmond Styles foi suficiente para impedir que sua querida nora partisse. Eles moveram montanhas, chamaram os melhores médicos da América e da Europa para salvá-la. Mas de nada adiantou.

Harry sentiu como se sua vida acabasse ali, junto com a de Taylor.

Não viu mais motivos para continuar. Se fechou em seu mundo e afastou todos que tentavam fazer com que se sentisse melhor.

A vida tinha perdido a cor.

Seu anjo se foi. Seu tão amado anjo. Viajou para um lugar distante, e embora Harry soubesse que agora, ela estaria em paz e não mais sofrendo com a doença que tirou sua vida, ele ainda sentia o vazio em seu coração que nunca mais fora preenchido.

Mas, de algum modo, ele sabia que um dia, a reencontraria em algum lugar.

Ele permanecia nela, como sempre foi. Mais perfeito e mais fiel. E mesmo sozinho, Harry sabia que ela estava perto dele, quando sentia o vento bater seu rosto ou quando, triste, olhava para o céu, conversando sozinho com a esperança de que Taylor o ouvisse.

Foi vivendo um dia após o outro.

Continuou tocando piano, compondo músicas inspiradas em sua musa, e era conhecido e aclamado por compor as mais belas, porém tristes, músicas de amor.

Nunca mais se casou. Esperou o dia que fosse, finalmente, se juntar a Taylor, no mais belo jardim que ele sabia que ela se encontrava.

E então, quando estava com 35 anos, ainda jovem, a vida de Harry também chegou ao fim, depois de pegar uma forte pneumonia.

Harry já não se cuidava como deveria e se entregou a doença, achando que dessa forma, poderia finalmente terminar com o vazio de sua alma e ir encontrar sua amada.

Mas não era assim que o destino planejara.

Pois tudo, tudo seu tempo certo de acontecer.

 

1980 – Estados Unidos

Taylor era uma mulher poderosa. Cantora da Broadway, principal estrela de um espetáculo famoso. Ela tinha tudo.

Aplausos, elogios, ótimas críticas, flores, camarins, vestidos caros, jóias e admiradores. Era uma mulher muito bonita. Loira, de olhos azuis e uma voz maravilhosa. Todos poderiam jurar que sua vida era perfeita e completa.

Mas ela sabia que não era.

Ela sabia que dentro de si, ainda sentia um vazio que ela não sabia de onde vinha. Uma dor forte no peito que sentia quase todos os dias, como se faltasse uma parte dela que ela não sabia qual.

Casou-se aos 23 acreditando que o vazio era a falta de um amor. Casou-se com um colega de elenco, Tom, que sempre a cortejou, lhe dando presentes e toda sua atenção. Acreditou que o casamento era a solução de seus problemas, mas não era, separando-se 1 ano depois, pois não o amava e sabia que isso só a deixava mais infeliz ainda.

Uma noite, em seu camarim antes de se apresentar, colocou um disco para tocar de um pianista dos anos 40. As notas suaves percorreram seu corpo e um calor atingiu seu coração.

Taylor amava aquela música. Era uma melodia triste, mas que tocava o seu coração de uma forma inexplicável. Ela se via olhando-se no espelho, olhando para sua vida, tão perfeita e tão vazia.

Será que era possível que uma música preenchesse o espaço vazio mais do que tudo que ela tinha?

Começou a chorar. Borrando sua maquiagem impecável e se perguntando o porquê.

Por que não poderia ser feliz?

No dia seguinte, Taylor embarcou em um navio.

Precisava de novos ares. De novos ventos. De novas histórias. Pediu demissão e juntou todas suas economias para viajar pelo mundo em busca de algo que a completasse por inteiro.

Sua primeira parada era Londres. Nunca havia visitado Londres.

Ficou os três primeiros dias se acomodando e conhecendo pontos turísticos da cidade, quando, em uma noite, colocou novamente a música do pianista mais uma vez para tocar em seu quarto.

Fechou os olhos, sentindo novamente a melodia que lhe tocava o fundo da alma.

Levantou-se. Pegou sua bolsa e saiu na noite de Londres. Sem rumo, sem destino.

Andou pelas ruas, olhando os casais apaixonados em praças, olhando as construções antigas e se perguntando quanta história havia ali.

Ouviu então, o barulho de uma pequena plateia ovacionando alguém de dentro de um pequeno e modesto pub.

Taylor jamais entraria em um local assim em Nova York.

Era elegante demais para frequentar esses lugares.

Era possível ouvir do lado de fora o barulho de instrumentos como guitarra e bateria, sem falar nas mulheres entrando e saindo com calças apertadas e jaquetas de couro, com batons fortes em tons de vermelho.

Taylor olhou para si mesma. Estava tão formal como poderia estar. Totalmente fora de contexto do que aquelas mulheres extravagantes, com sua saia que ia abaixo dos joelhos, uma blusa sem decote e luvas pequenas que lhe cobriam as mãos, além de sua tiara no cabelo que deixava ele perfeitamente em seu lugar, ao contrário dos penteados armados e rabos de cavalos das garotas que entravam no pub.

Mas se perguntou: por que não? Só porque não tinha nada haver com elas? Ela precisava se arriscar mais, viver mais. Então, sem ligar para os olhares tortos de algumas mulheres quando passou e atravessou a porta, ela entrou no bar sem ligar para o que estavam pensando.

Ouviu o barulho ensurdecedor de uma banda de rock tocando ao fundo do bar. De instrumentos misturados com uma perfeita voz rouca e masculina.

Um pequeno ardor em seu coração fez com que ela se sentisse estranhamente tentada a ver mais, como se algo a puxasse.

Ela foi abrindo caminho entre as pessoas, se aproximando do palco, e olhando para a banda que tocava, quando reparou, no centro dele, um homem de calça preta e colada, com cabelos compridos e jaqueta de couro, cantando empolgadamente uma música que Taylor não conhecia.

Reparou em como sua boca movimentava e seus olhos fechavam quando alcançava notas altas, e em como ele balançava seus cabelos cacheados no ritmo da guitarra que tocava em suas mãos.

Ele era lindo.

Taylor permaneceu parada ali. Admirando o rosto e ouvindo a voz daquele moço. Quando novamente, sentiu aquele calor que preenche o vazio em peito que sentia quando ouvia sua música favorita.

Fechou os olhos por alguns instantes e quando voltou a abri-los, encontrou os olhos do homem no palco, que chegaram ao fundo de seu coração.

Ele, então, parou de tocar e ficou imóvel por alguns minutos, olhando para os olhos daquela desconhecida. Taylor o olhava de volta, e sentiu como se ele conseguisse enxergar em uma parte de si que ninguém mais conseguira.

Sentiu o rosto arder.

Sentiu os olhos marejarem.

Ele tirou a guitarra do corpo, entregando-a ao colega de banda e desceu do palco. Abrindo caminho por entre as pessoas, chegando a um passo dela.

A olhando, ergueu a mão e lhe disse:

- Oi... meu nome é Harry.

Ela, sem temer, sem hesitar, pegou a mão dele e disse:

- Oi... meu nome é Taylor.

Um sorriso se formou naquele rosto lindo e o destino se encarregou do resto.

Porque, um verdadeiro amor espera uma vez mais.

Duas almas gêmeas sempre encontrarão um jeito de se reencontrarem, uma vez mais.



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