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História Uma Vida de Mentiras - Eight


Escrita por: gigiic

Notas do Autor


Boa tarde, gente!! Como estão??
Me desculpem pela demora (de um dia) para postar. Eu queria que vocês sentissem a magia de Dubai assim como senti enquanto pesquisava para escrever esse capítulo, por isso ele ficou maior que os outros. Espero que eu tenha conseguido isso.
Boa leitura!

Capítulo 8 - Eight


Fanfic / Fanfiction Uma Vida de Mentiras - Eight

Capítulo não revisado.

Dubai – 28 de dezembro de 2016

– O que estão fazendo trancados nesse quarto quando deveriam estar mostrando o amor entre vocês para o mundo inteiro? – Jamie perguntou assim que a conexão em vídeo começou.

– Resolvi que precisávamos de uma reunião – falei com a mesma ignorância e Preston me olhou feio.

– Eu estou de férias, Bethany. Não só eu como os outros dois também, então é bom começar a falar logo – ele cruzou os braços com a autoridade de sempre.

– Que história é essa de The Sun, Daily Mail e essa coisa toda de vocês pagarem paparazzo para tirar fotos nossas e mandar para essas revistas que todo mundo sabe que só fazem matérias mentirosas? – meu tom de voz era alto, quase um grito.

– Que? De onde tirou isso? – Jamie teve a cara de pau de perguntar, como se não soubesse de nada.

– Todo mundo sabe disso. Até a fãs sabem que só sai mentira sobre os garotos nessas revistas – revirei os olhos. Puxei uma cadeira e sentei ao lado do Harry, que me olhava sem entender muito bem a minha revolta. 

– Tem certeza de que ninguém está ouvindo essa conversa? – meu agente tentava olhar por cima do nosso ombro. Olhei para trás por alguns minutos e não vi ninguém ali. O garoto ao meu lado concordou antes que eu o fizesse. – Bethany, se a gente não divulgar onde vocês estão, como as pessoas vão saber que estão juntos? 

– Achando. As fãs não são burras, Bill – agitava os braços sobre minha cabeça. – Elas veem pequenos detalhes que passam despercebidos por vocês, elas prestam atenção em cada detalhe de uma foto, vídeo e até tweets. Não precisam que vocês deixem as coisas estampadas na cara delas – espalmei minha mão em frente ao meu rosto.

– Calma, Beth – Styles tocou meu braço e o empurrou para baixo.

– E o que você sugere, dona da razão? – Preston voltou a falar. Revirei os olhos com o apelido estúpido.

– Sugiro que parem! – daquela vez consegui manter meus braços parados. – Poderíamos tentar fazer isso do meu jeito só por essa semana que estamos aqui. Se não der certo, eu juro que paro de me meter nisso e faço o que mandarem – levantei o dedinho.

– Não podemos correr esse risco. Dar errado não pode ser uma opção – Jamie afundou os dedos em seu cabelo, num movimento claro de nervosismo. Graças à explicação do Harry, eu entendia seu medo, mas estava segura que aquele plano daria certo por isso fiz de tudo para convencê-lo daquilo também.

– Uma semana, Jamie. Eu faço tudo, não precisa se preocupar – garanti com minha voz mais firme do que eu realmente estava.

– Uma semana, Lancaster. Nada mais que isso – levantei os braços na mesma hora em que ele concordou e bati palmas -, se der errado você estará fora e se prepare para os piores dias de sua vida.

– Farei o possível para que isso não aconteça – tentei falar entre o sorriso gigante que tinha em meu rosto. Sem paparazzo por uma semana, eu não poderia ter ficado mais feliz.

– Agora tchau. E boas festas! – acenou e desligou a conexão.

– Estou depositando toda a minha pouca confiança em você, Bethany – Preston me apontou com o olhar firme –, me decepcione e você estará fora da minha empresa – fez o mesmo que Jamie assim que acabou com a ameaça.

Vi Bill acenando em despedida, mas gritei antes que ele fizesse o mesmo que os outros dois:

– Calma!!! Vou precisar de você nessa.

– Você disse que faria tudo sozinha – ele cerrou os olhos.

– Por favooooor – juntei as mãos em frente aos meus seios. Ele revirou os olhos, mas concordou com a cabeça. – Obrigada!! Te mando uma mensagem – acenei de forma exagerada e fechei a janela, desligando a conexão em vídeo

– O que você está planejando, querida? – meu namorado questionou. Aquele apelido já não me incomodava como antes.

– Planejo curtir essa semana sem paparazzo para encher o saco, o que acha?

– Uma ótima ideia, mas como vamos mostrar ao mundo o nosso amor? – citou a fala de Jamie, me fazendo gargalhar.

– Simples. Aquela fã pode servir como fotografa – expliquei meu plano da forma mais resumida, mas ele ainda tinha as sobrancelhas franzidas. – Assim: normalmente essas revistas têm fotos em melhores qualidades e onde o “casal” mostra que se amam com todas as forças existentes no universo – arregalei meus olhos para mostrar a grandiosidade do amor entre eles –, mas quando são fotografados de surpresa por fãs ou stalkers, eles estão agindo como meros amigos ou até mesmo desconhecidos.

– Então vamos precisar fingir em tempo integral? – me interrompeu com uma sobrancelha arqueada. Concordei com a cabeça.

– Será o único jeito de elas terem fotos nossas interagindo como namorados mesmo por trás das câmeras.

– Então quer dizer que você só vai ficar perto de mim por causa desse plano? – Harry tinha um sorrisinho brincando em seus lábios.

– É exatamente isso – piquei um olho e seu sorriso se transformou num O, surpreso com minha resposta.

– Estou, pessoalmente, ofendido em saber disso – colocou a mão no peito e fez menção de levantar.

– Seu idiota – o empurrei de volta para o sofá e joguei minhas pernas sobre as suas, para evitar que levantasse novamente.

– Você é muito folgada, sabia? – fechei os olhos fingindo não ouvir.

Seus dedos tocaram meus pés e torci para que ele me fizesse uma massagem. Antes que eu pudesse me deliciar com seu toque leve, um grito agudo saiu da minha garganta.

– Para Harry!! Por favor! – eu gritava como se estivessem me matando, mas ele estava apenas fazendo cócegas nos meus pés. – Me larga, Styles!! – berrei tentando soltar minhas pernas dos seus braços. Debatia-me como uma louca e, por consequência, ele me segurou com mais força.

Por causa dos meus gritos, não ouvimos os passos do lado de fora e fomos pegos de surpresa.

– Harry, você... Quem é ela? – uma garota de cabelos curtos e tingidos de loiro entrou no local e paralisou ao ver a cena. Suas características idênticas às do meu namorado e de sua mãe denunciavam seu parentesco. Franzi o cenho ao reparar que ela usava uma calça rasgada no joelho e blusa de malha, estava bem quente para usar aquele tipo de roupa lá fora.

– Sou Bethany Lancaster – finalmente consegui me soltar do Styles mais novo e fui cumprimentar a mais velha.

– Sou Gemma – fiz menção de abraçá-la, como com sua mãe, mas ela apenas estendeu a mão e voltou a encarar seu irmão com cara de poucos amigos.

– Minha namorada – fez as tão conhecidas aspas na palavra que definia nosso falso relacionamento.

– Você não disse que ela viria – voltou dois passos e parou ao lado da porta que dividia o quarto deles e a sala anexada que estávamos. Ela tinha seus punhos cerrados numa demonstração clara de raiva.

– Achei que você sabia que eu sempre passo ano novo com uma namorada diferente. Pensei que já estamos acostumados com isso – ele levantou também e se aproximou da garota, que deu mais um passo para trás.

– Você sabe que eu não quero me meter nessa gigante bola de mentira. Não quero as pessoas pensando que eu apoio isso – me encarou dos pés a cabeça com um olhar reprovador. – Que droga, Styles! – vociferou e saiu do nosso campo de visão quase correndo.

– Desculpa por isso, Beth – seus olhos estavam tristes. – Eu preciso... – apontou para a porta e eu entendi. Concordei com a cabeça e ele saiu na mesma velocidade que sua irmã. Gritou mais um pedido de desculpa por cima do ombro e continuou seu caminho.

Eu não conseguia raciocinar direito depois daquela apresentação conturbada. A única coisa que queria era sair daquele quarto, me esconder em minhas cobertas e acordar quando aquela coisa toda já estivesse acabada. Mas eu não podia. Havia assinado um contrato com aquelas pessoas e já iria sofrer as consequências por estar modificando seu intocável cronograma, imagina se eu largasse tudo e sumisse? Não, eu não queria ficar mal falada no mundo das celebridades. Eu precisava daquele emprego para conseguir me sustentar e ajudar meus pais, não podia voltar para casa com as mãos abanando só por causa de uma crise.

E ainda tinha o Harry. Ah, o querido Harry. Ele necessitava da minha ajuda mais do que qualquer velho amigo precisou um dia. Styles precisava se libertar daquela vida e eu estava disposta a ajuda-lo de todas as formas possíveis. Ele confiava que eu era sua salvação e eu sentia necessidade de vê-lo feliz, então eu continuaria ali por ele.

Com aqueles pensamentos, deixei o quarto dos irmãos Styles e me dirigi ao meu. Mas não consegui deixar de ouvir os gritos que vinham do andar de baixo:

– Ela é uma garota legal, Gemma, não é como as outras – Harry tentava controlar sua voz, mas não estava funcionando.

– Como você pode ter certeza disso? Não faz nem um mês que se conhecem – Gemma, por outro lado, nem se esforçava.

– Não preciso conhecê-la a mais de um mês para saber que Bethany é uma amiga para mim e só está tentado me ajudar – seu tom subiu algumas oitavas e me senti culpada por ele estar aos berros com sua irmã.

– Amigos não tentam te camuflar para o mundo. Amigos não aceitam esse tipo de coisa e, principalmente, não se metem nisso. Amigos te apoiam e conhecem o verdadeiro você – seu timbre aumentava a cada frase. – Como ela te conhece em menos de um mês, Harry? Bethany – senti o nojo em sua voz ao dizer meu nome – conhece o que a mídia mostra de você e quem as fãs acha que é, mas o verdadeiro Harry Styles é conhecido pelos poucos que convivem com ele diariamente e...

– Você quer saber de uma coisa, Gemma? – ele interrompeu seu monólogo com a voz firme. – Nem eu me conheço mais – a declaração saiu como um sussurro e quase não consegui entender, precisei descer dois degraus.

O silêncio que se estendeu por dois minutos me fez perceber que era hora de deixa-los, realmente, sozinhos. A conversa havia tomado um rumo sentimental e aquele era o momento propício para que se entendessem.

Voltei a fazer o caminho para o meu quarto e o encontrei perfeitamente arrumado, o que significava que a camareira havia passado por ali. Andei lentamente pela sala que antecedia o quarto e repare na quantidade absurda de almofadas que havia ali, fora o exagero de sofás (uma para quatro pessoas, com duas poltronas ao lado e cobertos por almofadas coloridas; e um sofá em formato de U, que ficava numa parte mais elevada, também coberto por travesseiros). Passei direto por ali e, em vez de hibernar naquela maravilhosa e gigante cama com lençóis roxos muito mais que chamativos, fui direto para o banheiro hibernar na banheira de mármore claro.

A água sempre me acalmou de uma forma inexplicável. Provavelmente aquilo se devia ao fato de eu ter, praticamente, nascido nas praias de Byron Bay e sempre que tinha um pequeno problema – que, por eu ser criança, era transformado num gigante –, corria para as águas salgadas na esperança que sua correnteza os levasse embora. Até que aquilo funcionava bem, porém quando se é quase uma adulta, você não pode simplesmente se jogar no mar e esperar que seus problemas se resolvam como num passe de mágica.

E foi com aqueles pensamentos que entrei na banheira com a esperança de relaxar mental e fisicamente. Eu precisava daquele momento de paz comigo mesma.

xx

– Bethany Lancaster, se você não abrir essa porta agora mesmo eu vou mandar um segurança arrombar.

Que porra é essa?

Foi a primeira coisa que me perguntei quando acordei com a gritaria de meu pai e seus murros na porta. Olhei para o meu corpo completamente enrugado por ter passado mais de uma hora na água e me levantei correndo. Eu precisava dizer que estava tudo bem, para que ninguém colocasse a porta para baixo e me visse nua.

– Por que essa gritaria? – interroguei colocando apenas a cabeça para fora, mesmo que já vestisse um roupão. Acabei me surpreendendo ao ver que todos os meus acompanhantes de viagem estavam ali, até mesmo a Gemma. Mas, assim que ela me viu, se retirou com uma careta.

– Achamos que havia acontecido alguma coisa com você, filha – mamãe foi a primeira a se pronunciar. – Deixamos Noah aqui para que se arrumasse para irmos ao centro e, depois de meia hora, ele pediu para que Harry nos avisasse que você não saia desse banheiro. Todos nós ficamos batendo nessa porta como loucos e nada de você responder. Já estava ficando assustada – senti vontade de dizer que aquilo era perceptível, por causa de seus olhos inchados e voz rouca, mas decidi ficar calada por entender sua preocupação.

– Está tudo bem, mãe – senti vontade de abraça-la, mas não estava vestida de forma apropriada para sair na frente do Harry e sua família. – Então, vamos visitar o centro de Dubai? – tentei mudar o foco daquela conversa tensa para algo mais divertido.

– Sim e já estamos atrasados. Coloque uma roupa e desça em dez minutos – papai avisou e se retirou do quarto, levando consigo o padrasto de Harry.

– Vou me arrumar – meu namorado apontou para a porta e me deixou sozinha com as duas mais velhas.

Fiquei calada por alguns minutos, sem saber muito bem o que fazer ou dizer. Fiz menção de voltar para o banheiro, mas fui interrompida:

– Bethany, não quer ajuda para escolher uma roupa? Posso te ajudar – Anne se ofereceu olhando para mamãe, senti que ela queria acabar com meu constrangimento. Dona Lauren apenas concordou com a cabeça. – Pode terminar o seu banho, querida. Vamos te esperar aqui – apontou para o sofá que ficava do outro lado do quarto.

Segui a sua ordem e voltei para dentro do banheiro pensando em como o meu apelido ficava mais charmoso e significativo quando era falado por seu filho. Coloquei a banheira para esvaziar e tomei uma ducha rápida no enorme chuveiro que havia ali. Qual era o problema daquelas pessoas com tamanho? Tudo era exageradamente grande naquele hotel.

Vesti minhas roupas íntimas e o roupão com rapidez e me coloquei para fora daquele ambiente molhado.

– O que acha dessa saia? – a senhora Styles balançava uma saia, branca com detalhes em preto, em frente ao seu rosto. – Sua mão permitiu que revirássemos sua mala e acabamos colocando uns vestidos no armário, espero que não se incomode – o tom de voz que saía de sua garganta era tão calmo que era praticamente impossível ficar incomodada com qualquer coisa que ela fizesse.

– Tudo bem, sim. E eu adorei a escolha – apontei para o look que elas haviam escolhido: a saia com detalhes, uma blusa branca soltinha, sandália aberta e confortável para caminhar pelo centro de Dubai. – Prontas? – as duas assentiram e nos direcionamos para a recepção, onde os outros já esperavam.

Papai batia o pé no chão, mostrando sua impaciência; Robin olhava para todos os detalhes do local; Gemma me olhava com cara de poucos amigos e Noah comia um sanduíche que, aparentemente, estava muito bom.

– Como temos dois carros, vamos os mais velhos em um e a nova geração no outro. Tudo bem para vocês? – Robin alternou o olhar por todos nós, que concordávamos. Menos Gemma, ela mantinha a cara de poucos amigos até mesmo quando entrou no banco de trás do carro. Resolvi sentar no banco de carona, para não precisar lidar com seu mau humor novamente.

Harry interrompeu minha ação segurando meu braço direito. O encarei sem entender muito bem e percebi que ele indicava algo atrás de mim com o queixo. Fingi que havia esquecido algo com minha mãe e me virei para o que ele apontava. Era uma fã. Não a mesma das outras vezes, era uma loira com aparência de dezessete anos. Ela fingia olhar para o céu ensolarado enquanto apontava a câmera de seu celular em nossa direção. Ótimo, meu plano já estava sendo posto em prática. Voltei ao que fazia antes e mandei uma piscadela para o Styles.

Os trinta minutos que levamos para chegar ao Museu de Dubai foi completamente silencioso e constrangedor. Nem mesmo o Noah se manifestou, o que significava que ele estava acuado com a presença de Gemma.

Soltei um suspiro aliviado quando percebi que, finalmente, havíamos chegado ao nosso destino. Entramos no Museu acompanhados de mais turistas e do pátio principal já era perceptível as características da era medieval, também havia réplicas de antigas embarcações e de uma casa árabe. Escolhemos fazer a visita mais rápida, já que a mais longa levava cerca de uma hora e ainda queríamos passar nos mercados da cidade.

Uma jovem nos contou que o Museu estava hospedado no Forte Al Fahidi, construído em 1787 para a defesa da cidade. Por meio de painéis multimídia e murais, a história que antecedia o petróleo e o cotidiano sofrido das pessoas que ali residiam era mostrada. Depois passava pela época da descoberta do petróleo há poucas décadas e seguido da explosão no desenvolvimento de Dubai, com a construção mega projetos e as perspectivas para o futuro a cidade.

Em um dos momentos do nosso passeio, Harry se aproximou e passou o braço por cima dos meus ombros. Estranhei a atitude, mas passei um braço por sua cintura ao lembra que alguma fã poderia estar vendo e registrando aquele momento. Harry me olhou nos olhos e raspou seus lábios no topo da minha cabeça, como um beijo delicado.

– Só eu que acho que apenas o Noah está curtindo esse passeio? – questionou com um sussurro. Neguei com a cabeça ao perceber que só o meu irmão estava interessado nas explicação, ele gargalhou fazendo algumas pessoas nos olharem com repreensão.

– E aqui acaba o nosso passeio – a jovem garota indicou a saída com suas longas unhas pintadas de vermelho e tatuagens douradas espalhadas pela mão –, foi ótimo recebe-los. As portas estarão sempre abertas para que voltem aqui – ela sorria tanto quanto a mulher da recepção do hotel.

Deixamos os carros ao lado do Museu e fomos andando até o canal que cruzava a cidade. Fomos guiados a entrar no um barquinho (mais conhecido como Abra) junto árabes em seus trajes típicos e outras pessoas que já estavam ali antes. Acomodei-me entre Harry e Noah, segurando a mão do segundo por medo de que ele saísse correndo e caísse na água.

A viagem até o outro lado do rio foi rápida, mas a visão que era proporcionada por aquele ângulo fazia com que eu quiséssemos passar mais e mais horas ali.

– Que vista linda! – finalmente Gemma falou alguma coisa. Todos nós concordamos e puxamos nossos celulares para registrar aquele momento. Aproveitamos e tiramos algumas fotos juntos.

Quando chegamos ao outro lado do rio uma discussão foi iniciada para resolvermos o lugar que iríamos primeiro. Mamãe e Anne queriam visitar o Mercado do Ouro, enquanto Gemma e Harry preferiam o de Especiarias. Papai e Robin estavam muito ocupados discutindo sobre a arquitetura local, Noah já gastava sua vasta energia correndo de um lado para o outro e eu apenas olhava a movimentação na espera que aquela discussão terminasse logo e fôssemos conhecer qualquer mercado daqueles.

– Tudo bem, primeiro o do Ouro e depois Especiarias – Harry se rendeu. Nossas mães fizeram um Hi-5 e saíram com um mapa à procura do Mercado.

O lugar era algo grandioso. Mais de cinquenta lojas com ouro e mais ouro nas vitrines. Era de encher os olhos de luxúria e glamour. Visitamos três lojas da primeira rua e eu já estava encantada com tanta variedade.

– O que acha desse anel? – meu namorado segurava um anel prateado fino com uma pedra azul turquesa em cima. 

– Achei lindo, Styles. Combina com você – ao me ouvir dizer isso, seus lábios se abriram em um sorriso que iluminou o meu dia inteiro.

– O que você escolheu? – apontou para minha cestinha e lhe mostrei que ainda estava vazia. – Posso te ajudar?! – a pergunta soou mais como uma afirmação e ele começou a separar acessórios que, segundo sua visão sobre mim, eram a minha cara. – O que achou desse? – estendeu um colar com formato de uma palmeira, a mesma forma que um dos hotéis da cidade tinha.

– Eu adorei! – puxei o colar de sua mão e o coloquei em meu pescoço.

– Coloque-o logo e vamos sair daqui.

– Pretende roubar o colar, Senhor Styles? – arqueei as sobrancelhas com o tom de brincadeira e ele gargalhou.

– Já está pago. Um presente para você, querida – arregalei os olhos com aquela informação e paralisei, eu não sabia muito bem o que falar.

– Não posso aceitar, Harry. Tenho certeza qu-

– É um presente, Bethany. Você não pode negar – segurou minhas mãos para que eu não tirasse o acessório. Estava prestes a agradecer quando papai avisou que estava na hora e ir para o próximo destino.

– Finalmente! – Gemma levou as mãos para o céu, agradecendo silenciosamente a Deus. Ela estava começando a se soltar.

Caminhamos animadamente pelo centro de Dubai, os moradores locais nos cumprimentavam com acenos e palavras desconhecidas do meu vocabulário.

Marhaban! – Harry acenou para uns vendedores e franzimos o cenho em sua direção. – É como se diz ‘olá’ em árabe – explicou. Ele tentou nos ensinar aquela e algumas outras palavras, mas desistiu quando chegamos ao Mercado de Especiarias.

Aquele era completamente diferente do primeiro. Começando pela organização: o local era composto de pequenas bancas preenchidas por temperos, ervas e outras especiarias; a iluminação era baixa, fazendo a luz do pôr do sol ser a mais forte dali. O cheiro do local também era algo diferente, como uma grande mistura de vários aromas diferentes. Aquele era muito mais legal que o outro.

Sem perceber, eu já tinha várias bolsinhas cheias de temperos variados. E, como o local era relativamente pequeno, passei por todas as barraquinhas umas duas vezes e só na terceira volta percebi que não estava acompanhando meu grupo de turista.

– Que droga! – sussurrei para mim mesma e sai à procura de qualquer um deles.

– Te achei!! – ouvi a vozinha de Noah e suspirei aliviada. – Papai está te procurando – ele saiu me puxando até a entrada e lá estavam meus familiares. Percebi que não tinha sido só que havia me encantado com aquele lugar quando vi que todos eles seguravam mais de cinco bolsinhas com especiarias diferentes.

– Eu disse que esse era melhor – Gemma se gabou para Anne, que concordou veemente.

– Espero que a próxima parada seja nossas camas – resmunguei fazendo todos sorrirem.

– Ainda precisamos jantar. Poderíamos fazer isso no shopping que fica bem perto do Museu de Dubai ou no hotel mesmo – Robin sugeriu enquanto voltamos para o outro lado do rio.

– Eu voto no hotel – levantei o braço, Gemma me acompanhou e depois foi a vez de mamãe.

– Prefiro o shopping, já almoçamos no hotel hoje e sei que se fomos jantar lá vamos pedir no quarto – papai, o diferentão. Anne lhe apontou, em concordância, Robin e Harry fizeram o mesmo. – Quatro contra três.

– Ainda falta o Noah – Gemma apontou para meu irmão, que até então estava distraído com a água do rio. – Você prefere jantar no hotel ou no shopping?

– Shopping – ele falou como se fosse óbvio, para a comemoração dos nossos rivais.

Andamos até onde nossos carros estavam estacionados seguidos pelos últimos raios de sol que já dava lugar à lua e as estrelas. Harry assumiu mais uma vez a cadeira do motorista e nos seguiu seu padrasto até o BurJuman Centre, um shopping pequeno e aconchegante que ficava a menos de vinte minutos da nossa primeira parada.

Entrei no centro comercial com vontade de me jogar no primeiro banco que vi, mas papai me arrastou até a praça de alimentação. A variedade dos restaurantes não era extensa, por isso paramos no primeiro café que vimos. Era uma padaria francesa bem confortável e charmosa.

Pedi um salmão defumado com salada de batatas e um suco de limão. Não prestei atenção no pedido dos outros e, ao menos, olhei quando chegaram.  Apenas o do Noah, que era uma torta de morango com a aparência de está muito gostosa. Repeti milhares de vezes em minha mente que eu estava num regime muito rigoroso por causa de um evento que eu participaria logo quando voltasse para Sydney, mas não resisti e briguei com ele pelo último pedaço da torta. Depois de ganhar a briga, seguimos para o hotel.

A volta foi mais movimentada que a ida, Gemma e Noah conversavam animadamente sobre o parque aquático que visitaríamos no dia seguinte, enquanto Harry e eu comentávamos baixinho sobre as pessoas que vimos tirar fotos discretamente do nosso passeio.

Assim que chegamos ao Burj Al Arab, saltei do carro e fui direto para a minha suíte mega luxuosa. Ajudei a criança da viagem a tomar banho e depois fiz o mesmo. Tomei o banho mais rápido de toda a minha vida e me joguei na cama de lençóis roxos mais que chamativos, dormindo em menos de três minutos.


Notas Finais


E aí???
Não esqueçam de comentar o que estão achando da história. Podem comentar aqui em baixo ou podemos conversar pelo ask: ask.fm/giocostaa ou a consta dos personagens: ask.fm/Sty_Harry e ask.fm/bethanylan
Bom sábado para vocês, amores!


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