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História Uma vida juntos - Uma mochila de unicórnio


Escrita por: Brunacsoares

Notas do Autor


Espero que gostem 😘

Capítulo 20 - Uma mochila de unicórnio


 

Emma estava muito animada pra ir para escola, ela ainda era nova pra ir para uma escola em Rosewood e Ezra e eu precisávamos trabalhar no nosso livro, foi então que a matriculamos em uma creche. Basicamente ela ia começar a ter contado com outras crianças e brincar o dia inteiro, mas a gente estava pagando para isso.

O custo era relativamente elevado e tivemos que pensar bastante antes de realmente fazer, mas concordamos que era o certo. Ela precisava de atenção, mas os nossos trabalhos também. 

A levei até a Target e ela pode escolher tudo o que quisesse, mantendo dentro da lista. Uma mochila com o formato de um unicórnio, uma lancheira combinando, lápis de cor e giz de cera, um caderno (por que todo mundo leva caderno para a escola, mamãe) e um estojo de glitter dourado. Compramos tênis novos e minha mãe a mimou com trocentas roupas novas, por que ela tem que ter vários looks pra usar na escola ( ah tá).

 

-Nosso bebê está crescendo - Ezra diz enquanto descanso minha cabeça em seu peito.

Consigo sentir a sua respiração, subindo e descendo, o martelar do coração e o seu calor. Eu olho para ele e beijo o seu queixo.

-Talvez esteja na hora de arrumarmos outro bebê - digo sorrindo e fazendo ele rir.

-Não seria uma má ideia - ele me ergue para nos beijarmos - vou acordar a nossa bebê e mais tarde conversamos sobre isso - ele diz piscando e se levantando. Ele está só de cueca e eu começo a rir.

-Querido?

-Sim?

-Uma calça, por favor - digo quase gargalhando e ele fica envergonhado. Ele tinha medo de deixar Emma constrangida, eu, por outro lado, achava adorável.

 

Fico rolando na cama e consigo escutar um burburinho, tenho quase certeza que ele está perdendo essa batalha. Me levanto e vou até o quarto de Emma. Ela ainda está enroscada na coberta, agarrada ao seu Unicornio de pelúcia. Ezra opta pelas cócegas e faz nossa filha gargalhar.

-Posso começar amanhã, papai? 

-Não, senhora. Hoje é o grande dia, você estava pulando por aí ontem.

-Mas e se ninguém gostar de mim - ela diz se virando e olha pro pai.

-Isso é impossível! Você é engraçada, divertida e muito carinhosa! Você vai ter muitos amigos, meu amor - Ezra diz e a pega no colo. O cabelo estava todo desgrenhado e ela dormia Ainda com o seu pijama de natal. Longa história.

Emma me olha e eu dou um sorriso e ela retribui, se estica toda até que Ezra a entregue nos meus braços.

-A Emma que eu conheço não foge das aventuras, certo? - pergunto beijando sua testa.

-Certo.

-Vem, vamos comer - Ezra diz - posso fazer panquecas de chocolate, só hoje! Por que é o dia.

-Obrigada, papai!!!

 

Estávamos parados na frente da creche, Emma não parava de balançar minha mão pra frente e para trás. Nunca a vi tão nervosa, nem para entrar em um avião. Me agacho em sua frente e olho dentro dos seus olhos.

-Você consegue fazer isso, você vai ter vários amigos, vai ser incrível.

-Certo - ela diz desviando o olhar para o chão.

-Nós te amamos, Emma - Ezra diz se ajoelhando ao meu lado - não a deixaríamos fazer isso se achássemos que você não conseguiria ou que você se machucaria. Tudo vai ficar bem, sabe quando você e o Nick brincam? Vai ser assim, só que por muito mais tempo, consegue imaginar como vai ser legal?

-Um pouquinho só!

-Vamos fazer assim, a gente entra com você, quando você se sentir confortável com a situação eu e a mamãe iremos embora - Ezra diz sorrindo - o que você acha? 

-Que estamos ficando bem - ela sorri mostrando as covinhas.

-Não sei lidar com tanta fofura, Emma Marie Fitzgerald.

-Obrigada - ela estende as mãos - estou pronta.

Os cabelos na altura da cintura balançam em tranças, a mochila de Unicornio deixa tudo mais fofo, o tênis e o vestido, pela primeira vez sinto que a estou perdendo. Perdendo para a vida, perdendo ela para o mundo e, então, lágrimas descontroladas rolam em meu rosto. Eu as seco o mais rápido possível, não quero que eles vejam. Então eu lembro do que Ezra falou hoje de manhã e eu concordo em silêncio. Vai ser ótimo outra pessoa em casa, ótimo mais um coração batendo pertinho de mim nas noites chuvosas do outono.

Estamos na frente da sala e Emma solta as nossas mãos naturalmente e corre para os brinquedos, a professora faz algumas perguntas e vem em nossa direção.

Vocês são os pais da Emma?

-Sim - dizemos juntos.

-Ela vai ficar ótima.

Eu sorrio, no final todos vamos, não importa o que aconteça, o quanto a gente vai cair. No final tudo fica bem.

A pior parte foi dar as costas e ir, cada passo que me distanciava de Emma era um rasgo novo em meu coração, que sangrava deliberadamente. Suspiro fundo e Ezra aperta minha mão, não tínhamos tempo para sofrer, tínhamos que resolver os problemas com edição do livro.

 

O relógio só podia estar trabalhando contra mim, hoje. O tempo se arrastava de uma maneira extremamente irritante. Ainda faltava meia hora até buscarmos Emma, nenhum telefone tocou, ninguém mandou mensagem falando que ela não se adaptou direito. Como não iria? Emma é o ser humano mais camaleão que eu já conheci e olha que convivo com aprender a mais de vinte anos. Ela se ajustava tão bem a todas as situações, como quando falamos para ela que estávamos na Disney, ou quando fomos a praia ou quando ela caiu e começou a fazer anjos na neve, ela era assim. Não me entenda mal, não é que ela não tenha personalidade, ela tem e é bem forte, é que ela consegue encaixar essa personalidade em tudo e em qualquer situação de uma maneira tão rápida, quando a tiramos do berço ela estranhou por uns dez minutos e depois pulava na cama por ter uma cama de menina grande. Emma é fantástica, com toda a certeza. Preciso ter outra Emma.

 



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