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História Uma vida nova, um novo começo... - Darei uma chance ao amor...


Escrita por: Miss_All_Sunday

Notas do Autor


Konichiwa minna-san!

Como vão indo? E não respondem mentalmente que vão com as pernas porque essa piada já não tem mais graça...

Admito que amei escrever esse capítulo! Meu kokoro ainda está batendo forte. (ok, ok, acho que exagerei. Só ignora...)
Agora podem desfrutar esse capítulo...
(imagem não tem nada a ver com o capítulo)

Desculpem os erros e boa leitura!

Capítulo 12 - Darei uma chance ao amor...


Fanfic / Fanfiction Uma vida nova, um novo começo... - Darei uma chance ao amor...

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3 DIAS DEPOIS, NO APARTAMENTO DE HANCOCK...

-SONHO ON-​

HANCOCK- L.Luffy...? -Hancock estava junto de um grupo de pessoas no meio da rua. O dia estava claro e bonito, e sem muito movimento se você não considerar os pássaros que sobrevoavam assoviando lindas canções. Luffy se aproximava lentamente dela, usava roupas estranhas e seu cheiro não era nada agradável.

LUFFY- Eu descobri tudo... -Luffy não expressava nada. Tinha mesma expressão de um peixe morto, mas de repente seu rosto transformou-se em uma cara completamente horrenda, como se tivesse sido deformada de algum jeito. Ele caiu pra trás, mas algo amorteceu sua queda, uma cama de hospital. E num piscar de olhos, a rua se transformou em um quarto hospitalar também.

HANCOCK- Ele está em coma, não está? -Hancock se sentiu cansada, como se tivesse corrido por horas. Ela começou a suar muito e sua respiração se tornará pesada. -O.ou apenas dormindo? -O rosto da pessoa que estava deitado sobre a cama, estava embaçado. Não podia se ver quem era, homem ou mulher, gordo ou magro, mas tinha certeza que alguém estava lá. -Por que as máquinas estão desligadas? O médico disse que ele não pode respirar sem ajuda e seu coração está fraco, mas por que diabos estão desligados? Por favor alguém me responde... eu sei que errei mas... por que não podem me perdoar? POR FAVOR! -Sua voz se elevava cada vez mais, estava quase gritando, porém sua voz também falhava. Se pudesse ela estaria sacudindo todo mundo, quebrando as coisas, gritando igual a uma condenada, mas seu cansaço gritava mais alto, a impedindo de realizar suas vontades de destruição.

ZORO- Por que não se cala? Irritante e barulhenta! -Zoro estava ao lado da maca da pessoa não identificada. Ele a fitava com os olhos vermelhos e um pouco marejado. Estaria chorando? Muito provável... -Se tivesse aprendido a manter a boca fechada, isso não teria acontecido...

LUFFY- Zoro! -Disse num tom de repreensão.

ZORO- Desculpe Luffy, mas eu não consigo ficar de boa na presença dela... ELA ME ENOJA! 

SANJI- Zoro, se acalme. Estamos em um hospital! Mas mesmo assim nunca se deve faltar com respeito na presença de uma dama, mesmo que ela tenha feito algo de errado. -Zoro apenas o ignorou.

HANCOCK- Eu sei que ainda estão com raiva de mim mas... tentem entender pelo meu lado! Quero saber como... -Foi interrompida.

ZORO- Se quer tanto saber, tudo bem eu te conto. Ela está morta. MORTA! Consegue entender a definição de morto? Bateu as botas, faleceu, foi dessa para melhor, descanso eterno, ficou á sete palmos do chão, presunto...

HANCOCK- C.chega! Pare, e.eu já entendi... Você não tem o direito de ficar irritado comigo! Eu estou sofrendo...

ZORO- Estamos sofrendo também! E sabe de quem é a culpa? É sua! -Por um momento deu para perceber que ele se segurou para não fazer nenhuma besteira. Pelo menos estava ciente de que violência naquele instante era inútil. -Mas, eu também tive culpa... Eu ajudei a matar... -Zoro estava alterado, não conseguia mais se pôr de pé. Ele cambaleou para o lado até conseguir se apoiar na parede. -E.eu a matei...

ROBIN- Irei matá-lo! Zoro, que raiva! -O cenário mudou novamente, e dessa vez Hancock estava na sala de estar de alguma casa que nunca tinha visto na vida. E agora estavam somente ela, Robin e Nami. Robin estava sentada no chão com cara de poucos amigos, e seu rosto aparentava estar um pouco avermelhado. 

NAMI- Sabe como ele é tapado... Nem deve ter pensado antes de aceitar.

ROBIN- Sei que vou pra cadeia, mas pelo menos vou feliz. Poder finalmente morrer em paz...

HANCOCK- Não! Se você matá-lo e depois morrer, não vai adiantar nada. Ele vai estar te esperando no inferno.

NAMI- E quem vai te tirar da cadeia se você não morrer? Eu é que não vou, se for por mim você pode apodrecer por lá.

HANCOCK- Concordo... não quero pagar fiança pra você não. 

ROBIN- Boas amigas eu tenho, em?

NAMI- Talvez eu vá te ver no seu aniversário...

ROBIN- Meu aniversário é só no ano que vem!

NAMI- Por isso mesmo... -Nami começou a derreter, até não sobrar mais nada, apenas um... caixão? Pronto, agora estavam em um cemitério, e estava todos presentes. Mas mesmo assim, sentia que faltava alguém... 

ZORO- Ela sabia que não poderia fazer tudo sozinha... -Zoro se aproximava de Hancock segurando uma criança silenciosa no colo. A criança não emitia sons e parecia estar enrolada em um manto preto. Algumas pessoas seguravam guarda-chuva, mas não parecia ser um dia chuvoso. -Desculpe ter lhe tratado daquela forma. Eu estava... -Foi interrompido.

HANCOCK- Eu sei. Não precisa se desculpar... E você, está melhor?

ZORO- Não. Não consigo dormir á noite, é como se eu... Bem, não sei explicar.

HANCOCK- É estranho mas também me sinto assim.

ZORO- Sei que ele é apenas uma criança, que nem falar direito sabe, mas não acha que ele deveria ficar um pouco abalado? Tipo, ele estava lá quando ela morreu e... quando a mãe morre, a cria se entristece. E ele não, ele continua o mesmo. -Ele dizia olhando para o pequeno em seus braços. -Mas acho que é melhor ele não se abater mesmo...

HANCOCK- Posso perguntar algo? Sei que não é o momento certo... -Zoro apenas assentiu com a cabeça. -Quem foi?

ZORO- Sei lá. Como é que vou saber? Se eu soubesse, não estaria aqui parado. 

HANCOCK- Não sei você, mas eu quero vingança... nunca deixaria a morte dela passar assim. Quero fazer isso por ela... além de meu único parente, minha melhor amiga... Nunca disse isso, mas aprendi a gostar de você por causa dela. Acho que já sabe que odeio homens, mas você é uma exceção... -Foi interrompida.

O telefone começa a tocar freneticamente, interrompendo os pensamentos de Hancock...

-SONHO OFF-

Hancock acorda assustada. Era apenas seu despertador tocando, a avisando que agora é hora de levantar. Ela quase caiu de sua cama quente e confortável, só não caiu porque se segurou na mesinha ao lado. Hancock sentiu seu rosto um pouco molhado, talvez seja o resultado do sonho, ou pesadelo, de acordo com ela.

HANCOCK- Que pesadelo estranho... -Ela se espreguiça na cama, levando lentamente sua mão para o despertador e por fim desligando-o com um pouco de brutalidade. -Que sono... -Ela olhou para seu travesseiro e abriu um sorriso doce, lá estava ele. Hancock se aproximou e o balançou levemente para "acordá-lo". -Meu amor, hora de se levantar... -Disse com uma voz manhosa acariciando o rosto de seu amado. -...Luffy.

*NESSE MESMO MOMENTO, NO APARTAMENTO DOS MENINOS...

Enquanto isso, eles já estavam se arrumando para mais um dia na faculdade. Sanji saia do banho já chegando em seu quarto encontrando sua roupa casual e Zoro arrumava a mochila enquanto lia as mensagens que Nami o mandava de um em um minuto. 

*CONVERSA NO LINE*

NAMI- Zoro!!!

ZORO- O que foi dessa vez? 

NAMI- Ela nao esta aqui! 

NAMI- Nao a encontro... ja fazem 3 dias. Isso nao eh normal!

ZORO- Depois das minhas aulas da manha eu vou ai e te ajudo a procurar

NAMI- Ela nao responde as minhas mensagens, nao vi nem sombra dela nesses ultimis dias

NAMI- Eu realmente acho que aquele narigudo fez algo com ela

Bruxa ruiva está digitando...

*FIM DA CONVERSA NO LINE*

Zoro jogou seu celular na cama rapidamente, temendo que Sanji, que se aproximava, visse suas mensagens com Nami e começasse um escândalo. Zoro fingiu que nada aconteceu e continuou a socar vários cadernos aleatórios dentro da mochila, pouco se importando de qual matéria era.

SANJI- Ei, advinha quem veio pedir um emprego lá no restaurante?

ZORO- Não faço ideia. Quem? -Disse sem interesse. Ele estava mais preocupado com outra coisa...

SANJI- Zoro, você e a Robin estão brigados?

ZORO- Não... acho que não. Por que a pergunta?

SANJI- Hum... Porque foi ela quem veio me procurar ontem. Você disse que ela trabalhava contigo, mas ai ela veio me perguntar se tinha uma vaga como garçonete sobrando, acabei estranhando...

ZORO- E o que você respondeu?

 SANJI- Respondi que sim, precisávamos de uma garçonete. Tem certeza que vocês não estão brigados?

ZORO- ...Sim! -Ele pareceu pensar um pouco, e respondeu de uma forma que não convenceu Sanji. 

SANJI- Olha, se precisar conversar, estou aqui.

ZORO- Por que eu conversaria com você sobre esse tipo de coisa? Que isso, tá me estranhando?

SANJI- Só estava tentando ajudar, marimo!

ZORO- Cozinheiro pervertido!

SANJI- Espetinho de alga!

ZORO- Loiro oxigenado!

SANJI- Crianção de músculos!

ZORO- Projeto de empregada pervertido!

SANJI- Lixo podre!

ZORO- Mais podre que sua comida eu não sou...

SANJI- É, mas também não reclama na hora de comer, idiota!

ZORO- A quem está chamando de idiota? Idiota!

SANJI- Sim, idiota. Não é atoa que o único xingamento que sabe me dar é que sou tarado!

ZORO- E você sobre a cor do meu cabelo!

E os dois começaram e brigar... xingamentos e dúvidas sobre a masculinidade um do outro foram feitas, além de brigarem fisicamente também, Zoro só se lamentava por não ter deixado suas katanas perto da cama igual fez ontem. Luffy que já estava pronto, passou pelo quarto, a única coisa que fez foi rir da situação, já era normal as brigas pela manhã. 

LUFFY- Por que estão brigando dessa vez? -Ele não conteve o riso, botou tudo pra fora. Rindo histericamente, deixou sua mochila preta cair e sem querer, caiu junto.

ZORO/SANJI- Ele que começou! -Eles disseram em uníssono, apontando o dedo indicador um para o outro. -Pare de me imitar, é irritante!

*EM ALGUM LUGAR NA CIDADE...

Em uma parte da cidade, onde a local do comércio é mais alta, um casal de velhos procuravam por roupas masculinas em uma loja que prometiam roupas por ótimos preços. Velhos que mais pareciam que sua juventude ainda estava à flor da pele. 

????- Temos mesmo que comprar roupas? Ele é um animal, não precisa disso... -A senhora de cabelos grisalhos e ondulados disse com tédio. Ela é magra e mais alta que seu parceiro, usava uma blusa branca que aparecia boa parte de sua barriga, mostrando um piercing no umbigo. 

????- Mas também é metade humano, ele tem que se acostumar com roupas! Quero que se sinta bem, mas também tem que estar bonito nos olhos da sociedade... -O senhor usava uma cartola e um terno, um homem muito elegante  por assim dizer. Mas a garrafa de saquê que segurava, quase vazio, tornará esse fato duvidoso.

????- Que ridículo! Ele nem sabe falar e já quer que o coitado seja bem visto? É uma piada? Espere que ele saia das fraldas primeiro...

????- Ele tem um coração igual á você, sabia? Além de um cérebro que funciona igual ou até mesmo melhor que o seu! Ele será meu garoto-prodígio, é só esperar que consiga ir ao banheiro sozinho e pow... -Fez um movimento de explosão com as mão. Ele parecia entusiasmado e confiante. -O nome Tony Tony Chopper será reconhecido no mundo todo!

????- Não seja tão convencido, você ainda vai pagar a língua... se nem os pais biológicos dele o quis, acha mesmo que o mundo vai querer?

????- Os defeitos dele na verdade são qualidades! Ele pode ter pêlos, mas isso o ajudará no frio do inverno. Ele pode ser metade animal, metade humano, mas ele poderá se comunicar com as duas espécies! Ele pode ter um nariz azul, mas isso o deixa mais fofo! Não seja pessimista... acredito que Chopper irá surpreender o mundo! Acredito cegamente, que meu experimento, foi um sucesso!

VENDEDORA- Hum... S.senhor? Desculpe, mas poderia falar um pouco mais baixo? Está assustando os outros clientes... -A vendedora falava em um tom doce, mas no fundo, na verdade sentia muito medo. -E.e se precisarem de algo ou virem algo que lhe agradem, por favor, não exitem em m.me chamar!

*UM POUCO DEPOIS DO HORÁRIO DE ALMOÇO, NA PORTARIA DA UNIVERSIDADE DE QUIOTO...

Nami já estava aflita pela demora de Zoro. Ele lhe disse que depois das aulas chegaria ali mas, já passou da hora do almoço, ou seja, ele estava bastante atrasado. Andando de um lado para o outro, Nami sem querer esbarra em sua professora de física, que deixa cair seu caderno e livros, além de alguns cartões e uma carta com o envelope azul...

NAMI- Oh, perdoe-me sensei! Nem te percebi aqui... e.eu lhe ajudo com suas coisas...

- N.não! Eu pego... -Gaguejou corando um pouco. A professora tem a pele branca, lábios carnudos e longas e encaracoladas madeixas loiras. Ela é bela, mas também parece ser muito avoada.

NAMI- Fui eu quem a fez derrubar, eu pego!

- Não, pode deixar! -A professora parou e a olhou intensamente. -Hum, você se chama Neni, não é?

NAMI- Não, meu nome é Nami... 

-Me pediram para lhe entregar isso... Parabéns! -Disse lhe entregando um envelope azul.

Nami agarrou a carta azul com uma certa rapidez, nem mesmo se interessou em saber quem é o remetente. Com cuidado abriu o envelope esperando ser algo importante já que sua sensei lhe parabenizou, mas acabou por puxar um pequeno pedaço de papel branco com alguns garranchos escritos. 

NAMI- O que é isto? -Perguntou em um tom de desdém. Era apenas um endereço de um lugar que não era de seu interesse... -Obrigada mas... quem pediu para me entregar esta carta?

-Um dos meus alunos me pediu para entregá-la, infelizmente não consigo guardar nomes... -Colocou a mão no queixo e olhou para o nada tentando se lembrar de algo. -Ele tinha o cabelo azul. Ou era preto? Mas quando ele saiu pela porta parecia ser rosa-bebê! Só sei que seus olhos são penetrantes... -Disse ela ficando com as bochechas mais rubras. -Desculpe, não consigo me lembrar de sua fisionomia e nem nada. 

Nami apenas desistiu de fazer perguntas. Sua professora tem a memória curta, então não gostaria de ficar perdendo seu tempo com inutilidades... E mesmo querendo jogar aquele papel no lixo, ela o guardou no bolso de seu short jeans, talvez ele lhe seria útil mais tarde.

-Bom, já vou indo... Aproveite e estude! Prometo que não facilitarei na avaliação de segunda-feira.

NAMI- Sensei, não tenho aula com a senhora na segunda...

-Que seja! Então, prometo que no dia em que tivermos aula, não pegarei leve nas atividades avaliativas... -E continuou a seguir caminho com uma cara de mau humor. Ficara irritada por Nami a corrigir, é a coisa que mais odeia, que pessoas a corrijam mesmo que esteja errada. 

Nami a observava se distanciando, ainda pensando sobre o endereço que ganhara. O que aquilo queria dizer? Alguém estaria a cantando? Ou alguém estaria lhe dando uma dica? Iria pensar em alguma resposta para suas perguntas, porém foi interrompida por Zoro que ficou a fitando desanimado.

ZORO- Vai ficar aí pensando em suas macumbarias ou vai me ajudar a procurar a Robin?

NAMI- Macumbarias? -Naquele momento se podia ver suas veias saltando de raiva. Ela queria estrangular o pescoço dele. -Estou aqui plantada igual uma retardada te esperando por horas, e você na maior cara de pau aparece aqui e vem falar em macumba, seu desgraçado? Juro que depois de encontrarmos a Robin, terei pena de você porque farei com que não possa ter filhos pelo resto de sua vida! 

ZORO- Calma, você está muito estressada... -Disse sem se importar muito. -Não tenho culpa se não consegui ser pontual... o problema é seu. Ninguém mandou marcar em uma hora que o trânsito fica agitado...

NAMI- Fica quieto que você não tem moral pra falar comigo! Ficar quase duas horas esperando uma pessoa enquanto morre de fome, também te deixaria estressado. Pensei ter sido clara quando disse, meio-dia no jardim primário da universidade! Agora são quase três horas... -Foi interrompida.

ZORO- Já disse que foi o trânsito! Se for para você me xingar, desisto e irei procurá-la sozinho.

NAMI- Vai sozinho aonde? Não consegue ir pra lugar algum sem ajuda, ainda mais quando é para procurar alguém!

ZORO- Para sua informação, tenho quase certeza de onde ela está! 

NAMI- Se sabe aonde está, então vamos logo! Por que não procurou por ela ainda? Por acaso é lerdo, estúpido?

ZORO- Ahhh, que chatice! -Disse indo para o lado oposto da saída. -Até parece a minha mãe...

NAMI- Está indo para o lado errado, de novo! -Ela foi atrás dele apressada. -Me espera! 

ZORO- Vai finalmente me deixar falar? -Disse quando Nami já estava mais próxima.

NAMI- Vai, diga-me... aonde você supõe que ela esteja?

ZORO- A mãe a presenteou com uma casa aqui por perto, se Robin não estiver lá, talvez esteja na casa da prima... ou daquele cara super esquisito com tatuagens de estrela nos braços. -Disse a última parte com um pouco de desprezo. -Robin me mostrou vários papéis e entre eles tinha o endereço de uma casa que fica a uns três quarteirões daqui...

NAMI- Já é um começo...

Quando os dois passaram pela portaria, puderam ouvir um grupo de mais ou menos quatro pessoas, conversando de longe. Zoro ficou os observando quando ouviu seu nome ser pronunciado no meio da conversa, ele reconheceu duas pessoas do grupo, eram seus alunos.

 

-É aqui onde faço as aulas que falei para vocês! -Disse uma garota de cabelos muito vermelhos e longos. Ela usava o uniforme que Zoro pedira para ser usado em suas aulas. Uma de suas alunas. -Zoro-sensei é um ótimo professor! Ele é forte e esperto, e explica muito bem... Além de ter uma linda assistente. -Zoro sorriu de canto com o elogio. Admitiu que gostou da bajulação.

 

-Linda? Linda é pouco... Ela é da minha turma de história. Fiz um trabalho em grupo com ela uma vez... Intelectual e beleza avantajada, características que a descrevem melhor. Além de ficar bastante tempo com uma garota, que também tem uma beleza de outro mundo, que é da minha turma de Álgebra Linear... apesar de nunca ter falado com ela, ela me pareceu ser muito cabeça quente. E é ruiva... -Disse um garoto que usa óculos de grau, além do uniforme pedido por Zoro. Ele tentava colocar sua franja para trás da orelha, mas parecia uma missão impossível. Outro aluno de Zoro.

-Akira, você e seu fetiche por ruivas... -A garota de cabelos vermelhos corou violentamente com o comentário do amigo.

-N.não tenho fetiche por ruivas! Robin é morena e eu a achei atraente...

-É claro que você curte umas ruivinhas, foi esse o motivo da Keiko-chan pintar seu cabelo de vermelho!

-Eh...? N.n.não é verdade! P.pintei porque gosto da cor vermelha...  só isso. -Os três riram, e o rosto da garota ficou da mesma cor de seus cabelos... -É sério, p.por favor parem de rir de mim!

 

NAMI- Vai ficar aí pensando em suas macumbarias ou vai me ajudar a procurar a Robin? -Perguntou para Zoro que estava parado ouvindo atentamente a conversa do grupo de amigos. -Zoro, acorda pra vida! Zoro...?

ZORO- Hum, o que foi? 

NAMI- Você estava viajando olhando para aquela menina ali... estava tendo pensamentos errados com ela? 

ZORO- Quê? Não, só estava os ouvindo já que citaram meu nome... Não sou pervertido que nem o ero-cook.

NAMI- Sei não... quando te conheci, a primeira coisa que aconteceu foi o seu nariz sangrar por esta olhando para a Robin somente de toalha.

ZORO- Mas daquela vez foi diferente! Ela estava só de toalha!

NAMI- Então se qualquer mulher aparecer de toalha na sua frente, o seu nariz sangra?

ZORO- Claro que não! 

NAMI- Então admita que é tarado e tem pensamentos perversos com nossa querida Robin!

ZORO- Que ridículo... 

NAMI- Admita!

ZORO- Vai lá usar sua varinha de bruxa e vê se transforma alguém em sapo, vai! -Ele rapidamente pegou seu celular do bolso e começou a discar o número de Tashigi, ele esqueceu que hoje tinha que dar aulas de kendô, e ela não parecia mais perfeita nessa hora.

*ALGUNS MINUTOS DEPOIS, EM FRENTE A UM PARQUE NACIONAL...

NAMI- Pense bem no que eu disse. Estou falando sério, é melhor ficar esperto!

ZORO- É aqui... -Disse sério ignorando Nami completamente.

NAMI- Tem certeza? 

ZORO- Absoluta! Essa rua tem o mesmo nome que estava escrito no papel em que Robin me mostrou...

NAMI- Ok, então eu vou ali na esquina enquanto você arromba a porta.

ZORO- Como é que vou arrombar? E se não for realmente a casa dela? Isso dá cadeia!

NAMI- Por isso mesmo! Se realmente não for a casa dela, vou estar ali na esquina que fica mais fácil de correr e se esconder, ninguém irá suspeitar de uma jovem e bonita moça desarmada... agora use a cabeça e arrombe com o pé! 

ZORO- Se for para me ferrar, você vai vir junto! -Zoro mal terminou a frase e Nami já se encontrava longe dali. Ela acenou para ele  de longe, indicando que estava tudo bem. -Espero mesmo que seja aqui... -Zoro levantou seu joelho direito até a altura de sua cintura e chutou a porta com força. A porta se abriu batendo com tudo na parede... mas no mesmo momento houve um grito de dor do lado de dentro da casa, era Robin sentada no chão com as mãos apertando sua testa.

ROBIN- Aiii... -Ela usava somente uma blusa de mangas compridas e uma calcinha preta,  seu cabelo estava um pouco desarrumado como se tivesse acabado de acordar. Robin massageava sua testa, que provavelmente fora atingida pela maçaneta, que foi retirada da porta quando Zoro a arrombou. -Vocês poderiam ter batido na porta... ela já estava aberta.

ZORO- Você está bem, Nico? -Zoro foi de encontro a Robin no chão. Ela retirou sua mão revelando um pequeno galo em sua cabeça, quase que imperceptível. -Foi mal... não pensei que a maçaneta te acertaria. -Ele examinou a cabeça dela com cuidado, apesar de não entender nada sobre medicina, tentou aliviar um pouco a dor. Já que não dava certo, Zoro apenas a ajudou a se levantar e fez sinal para Nami se aproximar. E foi o que ela fez...

NAMI- Estou impressionada que você tenha acertado a casa! Mas afinal, mudando de assunto, Robin por que diabos saiu sem avisar ninguém, não respondeu minhas mensagens e não deu um sinal de vida? Estava até pensando na possibilidade de terem lhe encontrado...

ROBIN- Quem? -Perguntou simesmente, muito curiosa com a resposta.

NAMI- Aquele homem narigudo gótico, mulher! E agora responda as minhas perguntas... 

ROBIN- Bem, eu joguei meu celular no rio. É uma longa história... 

NAMI- Temos todo o tempo do mundo, pode ir começando a se explicar.

ROBIN- Então por que não se sentam? -Disse indo em direção da cozinha. -Farei um café... -Zoro e Nami tiraram seus sapatos os deixando do lado da porta que agora estava fechada, e foram se sentar no sofá da sala de estar. A sala não tinha muita mobília, somente um sofá para duas pessoas, uma poltrona e uma mesa de centro. Além disso, um mural na parede cheio de fotos de pessoas, mas uma em especial fez a mente de Zoro se preencher de perguntas. Era uma foto de Dracule Mihawk, mas o que diabos estava acontecendo?

NAMI- Foi você que provocou o calombo na cabeça dela? -Falou fazendo Zoro se assustar um pouco, fazendo seus pensamentos sobre o mural de fotos, fugir.

ZORO- Foi sem querer... 

NAMI- Idiota desajeitado! -Começou a caçoar com Zoro. -E então, pensou na minha proposta?

ZORO- Já sabia que você era má, mas não nesse ponto...

NAMI- Mas pelo menos se decidiu?

ZORO- Sim... mas depois disso, já pode ir pensando no que vai levar pro inferno, porque para o paraíso sei que você não vai...

NAMI- Não sabia que era religioso.

ZORO- E não sou... mas meu pai meio que é, então acabei aderindo algumas falas "religiosas" para meu dia-a-dia.

 

ROBIN- Enquanto a água ferve, podemos conversa, não? -Robin voltou para a sala se sentando na poltrona. Ela se acomodou na poltrona colocando sua pernas sobre ela e apoiou sua cabeça em uma de suas mãos olhando vagarosamente para os dois.

NAMI- Por que saiu sem avisar ninguém?

ROBIN- Não tinha muito tempo... eles chegariam lá a qualquer momento. E não imaginei que vocês se importariam comigo.

NAMI- É claro que nos importamos! Deveria ter nos dito sobre sua recompensa também.

ROBIN- Como sabem disto? -Robin se sentiu estanha sobre a situação, pensava que se eles soubessem iriam se afastar dela, mas fizeram exatamente o contrário.

ZORO- Kaku fez questão de me falar sobre seu cartaz de procurado. Ele achou que poderia te capturar me comprando com promessas banais...

NAMI- É, o gótico com nariz retangular! Ele mostrou um cartaz que tem a sua foto quando criança.

ZORO- Só porque ele usava roupas pretas não quer dizer que é gótico.

NAMI- Mas vai me dizer que não é estranho. Estava muito calor, na verdade ainda está, e ele usava roupas pretas! Quem em sã consciência usa roupas cumpridas e preta no verão? -Robin se levantou apressadamente indo para a cozinha. O café ficou pronto. 

Ela veio trazendo três xícaras de café e um pouco de adoçante, infelizmente ela não tinha nada de comer para oferecê-los. Ela os deu as xícaras e voltou a se sentar na poltrona pronta para mais um interrogatório que certamente iriam fazer. Só o que ela não percebeu, foi que dois olhos ficaram bastante atentos nos seus movimentos, qualquer coisa, até mesmo fazer uma respiração um pouco mais acelerada era observado.

ROBIN- Pessoas usando roupas pretas? Tem certeza? 

*ZORO PoV*

Quem inventou uma coisa dessas, não foi uma pessoa de bem com a vida... é ridículo, simplesmente ridículo. Já senti isso antes, mas não tão forte como agora... "Feras Selvagens" no estômago... Tenho que admitir que não sei como é possível ela me atrair por pequenos, mas significantes gestos. Mulheres... por que fazem, nós homens, parecermos tão imbecis? Tão... tão...?

NAMI- Aonde fica o banheiro? Acabei deixando cair café na minha blusa... -Nami deixou a xícara em cima da mesa de centro, enquanto abanava uma de suas mãos em sua blusa branca de alça, mais precisamente onde o café quente tinha caído. Hunf, depois o desajeitado sou eu....

ROBIN- Seguindo por esse corredor, a segunda porta á direita. Se você quiser eu lhe empresto uma blusa minha...

NAMI- Obrigada! Quando for embora, pegarei uma emprestada. -Nami seguiu pelo corredor e entrou na porta que Robin a recomendou. Mas antes dela adentrar a porta, ela me olha de um jeito estranho e pisca para mim silibando algo como "Agora é a sua chance...". Bem, falar é fácil, e se ela não corresponder? Viverei minha vida normalmente, como se nada tivesse acontecido? Não deixarei uma mulher me abater novamente... mesmo se for impossível.

Me levanto do sofá e me dirijo próximo da poltrona dela. Robin de repente para de bebericar seu café e me olha curiosa, talvez o que vou fazer não seja algo comum quando se trata de mim. Me ajoelho diante dela, ela coloca sua xícara no chão, Robin já deve saber minhas intenções... 

*ROBIN PoV*

Zoro me olha de um jeito estranho... será que aconteceu alguma coisa? Falei algo de errado? Ele veio até mim e se ajoelhou no chão... 

ZORO- Hum... Bem... -Ele parece estar nervoso. O Zoro corado é fofo... -Eu não faço isso já faz tempo...

ROBIN- Faz o quê? -Ele me fitou por alguns segundos e me surpreendeu quando ele selou seus lábios no meu. Zoro fez com que meu corpo se aproximasse mais dele, pude perceber que, aparentemente, ele ficou mais forte desde a última vez em que nos beijamos. Ele me abraçou de uma forma em que pude sentir um pouco de músculos. Parece que Zoro treinou até a exaustão por vários dias... pode soar de um jeito estranho, mas me sinto feliz por ele.

Ouvi passos, Nami estava se aproximando. Aí você se pergunta se nós nos separamos, a responta é: claro que não. Pelo contrário, ele me pediu passagem e eu cedi, amo me "aventurar" pela sua boca... Sem querer dou um sorriso no meio do beijo, e ele sorri também, deve ter sido uma cena engraçada. De repente, sinto o seu coração acelerar, e tenho uma má intuição... Zoro acaba desacelerando o ritmo rompendo o beijo. Mas não para por aqui, ele chegou ao pé do meu ouvido e sussurrou algo que... sinceramente eu não esperava.

ZORO- Bem... eu... suponho que você me ama, eu gosto de você, eu te acho bonita... e como na selva é o macho quem escolhe... meus instintos me dizem que, você é a fêmea certa... -Ele dizia de uma forma tão tímida. Atrapalhado, porém bonito de uma certa forma.

ROBIN- Fufufu -Ri um pouco, mas minha intenção não era zombá-lo, foi apenas involuntário. Talvez eu esteja mais nervosa que ele.

ZORO- E então, aceita ser a leoa da minha alcateia? -Ele me olhou sério esperando pela resposta apreensivo

Meu corpo se arrepiou, esse foi o momento em que me fez lembrar de coisas horríveis. Por quê? Era para estar pensando em coisas boas! Devo estar trêmula, em minha cabeça parece que se passa um filme de terror psicólogo... Seria a minha intuição me dizendo para não aceitar? 

ZORO- Está se sentindo bem? 

ROBIN- E.estou... -Odeio mentir, mas não queria que ele se sentisse mal... 

ZORO- Se não quiser é só dizer não. Quero que saiba que não estou te obrigando a nada e nem lhe fazendo pressão...

ROBIN- Não é isso, estou apenas cansada e com dor de cabeça. -Menti novamente colocando uma mão na cabeça e fazendo expressão de dor. -Muito stress me causa enxaqueca... desculpe-me acabar com o clima.

ZORO- Hm? Não, na verdade não acabou... -Foi interrompido.

NAMI- Aceita Robin! Vai com tudo garota! Se não aceitar, conheço alguém que aceitará com o maior prazer!!! -Nami gritava do corredor me incentivando a aceitar o pedido de namoro. Pensar é uma coisa, agora, fazer é outra completamente diferente... Mas... ele estava certo quando disse que gosto dele, e foi gratificante quando fui correspondida... dizer sim ou dizer não, eis a questão. Um dilema que está me prendendo... o que devo fazer?

 


Notas Finais


Sei não Robin, não faço a mínima ideia Robin... ¬u¬ (tive que fazer isso de uma vez, tenho mais planos para eles juntos do que separados, então se declara logo, não é mesmo?)
Estou pretendendo fazer um capítulo especial, talvez uma ida na praia, uma viajem para o Egito, ou um simples reality show. Gostaria de interagir mais com vocês, leitores, mudar um pouco de ares... mesmo que nas tags não esteja nada sobre interatividade, acho interessante termos mais contato. Me digam se querem algo porque senão, faço o próximo capítulo focado mais no Luffy, conforme a história.
E sobre o Chopper, aparentemente, ainda é um bebê/criança (chame como quiser), sei que pode soar clichê mas... sei lá, só achei que não deveria colocar uma idade muito elevada para ele (Chopper não vai aparecer muito por agora, mas não queria deixá-lo de fora também). E para ficar mais interessante farei ele metade humano, metade animal, e não só um humano ou só um animal!
Matanne, vou tentar postar mais vezes por mês, bye bye! (porém, não posso afirmar com certeza sobre postar mais vezes, porque se eu for pressionada a postar, o capítulo acaba sendo pequeno e ruim, e eu prefiro que ele fique bom e que todos leem com gosto)


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