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História Uma vida real - Um Fardo Que Carrego


Escrita por: HimerkDark

Notas do Autor


Aiiin Mdsss
Me perdoem!
Gente, eu só demorei porque eu gostaria de fazer algo legal, interessante. E pra isso preciso de motivação, criatividade e tempo. Eu espero que vocês gostem.
Boa leitura!

Capítulo 18 - Um Fardo Que Carrego


Fanfic / Fanfiction Uma vida real - Um Fardo Que Carrego

(POV'S Agatha)

(06:20- Hr)

(03/10/2016- Segunda)

(Ligação/ON)

- Alô?- Atendi sem ver, quem estava me ligando.

- Alô, Agatha!- Eu conhecia aquela voz. Era o pai de Raquel.

- Philippe, eu já disse! Não me ligue, se formos falar do mesmo assunto!- Deixei claro.

- Não Agatha! Vamos falar sobre isso sim. Liguei para você uns dias atrás, e não resolvemos nada! Nada Agatha!- Disse ele.

- Escuta aqui. Se você não sabe, ao contrário de você eu trabalho! Para de me ligar Philippe, cansei já!- Falei e desliguei.

(Ligação/OFF)

- Tia Agatha...?- Ouvi a voz de Raquel. Assim que me virei a mesma estava na porta, de pijama, com cara de sono e coçando os olhos.- Está tudo bem?- Perfuntou ela ainda de olhos fechados.

- Oh minha linda... Er... Me desculpe te lhe acordado.- Falei caminhando até ela.

- A senhora não me acordou...- Ela mostrou o celular e sorriu de olhos fechados.- Castiel me ligou, sabe que tenha sono pesado.- Disse ela agora abrindo os olhos.

- Verdade, melhor não se atrasar...- Mudei o assunto. Peguei minha bolsa, e calcei uma sapatilha.

- Bom trabalho.- Disse ela abanando sentando na escada, enquando eu caminhava até a porta. Mandei um beijo e assim sai.

(POV'S Raquel)

Alguma coisa estava errada. Dei de ombros e me levantei indo até o quarto, escolhi uma roupa qualquer, e fui tomar um banho.

(...)

(07:35- Hr)

Peguei minha mochila, desci a escadas, e peguei uma maçã. Sai de casa, fechando tudo, e caminhando pelo condomínio, indo até o portão da frente, onde estava a cabine de segurança, o portão para os veículos e o portão para os pedestres. Comprimentei os seguranças, jogando o resto de maçã fora e sai do condomínio. Vi um carro preto encostado do outro lado da rua, e um garoto encostado nele. Assim que o rapaz me olhou, sorri largo, e corri até ele, olhando para os lados ao atravessar. Assim que me aproximei, selei nossos lábios, enquanto ele ria, me segurando pela cintura.

- Animada?- Disse ele ao parar o beijo e me olhar.

- Feliz em te ver...- Falei, afinal acabei não vendo ele esse final de semana.

- Hoje você pode matar a saudade..- Disse ele, me encostando no carro, e beijando minha bochecha, indo delicadamente até minha boca. Em meio ao beijo, abri os olhos lentamente, e vi um homem... Ele estava nos encarando, e assim que me viu, entrou em uma carro, bateu pneu e dirigiu rapidamente, logo dobrando na esquina. Interrompi o beijo e Castiel me olhou interrogativo. Não consegui ver direito quem era o homem, ele estava de jaqueta preta até a cintura, uns jens gasto e largo, e uma toca, parecia ter barba.

- Está tudo bem?- Ouço o ruivo me perguntar, me tirando de meus devaneios. Olhei para ele ainda aérea.

- Sim, sim. Vamos.- Afastei ele devagar, o mesmo deu de ombros, e entramos no carro, após eu dar a volta para entrar.

(...)

Entramos na escola, de mãos dadas, encontramos Lys sentado no banco, com seu bloco de notas, e assim nos aproximamos.

- Bom dia.- Disse o platinado, quardando o bloco de notas em seu bolso, e nos olhou intensamente. Castiel sorriu de lado e sentou em cima do banco, com os pés onde Lys estava à sentar. Me puxou, me fazendo ficar entre suas pernas.

- Bom dia Lys.- Olhei para ele sorrindo.

- Amor, pega alguma coisa para mim na cantina?- Disse Castiel me estendendo uma nota. Olhei para ele.

- Agora cedo? Falta dez minutos para entrarmos.- Fiz bico no final, eu estava com preguiça.- Não quero ir...- Resmunguei jogando minha cabeça para trás.

- Te deixo comprar um doce, ou algo, com o troco.- Disse ele e sorri largamente. Peguei a nota, e dei as costas. Castiel havia pedido algo para tomar, normalmente ele toma refrigerante, mas creio que não vou ajudar ele na saúde. Acabei pegando um chocolate quente na cantina, e um barrinha de chocolate para mim.

Caminhei de volta até onde eles estavam, e lá vi Rosa e Alexy. Senti alguém colocar a mão em meu ombro, e me virei bruscamente. Era Armin, ele estava sorrindo, porém surpreso.

- Desculpe, não era minha intensão te assustar Raquel.- Disse ele rindo baixo, e neguei com a cabeça.

- Na-não... Eu.... Desculpe. Eu que estou viajando.- Falei sorrindo forçado. Por incrível que pareça ainda não tirei aquele cara da minha cabeça, afinal, quem era? E o que queria? Balancei a cabeça evitando pensar sobre.

- Vamos ali na cantina. Vai ser rápido.- Convidou ele, e afirmei, caminhando ao seu lado. Armin comprou um café express e uma barrinha de cereal.- Não tomei café.- Explicou ele, assim que percebeu que estava a encarar suas compras. Ri do seu comentário.

- Jogando até tarde?- Perguntei e ele me olhou de lado, já sorrindo.

- Está tão na cara assim?- Disse ele e afirmei sorrindo.

Caminhamos de volta até o pátio, e assim que nos aproximamos, vi Castiel me encarar sério, ao me ver ao lado de Armin.

- Desculpe a demora eu...- Não pude terminar de falar, pois o ruivo me interrompeu.

- Tanto faz. Já vi, o porque da demora.- Disse ele, fazendo com que só eu ouvisse. Afinal todos a nossa volta estavam conversando.

Dei de ombros revirando os olhos. Não estava com paciência para aquilo.

Ficamos ali conversando, Armin sabia conversar sobre outras coisas a não ser jogos. Durante nossas conversas, eu pudia sentir os olhares de Castiel sobre mim.

(...)

Assim que bateu, entramos e me sentei ao lado de Alexy, como sempre. A aula foi normal, Faraize nos fez fazer uma redação sobre. Mas as coisas foram perdendo o controle, assim que ele falou sobre o trabalho de história.

- Er... Pessoal...- Ele tentava chamar a atenção dos alunos. Mas não estava adiantando. Todos da sala estavam falando alto, somente estava a observar. Nathaniel, estava sério, e Melody falava com ele, ele parecia não dar atenção.- Galera, preciso... Er... Falar sobre... Gente, é assunto sério. Poxa pessoal. Vamos cooperar.- Ele bateu as mãos sobre as calças suspirando. Um ruido, de mesa arrastando tomou conta da sala.

- Caralho velho, deixa o cara falar!- Disse a Kim, e todos estavam surpresos com sua atitude de ajudar.

- Obrigada Kim. Mas poderia ser menos... Boca suja?- Perguntou ele meio receoso e Kim afirmou.- Bem, todos sabem, estamos chegando quase no final do ano, eu disse quase. Logo teremos uma prova, de história, falando sobre claro, a França, porém essa prova será em trio. E vocês mesmo, poderam entrar em um acordo. Semana que vem, falaremos mais sobre isso.- Disse ele guardando a pasta.- Podem ir para o intervalo.

E assim nos retiramos, indo para o refeitório.

(...)

Depois do intervalo, tivemos aula de matemática, a mesma coisa de sempre. E logo havia batido para irmos embora.

- A gente vê, sobre isso, semana que vem, então.- Falei enquanto caminhava para fora da escola. Ao lado de Alexy e Rosa.

- Me manda uma mensagem qualquer coisa.- Avisou Rosa, e logo vi nuvens se aproximarem. Chuva.

- Pode deixar, se cuidem.- Dei as costas, e senti alguém me pegar pelo pulso.

- Onde vai?- Era Castiel, e me puxou contra seu corpo.- Vai chover, não quero que minha namorada fique resfriada. Posso te levar?- Perguntou ele e fingi pensar.

- Vamos logo.- Já estava começando a garoar, e entramos no carro dele.

O caminho foi silencioso. Castiel estava prestando atenção na direção, enquanto eu apenas olhava pela janela, a chuva ficando forte.

- Por que me provocou hoje?- Perguntou ele, sem olhar para mim.

- Sério que quer discutir isso?- Olhei para ele, o mesmo pisou no freio e me olhou.- Ok. Primeiro, eu não te provoquei Castiel. Você que ficou de ciúmes bobo.- Falei e soltei um suspiro.

- Como que não vou ficar com ciúmes Raquel? Ver, você de risadinha com o Armin, me deixou puto da vida.- Realmente, Castiel havia ficado puto.

- Ta beleza Castiel. Nunca mais vou falar com nenhum garoto, à não ser você claro.- Fui irônica, porém ele pareceu acreditar e assentiu voltando a dirigir.

- Concordo. Para mim não tem nenhum problema.- Disse ele virando a direita.

- O que? Castiel, eu não vou fazer isso. Eu estava sendo irônica. Você precisa aprender a lidar com isso.- Cruzei os braços.- E outra, Armin é um amigo. Não é uma ameaça para nosso relacionamento.-

- Sei muito bem, que ele não é. Porém bate uma insegurança, só isso.- Disse ele. O quê?

- Segurança do que? Do que sinto? Por favor Castiel, seja menos infantil.- Falei.- Bipolaridade cara.- Me irritei.

- Já ofendeu. Chega Raquel desse assunto. Eu estou numa boa, falando com você. Em nenhum momento te ofendi, e não aceito que você me ofenda.- Disse ele irritado.

- Me ofendeu sim.- Resmunguei.

- Ah é? No que Raquel?!- Disse ele, me olhando, e logo olhou para frente.

- Duvidando dos meus sentimentos.- Falei e olhei para janela.

- Não gostou sai!- Disse ele, e aquilo doeu. Não fico mais um minuto naquele carro.

Abri a porta do carro e tirei o cinto. Ouvi ele me chamar, porém dei de ombros. Segurei minha mochila pela mão e apertei o passo.

- Raquel!- Ele gritou meu nome.

- Vai se ferrar Castiel!- Falei virada para ele, toda molhada, chorando, e irritada. Muito irritada. Me virei de costas, e ouvi ele bater a porta do carro falando algum palavrão.

(...)

Entrei em casa devagar, encharcada. Larguei a mochila no chão, e tirei os sapatos.

- Chega Philippe! Eu não acredito que você fez isso!- Era a voz da minha tia, vinha do segundo andar. Era meu pai.- Isso não tem cabimento. Você é pai dela, deveria apoiar ela, dar conselhos, fazer o que, você já deceria ter deito, à muito tempo. Querer sua filha de volta por causa de dinheiro? Divida? Você é um monstro.- Dizia ela, a porta, atrás de mim bateu por causa do vento, que entrava pela janela do corredor. Ela parou se falar, e o silencio reinou. Ouvi passos apressadoa e logo ela apareceu na escada.- Raquel...- Ela me olhou.

Eu não estava prestando atenção no que ela falava, ou em seus atos, somente ouvia tudo que ela havia falado para Philippe. Meu coração dói... Bastante. Quando me dei por mim já estava no banho, debaixo d'água, com roupa. Tomei um banho demorado e sai, indo para meu quarto e me sentei no chão, e ali me desfiz em lágrimas. E ouvi batidas na porta.

- Querida vem comer.- Era minha tia. Eu nem me mexi. Ela bateu novamente.- Raquel a co...- Interrompi ela.

- Não estou com fome. Obrigada tia.- Falei ainda sentada no chão. Apenas vi a sombra dela por baixo da porta, e logo se distânciou.

(...)

(02:45- Hr)

O sono não havia chegado ainda, e minha barriga estava roncando. Minhas pálpebras pesadas, porém não conseguia dormir. Um barulho de copo, foi tudo que escutei, antes de olhar para porta. Uma sombra passou por ela.

- Tia....- Sussurrei bem baixinho para mim mesma. A sombra dos pés, voltou, e parou em frente a minha porta.- Tia, eu estou bem já disse...- Falei alto, para que ela pudese escutar. Porém a sombra nem se mexeu, me sentei na cara e liguei o abajur, e a sombra sumiu.

Calcei minhas pantufas, e caminhei até a porta, e abri, não havia ninguém. Desci as escadas, e vi alguém sentado, de costas na banqueta do balcão.

- Está tarde tia.... Não vai dormir?- Perguntei me aproximando somente um pouco. Estava tudo escuro, não dava para ver muita coisa, somente as costas, que parecia serem preta.

Ela não me respondeu, apenas dei de ombros. Subi as escadas, e caminhei até o banheiro, porém assim que passei pela porta do quarto da minha tia, escutei barulhos de cobertas. Olhei de relance e.... Minha tia Agatha estava deitada, na cama. Meu coração disparou, meu ar fez falta e meus olhos se arregalaram aos poucos, até cair a ficha. Me virei rapidamente e senti alguém me jogar na parede.

- Aí!- Bati a cabeça na parede, e vi a certa pessoa, se aproximando.

- Como você cresceu... Raquel.- O tom da voz, o jeito desprezível de citar meu nome. Era ele, Phillipe.- Que foi filha... Está assustada...?- Ele segurou meus braços, com certa força, e grunhi de dor, com meus olhos marejados.

- Me solta!- Gritei e ele bateu na minha cara, e vi de relance ele sendo empurrado para o lado.

- Raquel!- Era minha tia, ela veio me abraçar.

- Sabe qual é o problema de vocês?- Ele disse se levantando, e tirando uma garrafa de bebida alcoólica do bolso da jaqueta sobretudo.- Vocês são patéticas.- Disse ele.

- Phillipe, vamos conversar civilizadamente. Raquel não tem nada à ver com isso.- Disse minha tia, assustada.

- CIVILIZADAMENTE?! EU TENTEI CONVERSAR COM VOCÊ DESSE JEITO! E SIM, ELA TEM TUDO HAVER COM ISSO!- Disse ele. Eu estava tremendo, assustada. Ele deu um longo gole, pela garrafa mesmo.

- Você não vai encostar nela!- Ela gritou empurrando ele, que caiu no chão. Ela pegou na minha mão e me puxou para as escadas. Mas logo cai no chão, sentindo ele segurar minha perna.

- A eu vou sim! RAQUEL VIRÁ COMIGO!- Anúnciou ele, e senti ele me bater com força no rosto.

- Você está fora de si! Solta ela Phillipe! Solte-a agora!- Minha tia gritava. Eu chorava alto, e logo ouvi o som de um tapa, porém foi na minha tia. Ela chorava. Chamava pelo meu pai, pedindo para ele parar, eu tentava segurar seus braços, me debatia contra seu tapas.

Foi quando ele foi jogado longe, com um chute da minha tia. Ela chorando, me pegou pelo braço e desceu comigo, correu, até a porta e a mesma estava trancada e procurou pelas chaves. Assim que viu que as chaves não estavam em seu devido lugar, corremos até a cozinha, nos escondendo debaixo do balcão.

- Sim... Vamos deixar as coisas bem claras aqui... Raquel é minha filha, e vai embora comigo...- Eram passos na escada, e logo ouvimos ele beber, fazendo um estralo com a boca.- ... Agatha assinará o papel, dando a guarda de Raquel, para mim. E assim todos saem ganhando. Eu fico com o dinheiro e Agatha fica livre, para viver sua vidinha medíocre.- Olhei para minha tia, e ela balançou a cabeça negativamente.

- VOCÊ É UM LIXO, VOCÊ NÃO VAI ME LEVAR EMBORA. EU ODEIO VOCÊ!- Gritei e sai debaixo do balcão, ele estava na minha frente do outro lado do balcão.

- A MINHA VIDA ESTÁ UMA MERDA POR CAUSA DE VOCÊ SUA PIRRALHA! VAGABUNDA! EU TINHA PENA DA SUA MÃE!- Ele gritou. A ultima frase, me fez ficar em choque, meu coração disparou, minha razão foi embora naquele momento.- SUA MÃE NÃO TINHA NEM CONDIÇÕES DE VIVER DIREITO, E AINDA AGUENTAVA VOCÊ.- As lagrimas saiam freneticamente.

- Phillipe não dig...- Minha tia disse, já do meu lado, mas ele interrompeu ela.

- Cala boca Agatha.- Ele me olhou.- QUANTOS DIAS SUA MÃE ME LIGAVA COBRANDO A PENSÃO ATRASADA, PARA TER O QUE VOCÊ COMER. QUANTOS DIAS ELA CHOROU, SABENDO QUE NÃO HAVIA COMO PAGAR TODAS AQUELAS CONTAS. E VOCÊ? O QUE VOCÊ FAZIA? NADA. FICAVA DE SACANAGEM COM AQUELE GAROTO.- Se ele queria me matar por dentro.... Parabéns ele conseguiu. Coloquei as mãos nos ouvidos balançando freneticamente minha cabeça.- VOCÊ ERA UM TRABALHO PARA SUA MÃE. DAVA DESGOSTO PARA ELA, DIFICULTAVA A VIDA DA SUA MÃE. NÃO HONRO ELA. VOCÊ É UM FARDO RAQUEL. PARA TODOS!- Cai de joelhos no chão, e senti minha tia me acalmar com suas mãos sobre meus cabelos enquanto, eu falava coisas sem nexo.- ELA FICAVA COM VOCÊ POR OBRIGAÇÃO.- Foi a última coisa que ele disse. Após isso, dei um tapa forte em sua cara.

- CALA BOCA! NÃO FALA DA MINHA MÃE!- Eu gritava, chorando, enquanto batia com força nele. Batendo sua cabeça no chão. Eu realmente estava fora de mim.

- Raquel, não!- Minha tia tentava me segurar, porém empurrei ela de leve.

- SEU MERDA!- Gritei me levantando e chutando seu estômago, enquanto ele grunhia de dor.- EU ODEIO VOCÊ! EU ODEIO VOCÊ! VAI EMBORA DA MINHA VIDA! VOCÊ NÃO É MEU PAI!- Gritei e pisei na mão dele, enquanto ele gemeu de dor.- VAI EMBORA DESSA CASA.- Gritei no seu ouvido, e logo me distanciei.... E me dei conta do que fiz, e cai no chão.

A ultima coisa que vi, foi policiais entrando na minha casa, tudo em câmera lenta. Apontaram a arma para meu pai, e algemaram ele. O barulho da carro da polícia, que estava auto, minha tia me cobrindo com um lençol, enquanto eu via seus lábios se mexerem, falando com um policial, provavelmente contando o ocorrido. A garrafa de uísque, quebrada no chão. E meu pai, sendo levado, gritando coisas sem nexo, seu rosto inchado, sangrando e seus dedos roxos. Apenas fechei os olhos... O sono havia chegado

(06/10/2016- Quinta)

Havia se pasado três dias desde o ocorrido de Phillipe. Desse então, eu não tenho ido à aula, e não como nada durante o dia. Somente de madrugada, enquanto minha tia dormia, eu comia alguma coisa, porém não matava a fome, não fazia diferença. Ja faz dois dias que fico nesse quarto, é somente da cozinha para o quarto e do quarto para o banheiro. Dormir...? Nem sei mais o que é isso direito. Rosa e Alexy, ficam me mandando mensagem, eu visualizo e não respondo. Eu posso afirma, que a única coisa que rodeia minha cabeça é as palavras de Phillipe. Tenho nojo até de mim, por ser do sangue dele. Minha tia, no começo entendia minha isolação, porém hoje, ela implora para mim voltar para escola, o que é, uma pessima idéia. Rosa e Alexy, tentaram vir aqui me ver, porém avisei ao guarda do condomínio, para não deixar entrar. Castiel? Me manda varias mensagens, nem respondo, mas não tentou vir aqui. As vezes me questiono se, o que estou fazendo é o certo. Não, agora não importa o certo ou o errado.

Logo me peguei chorando, e gritando para mim mesma, que tudo era mentira, e que minha mãe me amava. Era verdade o que Phillipe falou, isso que me deixa mais triste. Olhei em volta, e percebi, que já estava de noite, olhei o horário e era 03:35 da manhã. Tombei a cabeça para trás, enquanto estava sentada no chão, encostada na cama, e sentindo a maciez do colchão. Meu estômago roncou.

Desci para comer alguma coisa, peguei uma garrafa de água, e um sanduíche natural. Minha tia já havia percebido minhas saidas noturnas do quarto, então ela deixava algo pronto para eu comer. Comi o pão e logo tomei a água geladinha. E senti meu estômago revirar.

Corri para o banheiro, subindo aa eacadas, abri totalmente o vaso sanitário, e vomitei novamente naquele dia. Segurei a tampa e vomotei.

- Raquel...?- Minha tia apareceu no carredor com seu roupão e olhou para minha direção, arregalou os olhos e veio até mim, porém chutei a porta fazendo ela fechar e tranquei.

- Me deixa em paz!- Gritei segurando meua cabelos e ouvi passos se distanciarem devagar.

Senti o vômito vindo, e vomitei denovo. Me levantei, e me olhei no espelho. Minha pele estava seca e pálida, olheiras bem fundas e minha boca seca. Escovei os dentes para me livrar daquele gosto horrível, e logo voltei para o quarto, sentindo as pálpebras pesarem. E o sono veio.

(12:10- Hr)

Acordei sentindo minha cabeça latejar, sentei na cama, e fiquei pensando se eu ficaria ali, ou se iria tomar um banho, e decidi ficar ali. Após ficar ali parada, fui

(...)

Após sair do banheiro escutei barulhos de talheres, entrei no quarto e vi a garrafa de uísque em cima do criado mudo. Fechei a porta do quarto. E tentei abrir a cortina, porém a luz estava muito forte, e fechei.

- Raquel, vem comer.- Escutei ela bater na porta.- Você precisa de vitamina Raquel.- Eu não disse nada, apenas vi a sombra dela saindo.

(17:24- Hr)

(POV'S Castiel)

Cansei. Cansei de esperar respostas, cansei de achar que ela pode ser madura, eu não acredito que a Raquel está fazendo isso, por causa de uma briguinha. Até agora, tentei evitar pedir ajuda para Agatha, mas agora eu preciso de respostas.

Peguei meu celular, e disquei o número da Agatha, não demorou muito até ela atender.

(Ligação/ON)

-Castiel?- Era a voz de Agatha.

- Agatha, desculpe. A Raquel está bem?- Houve um silêncio, um silêncio perturbador que me assustou.

- Castiel ela... Ela...- Agatha começou a chorar.- Eu não sei mais o que fazer Castiel...- Disse ela.

- Calma Agatha. Não se preocupe, eu vou estar ai daqui a pouco. E você me conta com mais detalhes.- Falei e desliguei.

(Ligação/OFF)

- Merda!- Chutei o sofá, e ouvi Dragon abaixar a cabeça, caminhei até ele.- Desculpe amigão, vou lá resolver o problema que aquela baixinha causou.- Fiz cafuné nele, e me levantei bufando.

(...)

Já estava no apartamento de Agatha, estavamos no sofá, enquanto ela me explicava o ocorrido, não deu muitos detalhes apenas resumiu. Raquel, não havia saído do quarto, nem sequer sabe, que estou aqui.

O que mais me preocupa, é saber que ela não está bem psicologicamente nem fisicamente, pois não anda comendo. Escutamos o barulho de porta abrindo e olhei para Agatha.

- Não se preocupe, ela só vai tomar banho. É sempre nesse horário.- Disse ela e assenti, ouvindo outra porta batendo.

- Posso?- Falei, me referindo para subir as escadas.

- Claro pode, fique a vontade. Vou fazer um café.- Disse ela se levantando, e logo me levantei indo até as escadas.

Subi a mesma, em passos largos e ouvi o barulho do chuveiro. Entrei no quarto da Raquel, e não acreditei no que vi. Uma garrafa de uísque em cima do criado mudo. Me aproximei devagar, e sentei na cama, pegando a garrafa, fiquei encarando a garrafa por um bom tempo, não sei quanto, mas até eu ouvir o barulho da porta.

(POV'S Raquel)

Entrei no quarto, secando o cabelo, e vi Castiel sentado na cama, segurando a garrafa de uísque. Meu coração acelerou, minhas mãos suaram frio. E... Eu queria chorar nos braços dele.

- O que significa isso?- Ele se levantou bruscamente vindo até mim, e escutei a porta se fechando, com o vento.- Responde!- Ele me olhou firme.

- Eu não bebi.- Ao falar isso, lágrimas e mais lagrimas desceram dos meus olhos. E pela primeira vez, senti uma fraqueza enorme sobre meu corpo, como se ele tivesse pesado.

Apenas senti os braços dele me envolverem, e ali me desfiz, somente para ele, chorei agarrando sua jaqueta, enquanto ele afundava meu rosto sobre seu peito.

- Castiel eu...- O ruivo não me deixou falar, me calou um um beijo calmo.

- Não precisa me dizer nada.- Disse ele e voltou a me abraçar.

(POV'S Castiel)

Raquel estava pálida, e muito magra, eu sentia até medo de machuca-la ao abraçar. Beijei seu pescoço, e fiz ela me olhar.

- Me desculpe por ter sido um babaca com você aquele dia. Me perdoe por não ter ficado com você antes. Sou uma idiota mesmo. Mas eu te amo pequena.- Falei pegando nos seus cabelos e ela fechou os olhos.

- Eu também, te amo Cast. Muito.- Disse ela e apertou mais o abraço.

Depois que ela se acalmou um pouco, me contou com detalhes de tudo que ocorreu. Eu não esperava que o pai de Raquel fosse assim, e muito menos que Raquel sofria tudo isso, carregava tudo isso sozinha. É realmente assustador. Raquel falava normalmente, mas dava para se notar o cansaço do peso do seu corpo, a voz falando devagar e o quanto ela estava com dificuldade para respirar, em alguns momentos ela parecia que iria chorar, mas segurava.

- Ei.- Ela me olhou, e peguei em suas mãos.- Eu estou aqui. E nunca vou te deixar.- Ela me olhou nos olhos e sorriu, oh que sorriso lindo.- Agora nos vamos descer, você precisa comer algo, e falar para sua tia, que vai voltar à escola.- Falei e ela assentiu.

Nos levantamos, e caminhei com ela até as escadas, enquanto escutava o barulho de talheres.

- Castiel, eu espero que você goste de ca...- Agatha parou se falar, ao olhar para Raquel, ambas sorriram.

- Me desculpe tia. Eu vou melhorar.- Disse Raquel e Agatha largou a xícara.

- Eu te amo, meu amor.- Disse ela para Raquel, apenas me sentei na mesa, ainda encarando as duas.

Raquel se sentou ao meu lado, e Agatha nos serviu de café com leite, fiz uma torrada para mim e para Raquel, Agatha iria comer frutas.

E assim foi minha tarde, ao lado da garota mais incrível e sensível do mundo. Ver ela sorrir acalmava meu coração. Eu a amava.

      Continua...



Notas Finais


Então??? Gostaram???
Espero que sim.
Deixe seu comentário que ajuda MUITO(Amo responde-los), compartilhem com os amigos, vizinhos, família e até DESCONHECIDOS! 'u'
Beijos, se cuidem, pois o próximo cap, vai ser de rachar.
Spoiler:
Alguém do passado vai voltar... e.e


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