História Umbrella High School - Tudo Tem um Início

* * * Jill * * *

 

Hoje é o dia...

Vou entrar em uma escola nova bem no meio do ano. E sou aluna do terceiro ano. Ou seja, todos já se conhecem lá e são amigos há anos. Cada um com seu grupinho esperando ansiosamente pelo último baile e pela formatura.

E eu entro... Uma garota nova e que não sabe ao certo nem por onde entrar na escola nova. Não quero parecer uma caloura burra que nem ao menos sabe onde ficam as salas certas onde terei aula, embora eu não saiba.

Me mudei para esta cidade por causa da minha mãe. Ela tem uma doença que precisa de muito tratamento e cuidado da parte dela e da minha... Onde morávamos, tudo era muito caro e aqui tem um médico muito bom que era amigo de minha mãe e ofereceu auxílio a ela. Então mudamos.

Eu nunca fui de reclamar de nada, ainda mais quando a vida da minha mãe está em risco. Ela precisa disso. E eu preciso dela.

Não temos parentes e desde sempre foi apenas ela e eu. Meu pai nos deixou quando soube que ela estava grávida e como ela era muito nova, teve que batalhar para me criar sozinha. E eu cresci assim, assistindo ao esforço dela em trazer comida para casa e me dar o que eu precisava, mas acima de tudo o carinho que ela sempre teve por mim.

Minha mãe é amorosa ao extremo e tento agir da mesma forma com ela e para deixá-la mais contente, evito trazer notícias ruins para casa. Tanto pela sua doença como para evitar preocupações bobas, ela exagera muito nisso.

Depois de passar o lápis e o rímel, penteei meus cabelos sentindo a tremedeira que estava me dando...

A High School Umbrella é bem vista na região, apresentando professores ótimos e grupos de estudo bem cotados. Eu fazia parte do clube de exatas da minha antiga escola e tinha amigos legais de quem eu gostava muito, mas tive que deixar tudo para trás para vir para cá.

-- Jill, se apresse ou vai se atrasar no primeiro dia!

A voz preocupada da minha mãe veio lá da cozinha e depois de uma última olhada no espelho, pego minha bolsa e saio do quarto. Quando a vejo, ela está arrumando um pão com geleia para mim parecendo toda preocupada.

-- Tudo bem, mãe... Deixe que faço isso, ainda tem tempo.

-- Ah, eu estou nervosa por você... Não conhece ninguém na cidade querida, sabe mesmo como chegar lá sozinha?

-- Sim, eu pesquisei e vi que não é longe daqui, ficarei bem.

-- Mas mesmo assim... Tome cuidado quando arrumar amizades! Não vá com ninguém para lugar nenhum até conhecer bem a pessoa!

-- Pode deixar mãe, não sou boba.

Eu comi meu pão e tomei meu café com ela me observando preocupada, mas tentei passar tranquilidade para ela.

Estou roendo as unhas de nervosismo pela situação, mas não quero que ela se preocupe mais comigo. Vou ficar bem, afinal, o que pode acontecer de tão ruim naquela escola?

Quando terminei, ela me abraçou amorosamente.

-- Se cuide, querida...

-- Pode deixar, mãe.

-- Boa sorte no primeiro dia!

-- Obrigada.

Eu saí e ela ficou na porta me olhando até eu sumir de vista. Pelo que eu pesquisei, a escola fica a uns dez minutos da minha casa, então não será problema caminhar, gosto disso.

A primeira coisa que tenho que fazer é falar com o diretor da escola para ele me falar de algumas normas e me entregar meu horário de aula... Adorei saber que chegaria na escola sem saber quais aulas eu teria. E nem livros eu tenho, já poderei ser alvo de algum professor no primeiro dia.

Espero que tudo dê certo, porque meu mau pressentimento está borbulhando...

 

* * * Chris * * *

 

-- Você não tem outra jaqueta para usar?

Minha irmã estava me encarando com uma expressão de reprovação enquanto eu me arrumava para ir para escola com minha jaqueta do time.

-- Sou o capitão do time, tenho que marcar presença.

Falei sem ligar para o jeito dela. Minha irmã adora implicar comigo por coisas sem nexo e criticar meus amigos quando os trago aqui em casa, mas no fundo sei que é só para me amolar mesmo.

Eu saí do quarto e ela veio de atrás de mim. Descemos as escadas e encontramos nossos pais na cozinha, conversando sobre algo da empresa.

-- Bom dia, amores! Ansiosos para escola depois das férias?

Minha mãe... Muito carinhosa e atenciosa, sempre se preocupou com nossas notas na escola e com nosso bem estar geral.

-- Sim! – Claire respondeu sorridente.

-- Sinto falta de treinar para valer... Temos tudo para ganhar esse ano!

-- Quero assistir ao jogo e te ver campeão, filhão!

Meu pai... Extremamente ligado a empresa e aos negócios, mas sempre dava um jeito de ficar conosco quando possível. Ele não é do tipo amoroso, mas é dedicado. Ele se importa com nossos futuros e nunca deixa nada da escola passar, acho incrível como um homem ocupado tem tempo para ir em reuniões da escola dos filhos e assistir meus jogos finais.

-- Você me verá campeão, pai, pode ter certeza!

-- Excelente, te ajudará em seu currículo para entrar na faculdade, essas coisas sempre ajudam.

Meu pai nunca ligou de verdade para o futebol, mas sim para o que o futebol poderia me proporcionar... Ele sonha que eu trabalhe com ele na empresa, mas meus objetivos estão muito longe disso. Mas tento evitar discussão.

-- Ele só devia colocar outra jaqueta...

-- E você deveria colocar uma calça!

Claire me encarou com um sorriso torto e eu apontei o calção dela fazendo meu pai avaliar aquilo também.

-- Você não se importa com suas amiguinhas líderes de torcida que usam uma micro saia para andar pela escola.

-- Nenhuma delas é minha irmã.

-- Claro que não, do jeito que olha para elas... Para ELA, não é.

Eu desvio com um sorriso no rosto entendendo a indireta dela, mas meu pai continua a examiná-la.

-- O Chris tem razão, vá vestir uma calça.

-- Pai!

-- Não quero aqueles garotos sem futuro tentando a sorte com a minha filha.

-- Pai, fala sério!

-- Deixe ela Stuart, não tem nada de mal em usar um calção para ir para escola no calor.

-- Mas os garotos...

-- Eles vão olhar para nossa filha até com ela usando uma burca, deixe disso.

Claire sorri para nossa mãe e assim como eu, meu pai revira os olhos para as duas, mas não discute.

-- Andem logo antes que se atrasem!

Levantamos das cadeiras já tendo terminado o café da manhã e pego a chave do carro com a Claire sorridente ao mexer no celular trocando mensagens com alguém.

-- Fique de olho na sua irmã!

Meu pai fala na porta fazendo a Claire olhar feio agora, mas abanamos para eles e minha mãe fala antes de entrarmos no carro.

-- Boa aula, se comportem!

Entramos no carro e a Claire já vai para o banco de trás ainda com o celular na mão e a encaro desconfiado.

-- Você está andando grudada demais com esse celular... Falando com alguém especial?

-- Não é da sua conta, Chris... Eu não me meto com seus rolos diários. E eu não sou assim, não estou falando com ninguém.

-- Você sabe que nosso pai vai pirar se souber que está saindo com alguém e eu piro junto, porque aqueles moleques da escola não querem nada sério.

Ela levantou os olhos e me encarou significativamente e sorriu.

-- Pois é, né... Os moleques da escola só querem pegar em quantidade.

As palavras acusadoras dela me fizeram rir e fomos a caminho da casa do Piers, um jogador do meu time e meu melhor amigo. Como a casa dele é no caminho, sempre dou carona, por isso a Claire senta atrás.

Quando estacionei, o vi levantar da varanda enquanto já nos esperava e entrou no carro me cumprimentando e dando uma olhada para Claire que continuou de olhos no celular.

-- E aí, Claire.

-- Oi.

-- Dá para tirar os olhos desse celular? – Perguntei.

-- Não me amola.

Continuei a dirigir ignorando o jeito dela e o Piers foi admirando a paisagem até chegarmos e sairmos do carro.

-- Planejou muita jogada nova nas férias?

-- Bastante! Temos tudo para vencer esse ano, vamos apavorar os adversários!

-- Ótimo! Temos educação física hoje no terceiro tempo...

-- Perfeito.

Olho para Claire encostada no carro com os olhos encarando o horizonte parecendo voar nos pensamentos e com sua distração pego o celular de sua mão e ela dá um salto de susto.

-- Me devolve, Chris!

-- Ué, se não está saindo com ninguém, qual é o mal em eu checar?

-- Não se meta nas minhas coisas que eu não me meto nas suas!

Eu liguei o celular dela e quando veio pegar de mim, ergui o braço deixando fora de seu alcance e ri da sua cara de brava e assustada com o que eu pudesse ver.

-- Você é minha responsabilidade! Sabe que nosso pai não quer que se envolva com ninguém, você é muito nova!

-- Por ele eu viraria freira!

-- Não é uma má ideia...

-- Me devolve!

-- Só depois de eu ver com quem anda trocando suspiros...

-- Se não me devolver meu celular agora, conto para nosso pai que anda usando a loção pós-barba dele.

Ela me encarou de braços cruzados e perdi o sorriso, mas o Piers gargalhou encostado no carro enquanto assistia a cena.

-- Isso é golpe baixo...

-- Me devolve!

Eu abaixei o braço e ela arrancou o celular da minha mão o enfiando na bolsa e saindo com um sorriso travesso.

-- Se eu souber que está saindo com alguém, eu serei o primeiro a ir conversar de perto com o idiota!

-- Se eu estivesse saindo com alguém, você seria o último a saber!

Ela riu e saiu e ouvi o Piers rir de novo, mas o encarei friamente e ele deu de ombros enquanto começamos a caminhar.

-- Seu pai ainda, Chris, mas você?

-- Não quero que a magoem, só isso...

-- Nem todo mundo curte líder de torcida, alguns preferem garotas normais.

-- Garota é garota... Todas são boas!

Eu ri e ele revirou os olhos. Caminhamos até a entrada da escola e já pude ver de longe as meninas da torcida ensaiando a todo vapor... Sempre gostaram de vir se exibir no gramado em frente a escola e a Jéssica nem gosta de chamar a atenção.

-- Parecem animadas.

-- Sim... – Eu sorri.

Com o olhar da Jéssica em mim foi inevitável eu dar um sorriso torto para aquela morena que me faz perder o juízo. Ela desvia e ouço o Piers rir.

-- Já disse que essa garota vai te meter em encrenca...

-- Gosto de encrenca... E com ela, fica ainda melhor.

-- Você não toma jeito.

-- As garotas que não me deixam tomar jeito!

Se tem algo claro para todo mundo é como as garotas dão mole para mim, por isso é impossível eu me amarrar a alguém, afinal, tenho que ser gentil com todo o público feminino.

-- Oi, Chris...

Três garotas passam ao meu lado com um sorriso de canto e as cumprimento com um sorriso e um olhar apurado nelas, mas ouço o Piers rir de novo.

-- Você tem que tomar jeito!

-- Para quê?

Ele ri de mim e entramos na escola comigo deixando fixo um sorriso na boca. Mais um semestre começando, um período que tem tudo para dar certo...

 

* * * Jill * * *

 

Encontrei a escola. E com as placas de indicação, encontrei a diretoria onde agora eu estava sentada em frente ao diretor Adam que analisava alguns papeis. Ao estender um para mim, me dá um sorriso amigável.

-- Este é seu horário... Desculpe, mas não poderei acompanhá-la, estou muito ocupada para ir apresentá-la de sala em sala.

-- Ah, não se preocupe... Me viro sozinha, obrigada.

Nem pensar que quero ser apresentada de sala em sala, quero ficar bem camuflada de todo mundo, isso sim.

-- Então é isso, melhor ir para sua sala porque logo vai bater o sinal.

-- Tudo bem, obrigada diretor.

-- Tenha um bom primeiro dia!

-- Obrigada.

Saio da sala dele e olho o horário... Primeira aula: Química! Nossa, legal! Amo química, é tudo de melhor que existe! O dia já começou bem por aí!

Paro em frente ao corredor e penso que direção devo tomar... Não quero sair por aí perguntando a ninguém, então vou procurar.

Chego em um corredor movimentado por muitos alunos e contornado de armários onde deixavam suas coisas. Eu olhava assustada ao redor, mas tentava passar uma expressão tranquila. Quando reparei em um grupo de meninas se cutucarem e me apontar, eu abaixo o olhar fingindo achar algo interessante no chão, mas sou abruptamente empurrada por alguém que se não me segurasse a tempo, eu cairia de bunda no chão.

-- Opa, desculpa, não te vi...

-- É claro que não. – Eu disse.

Quando levanto o olhar para o garoto a minha frente eu paraliso... Para. Tudo. Que garoto é esse?

Desvio do seu sorriso que já se abriu para mim e finjo que estou bem e que não criei uma paixão platônica por ele na primeira topada.

-- Desculpe, eu estava distraída.

-- Tudo bem, toma cuidado... Tchau.

Ele e o garoto loiro que o acompanhava seguiram pelo corredor e precisei de um minuto para suspirar pelos belos olhos verdes que acompanharam o sorriso que ganhei já de manhã.

Nossa... Se os demais garotos tiverem um olhar desse, um sorriso desse e um encanto desse, é melhor eu me cuidar. Não sou do tipo pegadora, mas também não sou santa. A princípio meu foco é total na escola, sem problemas com ninguém, principalmente com garotos lindos que devem ser alvo de toda garota.

Quando escuto o sinal tocar, dou um salto onde eu estava e todos os alunos se apressam para direções diferentes.

Ótimo! Para onde vou agora?

Caminho em frente procurando alguma placa de indicação, mas não vejo nada. Ao perceber os corredores se esvaziando, começo a ficar nervosa e jogando meu orgulho para o alto, vejo uma garota de costas em uma armário e vou até ela. Pelo traje curto, deve ser uma líder de torcida.

-- Ah, com licença...

Ela se vira para mim e me olha curiosa a princípio, depois sorri parecendo prestativa.

-- Por favor, pode me dizer onde fica a sala de química do terceiro ano?

-- Ah, claro, é no outro prédio, ala norte.

Eu olhei para onde ela apontou com um sorriso e reparei no seu cabelo escuro cuidadosamente penteado para o lado e seus olhos expressivos bem maquiados, ela era muito bonita.

-- Você é nova aqui, não é?

-- Sim...

-- Percebi.

-- Ah... É só seguir para lá?

-- Sim, siga até o último prédio, é a última sala, no último andar.

O quê?

-- Certo, obrigada!

-- De nada e boa sorte.

Ela sorriu e saiu na direção oposta e apesar de achar minhas coordenadas estranhas, segui para última sala do último prédio correndo como uma desesperada notando que eu já chegaria atrasada na primeira aula... Droga!

Depois de infinitas escadas e correria, diminuí o passo ao avistar a sala e respirei fundo. Quando coloquei a mão no trinco para abrir, notei que estava trancada... O quê?

-- O que quer aí, mocinha?

Dei um salto com um homem de expressão pouco amigável me encarando e noto que minhas coordenadas deviam estar bem erradas.

-- Eu estava procurando minha sala...

-- Esta área da escola é proibida!

-- Desculpe, eu não sabia... É que sou nova e me disseram que a sala de química era aqui.

-- A sala de química é no outro prédio.

Ah, é claro que sim... Aquela garota mentiu para mim e tentou me ferrar na primeira oportunidade? Deve ser uma pessoa muito “legal”.

-- Eu não sabia... Me desculpe.

-- Você é a garota nova, não é?

-- Sim, senhor.

-- Quem te disse que a sala era aqui?

-- Uma garota para quem perguntei...

Ele riu sem parecer amigável, ainda me analisava desconfiado apesar de saber o porquê de eu estar ali. Qual é o problema dele?

-- A meninada é fogo... Venha, vou te mostrar onde fica a sala e se eu te ver de novo por aqui vou te dar uma detenção!

-- Tudo bem... Obrigada.

Ele caminhou para a direção contrária e eu o segui em silêncio percebendo que ele não parecia gostar muito de socializar... Deve ser algum monitor ou sei lá. É melhor eu evitar encrenca, tenho que descobrir quais as áreas que não posso ir.

E aquela garota... Quem era? Por que me ferrou desse jeito? Não sei as respostas por enquanto, mas isso não vai ficar assim.

 

* * * Jéssica * * *

 

Eu ri enquanto caminhava para aula de química, apenas me lembrando da cara de idiota da novata e imaginando como seria quando o inspetor a encontrasse vagando pelo último prédio... Ah, otária!

Entrei na sala e sentei no fundão como sempre, recebendo os olhares de todo mundo. É inevitável ser invejada com uma beleza e uma popularidade como a minha, afinal, sou linda e sou líder de torcida, a capitã! E sou desejada por todos os garotos da escola e principalmente sou cobiçada pelo garoto mais desejado também, o capitão do time... Não posso evitar.

Ao chegar em nossas mesas duplas, sento ao lado da Ada que conversava com o Chris, Leon e Kevin. Temos química no primeiro período, bem a aula que aquela idiota procurava... Ai ai, tadinha dela, mas ninguém manda ser trouxa.

-- Olá, meninos!

Os cumprimento ao chegar e recebo aquele olhar do Chris que até para de falar com os demais para me observar melhor. Eu sorrio de canto e ele pisca para mim me fazendo dar as costas quando sento e observo o professor chegar.

Ah, o Chris sempre foi louco por mim e sempre deixou isso evidente, ele não consegue se segurar e muito menos esconder... Ele é um galinha. Mas sei que o prenderia se eu quisesse, mas não quero. Ele beija muito bem, mas conheço melhores... Só que ele é útil, o capitão do time atrás de mim aumenta ainda mais minha popularidade na escola.

Nada que me impeça de dar uns amassos com ele de vez em quando, ele tem uma pegada e tanto... E preciso deixá-lo na coleira, então tenho que amansá-lo de vez em quando.

-- Como foram as férias?

Ada pergunta para mim e dou de ombros me lembrando de todos os planos divertidos que tramei para esse último semestre, afinal, sou a líder das líderes de torcida e sou o foco principal da escola. Todos me amam e me odeiam... Mas me idolatram. E tenho que deixar essa escola causando, para que a imagem de Jéssica Sherawat fique na memória de todos para sempre.

-- Normal... Criei um ou outro passo para gente.

-- Eu também! Criei várias coreografias incríveis, você tem que ver! Do seu jeito, sei que vai adorar...

-- Você sabe o que faz.

-- Temos educação física depois, aí mostramos para as demais o que fizemos.

-- Sim, pode ser.

-- JÁ CHEGA DE BAGUNÇA AÍ ATRÁS!

Os berros do professor Birkin ecoaram pela sala fazendo os meninos do time pararem de tacarem bolinhas de papel um no outro e sentarem apenas rindo e fazendo piadas em voz baixa do professor.

Ao olhar para trás, vejo o Chris me encarar e sorrio de canto, voltando a olhar para frente e já sabendo que esse semestre ia dar o que falar... É o último! E não medirei esforços para me colocar ainda mais a frente dessa turminha inferior que me cerca.