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História Umbrella High School - Encontro De Sentimentos


Escrita por: PJ_Redfield

Notas do Autor


Boooom diiiia, povooooo \o/ \o/ \o/
CAPÍTULO FRESQUINHO EM PLENO DOMINGO PARA VOCÊS!!!

Sim, voltei cedo, mas esta foi a forma que encontrei para agradecer pelo número de favoritos que cresceu e agradecer aos que seguem fieis comentando a cada capítulo, muitoooooo obrigada galera, de coração, me deixam muito feliz :-) obrigada pelo carinho e confiança que depositam em mim e vaaaaammoos seguir com a fic!!!

Espero que gostem!
Boa leitura...

Capítulo 14 - Encontro De Sentimentos


Fanfic / Fanfiction Umbrella High School - Encontro De Sentimentos

* * * Chris * * *

 

Eu sabia que ela me olhava durante o caminho, mas fingi não notar isso.

E nem notar seu perfume enchendo meu carro...

Seu olhar que me hipnotizava...

Sua doçura que me enfeitiçava...

Ela... Por completo.

Mas o tempo de suspirar terminou e tenho um objetivo para seguir, não há mais o que fazer... Já fiz o acordo com a Jéssica, já estou saindo com a Jill e minha noite com a musa da escola já está no papo.

Só não entendo o porquê de eu não estar comemorando...

Cara, é a Jéssica!

Vou transar com ela, é isso!

Eu sempre fui louco pela garota, aquele rebolado sempre mexeu com meus hormônios, aquele corpo sempre me fez sonhar e aqueles beijos sempre fizeram meu “amigão” debaixo levantar.

Mas não consigo me prender a este pensamento...

A este “sonho de consumo”...

Parece que simplesmente ela deixou de ser tão interessante, aquela atração sumiu e o desejo por ela desapareceu.

Claro que o amasso de hoje foi bom, mas me sinto péssimo.

Não sei a razão, mas me sinto mal.

Eu ainda gosto dos beijos dela, mas é tudo tão diferente agora, parece apenas que beijei por beijar... Não quero mais. Não desejo mais. Aquela vontade intensa que me enlouquecia não existe mais dentro de mim.

Cara, é a Jéssica!

Não consigo nem prender mais o pensamento nela, porque um par de olhos azuis está dominando minha cabeça ultimamente.

Uma garota linda, supostamente meiga, supostamente doce e supostamente apaixonada me fizeram desviar meus olhos da Jéssica... Claro que eu sempre fiquei com outras, mas mesmo mantendo um olho em cada quadril diferente que passava na minha frente, um olho sempre foi fixo na Capitã das líderes de torcida, Jéssica Sherawat.

E agora... Nada.

Aquele tesão todo desapareceu.

E agora tenho uma noite marcada com ela... E não é que eu não queira e não fosse curtir, mas eu devia estar tremendo de ansiedade, afinal, pô, é a Jéssica!

Droga... Estou ferrado.

Ao notar que chegamos no lugar, estaciono na vaga mais fácil ali perto e saio sem dizer nada... Sem conseguir olhar para ela.

Será que estou fazendo o certo?

Será que... Que há uma explicação?

Espero que a essa altura não exista, porque não quero me arrepender disso depois de já estar aqui.

Já estou aqui...

Já aceitei o acordo...

Já estou enganando minha bonec... A Jill.

Esse encontro é uma farsa.

-- Chris?

Ao me virar e vê-la parada me observando entristecida, meu coração murcha em notar como está linda e bem arrumada para mim.

-- Você está bem?

Minha cabeça traz de volta a lembrança dela beijando o Carlos e trinco os dentes, levando um sorriso até a boca e estendendo a mão para ela.

-- Estou bem... Venha.

Ela sorriu para mim e se aproximou pegando em minha mão, fazendo uma corrente de energia passar pelo meu corpo devido ao contato e me sinto ainda pior pela situação.

Caminhamos e a puxo para perto dando um beijo em seus cabelos e a vendo ficar vermelha, envergonha e constrangida.

Como pode fingir tão bem?

Como isso é possível?

Ignoro o pensamento e entramos na área do restaurante que era apenas cercado, mas aberto, tendo uma bela vista do horizonte que pelo jeito admirou minha convidada.

-- É lindo...

-- Não como você.

Ela sorriu e me acompanhou até a cadeira onde puxei para ela sentar e me sentei na sua frente, olhando para o cardápio que o garçom trouxe.

-- Esse lugar parece muito caro...

-- Não se preocupe com o preço, eu convidei, eu pago.

-- Certo...

Apesar de puxar o cardápio para perto de meu rosto, meus olhos vão até ela e a observo enquanto olha para a lista fazendo expressões de animação e susto.

Será que há uma explicação?

Eu vou enlouquecer...

Preciso saber disso, PRECISO ouvir da boca dela o que aconteceu enquanto procuro em seus olhos a sinceridade de sua resposta.

Mas como chegar nesse assunto?

Consigo perguntar numa boa?

Quando ela olha para mim, eu desvio nervoso com aquilo já que eu não sabia como eu queria agir e muito menos como eu DEVIA agir.

-- Tem muita comida aqui...

-- Tem, sim.

-- O que vai pedir?

-- Ah, eu... Estou vendo.

A vontade dela de conversar comigo e a doçura que adotou em suas palavras me martirizavam ainda mais.

Droga... O que estou fazendo?

Esse primeiro encontro devia ser sincero e não a base da promessa de uma transa com outra garota.

Me sinto péssimo...

Mas será que devo me sentir péssimo?

QUE DROGA!!!

O QUE DIABOS ACONTECEU PARA AQUELE BEIJO ROLAR?

-- Por que você beijou o Carlos essa manhã!?

Minha voz saiu tão rápida e enraivecida que mal entendi o que eu falei e ao me assustar com meu jeito e falta de controle, já era tarde.

-- Como?

Ela parecia entender menos que eu, mas já que decidi dar uma de direto e desesperado, melhor continuar.

-- Eu vi você com o Carlos hoje...

Ela riu do nada e minha raiva voltou.

-- Por isso está tão estranho comigo?

-- Eu vi você beijando ele!

-- Eu não beijei ele...

-- Eu vi vocês juntos!

Ela riu de novo deixando o cardápio do lado e me olhando parecendo admirada, mas eu revirei os olhos.

-- Aquilo não teve nada a ver...

-- Como pode dizer isso?

-- Ele me beijou.

-- Você não parecia estar sendo forçada!

-- Porque ele me pegou de surpresa...

Volto meus olhos nela e vejo um sorriso doce ao mesmo tempo em que é sapeca e animado.

-- Ele agiu estranho a manhã toda, fui ver como ele estava e me beijou do nada, eu não esperava por aquilo.

O quê?

-- Como assim?

-- Ele é meu amigo... Só isso.

-- E você vai deixar ele te beijar toda vez que agir estranho?

-- Foi bobagem, ele deve ter confundido o que sentia por mim e me beijou por impulso e eu... Não soube como agir, não esperava por aquilo, então paralisei por uns segundos.

O quê?

Isso não é verdade... Não pode ser verdade.

-- Nunca foi beijado de surpresa?

-- Já, mas...

-- E soube como agir no mesmo segundo?

Droga...

-- Não.

Desvio dela me sentindo de vez um monstro e um tremendo idiota por tudo que pensei e fiz depois... Um cretino por simplesmente estar aqui.

Droga, e se não for verdade?

E se ela beijou porque quis e está tentando me enganar?

Volto meus olhos nela e vejo seus olhos sinceros e seu sorriso doce acompanhá-lo, me dando a certeza – mesmo sem saber explicar – de que ela falava a verdade.

-- Não gosta dele?

-- Ele é um ótimo amigo.

-- Mas está a fim dele?

-- Não... Dele não.

Seus olhos se prenderam aos meus e desviei completamente envergonhado pela minha atitude, pela minha raiva desenfreada e o acordo de enganá-la.

Esse encontro é uma mentira...

-- Já decidiram?

O garçom chegou e a Jill olhou para mim esperando uma resposta, mas eu estava agoniado de tal forma que eu não conseguia olhar direito para ela.

Ela não teve culpa, é isso?

Gosta de mim para valer?

Droga, seu estúpido...

Se ela sequer sonhar da razão para você tê-la convidado hoje, JAMAIS olhará na sua cara de novo.

E não é para menos!

-- Não, ainda não.

Ela responde e o garçom sai me fazendo encarar a mesa e sentir meu coração agonizar dentro do peito de culpa e felicidade ao mesmo tempo, sabendo que aquilo que vi não foi bem o que vi.

-- Sabe dançar?

-- O quê?

-- Você sabe dançar?

Ela apontou a pista de dança e com meus olhos nela meu coração dispara gritando palavras como “mentiroso”, “falso”, “lixo” e “desprezível”.

Eu não sabia...

Achei que o beijou porque quis.

E agora estamos aqui, em um encontro que devia ser sincero e sei que eu estaria como um bobo apaixonado por conseguir trazê-la para cá.

E pela primeira vez ela não está fugindo, pelo contrário, está insistindo em conversar comigo e se aproximar e eu me esquivando pela culpa e desprezo próprio que estou sentindo.

-- Vem comigo...

Ela levantou e me puxou mesmo comigo tentando evitar.

Não posso ficar perto dela...

Não mereço isso...

Esse encontro é uma mentira.

-- Não sei dançar, Jill.

-- Eu ensino...

Ela sorriu ao me puxar para perto parecendo decidida a deixar de lado aquele medo que a dominava sempre que estava perto de mim.

Eu me aproximo dela e meu coração dispara em ver seu rosto tão perto do meu e poder puxá-la para mais perto de mim.

Não faça bobagens...

Hoje é uma mentira e tudo que acontecer também será...

Não seja um cretino.

Mas os olhos dela, seu sorriso e sua doçura cravada em cada traço de seu rosto me desviaram dos pensamentos e me prendi apenas a ela.

A música era lenta, romântica... Perfeita.

Acaricio seus dedos em minha mão e as trago mais perto podendo acariciar seu rosto e ganhar um sorriso doce dela que me hipnotizava e me chamava para mais perto.

Meu coração acelera mais...

Minha mente se esvazia, nada mais importa.

Aproximo meu rosto do dela e seus olhos não desgrudam dos meus, o que me faz esquecer ainda mais de tudo ao redor e me concentrar apenas naquele rostinho meigo que ela tem.

Linda...

Inocente...

Minha bonequinha linda.

Quando coloco meus lábios nos dela, ela não evita, não recua e não faz nada além de pressionar os lábios contra os meus da mesma forma que fiz. E ao pedir espaço na sua boca, minha língua entra sentindo um sabor doce, tentador e incomparável.

PARA!!!

Me afasto dela em um salto perdendo o beijo e a dança.

Não pode fazer isso!

Tudo o que acontecer aqui será uma mentira!

Esse beijo será uma mentira, não faça isso, não hoje, não aqui!

-- Você está bem?

Não posso continuar nisso ou não vou me controlar... E vou me culpar para sempre, assim como ela NUNCA vai me perdoar.

Não posso arriscar perdê-la...

Não posso perdê-la...

Isso não pode acontecer.

Passo as mãos em meu rosto tentando me livrar da angústia que afogava meu peito e a observo me sentindo um lixo.

-- Desculpa, mas... Não estou passando muito bem.

-- O que você tem?

Ela se aproximou de mim e me afastei, com medo de perder a consciência e beijá-la sem pensar em mais nada.

-- Vai ficar muito brava se eu te levar para casa agora?

Sou um idiota...

Ela me olha confusa, mas nega com a cabeça.

-- Não, tudo bem.

-- Ótimo...

Saio dali apressado querendo acabar logo com isso e faço um sinal para o garçom que me olha confuso.

-- Já vamos, obrigado!

Claro que qualquer um estranharia chegar em um restaurante e sair sem pedir nada, mas não posso continuar com isso.

Minha bonequinha não merece essa mentira...

E isso que essa noite é.

Uma mentira.

E tudo que acontecer hoje também será, por isso nosso primeiro beijo não pode acontecer aqui e nem hoje.

Seria uma mentira...

E o que sinto por ela não é uma mentira, é muito real.

Tão real que me assusta!

Entro no carro nervoso e ansioso para ir para casa e me afastar dela... Mas já com saudade de quando a poderei ver de novo e beijá-la sem culpa, sem rancor ou um sentimento ruim.

Quando ela entra, eu saio apressado em direção a sua casa e vejo seu olhar em mim.

Esse com certeza foi o pior encontro da vida dela...

Sou um idiota!

Como pude fazer um acordo com a Jéssica sem saber direito o que tinha acontecido?

Idiota!

Idiota, Chris, seu estúpido!!!

Sinto um alívio imenso quando estaciono na frente da casa dela.

Essa noite tem que acabar...

A noite acaba e minha culpa também...

Amanhã falo com a Jéssica e estou livre, posso voltar a olhar para minha boneca sem culpa nenhuma.

Minha Nossa, que gosto bom...

-- Você está bem?

-- Vou ficar...

-- Eu disse alguma coisa errada?

Droga...

Claro que vai achar que foi culpa dela!

Seu idiota, ESTÚPIDO!!!

Viro para ela e vejo seu rosto entristecido e confuso.

O que digo agora para não parecer que ela foi o problema e não um acordo idiota que ela nem tem ideia e que mesmo assim sai como a principal prejudicada?

Eu não presto...

-- Me desculpe, mas não estou passando muito bem.

-- Certo...

-- Podemos sair de novo essa semana?

-- Tudo bem...

Ela ainda parecia triste e eu continuava agoniado com a vontade de beijá-la e a vontade de sair correndo.

Hoje não...

Qualquer gesto, qualquer palavra e qualquer atitude serão uma mentira.

-- Me perdoe... Prometo que te recompenso por hoje.

Eu juro...

Juro que vou me redimir por isso.

-- Tudo bem... Boa noite.

-- Boa noite, bonequinha linda.

Ela sorri para mim, mas sai abatida do carro e me sinto ainda pior por ter pensado tão mal dela, feito um acordo que sei que a magoaria para sempre e ainda fiz com que pensasse que o problema da noite foi ela.

Preciso sair daqui...

Arranco com o carro e volto para casa.

Entro me sentindo exausto e aliviado por ter conseguido parar as coisas em tempo, já que não fiz tudo o que o acordo mandava, então estou limpo, não é?

Ou pelo menos parte limpo?

Minha Nossa, o que eu fiz...

Como pude?

Ela não teve culpa...

E se o beijasse, não teria nada a ver com você, seu imbecil!

-- Querido?

Me viro assustado vendo minha mãe sentada na sala com um livro no colo e me aproximo dela, sentando no sofá e respirando fundo, mas sei que me olha preocupada.

Droga...

Minha bonequinha linda.

Por que estou me sentindo tão mal com tudo isso?

Por que meu coração dispara no peito com ela?

Por que me importo tanto?

Que droga é essa que está me consumido o peito?

Não, não pode ser...

-- Você não tinha um encontro, meu amor?

-- Sim...

-- E por que voltou tão cedo?

Preciso entender o que estou sentindo.

-- Mãe...

-- Sim?

-- Como sabemos quando estamos apaixonados?

Ela me olhou surpresa e sorriu fechando o livro e se aproximando de mim com aqueles olhos doces e compreensíveis que só pertencem as nossas mães.

-- Bom... Quando nos apaixonamos pensamos na pessoa o tempo todo.

Droga...

-- O que mais?

-- Nos preocupamos com a pessoa, queremos estar perto o tempo todo, queremos proteger e não vê-la sofrer ou se afastar.

Droga!

-- O que mais?

-- O coração dispara, nosso corpo treme e as mãos suam.

Me ferrei...

-- E isso não pode ser outra coisa?

-- Pode, mas... Quase nunca falha.

-- E como tenho certeza?

Ela coloca uma mão em meu rosto e outra em meu coração, encostando nele várias vezes.

-- Só seu coração pode te dar a certeza de estar apaixonado ou não.

Droga...

Coloco a mão no peito sobre a dela e já sei da resposta.

-- Se estiver com fome, tem comida na geladeira... Descanse, meu amor, pense melhor amanhã. Boa noite.

Ela me deu um beijo em meus cabelos e saiu.

-- Boa noite, mãe.

Droga...

Não posso estar apaixonado...

Não depois do que eu fiz hoje!

Menti para ela, a enganei e a usei para conseguir uma transa com a garota que ela tanto odeia e com total razão.

Eu não sabia...

Mas isso não muda o fato de que concordei...

Mas ainda posso mudar isso, não é?

É só eu não sair com a Jéssica, ponto final.

E ela nem precisa saber que andei para trás hoje, é só eu isolá-la, ignorá-la e me desviar dela que vai se cansar e desistir do acordo e pronto! Estou livre! Livre para seguir de atrás da minha boneca e descobrir se realmente estou apaixonado ou não.

Então amanhã agirei normalmente, direi a Jéssica que aconteceu como ela queria, fico a ignorando depois e pronto, me livro dela!

E a Jill...

Amanhã estarei liberado!

Depois de hoje, posso ir de atrás dela sem culpa!

Esse acordo acaba amanhã e ela não precisa saber... Ou sei que me odiará para sempre e isso NÃO PODE ACONTECER!

Não posso ficar sem ela...

Não posso.

Então está decidido!

Ajo normal com a Jéssica amanhã, digo o que ela quer escutar e me livro numa boa, ficando livre para fazer o que eu quiser com a minha bonequinha linda.

Minha bonequinha...

Minha Jill...

Com um sorriso finalmente se formando em meu rosto, me estico no sofá e fecho os olhos me lembrando daquele gosto delicioso de seus lábios.

Eu quero mais...

Muito mais.

Minha bonequinha será minha de uma vez por todas.

Ainda mais agora...

Apaixonado?

Vou descobrir melhor sobre isso amanhã.

Jill...

Minha bonequinha.

 

* * * Jake * * *

 

Será que ela vai gostar?

Ah, eu sou um idiota...

Ela vai odiar, é claro que vai detestar!

Olho para o livro e me amarguro em pensamentos, sabendo que talvez ela me ofenda por ver o que eu fiz.

Caminho pelo corredor e fico na porta da minha primeira aula esperando para ver se ela passa ou talvez me procure... Porque eu não vou procurá-la... Se meu irmão me ver, pode fazer algo contra ela ou ela pode sentir vergonha de mim se eu aparecer na frente das amigas dela.

Então vou esperar.

E quando a vejo surgir indo para o armário dela, desvio já me sentindo nervoso e apreensivo, porque ela pode odiar e rir da minha cara.

Droga, sou um imbecil... Talvez eu deva arrancar aquela folha.

-- Jake?

Dou um salto em ouvir a voz dela e vendo minha reação, ela sorri amigavelmente e entro na sala me desviando dela que me acompanha encarando o livro dela que eu carregava nas mãos.

-- É meu livro?

-- É... Mais ou menos... O que sobrou dele.

-- Tudo bem, não se incomode com isso.

Eu o entrego para ela meio relutante, afinal, estava horrível porque tentei grudar tudo de volta com fita e como não tenho jeito para isso, ficou terrível, mas fiz um desenho dentro dele para ela.

Ela vai odiar...

Com certeza vai odiar!

Seu idiota!

Ela ri ao pegar o livro e quando o abre vê meu desenho dentro e perde o sorriso me deixando mais tenso ainda.

Eu desenhei ela...

Fiz um desenho do seu rosto...

Realcei bem seu sorriso gracioso, seus olhos fortes e sua expressão de menina doce. Ao redor fiz algumas flores para contornarem o lugar e uma luz leve que ajudava a iluminá-la ainda mais.

Acho que desenhar é a única coisa que faço direito...

Mas ela odiou, com certeza.

-- Você desenha muito bem...

Ela disse ainda olhando para o desenho e fiquei tenso em não saber direito o que diria, porque ainda podia dizer “você desenha bem, mas por que fez essa droga no meu livro?”, tudo é possível.

-- Obrigada, Jake.

Seus olhos vieram de encontro aos meus e aquela garota doce que me fazia suar parado me deixa sem jeito e desvio escondendo o sorriso.

-- Eu... Fiz para você.

-- É lindo, eu adorei, obrigada...

-- É mesmo?

-- Sim... – Ela riu – Só que eu acho que não sou tão bonita assim!

Ela riu mais e eu admirei cada segundo de seu sorriso e do som da sua risada que pareciam angelicais.

-- Você é muito mais... Só que não consigo colocar no papel tudo que eu vejo em você.

Quando volta a me olhar me arrependo pelo que eu disse e desvio, tentando encontrar as palavras para desfazer aquilo, mas ela me pega antes.

-- E o que vê em mim?

-- Uma garota que apesar de parecer frágil é corajosa e pensa por si só.

Isso é verdade...

Mas não quero parecer um mariquinha soltando mel para cima dela.

-- Obrigado por me ajudar com sua mãe e o diretor...

-- Eles exageram demais, você não merecia ter ouvido nada daquilo.

-- Talvez... Talvez eu nasci para ser um marginal mesmo.

-- Não fala isso!

-- Mas é verdade...

As palavras deles ecoaram na minha mente e de acordo com meus laços familiares, tudo me empurra para essa vida.

Mas quando ela se aproxima de mim, me assusto com a atitude dela e sua expressão doce me faz prender os olhos nela querendo que se aproxime mais.

-- Você é o que decide ser.

-- E se minha família me empurrar para esse lado?

-- Você só irá se quiser, é livre para escolher!

-- Não conhece minha família...

-- Conheço você!

-- Não me conhece, Sherry...

-- Conheço o suficiente para saber que seria incapaz de ser como seu irmão.

-- Talvez eu queira ser como ele...

-- Não, você é diferente... Você e o Carlos parecem ser diferentes.

-- Carlos é o anjo da família e paga por isso.

-- Como assim?

Opa...

Falei demais.

-- Nada, esquece...

-- Ok... Mas se ele é o anjo e Albert é o demônio, você é o quê?

Boa pergunta.

-- Acho que sou um pouco dos dois...

-- Tudo bem.

-- Tudo bem?

-- Sim... Todos somos um pouco anjos e um pouco demônios, Jake, só que alguns são mais voltados a apenas um dos lados.

-- Talvez eu seja mais para o ruim...

-- Não acho isso.

-- Por quê?

-- Não parece que você é ruim, só parece que é fechado e tem medo de sair de trás desse muro que criou entre você e todos os outros.

-- Não tenho medo!

-- Tem, sim... Eu vejo isso.

-- Está vendo errado!

Ela riu parecendo se divertir as minhas custas e desviei, mas ela me cutucou chamando minha atenção novamente.

-- Podemos ser amigos... – Ela sorri.

-- Por que vou querer ser seu amigo?

-- Porque você não tem nenhum!

-- É claro que tenho!

-- Então me fala o nome deles!

-- Ah... É...

-- Viu só!

-- Calma, são muitos para eu lembrar!

-- Aham, sei...

-- Tem o Marcos, o Roger, a Diana...

-- Você está mentindo!

-- Não estou!

-- Por que não quer ser meu amigo?

-- Porque não sou amigo de patricinha!

-- Ah, me poupe!

Eu desvio já nervoso com aquela conversa, mas ela volta a rir e não entendo direito porque está tão tranquila com a discussão.

-- Por que está rindo?

-- Porque você insiste em parecer grosso para que as pessoas se afastem de você!

-- Eu sou grosso!

-- Não é...

-- Sou sim!

-- Você não é.

-- Você acha que só porque fiz um desenho para você em seu livro idiota, quero ser seu amigo?

-- Sim...

-- Mas eu não quero, só quero que agora que te devolvi, fique longe!

-- É mesmo?

-- Sim, agora que me livrei desse livro, me livro de você também! Não quero ser seu amigo, não quero ser nada seu...

Agora ela perdeu o sorriso e me arrependo pelas palavras no mesmo segundo em que vi aquele brilho de seus olhos sumir.

-- É, você tem razão... É grosso mesmo.

Ela saiu dali e eu fiquei.

-- Droga!!!

Chuto a cadeira próxima a mim e olho de novo para porta por onde saiu me sentindo mal por tudo aquilo.

Por que não consegue segurar a boca, seu idiota?

Tenho que parar de falar sem pensar...

DROGA!!!

Ela foi gentil comigo e eu a tratei mal... Consegui o carinho dela e a tratei como um cavalo, é, parabéns, Jake.

Me perdoe, Sherry...

Mas não sei agir de outro jeito.

Esse “muro” entre eu e você jamais vai desaparecer.

E é melhor assim.

Me odeie, é assim que tem que ser.

E essa droga que você me faz sentir ficará guardada por sete chaves porque sei que jamais olharia para mim.

Me odeie.

Me despreze.

É assim que tem que ser.

 

* * * Jéssica * * *

 

Eu observava de longe os dois pombinhos chegando juntos na escola, mais cedo do que os demais.

O Chris não disfarça mais...

Os olhos do bocó brilham perto dela!

Perfeito...

Se apaixone por ela, querido, ame-a loucamente porque assim vocês vão se envolver de um jeito que minha vingança será certeira.

E você, querida Jill, se entregue a esse amor, a esse garoto que já está apaixonado por você e se esqueça de tudo ao redor, ame-o como uma louca, respire por ele... Até quando eu permitir.

Esses dois tem que virar um casal...

E isso não vai demorar a acontecer, sei disso.

O tão implacável Capitão do time de futebol da escola foi finamente fisgado e vou me aproveitar completamente disso, deixando os dois viverem esse intenso amor por um tempo, até que chegue a um ponto em que nenhum viva mais sem o outro, principalmente você, minha cara Jill Valentine.

E quando confiar nele e amá-lo mais que tudo...

Eu te mostrarei a verdade.

Eu te destruirei completamente.

E como prometi, vai derramar lágrimas de sangue, sua miserável!

Vai me pagar!

Me pagar por ter pisado nessa escola, por ter se dirigido a mim se achando a melhor e por... Por... Por ele...

VAI ME PAGAR!!!

E AQUELE IDIOTA TAMBÉM!!!

E O CHRIS, CLAIRE, REBECCA E SHERRY, TODOS, TODOOOSS!!!

Todos que já te ajudaram e que tem carinho por você, todos vão pagar por isso e um por um, irei eliminando.

Claro, o Chris é o menos culpado...

Mas me desculpe, querido, preciso te usar, você é a peça chave!

E mesmo com esta vontade de exterminar a todos, vou esperar.

Vou esperar até a hora certa...

Vou esperar até que ela confie completamente nele...

Vou esperar até que ela esteja tão apaixonada que arrancá-lo dela será a dor mais intensa da sua alma.

E enquanto espero, tenho outros alvos.

Suas amiguinhas idiotas.

Descobrirei o ponto fraco delas e uma por uma, farei chorar... São todas bobas e sonhadoras, devem estar de rolinho com algum garoto idiota também, tenho certeza, ou pelo menos sonham com isso.

Preciso ficar de olho...

E qualquer um que venha a te ajudar ou demonstre algum afeto por você, também irá pagar.

Todos eles vão...

Um por um...

Vou acabar com todos.


Notas Finais


É, o Chris correu... Ainda bem!
Pensou na Jill e no que ele sente por ela... Mas será que agora isso vai adiantar?
E o Jake, sendo o Jake... O que vai rolar entre ele e a Sherry, hein!?
Huuuuum e a Jéssica parecendo cada vez mais contente com o desenrolar da história, tudo parece estar indo como ela queria e como precisa para fazer nossa Jill sofrer... E que todos se preparem, Jill, Chris, Carlos, Claire, Sherry e Rebecca, porque a bruxa vem com tudo!
O que será que ela está armando??
Façam suas apostas!!!
Espero que tenham gostado!
Tenham um ótimo final de semana, companheiros!
Até a próxima *--*
Bjooon :-)

...

E PARA QUEM GOSTA DE SUSPENSE, AÇÃO E UMA DOSE DE TERROR...
Link: https://spiritfanfics.com/historia/mente-sombria-7960609
Bem diferente do colegial, optando desta vez por um lado mais sombrio e aquele friozinho na barriga, lhes trago Chris, Jill, Leon, Claire e Ada embarcando para uma missão sinistra em busca de uma verdade que pode se revelar assustadora e intrigante.


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