História Unbelievable Destiny-Yoonmin - Late passion

-Park Jimin- -Seul- -Cafeteria- -18:45-

-Obrigado por vir me buscar, mas não precisava.-Digo sem jeito e o mais velho abre um enorme sorriso.

-Jimin, não seja bobo.-Jungkook dizia com aquele lindo sorriso.

Olho pra ele e suspiro.

-Ei, Jimin! Vamos?-Inseong acena e eu confirmo com a cabeça.

-Viu? Tenho que ir com ele,mas obrigado.

-Eu me enganei sobre você.-Ele diz sério.-Você não é o mesmo de antes, você mudou.

-Como assim?

-Se fosse há algum tempo atrás, você largaria tudo pra ir comigo, mas agora prefere até um colega de trabalho do que a mim.

-Não Jungkook, eu não mudei.-Nego com a cabeça.-Eu só não sou apaixonado por você que nem antes.-Digo sério sentindo o vento frio bagunçar os meus fios de cabelo.

Naquela noite eu senti um alívio por mentir pra quem eu era apaixonado, eu me senti aliviado por que eu sabia quem eu amava.

-Entendo.-Ele abaixa a cabeça e sopra um riso sem graça.-O que eu faço agora?

-O que você... Não entendo e--

-Eu voltei por você Jimin! Voltei porque sou extremamente apaixonado por você e não consigo parar de pensar em você ou ouvir sua voz dizendo "Você é incrível!".-Ele segura meus braços.-Você lembra disso? Tudo o que eu fazia era pra te impressionar e eu conseguia! Eu era tão feliz por isso e--

-Jungkook para!

-Jimin, eu te amo.-Ele cola a testa dele na minha.-Eu te amo demais e não consigo ficar um minuto sem você.

-Min Yoongi- -Seul- -Casa do Taehyung- -Algumas horas atrás-

Escovo os dentes olhando a tela do celular pra ver se o Jimin me respondia.

Nem vibração, nem notificação, nada chegava.

Eu estava triste e preocupado.

-Ei Irmão.-Tae bagunça meu cabelo.-Você está bem? Ta deitado nessa cama faz meia hora.

-Estou.

-Não está não.-Ele pega o celular e me olha triste.-Ele deve estar muito ocupado, só isso.

-É.-Digo simples e me viro.

...

-Já posso abrir os olhos?-Pergunto pela terceira vez puxando as mãos frias do Tae que cobriam meus olhos.

-Agora pode.-Ele diz e solta um riso.

Abro meus olhos e vejo um enorme piano branco no centro da sala de estar.

-Meu deus, meu deus, meu deus...-Digo repetidas vezes e corro até o piano.-Meu deus! 

-É um presente que meu pai deu de coração.-Ele sorri olhando para os próprios pés descalços.-Eu que dei a ideia.

-Taehyung!-O mais novo me olha.-Eu te amo! Obrigado!-Abro um enorme sorriso e caminho com as mãos no piano.

-Sabe aquela música que você tocou na audição do colégio?-Ele pergunta e eu confirmo com a cabeça.-Toca ela pra mim?

-Claro, vem aqui.

Tae se aproxima e se senta ao meu lado vendo cada movimento que eu fazia com minhas mãos, tudo muito suave e bonito, um som maravilhoso que me acalmava aos poucos.

*Flashback*

Estava passeando pela rua mais movimentada daquele lugar, tudo era muito bonito e colorido.

Um homem gentil me deu um algodão doce em troca de um belo sorriso enquanto o Hoseok me entregava um balão azul.

-É pra você, Hyung!-Sorrio observando suas bochechas ruborizadas.

-Obrigado, Hobi!

Continuo andando enquanto segurava a mãozinha do Hoseok e da mamãe que carregava um enorme sorriso em si.

De repente ouço um lindo som vindo de uma loja de música, vou até lá puxando os dois que pareciam confusos e vejo um homem barbudo de olhos fechados tocando um piano branco.

Fiquei olhando aquilo com um brilho nos olhos, aquele som tão mágico e bonito estava invadindo aquele lugar, um sentimento tão bom tomou conta de mim em instantes, eu estava emocionado.

*Flashback*

-Você toca tão bem!-Tae sorri.-Queria que a mamãe, o papai e o Hobi estivessem aqui pra ver.

-Quando eles vão chegar?

-Hoje a noite.

-Eu não vou me segurar, vou começar a chorar.-Digo ouvindo a risada doce do Taehyung.

E foi isso que aconteceu.

Sentia que as lágrimas não parariam de rolar nunca quando vi os três risonhos passando pela porta.

Recebi um abraço caloroso e palavras reconfortantes que me deixaram todo bobo.

-Eu senti sua falta! Vê se não some de novo, cabeção.-Hoseok gargalha e me abraça apertado.

-Como você cresceu.-Digo baixinho.

-Achei que você fosse maior que eu.-Ele ri e eu estapeio o mesmo.

-Filho, você vai jantar aqui?-Minha mãe diz da cozinha.

-Não mãe, eu tenho que ir pra casa.

-Mentira! Ele vai convidar o namoradinho pra jantar em um restaurante japonês.-Tae diz e corre para o quarto.

Safado!

-Namoradinho? Explica isso.-Meu pai se aproxima com o frango nas mãos e é puxado pela minha mãe que sorria que nem boba.

-Ah filho, estou tão feliz!-Ela diz e dá um pulinho.-Porque você não chama ele? Ele pode jantar com a gente.

-Ah, eu--

-Por favor!-Ela faz biquinho acompanhada do Hoseok que estava ao meu lado segurando minhas mãos.

-Então tá.-Sorrio.-Vou ir buscar ele.

...

Saio do ônibus sentindo o clima frio entrar em contato com minha pele e esfrego as mãos como uma forma de esquenta-las.

Vejo que eram exatas 19:00 e abro um sorriso entre o ar quente que saía de minha boca.

Ando rapidamente até os fundos da cafeteria e paraliso completamente ao ver um garoto tão próximo ao Jimin.

Eles estavam com as testas coladas.

E eu estava com uma dor enorme no peito.

Vejo Jimin empurrá-lo e lhe dar um tapa, o que me deixou ainda mais confuso.

-Park Jimin- -Seul- -Atrás da cafeteria- -19:05-

-IDIOTA!-Grito vendo o mesmo acariciar o rosto.-Eu nunca pedi pra você vir me ver ou nada do tipo! Eu estava muito feliz sem você aqui.-Digo sentindo um nó se formar em minha garganta.-Eu tenho uma boa vida, uma boa casa, uma boa família, bons amigos e um namorado que me ama muito.

-N-namorado?-Ele arregala os olhos.

-Sim! N-A-M-O-R-A-D-O!-Digo.-E sabe de uma coisa? Eu sou completamente apaixonado por ele.-Me viro e caminho lentamente até Inseong que passa a mão nas minhas costas e sela minha testa.

Continuo andando e sentindo uma forte vontade de chorar.

Eu só pensava na tristeza que entreguei ao Jungkook naquele momento.

-Você está bem?-Nego com a cabeça e começo a chorar.-Calma bebê.-Ele me senta num degrau de uma casa qualquer e me abraça.-Vai ficar tudo bem, respira fundo.

-Eu sou um idiota!

-Não! Para com isso!

-Eu sou...-Afundo meu rosto em seu pescoço quentinho e choro ainda mais sentindo aquela dor gigantesca me corroendo cada vez mais.

Eu sei que fiz certo, mas porque me culpo por isso?