História Unbroken. - Presente. - Parte 12.

Unbroken.

2014.

Por Robert Pattinson.

-Você está um lixo. – Alegou Tom com a voz branda e ao mesmo tempo severa.

Ele parecia um tanto quanto indignado com a minha aparência.

Eu não estava tão ruim assim.

Era pelo menos o que eu achava.

Mas Tom parecia não compartilhar da mesma opinião que a minha.

Havia se passado seis meses.

Seis fodidos meses em que Kristen e eu havíamos terminado definidamente.

Seis fodidos meses que eu só a via em fotos tiradas por paparazzi quando ela ia à rua comprar um café com CJ ou Suzie.

Ela parecia bem.

Pelo menos nas fotos, ela parecia bem saudável, melhor que eu, mas talvez esteja fingindo, ela sempre foi uma ótima atriz, já eu, apesar de ser ator, não consigo esconder e mentir sobre meus sentimentos pessoais, algo bloqueia a minha atuação para esse tipo de situação o que é uma verdadeira merda.

-Sua barba está quase tão maior que o do Tom Hanks quando ele fez naufrago. – Tom zombou, porém parecia até sério. –Posso parecer estar brincando Rob, mas é sério, você tem que acordar e seguir em frente, não pode ficar trancado dentro dessa casa para o resto da sua vida, você precisa seguir em frente. – Ele declarou tão decisivo e imponente.

-É fácil dizer quando não é com você. – Rebati curto e grosso.

Eu sei que não deveria estar agindo assim com Tom, quando ele é um dos poucos amigos que me aturam, mas a amargura está assolando em mim a cada gole de cerveja que eu dava e a cada tragada de cigarro que eu inalava para os meus pulmões, fazendo a nicotina me acalmar por uns cinco segundos, até toda merda voltar novamente me fazendo ficar quebrado e angustiado.

Eu somente queria que essa merda toda passasse rápido, pois isso dói, muito.

-Hei, lembre-se que foi você que terminou. – Tom me lembrou como uma faca cortando as palavras.

-Obrigado, mas não precisa me lembrar desse fato, eu estou consciente disso. – Eu murmurei.

-Ótimo, então se está consciente disso, então deveria ter se lembrado disso quando terminou. Você deveria ter pensado nas consequências. – Ele afirmou novamente com aquela voz.

-Eu fiz o que achava ser certo. – Eu rebati rápido.

-Ótimo novamente, então agora lide com a sua escolha. Você quis isso, então você tem que aceitar e seguir em frente, você não pensou direito Robert. – Ele me repreendeu.

-Eu não vou voltar atrás. – Esclareci orgulhosamente.

-Eu sei que não vai. – Ele concordou. –Então, se não quer voltar atrás e você próprio tomou a decisão de terminar, pare de se remoer e agir como se o culpado disso não fosse você. – Tom argumentou.

-Eu não sou culpado. – Me defendi.

-Foi você que terminou. – Novamente ele me lembrou. –E agora está se descabelando, sofrendo, bebendo, se martirizando por algo que você mesmo decidiu. – Ele explicou. –Então Rob, lide com a merda da sua decisão, levante a porra dessa sua bunda magra do sofá e segue em frente. – Ele continuou com a voz mais alta.

-Porra. – Grunhi. –Você está certo. –

-Eu sempre estou. – Ele se vangloriou. –Você não quer mesmo voltar atrás? Você sabe que talvez ela te de mais uma chance. – Ele falava com cuidado nesse assunto.

-Eu não vou voltar atrás. – Reafirmei novamente.

-Tem certeza? –

-Já disse que sim. – Murmurei.

-Pare de ser orgulhoso. – Tom rebateu.

-Não estou sendo. – Discordei.

Tom somente bufou.

Parecendo até frustrado.

 -Tudo bem, você é quem sabe, mas você sabe o que eu vou dizer mais para frente, não é mesmo? –

-Você vai dizer “eu te avisei”. – Respondi irônico.

-Exatamente. - Concordou Tom.

-Não dessa vez Tom, não dessa vez. –

-Duvido muito. –

-Você acha que eu não consigo viver sem ela? – Perguntei indignado por essa ideia estar na sua mente.

-Acho, eu acho que você não consegue, sabe por quê? Por que vocês dois foram feitos um para o outro e isso Rob, nunca vai mudar, foda-se quantas pessoas você ou ela pode ficar nesse término de vocês, no final, vocês são como imãs, se atraem e voltam a se completar, por que o fato que nunca vai mudar independente dos anos que se passam, é que vocês dois se amam e ponto final. – Tom discursou.

Seu discurso era verdadeiro, e me fez ficar abalado, é claro que fez, pois eu sabia que cada porra de palavra era uma maldita verdade e a droga de um fato.

Mas era o que era.

Mas mesmo sabendo que o que Tom falou era verdade, eu precisava tentar, precisava tentar mudar de rumo por um momento, pois eu queria ter a liberdade de sairmos na rua de mãos dadas sem que ela esteja preocupada com os paparazzi nos seguindo, pois sinceramente não me importo com esses merdas, eu quero é que todos eles se explodam, mas isso incomodava para Kristen.

-Nós precisávamos seguir em frente, é o melhor para nós dois. – Eu digo á Tom.

Tom se limita a suspirar.

-Se essa é a sua decisão final, por mim tudo bem, eu não irei me meter, pois acho que você deverá quebrar a cara sozinho. – Ele deu de ombros.

-Eu não vou quebrar a cara. – Discordei.

-Puta que pariu Robert, para de ser teimoso. –

-Não estou sendo. – Novamente discordei.

-Se você continuar com essa merda de contrariar tudo que eu falo, eu vou dar um soco bem no meio da sua cara com todo o prazer do mundo. – Tom declarou.

Eu ri.

-Pode ficar a vontade, mas você irá ver quando eu decidir revidar. –

-Você não tem tanta força assim R-Pattz. – Tom usou aquele apelido que ele sabe que eu detesto ser chamado.

-Me chama disso de novo que eu enfio essa lata de cerveja em um lugar que você não irá gostar. – O ameacei.

Tom rio.

-O que você vai fazer amanhã? – Tom perguntou cruzando os braços e se encostando melhor no sofá.

-Provavelmente... Nada. – Respondi com preguiça.

-Vou á um show da Florence Welch, com a Sienna, conseguimos uma babá excelente para ficar com a Marlowe, quer ir com nós? – Ele convidou.

Eu não tinha nada para fazer, estava somente em casa, e em um tédio me afundando na “fossa” como disse Tom.

Dei de ombros e respondi:

-Pode ser. -

 Continua.