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História Uncertain Destiny - Lembranças


Escrita por: nahcahtahuh

Notas do Autor


Olá pessoal, quase que eu não atualizo kkkkk </3 A internet caiu quando eu estava digitando o cap, e quando eu acabei ela ficou com glicose anal e não queria voltar a funcionar.
Mas enfim, aqui estou eu com mais um capítulo.
Nos vemos nas notas finais e já peço perdão por qualquer coisa <3

Capítulo 4 - Lembranças


Fanfic / Fanfiction Uncertain Destiny - Lembranças

POV - Yuta

 

- Acho que vocês já devem imaginar que queremos nos casar daqui a alguns meses... mas estivemos pensando e queremos morar juntos antes, pra gente poder se conhecer melhor e pra vocês criarem uma amizade, já que vão ser irmãos.

 

Eu me engasguei com o sushi que estava comendo, e o WinWin começou a tossir muito depois de ter tomado o refrigerante. Nossos pais nos olharam preocupados.

- Filho, você está bem? – Minha mãe me perguntou estendendo um copo com água para mim.

- Estou sim mãe. – Forcei um sorriso. Eu não tinha nada contra o Winwin ou o pai dele, eu só estava ainda em choque com a notícia. Peguei o copo e tomei um gole, deixando no mesmo local de antes logo depois.

- Tem outra coisa para falar. – Fiquei apreensivo, Winwin que estava ao meu lado até parou de comer para prestar atenção. – Vocês vão morar em minha casa, já conversei com a sua mãe Yuta, e a decisão foi essa pelo espaço ser maior. – Apenas assenti com a cabeça. – E por enquanto você vai dormir no mesmo quarto que o Sicheng, lá tem espaço pra outra cama; é que o quarto de hospedes eu estou usando como escritório, e sua mãe precisa também por causa do trabalho, mas vamos arranjar uma solução o mais rápido possível pra você ter seu próprio espaço.

            Eu não sabia nem o que responder depois disso... Se pelo menos o filho dele fosse uma criança, ou se eu o achasse feio, ou não fosse legal, ou eu não tivesse conhecido mais cedo e não tivesse rolado um interesse, seria tudo mais fácil. Então dei um sorriso fraco e assenti novamente. Ficou um clima meio desconfortável durante o jantar entre eu e o Sicheng, não nos olhamos e nem dirigimos a palavra um ao outro, eu sabia meus motivos, já os dele eu não sei, talvez ele não fosse com a minha cara.

[...]

            Depois de uma despedida com curvaturas e apertos de mãos eu entrei no carro com minha mãe e peguei meu celular pra mandar mensagem pro Hansol.

 

Yuta:

Cara, eu to coisado. Lembra do “menino do lado” que eu falei hoje pra você?

Hansolie Baka:

Lembro. Que tem ele? Encontrou com ele no restaurante?

Yuta:

Sim Hansol, ele é o filho do Yuan.

Hansolie Baka:

Mas você não disse que o Yuan era chinês?

Yuta:

Q? O QUE ISSO TEM A VER? O SICHENG É CHINES HANSOL, EU VOU MORAR NA CASA DELE, EU VOU DORMIR NO MESMO QUARTO QUE ELE, E O PIOR, NÓS VAMOS SER IRMÃOS, OLHA QUE LEGAL

Hansolie Baka:

Eu ainda não entendi, como assim? Quem é Sicheng?

[...]

Ah não, pera, acho que entendi. Sicheng é o menino do lado???????? Sicheng é chinês e é filho do Yuan que namora com sua mãe??? Você vai se mudar???? Mas pera, porque você ta tão preocupado que vai dormir no mesmo quarto que ele???

Yuta:

Vou nem falar nada...

Hansolie Baka:

Não me diga que você ta afim dele... PUTA MERDA VIADO, ISSO É INCESTO, ELE VAI SER SEU IRMÃO, SEU LANNISTER DO CARALHO. Yuta, vou ter que sumir aqui, vou cuidar do meu irmão, CUIDAR DE TOMAR CONTA, SEU PODRE. Amanhã eu quero saber direitinho essa história.

Yuta:

NÃO VAI SER INCESTO, O SANGUE QUE CORRE NAS VEIAS DELE NÃO É O MESMO QUE CORRE NAS MINHAS... mas porque eu to falando sobre isso? A gente não vai se pegar... Ok idiota, até amanhã.

 

            Coloquei música pra tocar e continuei calado no carro, eu estava meio chateado sim, queria que ao menos minha mãe tivesse falado antes comigo.

- Você gostou do Yuan? – Minha mãe começou a puxar assunto.

- Sim, ele é legal.

- E o filho dele? Sabia que ele estuda na mesma universidade que você?

- Ele parece ser legal, não conversamos. – Eu tava frio mesmo, desculpa mãe.

- Yuta, me desculpa não ter conversado antes com você, é que decidimos fazer surpresa pra vocês e contar tudo nesse jantar... Você não vai ser o único “prejudicado”, pense no filho dele, ele vai receber duas pessoas a qual ele não conhece na casa dele. Me desculpa mesmo, eu sei o quanto você odeia mudanças, eu lembro de quando nos mudamos pra cá, se não tivesse sido um motivo importante você teria ficado.

- Tudo bem mãe, me desculpa ter ficado assim, é que não gosto de incomodar as pessoas. Vou tentar ser legal, prometo. – Ela sorriu e segurou minha mão por uns instantes fazendo carinho, e então voltou a segurar no volante.

            Chegamos em casa depois de alguns minutos e fui em direção ao meu quarto, quando entrei percebi o tanto de coisas que tinha la, espero que realmente o quarto do WinWin seja grande, e foi só pensar nele que lembrei que ainda estava com seu casaco, ele era grande e confortável, era metade preto e metade cinza, e estava com um cheiro muito agradável de perfume. Tirei o casaco, coloquei em cima da cama e fui me preparar para o banho. Depois que terminei e vesti um pijama qualquer (Sim pessoal, em casa eu dormia de pijama com desenhos) me deitei na cama pra dormir, o dia foi cansativo pra caralho e minhas pernas reclamavam da “corrida”. Quando virei de lado encontrei o casaco do Winwin e o abracei, estava realmente cheiroso, me pergunto se irei devolver um dia...

 

POV – Winwin

Winwin:

E foi isso, eu não sei se ele gostou muito de mim, ele mal olhava pra mim e também não pareceu gostar quando meu pai disse que eles iriam morar aqui.

Jae “Hyung” <3:

Winwin, imagina se fosse ao contrário. Você teria que sair do conforto da sua casa pra ir pra casa de uma pessoa que você mal conhece, e não poderia nem ter seu próprio quarto. Ta que você vai ter que dividir seu espaço, mas mesmo assim é diferente.

WinWin:

É... mas enfim, eu não to preparado pra morar com ele... Agora chega de falar de mim. Como foi lá na casa da tia do Taeyong?

Jae “Hyung” <3:

FOI MARAVILHOSO. A tia dele é um amor, me tratou super bem, explicou o endereço certinho para os meus pais, me ofereceu comida, sorvete, chocolate e mil coisas, ai eu fiquei conversando com o Taeyong e o Jungwoo um tempão, mas o Jungwoo teve que dormir porque ele ia acordar cedo amanhã, acho que pra escola, não sei. Aí eu fiquei conversando com Taeyong sobre um monte de coisas, e eu descobri que além dele ser lindo ele ainda é legal, que ele só aparenta ser frio, mas é muito fofo kkkkkk. Ele pegou meu número, mas ainda não me mandou mensagem, eu também peguei o dele, mas não mandei, porque meio que não sei o que falar.

WinWin:

Ai Jaehyun, para de coisa e manda logo mensagem pro menino. Pelo menos a aceitação da tia você já tem kkkkkk. Eu to muito feliz por você, sério, espero que dê tudo certo <333333333333333333

Jae “Hyung” <3:

Obrigado <33333333333. Eu sei que o que vou falar agora você não vai gostar... Mas eu ainda não esqueci que você tem que me falar sobre o Kun. Então chegue mais cedo amanhã pra me contar. Obrigado.

WinWin:

Ok

            

O bom é que ele sabe que não gosto de falar sobre isso e que também sabe que não vou mais responder ele hoje. Desliguei as luzes e comecei a pensar que daqui mais uns dias o Yuta estaria ali comigo, eu realmente não sei o que esperar, só espero que a gente possa se dar bem.

 

[...]

 

            Cheguei cedo à universidade como Jaehyun pediu, a curiosidade dele era tanta que até pra pagar meu almoço ele se ofereceu. Eu contei o mínimo pra ele sobre o Kun, era o tipo de coisa que me doía... Talvez no fim pra ele não seja isso tudo, talvez ele não ache que tinha motivos pra não falar sobre isso, mas pra mim teve, e por isso adiei esse assunto... até hoje.

- Ok, vou começar.

- Estarei ouvindo atenciosamente

- Eu conheci o Kun quando eu tinha 10 anos, ele era um ano mais velho que eu, mas estudávamos na mesma sala...

 

*Flashback On*

- Oi, você é novo aqui não é? Eu sou o Sicheng. – Ele era novato da sala, e parecia ser legal, mesmo sendo muito quieto.

- Oi, eu sou o Qian Kun. – Ele parecia meio assustado, mas sorriu logo depois.

- Oi Kun, você quer seu meu amigo?

            Depois dessa simples pergunta ficamos inseparáveis, o Kun morava próximo a mim, então nossas famílias se tornaram próximas também e já era normal para ambas que eu dormisse na casa dele e ele na minha. Fomos crescendo e compartilhando nossos medos, desejos e sonhos um com outro, e sempre a conversa “amor” acabava acontecendo. Aos 13 anos tivemos uma conversa um tanto estranha.

- E então Kun, vai me dizer por quem ta apaixonado?

- Eu não to apaixonado. – Ele disse já ficando nervoso

- Mas como não? Eu vi em seu caderno o seu textinho de “Eu to apaixonado, mas tenho medo de falar”.

- Você não deveria ter mexido em minhas coisas. – Sim, ele tava ficando estressado de verdade.

- Desde quando isso existe entre a gente? Kun relaxa, não tem porque esconder de mim, eu posso até te ajudar a falar com ela e...

- E se não for uma menina?

- O que? – Eu tinha ouvido, mas precisava confirmar.

- Você ouviu muito bem. Você vai se afastar de mim por causa disso?

- Eu nunca vou me afastar de você por besteira.

- Você acha que é besteira eu gostar de você? – Ele disse muito baixo, mas eu escutei...

- O que?

- Esquece Winwin, eu prometo que quando for o dia certo eu te conto. – Ele forçou um sorriso e eu acabei aceitando, se ele não estava preparado eu não podia forçar.

            Depois desse dia eu comecei a questionar meus sentimentos pelo Kun, seria só amizade mesmo o que eu sentia? Eu nunca tinha sentido atração por ninguém, e eu estava confuso, porque eu não sabia se eu realmente queria beijar ele ou se eu só queria matar a curiosidade de como era beijar alguém. Os anos foram passando e consegui manter uma amizade normal, não contei a ele que sabia que ele gostava de mim, e tentava organizar meus sentimentos sobre ele, mas então chegou o dia do meu aniversario de 15 anos.

- Pai, o Kun vai dormir aqui, okay?

- Ok, quer que eu compre alguma coisa pra vocês? É seu aniversario e eu nem comprei bolo, me desculpe filho.

- Dong Yuan, me poupe e se poupe. – Sorrimos e ele voltou a trabalhar em seu escritório.

 Minutos depois Kun toca a campainha da minha casa e eu fui abrir, já tendo a certeza que seria ele. Quando abri a porta ele estava com um chapéu de aniversario azul e um bolo da mesma cor enquanto cantava parabéns pra mim, eu o abracei com cuidado, porém forte, e ele entrou em casa já em direção ao meu quarto depois de falar brevemente com meu pai.

- E então, como foi seu dia hoje? – Ele falou sorridente sentado em minha cama e ainda segurando o bolo.

- Foi muito legal – Falei sorrindo também e sentei ao seu lado.

- Vai ficar mais legal agora – Ele melou o dedo no bolo e passou em meu rosto

- Aiyooo*  – Fiz o mesmo com ele e então começamos uma guerra

(N/A: *Aiyo é o mesmo que Aigoo, só que em Chinês, se vocês assistiram Nct life in Seoul vão se lembrar kkkk)

            Ficamos nos sujando por uns minutos e então acabamos caindo no chão em meio a gargalhadas, e o kun acabou caindo por cima de mim, eu ainda estava rindo quando percebi que ele estava me olhando sério, então fiquei sério também, eu estava muito nervoso, meu coração acelerava cada vez mais de acordo com os segundos que se passavam, e então ele aproximou o rosto do meu e me deu um beijo, um beijo simples e suave, e logo depois se afastou rapidamente.

- M-me desculpe Sicheng, eu não... – Eu estava sem palavras, então fiquei calado por uns instantes. - Sicheng? Por favor, não vamos acabar a amizade por causa disso né? Vamos so esque...

- Kun, eu to bem, ta tudo bem, calma. Vem, a gente precisa se limpar. – Me levantei e estendi a mão pra ele. Mas ao invés de levantar, ele me puxou novamente para baixo.

- Preciso falar com você

- Já estamos falando. – Eu sorri, ele não.

- Winwin, lembra daquela vez que eu disse que gostava de uma pessoa e não tinha coragem de dizer?

- Lembro da vez em que eu descobri sozinho isso quando li em seu caderno.

- Tanto faz, não é isso que importa... – Ele fez uma pausa por alguns segundos e continuou. – Essa pessoa é você. Eu gosto de você antes mesmo de admitir pra mim mesmo, eu não sei por que me apaixonei pelo meu melhor amigo, eu não sei como aconteceu... Eu só sei que te amo, e não sei se quero continuar amando sem saber se você sente o mesmo por mim.

- Kun... Eu também tenho que te contar uma coisa. – Eu vi esperança em seus olhos, acho que ele estava esperando algo diferente do que eu disse. – Eu já sabia, eu ouvi quando você disse que gostava de mim há uns anos atrás... Me desculpa não contar antes, mas eu precisava saber antes os meus sentimentos por você.

- E quais são seus sentimentos?

- Eu não sei se eu sinto o mesmo... Eu gosto muito de você como amigo, muito mesmo, mas a forma que você falou que gosta de mim parece ser tão mais forte, e eu não sei, tenho medo de te machucar se por acaso disser que te amo também desse jeito e no futuro descobrir que estava errado.

- Ok... Se você quiser pensar um pouco, ou talvez arriscar...

- Eu vou pensar Kun, só não vamos falar sobre isso e agir normalmente, certo?

 

            Mas não ficamos normais, algo estava estranho entre a gente e sabíamos o que era. Então uma semana depois a conversa séria foi com meu pai.

- Sicheng, precisamos conversar – Ele estava parado em frente à porta do meu quarto e sua expressão estava me preocupando.

- Pode entrar pai

- Filho, você sabe que trabalho em um jornal onde exponho minhas criticas políticas-sociais e que o governo não vem gostando disso há um tempo, não é?

- Sim pai, desde antes do meu nascimento você faz isso.

- É... Mas dessa vez eles conseguiram o que queriam... Vamos precisar ir a Coréia Winwin, preciso pedir asilo ao país, e também precisamos sair o mais rápido possível da China.

- Mas pai... – Meus olhos se encheram de lagrimas, eu iria abandonar meu país, meus amigos, meu melhor amigo...

- Desculpa Sicheng. – Ele me abraçou e começamos a chorar.

[...]

- Winwin! Finalmente te encontrei! – E eu não queria que tivesse me encontrado, mas o Kun conhecia todos os lugares que eu poderia estar naquela escola. Eu estava de costas pra ele e continuei. – Eu tava te procurando pra te dizer que meu celu... – E então ele viu meu rosto. – Porque você ta chorando? O que aconteceu? – Ele me abraçou, e então eu pude chorar livremente, chorei alto, o abraçando cada vez mais forte. – Winwin... por favor, me diga o que aconteceu, eu estou preocupado.

- Eu vou me mudar, me mudar pra muito longe, e nunca mais vou poder voltar. – Eu dizia em meio a lágrimas, doía mais quando eu dizia em voz alta...

[...]

            Era um dia antes da viagem, o que o Kun queria me dizer era que o celular dele tinha quebrado, por isso ele não estava respondendo minhas mensagens, então depois que ele soube que eu iria para Coréia ele me visitava todos os dias, e ficava até tarde em minha casa, ou até mesmo dormia lá, mas um dia antes da viagem ele teve que voltar pra casa e ele me prometeu que estaria logo cedo para poder ir para aeroporto comigo.

            O dia amanheceu e o Kun não apareceu... meu pai não podia esperar, e tivemos que ir para o aeroporto, eu tinha esperanças que ele fosse aparecer ainda, nem que fosse nos últimos segundos, igual aquelas novelas e filmes, mas não aconteceu. O Kun me abandonou no último segundo, talvez ele tenha se arrependido de ter gostado de mim e esse fosse o melhor jeito de me esquecer, ou talvez ele nem tenha se importado o suficiente pra querer me ver pela última vez. Decidi ali mesmo que se ele queria me esquecer, então seria de vez. Eu iria excluir Qian Kun da minha vida.

*Flashback Off*

- Pronto Jae, agora você sabe de tudo. – Abaixei o meu rosto, e já podia sentir as lágrimas descerem.

O jaehyun me deu um abraço e então sussurrou em meu ouvido:

- Desculpa...

 

 

 

 

           

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Pois é, não teve muito riso nesse capitulo né? ...
Mas mesmo assim espero que tenham gostado.

Um beijo pra quem leu ;*


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